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quarta-feira, setembro 25, 2019

Aras critica 'corporativismo' na PGR e diz que Dodge agiu para que sucessor 'não gerisse nada'


g1.globo.com

 

Indicado para procurador-geral da República foi sabatinado por em comissão do Senado. Ele afirmou que, se aprovado pelo Senado, vai rever portarias assinadas pela antecessora Raquel Dodge

O subprocurador Augusto Aras durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado — Foto: Pedro França/Agência Senado
O subprocurador Augusto Aras durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado — Foto: Pedro França/Agência Senado.

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a Procuradoria Geral da República (PGR), o subprocurador-geral Augusto Aras afirmou nesta quarta-feira (25) que a ex-procuradora-geral Raquel Dodge assinou uma série de portarias antes de deixar o cargo, no último dia 17, que, segundo ele, limitarão o poder de quem assumir o comando do órgão. 

Aras fez a afirmação durante sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado


Ele disse que fará uma revisão das portarias administrativas assinadas por Dodge antes de deixar o cargo. 

O G1 procurou a assessoria da PGR e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem. 

De acordo com Aras, as portarias assinadas por Dodge no final do mandato “exoneraram a elite da PGR” mas também serviram para manter nos cargos “pessoas que eram da confiança da ex-PGR”. 


Apesar das críticas à gestão de Dodge, Aras afirmou que tem "respeito" pela pessoa da ex-procuradora. 
“Distribuíram as pessoas mais amigas da PGR por órgãos que mantivessem o poder da PGR bem definido. Outras portarias limitaram o poder do futuro PGR.


Outras portarias administrativas proveram cargos para serem ocupados na gestão do futuro PGR, ou seja, inovou-se de tal forma que a ex-PGR queria simplesmente que o futuro PGR não gerisse nada, simplesmente recebesse um título e a gestão se fizesse nos termos da vontade da Sua Excelência", afirmou Aras.


Aras criticou ainda a criação de uma Ordem das Camélias por Dodge. 


Em maio deste ano, a ex-procuradora-geral da República inaugurou o Jardim das Camélias, que, de acordo com o site do Ministério Público Federal, homenageou os 131 anos da abolição da escravatura no Brasil.

Na oportunidade, Dodge anunciou que lançaria a Ordem das Camélias para homenagear quem, “no âmbito do MPF”, se dedica à causa da liberdade e da dignidade da pessoa.

"Eu me pergunto até que ponto o MPF pode criar uma Ordem das Camélias, com que finalidade, com que intenção?


Isso faz parte do corporativismo que eu vim combater", completou o sabatinado.


Aras afirmou ainda que o Ministério Público Federal é hoje uma “instituição com muitos sigilos, com muitos segredos” e que pretende abrir esses segredos “doa a quem doer”.

“Não posso admitir que um pequeno grupo corporativo por 16 anos tenha estabelecido quem pode exercer, pode gozar dos poderes”, disse Aras.
Augusto Aras é sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado
Augusto Aras é sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

terça-feira, setembro 24, 2019

Veja os principais pontos do discurso de Bolsonaro na ONU


g1.globo.com

Presidente discursou, nesta terça, pela 1ª vez na abertura de uma Assembleia Geral da ONU. Ele falou sobre socialismo, preservação da Amazônia, questão indígena, perseguição religiosa e economia, entre outros pontos.

Assista à integra do discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU
Assista à integra do discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU
Em seu primeiro discurso abrindo uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre temas como preservação da Amazônia, soberania, socialismo, política externa, indígenas, Mercosul e economia, entre outros.
Ao todo, Bolsonaro falou cerca de 2,8 mil palavras. O termo mais usado foi "Brasil", com 32 ocorrências. "Liberdade" apareceu dez vezes, inclusive associada a outras, como "religiosa" e "econômica".
Destacaram-se, ainda, "índios/indígenas" (12 vezes), "Amazônia" (6), "mídia" (5), "socialismo" (5), "ideologia" (5), "democracia" (5), "direitos humanos" (4), , "Deus" (4), "soberania" (4), "Venezuela" (4), "ditadura venezuelana" (1 vez) e "ditadura cubana" (2).

Veja os principais pontos:

  • Presidente diz que Amazônia permanece "praticamente intocada"
  • Diz que "um ou outro país" se portou "de forma colonialista" devido às queimadas na Amazônia e questionou a soberania do Brasil
  • Afirma que o país não vai aumentar para 20% as áreas demarcadas como terra indígena
  • Critica líderes indígenas como o Cacique Raoni, "que são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia".
  • Cita a indígena Ysany Kalapalo, que não é reconhecida como representante dos povos tradicionais.
  • Critica o socialismo da Venezuela e Cuba e o Foro de São Paulo, organização que ele chama de "criminosa"
  • Diz que se empenha para que outros países da América do Sul não experimentem o "nefasto regime" da Venezuela.
  • Menciona os acordos firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mercosul e a Área Europeia de Livre Comércio.
  • Diz que o país está abrindo a economia e apostando em concessões e privatizações.
  • Reafirma seu compromisso com os "mais altos padrões de direitos humanos, com a defesa da democracia e da liberdade, de expressão, religiosa e de imprensa"
  • Critica "presidentes socialistas" que desviaram dinheiro e compraram "parte da mídia e do parlamento"
  • Menciona o ministro Sergio Moro, responsável por julgar e punir seus antecessores com "patriotismo, perseverança e coragem".
  • Condena a perseguição religiosa e diz que o Brasil está pronto para colaborar para a proteção dos oprimidos.
As frases
Bolsonaro diz que Amazônia permanece 'praticamente intocada'
Bolsonaro diz que Amazônia permanece 'praticamente intocada'
"Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada. Prova de que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente."
Bolsonaro fala sobre soberania e o espírito colonialista de outros países
Bolsonaro fala sobre soberania e o espírito colonialista de outros países
"É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista."
Bolsonaro fala sobre a questão indígena e demarcação de terras
Bolsonaro fala sobre a questão indígena e demarcação de terras
"Quero deixar claro: o Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada como terra indígena, como alguns chefes de Estados gostariam que acontecesse."
"A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o Cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia."
"Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas. [...] O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terras ricas. Especialmente das terras mais ricas do mundo. É o caso das reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol. Nessas reservas, existe grande abundância de ouro, diamante, urânio, nióbio e terras raras, entre outros."
Bolsonaro critica o socialismo da Venezuela e Cuba e o Foro de São Paulo
Bolsonaro critica o socialismo da Venezuela e Cuba e o Foro de São Paulo
"O socialismo está dando certo na Venezuela! Todos estão pobres e sem liberdade!"
"Nosso país deixou de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando para Havana 300 milhões de dólares todos os anos [em referência ao programa Mais Médicos]".

Socialismo e o Foro de São Paulo

"O Foro de São Paulo, organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chávez para difundir e implementar o socialismo na América Latina, ainda continua vivo e tem que ser combatido."
Bolsonaro elogia acordos envolvendo o Mercosul e fala sobre privatizações
Bolsonaro elogia acordos envolvendo o Mercosul e fala sobre privatizações
"Em apenas oito meses, concluímos os dois maiores acordos comerciais da história do país, aqueles firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mercosul e a Área Europeia de Livre Comércio, o EFTA."

Presidente 'socialistas' e Sergio Moro

Bolsonaro critica 'presidentes socialistas' e elogia seu ministro Sergio Moro
Bolsonaro critica 'presidentes socialistas' e elogia seu ministro Sergio Moro
"Há pouco, presidentes socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de dólares comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder absoluto. Foram julgados e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu país, o Dr. Sérgio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública."
Bolsonaro condena a perseguição religiosa
Bolsonaro condena a perseguição religiosa. 
"A perseguição religiosa é um flagelo que devemos combater incansavelmente.
Nos últimos anos, testemunhamos, em diferentes regiões, ataques covardes que vitimaram fiéis congregados em igrejas, sinagogas e mesquitas."

Direitos humanos e liberdade de imprensa

Presidente reafirma seu compromisso com os 'mais altos padrões de direitos humanos'
Preidente reafirma seu compromisso com os 'mais altos padrões de direitos humanos'.
"O Brasil reafirma seu compromisso intransigente com os mais altos padrões de direitos humanos, com a defesa da democracia e da liberdade, de expressão, religiosa e de imprensa."

Nuvem de palavras do discurso de Jair Bolsonaro na assembleia geral da ONU de 2019; proposições foram excluídas — Foto: Reprodução/Wordclouds

segunda-feira, setembro 23, 2019

Casos investigados contra maior estuprador em série de Goiás sobem para 52, diz polícia

g1.globo.com

Homem considerado o maior estuprador em série de Goiás foi preso — Foto: Polícia Civil/Divulgação
O homem considerado o maior estuprador em série de Goiás foi denunciado na delegacia por mais cinco mulheres desde que foi preso e apresentado pela Polícia Civil

Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, é investigado agora em 52 casos de estupros, sendo que 22 deles já foram confirmados por meio de exames de DNA, de acordo com a polícia. 
 
A Polícia Civil informou que o preso não apresentou advogado durante o interrogatório. 

O G1 não conseguiu saber, até a publicação desta reportagem, se ele já possui um defensor. 
 
Segundo a delegada Ana Paula Machado, as mulheres começaram a procurar a delegacia desde a última quinta-feira (19). 

Duas delas disseram que foram vítimas em Goiânia, apontando mais uma cidade de atuação do suspeito. 

Até então, a polícia já tinha confirmado casos em Aparecida de Goiânia, Hidrolândia, Abadia de Goiás e Bela Vista. 
 
“As vítimas de estupro que nos procuraram após a prisão dele são de casos que já eram investigados. 

Agora, vamos apurar se também ele foi o autor”, explicou a delegada. 
 
Segundo Ana Paula, as características do crime são semelhantes às relatas em outros casos já atribuídos a Wellington, como o uso constante do capacete na hora do crime. 

Detalhe que o próprio preso confessou em vídeo
 
“As vítimas relataram que o homem sempre estava de moto e capacete, agindo em locais de pouca luminosidade. 

A gente sabe da dificuldade na identificação. 

Elas estiveram aqui na Delegacia Regional de Aparecida de Goiânia, onde foi feito o termo de reconhecimento, de acordo com a foto que temos dele de capacete”, informou a investigadora. 
 
Outras características citadas pelas mulheres, segundo a polícia, também batem com o modo que Wellington agia: anunciava um assalto, pegava o celular da vítima e a obrigava a subir na moto dele.

Depois, conforme a delegada, ia para um lugar mais afastado, sempre com o capacete, para não ser reconhecido, e cometia o abuso.
Considerado o maior estuprador em série de Goiás foi apresentado pela polícia — Foto: Vitor Santana/G1
Considerado o maior estuprador em série de Goiás foi apresentado pela polícia — Foto: Vitor Santana/G1
Considerado o maior estuprador em série de Goiás foi apresentado pela polícia — Foto: Vitor Santana/G1.
 
O próximo passo da investigação é pegar no banco de dados o material genético do estuprador colhido nestas novas vítimas e confrontar com o de Wellington Ribeiro da Silva. 
 
Sobre os 22 casos até agora confirmados por exames de DNA, a delegada espera concluir até o fim desta semana todos os inquéritos e remetê-los à Justiça. 
 
A força-tarefa que resultou na prisão de Wellington, batizada de Impius, durou 45 dias e envolveu mais de 40 pessoas. 

Ela teve início após a Polícia Técnico-Científica encontrar o perfil genético dele em várias vítimas de estupros. 
 
Seguindo a polícia, em 2015, foram coletados vestígios do criminoso em uma vítima e inseridos no banco genético. 

Em 2017, foi coletado novo vestígio de outra vítima e coincidiu com a amostra anterior. 
 
No mesmo ano, de acordo com as investigações, apareceram outras quatro vítimas compatíveis ao material genético do suspeito. 

No final de 2018 já somavam nove mulheres, e isso chamou a atenção da Polícia Técnico-Científica, que avisou à Polícia Civil.
Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, é investigado agora em 52 casos de estupros — Foto: Polícia Civil/Divulgação Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, é investigado agora em 52 casos de estupros — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, é investigado agora em 52 casos de estupros — Foto: Polícia Civil/Divulgação.
 
Os crimes eram cometidos desde 2008. 

Segundo a polícia, em 2011, Wellington chegou a ser preso depois de violentar uma mulher e a filha dela, de apenas cinco meses. 
 
Na época, ele foi levado para o Mato Grosso porque lá respondia por outros crimes, como assaltos e assassinatos. 

Entre eles estava uma condenação a 57 anos de prisão pela morte de uma mulher e os dois filhos dela. 

Em 2013, ele conseguiu fugir da prisão e voltou pra Goiás. 
 
 
Para não ser pego novamente, o estuprador, segundo a polícia, estrategicamente não tinha conta em banco, não usava redes sociais e ainda roubava identidades de pessoas que se pareciam com ele para usar os documentos e despistar a polícia. 
 
Para a delegada, ele é um dos maiores maníacos do estado e sempre soube o que estava fazendo. 
 
“É um homem de altíssima periculosidade, de uma frieza que nos chama muito a atenção. Um cara perverso. 

Embora tente se passar por alguém que tem problemas psiquiátricos, nós já requisitamos o laudo psicológico, e a Polícia Civil pode afirmar, por meio deste exame, que ele tem plena capacidade de responder por seus atos”, afirmou a delegada Ana Paula.

Crime da 113 Sul: começa júri popular de Adriana Villela


g1.globo.com

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O júri popular da arquiteta Adriana Villela, acusada de ser mandante do assassinato do pai, da mãe e da empregada em 2009, começou às 11h04 desta segunda-feira (23), em Brasília. 

A expectativa é de que quatro testemunhas de acusação sejam ouvidas até o fim de segunda (veja a ordem do julgamento no fim da reportagem). 

Esta é a primeira vez que ela se senta no banco dos réus, 3.678 dias depois daquele que ficou conhecido como "crime da 113 Sul", em referência ao endereço onde a família morava. 

A sala do Tribunal do Júri foi reservada desta segunda (23) até sexta-feira (27), mas o veredito pode sair antes, segundo o Tribunal de Justiça do DF. 

A primeira testemunha ouvida foi a delegada Mabel Faria Corrêa, que comandou parte das investigações do caso (veja mais abaixo). 


Ela assumiu a apuração após o afastamento da delegada Martha Vargas, acusada de diversas irregularidades na condução do inquérito.
Adriana Villela chega a tribunal em Brasília ao lado do advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay — Foto: TV Globo/Reprodução
Adriana Villela chega a tribunal em Brasília ao lado do advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay — Foto: TV Globo/Reprodução.
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Adriana Villela, de 55 anos, é ré por triplo homicídio em um processo com mais de 20 mil páginas. 


No dia do crime, no sexto andar do bloco C da 113 Sul, quadra nobre de Brasília, foram assassinados: 

  • o pai dela, José Guilherme Villela, 73 anos, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 38 facadas;
  • a mãe dela, Maria Carvalho Mendes Villela, 69 anos, advogada, com 12 facadas;
  • a empregada doméstica da família, Francisca Nascimento da Silva, 58 anos, com 23 facadas.


Adriana sempre negou todas as acusações


A defesa dela argumenta que o "processo é uma distorção psicológica feita pelo Ministério Público". 


O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, alega que uma "linha do tempo" feita pela defesa comprova todos os passos da acusada no dia do crime. 

Já o MP sempre disse ter convicção de que Adriana esteve na cena do crime e foi a mandante dos três assassinatos. 


Para a acusação, o laudo comprova a presença de impressões digitais dela em um dos cômodos do apartamento da família.
Maria Carvalho Mendes Villela e José Guilherme Villela, mortos em 2009 em apartamento na Asa Sul — Foto: Arquivo pessoal
Maria Carvalho Mendes Villela e José Guilherme Villela, mortos em 2009 em apartamento na Asa Sul — Foto: Arquivo pessoal.

Adriana Villela chegou ao tribunal por volta das 9h, vestida de preto, acompanhada da filha, do irmão e de amigos. 


Minutos depois, postou em uma rede social a foto de uma vela com a imagem de São Expedito sobre uma das páginas do processo. 

Na mesma rede social, ela disse que o julgamento é a "oportunidade de esclarecer" quem é ela e a família. 


A arquiteta também agradeceu o apoio dos amigos. 

O julgamento segue a seguinte ordem: 
  1. Leitura das peças do processo;
  2. Depoimento das testemunhas de acusação e, em seguida, da defesa;
  3. Interrogatório da ré;
  4. Debates entre a promotoria e a defesa;
  5. Votação pelos jurados;
  6. Leitura da sentença.


A acusação convocou 17 testemunhas para o julgamento. 


A defesa, 27. 


Na semana passada, a defesa de Adriana Villela recorreu ao Superior Tribunal Federal (STF) para pedir a suspensão do júri popular, mas o pedido foi recusado pelo ministro Gilmar Mendes.
Adriana Villela chega a tribunal em Brasília; julgamento começa nesta segunda-feira (23) — Foto: TV Globo/Reprodução
Adriana Villela chega a tribunal em Brasília; julgamento começa nesta segunda-feira (23) — Foto: TV Globo/Reprodução.

A primeira testemunha ouvida, a pedido da acusação, foi a delegada aposentada Mabel Faria Corrêa, que chefiava a Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida) na época. 


"Nunca tinha me deparado com uma investigação tão ruim", disse. 

"Foi uma vidente que conduziu toda a investigação na 1ª DP", afirmou a delegada aposentada. 


Segundo Mabel, a vidente, Rosa Maria Jaques, dizia ter credencial do Núcleo de Estudos Paranormais da Universidade de Brasília (UnB). 

O Tribunal do Júri é composto pelo presidente e 25 jurados. 


Os nomes dos 17 que se apresentaram – pessoas comuns, sem formação em direito, necessariamente – foram colocados em uma urna. 


Os celulares deles foram recolhidos por volta das 10h30. 

Tanto a defesa quanto a acusação puderam descartar, cada uma, três jurados. 


A defesa recusou três; a acusação, um. 

Dos jurados que restaram, sete foram sorteados para compor o conselho de sentença, que vai declarar se a ré é culpada ou inocente: quatro mulheres e três homens. 


O resultado do julgamento será definido por maioria. 

Após o sorteio, os jurados selecionados ficarão incomunicáveis até o fim do júri, não podendo falar com outras pessoas nem manifestar sua opinião sobre o processo, sob pena de exclusão do conselho. 

No caso do júri de Adriana Villela, está previsto que a sessão se estenda por quase uma semana, mas os jurados não poderão voltar para casa. 


Eles vão dormir, comer e cuidar da higiene pessoal nas dependências do tribunal, sob acompanhamento constante.
Entenda o crime da 113 Sul
Entenda o crime da 113 Sul.

Os corpos de José Guilherme Villela, Maria Carvalho Mendes Villela e Francisca Nascimento Silva foram achados, já em estado de decomposição, em 31 de agosto de 2009, na Asa Sul. 

A perícia demonstrou que eles foram assassinados em 28 de agosto de 2009, por volta das 19h15. 

Os corpos foram descobertos por uma neta do casal, filha de Adriana, que afirmou à polícia que os avós não tinham aparecido no escritório de advocacia que mantinham em Brasília. 


A jovem abriu o apartamento com a ajuda de um chaveiro. 

Os corpos do ex-ministro do TSE e de Francisca foram encontrados na área de serviço do apartamento. 


O corpo de Maria estava em um corredor do imóvel. 


A perícia demonstrou que José Guilherme Villela foi o último a morrer.
Crime da 113 Sul: perícia realizada em 2009 no apartamento onde morreram José Guilherme Villela, Maria Carvalho Villela e Francisca Nascimento Silva — Foto: TV Globo/Reprodução
Crime da 113 Sul: perícia realizada em 2009 no apartamento onde morreram José Guilherme Villela, Maria Carvalho Villela e Francisca Nascimento Silva — Foto: TV Globo/Reprodução.

Em júri popular encerrado em 2013, os acusados de executar o homicídio foram condenados a mais de 55 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e furto qualificado. 

O julgamento durou quatro dias. Durante o processo, ambos negaram envolvimento no crime. 

Já a delegada Martha Vargas, que coordenou a investigação do caso, foi condenada a 16 anos de reclusão pelos crimes de falsidade ideológica, fraude processual, tortura e violação de sigilo funcional.
Delegada Martha Vargas, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução
Delegada Martha Vargas, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução.

A investigação do Ministério Público apontou que, ao longo de oito meses, a delegada se baseou em informações de uma vidente para dar andamento às investigações. 


Além disso, segundo o Ministério Público, ela teria ordenado "tortura física e psicológica" para que os suspeitos confessassem os crimes. 

A defesa de Martha Vargas sempre negou as acusações. 


O advogado dela, Paulo Suzano, já chamou as alegações do MP de “conversa fiada” e a decisão do TJ de “sentença medonha”.

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