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segunda-feira, setembro 23, 2019

Casos investigados contra maior estuprador em série de Goiás sobem para 52, diz polícia

g1.globo.com

Homem considerado o maior estuprador em série de Goiás foi preso — Foto: Polícia Civil/Divulgação
O homem considerado o maior estuprador em série de Goiás foi denunciado na delegacia por mais cinco mulheres desde que foi preso e apresentado pela Polícia Civil

Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, é investigado agora em 52 casos de estupros, sendo que 22 deles já foram confirmados por meio de exames de DNA, de acordo com a polícia. 
 
A Polícia Civil informou que o preso não apresentou advogado durante o interrogatório. 

O G1 não conseguiu saber, até a publicação desta reportagem, se ele já possui um defensor. 
 
Segundo a delegada Ana Paula Machado, as mulheres começaram a procurar a delegacia desde a última quinta-feira (19). 

Duas delas disseram que foram vítimas em Goiânia, apontando mais uma cidade de atuação do suspeito. 

Até então, a polícia já tinha confirmado casos em Aparecida de Goiânia, Hidrolândia, Abadia de Goiás e Bela Vista. 
 
“As vítimas de estupro que nos procuraram após a prisão dele são de casos que já eram investigados. 

Agora, vamos apurar se também ele foi o autor”, explicou a delegada. 
 
Segundo Ana Paula, as características do crime são semelhantes às relatas em outros casos já atribuídos a Wellington, como o uso constante do capacete na hora do crime. 

Detalhe que o próprio preso confessou em vídeo
 
“As vítimas relataram que o homem sempre estava de moto e capacete, agindo em locais de pouca luminosidade. 

A gente sabe da dificuldade na identificação. 

Elas estiveram aqui na Delegacia Regional de Aparecida de Goiânia, onde foi feito o termo de reconhecimento, de acordo com a foto que temos dele de capacete”, informou a investigadora. 
 
Outras características citadas pelas mulheres, segundo a polícia, também batem com o modo que Wellington agia: anunciava um assalto, pegava o celular da vítima e a obrigava a subir na moto dele.

Depois, conforme a delegada, ia para um lugar mais afastado, sempre com o capacete, para não ser reconhecido, e cometia o abuso.
Considerado o maior estuprador em série de Goiás foi apresentado pela polícia — Foto: Vitor Santana/G1
Considerado o maior estuprador em série de Goiás foi apresentado pela polícia — Foto: Vitor Santana/G1
Considerado o maior estuprador em série de Goiás foi apresentado pela polícia — Foto: Vitor Santana/G1.
 
O próximo passo da investigação é pegar no banco de dados o material genético do estuprador colhido nestas novas vítimas e confrontar com o de Wellington Ribeiro da Silva. 
 
Sobre os 22 casos até agora confirmados por exames de DNA, a delegada espera concluir até o fim desta semana todos os inquéritos e remetê-los à Justiça. 
 
A força-tarefa que resultou na prisão de Wellington, batizada de Impius, durou 45 dias e envolveu mais de 40 pessoas. 

Ela teve início após a Polícia Técnico-Científica encontrar o perfil genético dele em várias vítimas de estupros. 
 
Seguindo a polícia, em 2015, foram coletados vestígios do criminoso em uma vítima e inseridos no banco genético. 

Em 2017, foi coletado novo vestígio de outra vítima e coincidiu com a amostra anterior. 
 
No mesmo ano, de acordo com as investigações, apareceram outras quatro vítimas compatíveis ao material genético do suspeito. 

No final de 2018 já somavam nove mulheres, e isso chamou a atenção da Polícia Técnico-Científica, que avisou à Polícia Civil.
Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, é investigado agora em 52 casos de estupros — Foto: Polícia Civil/Divulgação Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, é investigado agora em 52 casos de estupros — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, é investigado agora em 52 casos de estupros — Foto: Polícia Civil/Divulgação.
 
Os crimes eram cometidos desde 2008. 

Segundo a polícia, em 2011, Wellington chegou a ser preso depois de violentar uma mulher e a filha dela, de apenas cinco meses. 
 
Na época, ele foi levado para o Mato Grosso porque lá respondia por outros crimes, como assaltos e assassinatos. 

Entre eles estava uma condenação a 57 anos de prisão pela morte de uma mulher e os dois filhos dela. 

Em 2013, ele conseguiu fugir da prisão e voltou pra Goiás. 
 
 
Para não ser pego novamente, o estuprador, segundo a polícia, estrategicamente não tinha conta em banco, não usava redes sociais e ainda roubava identidades de pessoas que se pareciam com ele para usar os documentos e despistar a polícia. 
 
Para a delegada, ele é um dos maiores maníacos do estado e sempre soube o que estava fazendo. 
 
“É um homem de altíssima periculosidade, de uma frieza que nos chama muito a atenção. Um cara perverso. 

Embora tente se passar por alguém que tem problemas psiquiátricos, nós já requisitamos o laudo psicológico, e a Polícia Civil pode afirmar, por meio deste exame, que ele tem plena capacidade de responder por seus atos”, afirmou a delegada Ana Paula.

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