Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sábado, novembro 03, 2018

Os vestígios brasileiros no suicídio coletivo mais famoso da história



No início dos anos 60, o reverendo Jim Jones morou em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro; no final da década seguinte, levou mais de 900 seguidores à morte na Guiana.



O reverendo Jim Jones, comandante da seita Templo do Povo — Foto: Wikimedia Commons
O reverendo Jim Jones, comandante da seita Templo do Povo — Foto: Wikimedia Commons
A notícia chegou ao Brasil há 40 anos, numa terça-feira, 21 de novembro de 1978. 


Três dias antes, 918 pessoas, incluindo 304 crianças e adolescentes, haviam morrido em Jonestown, assentamento agrícola erguido no coração da selva guianense por integrantes da seita americana Templo do Povo. 

Entre pequenas casas de madeira, os fiéis jaziam de bruços sobre a grama, abatidos pela ingestão de refresco envenenado. 


O líder e fundador do grupo, Jim Jones, foi encontrado junto aos discípulos, com um ferimento de bala na cabeça. 


O clima tropical acelerou a decomposição dos corpos, obrigando os soldados da força-tarefa do governo local a vestirem máscaras para enfrentar o mau cheiro que impregnava o ambiente. 


Apenas 87 moradores da comunidade sobreviveram à tragédia, híbrido de suicídio coletivo com assassinato em massa.


A perplexidade dos brasileiros, no entanto, passava por questões anteriores ao massacre: uma década e meia antes, Jones havia morado no Brasil. 


Sua passagem por três capitais da região Sudeste, no auge da Guerra Fria, é parte de um quebra-cabeças cujas peças estão nos arquivos públicos do país, em antigas coleções de jornais e no acervo documental da própria seita, digitalizado pela Universidade Estadual de San Diego (na Califórnia, EUA). 

A reportagem da BBC News Brasil entrou em contato com sobreviventes do grupo, mas nenhum deles quis dar entrevista.


Por e-mail, Stephan Jones, único filho biológico do líder religioso, disse: "Eu me lembro apenas de pequenos fragmentos de nossa vida familiar no Brasil, e o papai não aparece em nenhum deles". 

No início da década de 1960, o Templo do Povo era um sucesso.


Com poucos anos de existência, a congregação em Indianápolis (EUA) já aglutinava cerca de 2 mil fiéis, seduzidos por um discurso que fundia o cristianismo pentecostal aos princípios socialistas e a luta contra o racismo. 


Jones, que estivera em Havana nos primeiros meses de 1960, gabava-se de ter conhecido Fidel Castro e atribuía a Jesus Cristo o papel de fundador do comunismo. 


Ao lado da mulher, Marceline Jones, assumiu a custódia de três crianças coreanas, uma garota indígena e um bebê negro - o primeiro a ser adotado por um casal branco no Estado americano da Indiana. 

A ascensão da igreja, porém, estava ameaçada pelas visões premonitórias que Jones alegava sofrer. 


O futuro da espécie humana e as trágicas consequências do individualismo ocidental teriam sido revelados a ele num átimo de segundo: clarões luminosos, nuvens em forma de cogumelo, explosões em Chicago, um confronto armado entre EUA e Rússia, devastação infinita. 

Em 1962, ao folhear a edição de janeiro da revista Esquire, o reverendo encontrou um texto que parecia confirmar seus pesadelos. 


"Se você deseja estar a salvo da destruição atômica", anunciava o primeiro parágrafo, "aqui está o guia de sobrevivência mais atualizado". 


O artigo, intitulado Nine places to hide (Nove lugares para se esconder), enumerava e descrevia os "poucos lugares nesta terra onde a vida humana não será dizimada". 

Belo Horizonte ocupava a sexta posição do ranking. 


Os encantos da capital mineira, segundo a Esquire, não eram de se desprezar: televisão, indústrias, laticínios, as amenidades da vida moderna e um clima agradável para americanos. 

O reverendo tinha certeza: tratava-se de outro sinal divino.

Jim Jones desembarcou no aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, no dia 11 de abril de 1962, acompanhado da mulher e dos filhos. 

Os registros da família na Secretaria da Segurança Pública de São Paulo não eram muito esclarecedores. 


Aos funcionários da Delegacia de Estrangeiros, Jones informou apenas o nome, a data de nascimento, a nacionalidade americana e o local onde dormiria naquela noite - o Jaraguá, hotel de luxo no centro da capital paulista. 

Na mesma semana, a família chegou a Belo Horizonte, fixando residência em Santo Antônio, bairro nobre da capital mineira. 


A enfermeira Rheaviana Beam, discípula do Templo, se juntou ao reverendo na primeira quinzena de julho, trazendo consigo o marido, Jack, e a filha, Joyce. 

Aos olhos da vizinhança, os hábitos de Jones pareciam estranhos e misteriosos. 


Sempre calmo, ele não fumava nem bebia, nunca falava sobre religião e se esquivava quando interrogado sobre os motivos de sua vinda ao país. 


Todos os dias, às seis da manhã, saía de casa com uma pasta de couro, retornando apenas às sete da noite. 


Ninguém sabia o destino de suas caminhadas. 

"Comecei a ficar grilado, desconfiava que fosse um espião. 


A única informação que consegui obter era a de que ele recebia mensalmente uma verba do governo americano, como capitão reformado da Marinha", relatou ao Jornal do Brasil o engenheiro aposentado Sebastião Carlos Rocha, em reportagem publicada em 24 de novembro de 1978. 
 O registro de Jim Jones ao chegar em São Paulo: ele apenas pernoitou no hotel Jaraguá (que existe até hoje) com a família — Foto: Arquivo Público de SP
O registro de Jim Jones ao chegar em São Paulo: ele apenas pernoitou no hotel Jaraguá (que existe até hoje) com a família — Foto: Arquivo Público de SP.

No mesmo dia, Marco Aurélio Rocha, filho de Sebastião Carlos, assegurou aos repórteres do jornal O Globo que Jones recebia visitas quase diárias do Consulado Americano, que carros oficiais eram utilizados para abastecer de compras a sua residência e que um policial morrera ao investigar o caso. 


Em seguida, o reverendo teria abandonado a cidade. 

Em fevereiro de 1963, Jones mudou-se para o Rio de Janeiro, instalando-se com a família num apartamento da rua Senador Vergueiro, no Flamengo, zona sul da cidade. 


Sua estadia na capital fluminense inspirou uma anedota que seria reprisada à exaustão nos sermões do Templo. 

"Nos morros do Rio de Janeiro, eu me tornei um comunista", relatou aos discípulos em 1977. 


"Eu abastecia dois orfanatos, providenciava comida e mantimentos. 


Os brasileiros não tinham recursos para isso". 

Os esforços de Jones teriam chamado a atenção de uma mulher rica e influente, jamais identificada: a esposa de um embaixador. 


"Ela deu em cima de mim, e nós tínhamos todas aquelas crianças para alimentar", afirmou. 


"Então a mulher do embaixador me ofereceu um monte de dinheiro para transar com ela, e eu aceitei". 

A experiência, garantiu aos fiéis, foi difícil: "Nada é tão repulsivo quanto ir para a cama com alguém que você detesta. 


E eu detestava tudo o que ela representava: a arrogância, o racismo, a crueldade dos ricos. 


Eu vomitei logo em seguida". 

Com o pagamento de US$ 5 mil, o reverendo teria financiado obras de caridade nos orfanatos. 


"Mas eu fiz com que aquela p*** velha me acompanhasse, para que ela conhecesse o outro lado da vida", disse. 


"E quando todas aquelas crianças negras puxaram seu vestido em agradecimento, ela se afastou". 

Jim Jones não foi o único cidadão de Indiana a migrar para o Brasil naqueles tempos. 


Dan Mitrione, chefe de polícia no município de Richmond, agente do FBI (a polícia federal dos EUA) e ex-amigo do reverendo, chegou a Belo Horizonte em 1960. 


Era, nas palavras do líder religioso, "um sujeito cruel, um racista perverso". 

Mitrione lecionou "técnicas de contrainsurgência" em escolas policiais de todo o país. 


Suas aulas, na verdade, eram grandes laboratórios de tortura, abordada de forma didática e com ares de método científico. 


Supervisionados por ele, os alunos submetiam mendigos e presos políticos a choques elétricos, pau-de-arara e asfixia. 

"Já tinha ouvido falar de suas atividades nefastas em Belo Horizonte. 


Estava inclinado a denunciá-lo para toda a esquerda", declarou Jones. 

O agente permaneceu quase três anos na capital mineira e sua mudança para o Rio de Janeiro, em 1963, coincidiu com a de Jones. 


Antes de ser morto por guerrilheiros uruguaios, Mitrione ainda ministraria cursos no Rio Grande do Sul, em 1964, e Pernambuco, em 1965.
 Daniel "Dan" Mitrione, do FBI, veio ao Brasil para dar aulas de tortura a agentes da ditadura militar (1964-1985) — Foto: Biblioteca Nacional/BBC
Daniel "Dan" Mitrione, do FBI, veio ao Brasil para dar aulas de tortura a agentes da ditadura militar (1964-1985) — Foto: Biblioteca Nacional/BBC.

Impressionado com a escalada de violência que culminaria no golpe de 1964, Jones acabou retornando aos EUA em dezembro de 1963.


"Naquela época, o Brasil parecia caminhar para uma social-democracia", avaliou. 


"João Goulart era progressista, mas eu sabia que alguma coisa estava prestes a acontecer, pois Jânio Quadros, uma espécie de herói popular, havia renunciado sem aviso prévio."


As conclusões do reverendo acusavam seu próprio país: "Os brasileiros tiveram que ser treinados de fora, pelos EUA, para se tornarem tão brutais. 


Foi algo obviamente importado". 

Em 1965, o Templo do Povo saiu de Indiana e instalou-se no Estado da Califórnia, ampliando consideravelmente sua influência. Dez anos depois, a seita tinha três filiais e cerca de 20 mil simpatizantes, incluindo George Moscone, prefeito de San Francisco, e Rosalynn Carter, que viraria primeira-dama dos EUA. 

Também nesse período, surgiram os primeiros dissidentes. 


Negros acusavam o Templo de conceder privilégios hierárquicos aos adeptos brancos, e militantes de esquerda questionavam o real comprometimento do grupo com a causa socialista. 


Aos descontentamentos, somavam-se as denúncias de enriquecimento ilícito, assédio sexual, abuso psicológico e charlatanismo. 


Jones, por sua vez, desmoralizava os críticos e buscava novas formas de isolar os fiéis. 

Em 1974, o reverendo travou uma série de negociações com as autoridades da Guiana. 


Tendo uma população majoritariamente negra, o inglês como língua oficial e um governo simpático ao socialismo, o país sul-americano despontava como o cenário perfeito para uma fuga do escrutínio que se delineava nos EUA. 

Em junho daquele ano, membros da seita entraram na selva guianense e iniciaram a construção do Projeto Agrícola do Templo do Povo, mais conhecido como Jonestown. 


A empreitada deu origem a um boato: para escapar do governo americano, Jones estaria planejando um retorno ao Brasil. 

Num sermão gravado em outubro de 1974, o reverendo, bastante irritado, respondeu às acusações: "Se estivéssemos fugindo, nós jamais iríamos ao Brasil, aquela ditadura militar fascista. 


Mas as pessoas não enxergam nem um palmo adiante, o que esperar desses imbecis?". 

Nos anos seguintes, Jones dividiria sua rotina entre estadias na Guiana e excursões proselitistas aos EUA. 


No dia 7 de fevereiro de 1977, discursando em uma igreja lotada na Filadélfia, explicou à plateia os supostos objetivos de Jonestown: permitir aos fiéis que se refugiassem da guerra nuclear e das ditaduras. 


"Nós temos um Hitler no Brasil", opinou. 


"Um Hitler comandando o Brasil agora mesmo, o general Ernesto Geisel". 

Cinco meses depois, o reverendo se mudou para a Guiana em caráter definitivo. 


Quase mil fiéis o acompanharam. 

Embora o Templo do Povo anunciasse Jonestown como um paraíso terrestre, na prática o assentamento lembrava um campo de concentração. 

Trabalho escravo, cárcere privado, racionamento de comida e sessões de tortura marcavam o dia a dia da comunidade. 


Moradores que desobedecessem às ordens de Jones eram submetidos a espancamentos, estupros corretivos e suturas sem anestesia. 


Às vezes, eram dopados à força e trancados numa caixa subterrânea, onde perdiam os sentidos. 

Em muitas ocasiões, os fiéis também tinham que passar as noites em claro, discutindo intrigas da seita ou escutando pregações do reverendo. 


Nessas madrugadas insones, tomadas por um constante estado de alerta, as menções ao Brasil eram recorrentes, de acordo com os arquivos do grupo. 

No dia 20 de maio de 1978, Jones discorreu brevemente sobre a atuação de guerrilheiros no Nordeste brasileiro. 


Três meses depois, em 25 de agosto, proferiu um longo discurso sobre as eleições que empossariam, por voto indireto, o general João Figueiredo, o último presidente da ditadura militar brasileira. 


No dia 9 de setembro, durante uma explanação sobre a história do fascismo, citou Plínio Salgado e o movimento integralista. 


Em 31 de outubro, saudou as greves operárias que tomavam o ABC paulista. 

Mas o medo do mundo externo se sobrepunha a todos os outros temas. 


Afundado em drogas e cada vez mais paranoico, o reverendo atravessou o ano de 1978 atormentado por uma ideia fixa: Jonestown estaria prestes a ser destruída por mercenários da extrema-direita americana. 


A única alternativa ao destino humilhante e doloroso que se abateria sobre o Templo do Povo estava, segundo o líder, na prática do "suicídio revolucionário". 

Em 16 de fevereiro, um morador sugeriu que a comunidade deixasse a Guiana e tentasse uma fuga pela fronteira com o Brasil (o país sul-americano é fronteiriço aos Estados do Pará e de Roraima). 


Para Jones, a ideia não fazia sentido. 


"São cinco mil milhas na selva. 


Nós teremos que andar, andar, andar. 


Teremos que aprender com os índios, negociar e fazer amizade com eles, dividir o pouco que temos e permanecer longe do governo", retrucou. 


"Vocês precisam ter os pés no chão."

As profecias do reverendo pareciam ter se concretizado quando Leo Ryan, deputado federal pelo Partido Democrata da Califórnia, anunciou uma visita à Guiana. 


Políticos, repórteres e ex-fiéis se uniram ao congressista numa comitiva destinada a checar o que se passava em Jonestown. 

O grupo chegou ao assentamento agrícola numa sexta-feira, 17 de novembro, e foi recebido com uma festa de boas-vindas. 


Ryan, emocionado, disse ao microfone: "Ao conversar com vocês, percebi que esse lugar foi a melhor coisa que já aconteceu em suas vidas". 

O veredicto foi calorosamente aplaudido. 


A comitiva, entretanto, logo percebeu que o clima de alegria era falso: na tarde de sábado, 16 moradores pediram a Ryan que os levasse de volta para os EUA. 

Hostilizados pelo reverendo, os forasteiros e dissidentes partiram rumo à pista aérea de Port Kaituma, pequena vila a 10 quilômetros de Jonestown. 


Antes de embarcarem no avião que os aguardava, foram atingidos por uma rajada de balas. 

Além do deputado Ryan, mais quatro pessoas morreram na emboscada: Don Harris, correspondente da NBC; Robert Brown, cinegrafista da mesma emissora; Greg Robinson, fotógrafo do San Francisco Examiner; e Patricia Parks, uma das moradoras que tentavam abandonar a comunidade. 

Enquanto isso, no pavilhão central de Jonestown, o reverendo celebrava seu último culto. 


"Eles vão torturar nossas crianças aqui. 


Eles vão torturar nosso povo. 


Eles vão torturar nossos idosos", advertiu. 


E, dirigindo-se às enfermeiras da seita, disse: "Providenciem os medicamentos".


Uma mistura de cianureto com refresco de uva foi distribuída aos fiéis. 

Bebês, crianças e adolescentes morreram primeiro, envenenados pelos pais - Charles Garry Henderson, um recém-nascido de dois meses, foi a mais jovem vítima do massacre. 


Idosos perderam a vida logo depois, executados pelas enfermeiras - Amanda Poindexter, uma ex-empregada doméstica de 97 anos, foi a vítima mais velha. 


Em seguida, animais de estimação foram sacrificados. 


Os adultos sucumbiram por último, caminhando até o púlpito para ingerir a solução.

"Não se entreguem às lágrimas e à agonia", ordenou Jones aos seguidores, que choravam em pânico. 


"A morte é apenas uma viagem para outro plano. 


Estamos cometendo este ato de suicídio revolucionário em protesto contra um mundo desumano." 

Quando o líder atirou contra a própria cabeça, já não havia mais nenhum discípulo vivo no local. 


A mulher do reverendo estava entre os mortos, assim como dois de seus filhos adotivos, Lew e Agnes Jones.


O casal que se juntara à família em Belo Horizonte, Jack e Rheaviana Beam, também havia bebido do veneno. 

A lista de falecidos incluía ainda Patty Cartmell, que coordenara as atividades do Templo durante a estadia de Jones no Brasil, e Maria Katsaris, que dias antes, numa conversa telefônica com o irmão, dissera ter visitado o país a serviço da seita. 


Aproximadamente 70% dos mortos eram negros.

Em meio aos cadáveres, investigadores do FBI encontrariam pelo menos três notas de suicídio. 


A mais conhecida delas, anônima, continha um apelo: "Reúnam todas as fitas, todos os escritos. 


A história deste movimento deve ser examinada com cuidado e compreendida em todas as suas incríveis dimensões". 


E finalizava: "As trevas caem sobre Jonestown em seu último dia na Terra".

sexta-feira, novembro 02, 2018

Preso suspeito de encomendar a morte da corretora Karina Garofalo

Crime foi em agosto. Karina Garofalo foi executada na frente do filho, na Barra.


Preso o homem que mandou matar a ex-mulher, na Barra da Tijuca
Preso o homem que mandou matar a ex-mulher, na Barra da Tijuca
Pedro Paulo Barros Pereira Junior, suspeito de mandar matar Karina Garofalo, sua ex-mulher, foi preso na manhã desta sexta-feira (2) em Bananal (SP), por policiais federais. 


Ele já chegou à Superintendência da PF, na Praça Mauá, região central do Rio.
Suspeito de mandar matar ex-mulher chega à Superintendência da PF
Suspeito de mandar matar ex-mulher chega à Superintendência da PF.
 Pedro Paulo cobre o rosto ao chegar à sede da PF — Foto: Reprodução/PF
Pedro Paulo cobre o rosto ao chegar à sede da PF — Foto: Reprodução/PF.

[Correção: inicialmente, esta reportagem dizia que Pedro Paulo havia sido preso em Barra Mansa. 
 Sítio onde o ex-marido de Karina Garofalo foi preso pela PF, em Bananal — Foto: Reprodução/PF
A prisão foi num sítio em Bananal. 


A informação foi corrigida às 8h28]
Sítio onde o ex-marido de Karina Garofalo foi preso pela PF, em Bananal — Foto: Reprodução/PF.

O crime foi no dia 15 de agosto e foi registrado por câmeras de segurança


Karina Garofalo foi executada na frente do filho, numa rua da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. 


O filho da vítima não ficou ferido, e nada foi levado durante a ação. 


A polícia acredita que a morte foi encomendada por vingança e ciúmes.
 Karina Garofalo foi morta na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ Redes sociais
Karina Garofalo foi morta na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ Redes sociais.

O homem suspeito da execução já estava preso. 


Escondido em Volta Redonda, no Sul Fluminense, Paulo Maurício Barros Pereira se entregou seis dias depois do crime. 


Paulo Maurício é primo do ex-marido de Karina, Paulo Barros Pereira Júnior, foragido desde então. 


Ambos tiveram a prisão temporária decretada no dia seguinte ao crime.

Testemunhas disseram que o atirador, que seria Paulo Maurício, saiu de um carro – que ele próprio dirigia – e disparou várias vezes. Em seguida, fugiu. 


De acordo com os relatos, a arma usada para o crime teria o recurso de silenciador, para suprimir o barulho dos disparos.
Câmera de segurança registra momento em que mulher é assassinada na Barra
Câmera de segurança registra momento em que mulher é assassinada na Barra.

De acordo com as investigações, o primo foi flagrado pelas câmeras de segurança de um shopping seguindo a mulher antes da execução. 


O ex-marido é o pai do menor de 11 anos que viu a mãe morrer. 


O jovem disse, em depoimento à polícia, que reconheceu o primo como autor dos disparos. 

Na madrugada do dia seguinte à execução, o plantão judiciário do Tribunal de Justiça decretou a prisão temporária (por 30 dias) de Pedro Paulo Barros Pereira Júnior e Paulo Maurício Barros. 

Testemunhas disseram que o atirador saiu de um carro – que ele próprio dirigia – e disparou várias vezes, fugindo em seguida no mesmo veículo – já encontrado pela polícia. 


De acordo com os relatos, a arma usada para o crime teria o recurso de silenciador, para suprimir o barulho dos disparos.
 Portal dos Procurados divulgou cartaz no caso de Karina Garofalo — Foto: Divulgação/Disque Denúncia
Portal dos Procurados divulgou cartaz no caso de Karina Garofalo — Foto: Divulgação/Disque Denúncia.

Por que ganhou?


Resultado de imagem para Alexandre Garcia

Por Alexandre Garcia.


Um deputado que ficou por mais de 20 anos conhecido só no Rio, onde foi o mais votado, sem dinheiro, considerado do baixo clero da Câmara, é eleito Presidente da República – ainda sem dinheiro, sem tempo no horário eleitoral, praticamente sem partido e sozinho, tido como um Quixote e ainda com uma facada na barriga – na mais inusitada das eleições brasileiras. 


A eleição em si marca uma mudança de fase, como se tivesse virado uma chave de contínua para alternada na corrente política nacional. 


Como se fizesse surgir uma nova geração de partidos, de políticos e, finalmente: de eleitores. 


Um eleitor sem cabresto, sem moeda de troca, sem dinheiro; com vontade, com ideias próprias, com iniciativa, espontaneidade – e com as redes sociais na mão.


Que força teve Bolsonaro para mobilizar tudo isso? 


Provocar modificações de estrutura na política, eleger, à sua sombra, deputados, senadores governadores? 


Sonho e persistência? 


Desde que Dilma foi eleita, ele percorre o país para se tornar conhecido; sem marqueteiro, sem dinheiro, o tal Messias ía agregando discípulos, engrossando multidões nos aeroportos, a gritar mito! 

 
mito!. 


Um dia foi ao Comandante do Exército comunicar que sairia candidato, porque já estaria com 10 pontos de aceitação. 


O comandante só olhou, cético. 


Seus colegas de bancada na Câmara recomendavam que procurasse a via segura do Senado. 


Bolsonaro persistiu.


Quando começou a preocupar a esquerda, tornou-se o sujeito de todas as frases. 


Cada comentário irônico ou contrário, trazia o sujeito Bolsonaro, repetido todos os dias, no rádio, no jornal, na TV, nas bocas dos que não o queriam. 


Esses ajudaram muito, fazendo ecoar, sem parar, em todos os ouvidos, o nome do candidato. 


A facada que era para ser mortal ajudou também. 


Prejudicou-o muito, porque tirou-o de seu ambiente, as ruas, mas houve também o ganho de tempo, quase inexistente no horário eleitoral, feito para eternizar os partidos tradicionais no poder. 


A facada o tirou dos debates, onde ele já havia dado mostras de seu estilo blitzkrieg. 


Nos debates em que não foi, seu nome foi o mais presente.


Seu maior acervo foi ter sido capitão do Exército. 


Há anos as Forças Armadas aparecem como as instituições mais confiáveis nas pesquisas. 


Têm o significado de patriotismo e força moral. 


A religião também ajudou; a Teologia da Libertação espantou os pobres e hoje a grande força popular está nos evangélicos. 


Bolsonaro casou com uma evangélica da Ceilândia, cidade formada pela erradicação de favelas em Brasília. 


Finalmente, a convergência de ideias. 


A maioria silenciosa passou a falar, a maioria passiva e acuada por décadas por militantes arruaceiros, invasores, ativistas, teve a paciência esgotada e viu em Bolsonaro alguém que pensa igual à maioria, com as mesmas preocupações sobre segurança pública, família, corrupção, valores morais e Pátria. 


E deu-lhe 57.797.847 votos – 10.556.941 a mais do que seu adversário, que representava o que fora o maior líder popular desses tempos. 


São os votos da virada da chave.

Um dia após o crime, suspeita da morte de Daniel troca mensagens com a família do jogador: 'Ele só deu tchau, levantou e foi embora'


Resultado de imagem para Um dia após o crime, suspeita da morte de Daniel troca mensagens com a família do jogador: 'Ele só deu tchau, levantou e foi embora'

Jogador foi encontrado morto em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no sábado (27). Três pessoas da mesma família estão presas; advogado diz que filha tentava proteger o pai na troca de mensagens.



Suspeita troca mensagens com a família do jogador Daniel um dia após o crime — Foto: Reprodução
Suspeita troca mensagens com a família do jogador Daniel um dia após o crime — Foto: Reprodução.

Allana Brites, de 18 anos, suspeita de envolvimento da morte de Daniel, trocou mensagens via WhatsApp com a mãe e com a tia do jogador de futebol um dia depois do crime. 


As mensagens fazem parte do inquérito que apura a morte do atleta. 

Daniel e outras pessoas participaram da festa de aniversário de Allana em uma boate em Curitiba. 


Depois, por volta das 5h, foram para a casa da família Brittes em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana da capital. 

Lá, de acordo com a polícia, Daniel foi espancado e depois lavado por Edison para o matagal, onde foi encontrado morto


De acordo com o Instituto Médico-Legal (IML), inicialmente, a causa da morte foi ferimento por arma branca. 


A polícia afirma que o órgão genital do jogador foi cortado. 

Questionada pela família onde estaria Daniel, ela responde que não sabia dele, que não houve briga na casa dela e que o jogador foi embora, sozinho, por volta das 8h da manhã de sábado (27). 

“Ele só deu tchau, levantou e foi embora”, diz a mensagem. 

Allana Brittes, de 18 anos, o pai dela Edison Júnior, de 38 anos, e a mãe Cristiana Brittes, de 35 anos, foram presos temporariamente. 


A família é suspeita de envolvimento na morte do atleta. 

Edison confessou ter matado o jogador.  


Disse que cometeu o crime porque Daniel tentou estuprar a esposa dele. 

Em um vídeo gravado pela defesa da Allana, antes de ser presa, a jovem diz que conhecia Daniel há menos de um ano. 


Segundo a jovem, ela nunca teve relacionamento com Daniel e ele não foi convidado para ir à casa dela. 

Durante a conversa, no domingo (28), Allana diz que está indo ao Instituto Médico-Legal (IML) com os pais e diz para a mãe de Daniel ficar tranquila. 


“Se Deus quiser não via ser ele. 


Vamos ter fé. 


Vai dar tudo certo”. 

 Allana Brittes diz à família que estava indo ao IML — Foto: Reprodução
Allana Brittes diz à família que estava indo ao IML — Foto: Reprodução.

Em seguida, a mãe manda uma mensagem de áudio dizendo que Daniel está morto. 


Allana escreve que não acredita. 


”Não acredito nisso. 


Me diz que é mentira”. 

Na segunda-feira (29), Allana pede informações sobre o velório de Daniel. 

 Allana Bristes, uam das suspeitas da morte de Daniel, trocou mensagens coma  mãe e com a tia do jogador — Foto: Reprodução
Allana Bristes, uma das suspeitas da morte de Daniel, trocou mensagens coma mãe e com a tia do jogador — Foto: Reprodução.

Então, quem passa a responder as mensagens é a tia de Daniel. 


Ela faz perguntas sobre quem estava na casa da Allana, que horas Daniel havia saído, quem era a menina com quem Daniel estava, se essa menina era solteira e se havia ocorrido alguma briga. 

Allana responde que Daniel foi embora sozinho, umas “8h e pouco”, dá o nome de quem seria a menina, fala que essa menina estava dormindo com ela quando Daniel foi embora e que não havia ocorrido nenhuma briga na casa dela. 

“Claro que não, imagina! Era a minha casa! 


Ele só deu tchau, levantou e foi embora”. 

O advogado Claudio Dalledone, que defende a família, disse que as mesnagens não surpreendem e que a filha estava tentando proteger o pai. 

“Edson Júnior assume ter matado e ocultado o cadáver de Daniel Freitas. 


Logo, uma suposta conversa como a que vem sendo divulgada é natural, um ato impensado e desesperado de uma filha tentando proteger o pai”, diz trecho da nota divulgada pelo advogado. 

Polícia procura outros suspeitos.

 

A Polícia Civil do Paraná procura por outros três suspeitos que teriam participado da morte de Daniel. 

"Nós estamos identificando quem são as pessoas que estavam na casa junto do principal suspeito.


Sabemos que três pessoas entraram com ele e o jogador dentro do carro para matar Daniel", afirmou o delegado Amadeu Trevisan, da Delegacia de São José dos Pinhais. 

O delegado disse que o jogador não teve como reagir à agressão que sofreu dentro da casa. 

 Daniel jogo pelo Coritiba em 2017 — Foto: Divulgação/Coritiba
Daniel jogo pelo Coritiba em 2017 — Foto: Divulgação/Coritiba.

O meia Daniel estava emprestado pelo São Paulo ao São Bento, time que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. 


Em 2017, jogou no Coritiba. 

Daniel nasceu em Juiz de Fora (MG) e tinha 24 anos. 


Revelado pelo Cruzeiro, o meia também passou pelo Botafogo e Ponte Preta. 

O atleta foi velado e enterrado em Conselheiro Lafaiete (MG), onde a família dele mora.

Juíza substituta de Sérgio Moro faz na segunda-feira interrogatórios do caso do sítio de Atibaia




Juíza Gabriela Hardt será a substituta temporária de Sérgio Moro
Juíza Gabriela Hardt será a substituta temporária de Sérgio Moro.

A juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, está em viagem no exterior e voltará neste fim de semana para assumir os processos da Operação Lava Jato. 

Segundo o blog apurou, Gabriela deverá realizar já nesta segunda-feira (5) uma audiência do processo do sítio de Atibaia, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu

Será o interrogatório de Carlos Armando Guedes Paschoal, ex-diretor da Odebrecht, e Emyr Diniz Costa Junior, engenheiro e delator da empreiteira. 

Ela fica à frente dos processos da Lava Jato até que seja escolhido um novo juiz titular – a juíza não pode assumir em definitivo porque é substituta. 


A seleção do novo juiz será de responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
  — Foto: Editoria de Arte / G1
— Foto: Editoria de Arte / G1.

quinta-feira, novembro 01, 2018

Bolsonaro diz que Moro pediu 'liberdade total' e que não vai interferir no trabalho do ministro

Presidente eleito concedeu entrevista coletiva no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (1º). Sérgio Moro aceitou convite para comandar Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

Por Felipe Matoso e Nicolás Satriano, G1 - Brasília e Rio de Janeiro - 01/11/2018 17h15.

Jair Bolsonaro dá entrevista coletiva e fala sobre convite a Sérgio Moro para Min. Justiça
Jair Bolsonaro dá entrevista coletiva e fala sobre convite a Sérgio Moro para Min. Justiça.

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (1º) ter concordado "100%" com os pedidos do juiz Sérgio Moro para assumir o Ministério da Justiça, entre os quais "liberdade total" para combater a corrupção e o crime organizado. 

Até então responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná, Moro viajou ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira e aceitou o convite de Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública a partir do ano que vem. 


Com isso, Moro deixou a Lava Jato

"Conversamos por uns 40 minutos e ele [Moro] expôs o que pretende fazer caso seja ministro e eu concordei com 100% do que ele propôs. 


Ele queria uma liberdade total para combater a corrupção e o crime organizado, e um ministério com poderes para tal", disse o presidente eleito. 

Ao conceder entrevista coletiva na casa dele, no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que não vai interferir do trabalho do futuro ministro. 

Questionado se Moro será o "xerife" do governo, respondeu: "É um ministério importante e, inclusive, ficou bem claro em conversa entre nós que qualquer pessoa que porventura apareça nos noticiários policiais vai ser investigada e não vai sofrer qualquer interferência por parte da minha pessoa". 

Além de Sérgio Moro, Bolsonaro já anunciou os nomes de outros quatro ministros: o deputado Onyx Lorenzoni (Casa Civil), o economista Paulo Guedes (Economia), o general Augusto Heleno (Defesa) e o astronauta Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
Sérgio Moro será o ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Bolsonaro
Sérgio Moro será o ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Bolsonaro.

Moro aceita convite de Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça

Responsável pela Lava Jato em Curitiba, Sérgio Moro, é o quinto ministro anunciado para compor o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

 

Por G1 - Brasília

01/11/2018 11h05.

Imagem relacionada


O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para chefiar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. 


Os dois estiveram reunidos nesta manhã, no Rio de Janeiro. 



Moro chegou à casa de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, um pouco antes das 9h. 



Ele veio de Curitiba em voo de carreira e sem seguranças.


Após o encontro, Moro divulgou nota dizendo que aceitou "honrado" o convite. 



Moro disse, ainda, que aceitava o cargo com "certo pesar" pois terá que abandonar a carreira de juiz após 22 anos de magistratura. 


"No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão", escreveu Moro. 
"Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior", concluiu.
Sérgio Moro será o ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Bolsonaro
Sérgio Moro será o ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Bolsonaro.


Segundo o juiz, a Operação Lava Jato seguirá em Curitiba "com os valorosos juízes locais". 



Ele disse que desde já vai se afastar de novas audiências.
Sérgio Moro chega à casa de Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
Sérgio Moro chega à casa de Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.


Com a decisão de se afastar do Judiciário, Moro não vai mais interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – o petista seria ouvido em 14 de novembro. 


Pouco antes de a nota ser divulgada, um assessor do presidente eleito já havia confirmado a decisão do juiz para o colunista da GloboNews e do G1 Valdo Cruz


Moro é o quinto ministro anunciado pelo governo Bolsonaro. 



Outros quatro já foram anunciados: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), general Augusto Heleno (Defesa) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). 


O presidente Jair Bolsonaro confirmou, por meio do Twitter, que o juiz federal Sérgio Moro aceitou seu convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. 


"Sua agenda anti-corrupção, anti-crime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte!", afirmou Bolsonaro.
Moro diz que aceitar o ministério depende de agenda anticorrupção e anticrime organizado
Moro diz que aceitar o ministério depende de agenda anticorrupção e anticrime organizado.


Durante voo de Curitiba para o Rio de Janeiro, Sergio Moro afirmou à reportagem da TV Globo que não havia nada definido e que aceitar o convite para assumir o ministério dependia de agenda anticorrupção e anticrime organizado para o país. 


"Se houver a possibilidade de uma implementação dessa agenda, convergência de ideias, como isso ser feito, então há uma possibilidade. 



Mas como disse, é tudo muito prematuro", afirmou Moro. 


Nota divulgada pelo juiz Sérgio Moro.

 
Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão.



Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. 



Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. 



No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão.



Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. 



A Operação Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. 



De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. 



Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.

 
Curitiba, 01 de novembro de 2018.

 

MORO ACEITA SER MINISTRO DA JUSTIÇA DE BOLSONARO

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...