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quarta-feira, setembro 05, 2018

Pesquisa Ibope: Bolsonaro, 22%; Marina, 12%; Ciro, 12%; Alckmin, 9%; Haddad, 6% | Eleições 2018

Alvaro Dias e Amoêdo têm 3% cada um, e Meirelles, 2%. Boulos, Vera e João Goulart Filho registraram 1% cada um. Cabo Daciolo e Eymael não atingiram 1%. Levantamento foi feito entre os dias 1 e 3 de setembro e ouviu 2002 eleitores. Margem de erro é de 2 pontos.

Por G1, Brasília
Ibope divulga nova pesquisa de intenção de votos na eleição presidencial
Ibope divulga nova pesquisa de intenção de votos na eleição presidencial.
 
O Ibope divulgou nesta quarta-feira (5) o resultado da mais recente pesquisa de intenção de voto na eleição presidencial.
 
Sobre esse levantamento, o Ibope divulgou a seguinte nota:
"Como informado ontem, na pesquisa de intenção de votos realizada entre os dias 1 e 3 de setembro, para seguir as decisões decorrentes do indeferimento da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, que proibiram, entre outras coisas, que o ex-presidente participasse, como candidato, de atos de campanha, o Ibope deixou de aplicar o questionário em que o nome de Lula aparecia como postulante ao cargo de presidente da República, como constava do registo da pesquisa feito no TSE.
 
O instituto pesquisou apenas o cenário em que o nome de Fernando Haddad, candidato a vice-presidente pelo PT, aparecia juntamente com os candidatos que pediram registro.
 
O Ibope indagou ao TSE se este procedimento estava correto.
 
Em sua decisão de hoje, o ministro Luiz Felipe Salomão explicou que, segundo a lei, o TSE está impedido de responder a consultas como essa durante o período eleitoral.
 
Diante disso, e convicto de que agiu de boa fé e dentro da lei, e, ainda, no intuito de não privar o eleitor de informações relevantes sobre a situação atual das intenções de voto na eleição presidencial, o Ibope decidiu liberar os resultados da pesquisa para divulgação, decisão que contou com o apoio dos contratantes TV Globo e o 'Estado de S.Paulo'."
  • Jair Bolsonaro (PSL): 22%
  • Marina Silva (Rede): 12%
  • Ciro Gomes (PDT): 12%
  • Geraldo Alckmin (PSDB): 9%
  • Fernando Haddad (PT): 6%
  • Alvaro Dias (Podemos): 3%
  • João Amoêdo (Novo): 3%
  • Henrique Meirelles (MDB): 2%
  • Guilherme Boulos (PSOL): 1%
  • Vera (PSTU): 1%
  • João Goulart Filho (PPL): 1%
  • Cabo Daciolo (Patriota): 0%
  • Eymael (DC): 0%
  • Branco/nulos: 21%
  • Não sabe/não respondeu: 7%
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo". 
 
É o segundo levantamento do Ibope realizado depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral e o primeiro depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a candidatura de Lula.

Após 3 dias, bombeiros concluem que Museu Nacional estava em situação irregular | Rio de Janeiro

Por RJ1

Bombeiros concluem que Museu Nacional estava em situação irregular
Bombeiros concluem que Museu Nacional estava em situação irregular.
 
Três dias depois do incêndio que atingiu o Museu Nacional, os bombeiros finalmente conseguiram analisar a documentação da instituição. 
A conclusão divulgada nesta quarta-feira (5) é que a instituição estava em situação irregular no que diz respeito à legislação de segurança contra incêndio e pânico. 
 
O espaço não possuía Certificado de Aprovação em dia. 
O documento atesta quando as medidas de segurança básica estão presentes. 
A corporação, no entanto, não explicou por que o Museu permaneceu aberto à visitação mesmo não estando em dia com os papéis. 
 
De acordo com a vice-diretora, Cristiana Serejo, o local era extremamente frágil e não tinha portas corta-fogo. 
A instituição vinha sofrendo com falta de recursos e tinha sinais de má conservação, como fios elétricos aparentes, cupins e paredes descascadas.  
As condições precárias já estavam sendo investigadas pelo Ministério Público Federal havia 2 anos
 
O prédio, que não tem seguro, carecia de portas corta-fogo e de brigadistas de incêndio. 
 
Veja a nota completa do Corpo de Bombeiros: 
"Após análise de toda a documentação relativa ao Museu Nacional, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro confirma que o órgão não tem o Certificado de Aprovação (CA) da corporação, o que significa que está irregular no que diz respeito à legislação vigente de segurança contra incêndio e pânico. 
 
O Certificado de Aprovação é o documento que atesta a conformidade das condições arquitetônicas da edificação (área construída, número de pavimentos), bem como as medidas de segurança exigidas pela legislação (extintores, caixas de incêndio, iluminação e sinalização de segurança, portas corta-fogo).
 
É importante ressaltar que estar em conformidade com as medidas de segurança contra incêndio e pânico é uma obrigação de todos. 
É de responsabilidade dos administradores dos imóveis o cumprimento da legislação vigente. 
 
É imprescindível a cultura de prevenção na sociedade."
Incêndio lembra importância do Museu Nacional
Incêndio lembra importância do Museu Nacional.

Bolsonaro faz carreata no Distrito Federal e diz que varrerá PT e PSDB para a 'lata do lixo da história' | Eleições 2018 no Distrito Federal 4-5 minutos

Candidato do PSL à Presidência da República cumpriu agenda de campanha em Ceilândia, região do Distrito Federal. 'Brasil não suporta mais outro ciclo de PT e PSDB', declarou candidato.

 

Por Fernanda Calgaro, G1, Brasília

O candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, faz gesto representando uma arma durante carreata em Ceilândia, no Distrito Federal (Foto: Fernanda Calgaro / G1)

O candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, faz gesto representando uma arma durante carreata em Ceilândia, no Distrito Federal (Foto: Fernanda Calgaro / G1).
 
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, participou nesta quarta-feira (5) de uma carreata em Ceilândia, no Distrito Federal. 
 
Segundo ele, a polarização que se reproduziu nas últimas eleições entre PT e PSDB não vai se repetir neste ano. 
 
"O Brasil não suporta mais outro ciclo de PT e PSDB. 
Vamos varrer a cúpula desses partidos para a lata de lixo da história", afirmou o candidato.
 
De acordo com Bolsonaro, ataques de partidos adversários não vão abalar a sua candidatura. 
"Esses ataques que estou sofrendo do PSDB e do PT não vão abalar as nossa candidaturas. 
Essa é a velha forma de fazer política e já está ultrapassada", disse. 
 
Bolsonaro fez o discurso do alto de um trio elétrico, antes de sair de Ceilândia, em carreata que seguiu até o centro de Taguatinga. 
 
Motoqueiros e carros acompanharam o trio elétrico onde estava Bolsonaro. 
Do alto, ele acenava e fazia gestos com as mãos imitando armas de fogo. 
 Bolsonaro no alto de trio elétrico, durante carreata em Ceilândia, região do DF (Foto: Fernanda Calgaro/G1)
Bolsonaro no alto de trio elétrico, durante carreata em Ceilândia, região do DF (Foto: Fernanda Calgaro/G1).
 
Na terça-feira (4), os ministros Sérgio Banhos e Luis Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negaram pedido de Bolsonaro, para suspender peças de propaganda do PSDB, Geraldo Alckmin, veiculadas na TV e no rádio.
 
Numa inserção na TV, a propaganda de Alckmin exibiu discussões de Bolsonaro com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) e com uma jornalista. 
 
A defesa do deputado apontou montagem “divulgando sua imagem e fala em contexto totalmente desconectado da realidade dos fatos”, “tentando imprimir a pecha de que maltrata as mulheres”. 
 
No rádio, a propaganda de Alckmin veiculou trecho de uma entrevista de Bolsonaro ao Jornal Nacional em que ele afirma ter votado contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que ampliou direitos trabalhistas das empregadas domésticas.
Jair Bolsonaro durante carreata em Ceilândia, região do DF, nesta quarta-feira (5)
Jair Bolsonaro durante carreata em Ceilândia, região do DF, nesta quarta-feira (5).

sábado, setembro 01, 2018

Bolsonaro diz que se eleito família será respeitada: 'Aqui tem macho e fêmea' | Eleições 2018 no Acre

Candidato do PSL à Presidência cumpre agenda em Rio Branco (AC) neste sábado (1º). No discurso, também afirmou que não admitirá que crianças sejam 'pervertidas' por programas de governo.

Por G1 AC
Candidato do PSL, Jair Bolsonaro, faz campanha no Acre
Candidato do PSL, Jair Bolsonaro, faz campanha no Acre.
 
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado (1º) que, se for eleito, a família será respeitada porque "aqui tem macho e fêmea". 
 
Bolsonaro cumpre agenda de campanha neste sábado no Acre. 
Durante o discurso na chegada a Rio Branco, ele também afirmou que em um eventual governo não admitirá que crianças sejam "pervertidas" por programas de governo. 
 
"A família vai ser respeitada. 
Aqui tem macho e fêmea e não vamos admitir que nossas crianças continuem sendo pervertidas em programas de governo. 
Respeito a opção de qualquer um, vai ser feliz, mas não vamos brincar com nossas crianças", declarou o candidato. 
 
Bolsonaro chegou ao aeroporto Plácido de Castro por volta das 12h. 
O candidato subiu em um trio elétrico e fez discurso. 
Após ter sido recebido por apoiadores, seguiu para a região central de Rio Branco, onde participará de um comício. 
 O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante discurso em um ato político em Rio Branco (AC) (Foto: Iriá Rodrigues/G1 AC)
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante discurso em um ato político em Rio Branco (AC) (Foto: Iriá Rodrigues/G1 AC).
 
Ainda no discurso deste sábado, Bolsonaro afirmou que as questões ambiental e indigenista "não vão mais atrapalhar o progresso" da população do estado. 
 
O candidato declarou também que o Estado brasileiro, num eventual governo, vai parar de "atrapalhar" a vida de quem quer produzir.

Site oficial do TSE indica Lula como 'inapto' e pedido de registro da candidatura como 'indeferido' | Eleições 2018

Em julgamento concluído na madrugada deste sábado, ministros do Tribunal Superior Eleitoral negaram candidatura por 6 votos a 1 por entender que ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

 

Por G1, Brasília

Indicação em site oficial do TSE da condição de Lula como candidato ("inapto") e da situação do pedido de registro da candidatura ("indeferido") (Foto: Reprodução )
Indicação em site oficial do TSE da condição de Lula como candidato ("inapto") e da situação do pedido de registro da candidatura ("indeferido") (Foto: Reprodução ).
 
 
O site oficial de divulgação de candidatos e contas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a indicar neste sábado (1º) como "indeferido" o pedido de candidatura a presidente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 
 
O site estabelece categorias para informar a situação do candidato ("cadastrado", "apto" ou "inapto") e em qual estágio se encontra o pedido de registro da candidatura ("aguardando julgamento", "deferido", "deferido com recurso", "pendente de julgamento", entre outras). 
 
No caso de Lula, o site classifica o candidato como "inapto" e o pedido de registro como "indeferido". 
 
Para "inapto", o TSE dá a seguinte definição: "Candidato sem habilitação para ser votado na urna eletrônica. 
Caso o eleitor digite o número de um candidato inapto, o voto será nulo". 
 
"Indeferido", segundo o site do TSE, significa: "Candidato que não reuniu as condições necessárias ao registro". 
 
Na madrugada deste sábado, os ministros do TSE concluíram o julgamento do pedido de registro de Lula como candidato a presidente. 
O pedido foi negado por 6 votos a 1
 
Os ministros entenderam que o ex-presidente, preso desde abril em Curitiba, se enquadra no estabelecido pela Lei da Ficha Limpa e não pode concorrer.

'Arrancaram o olho do meu neto à bala', diz avó sobre PMs acusados de matar menino de 10 anos em SP | São Paulo

Manicure falou ao G1 sobre denúncia do MP contra 5 policiais no caso do menino Ítalo, morto com um tiro na cabeça após perseguição quando furtou carro em 2016.

 

Por Kleber Tomaz , G1 SP, São Paulo
Família de menino morto pela PM comenta acusação do MP
Família de menino morto pela PM comenta acusação do MP.
 
"Acho que ser humano nenhum gosta de ver um parente morto daquele jeito. 
Arrancaram o olho do meu neto à bala. 
Ele era uma criança." 
 
A declaração acima foi dada nesta semana ao G1 pela manicure Zenaide de Jesus Siqueira, de 59 anos, ao comentar a denúncia do Ministério Público (MP) de São Paulo contra cinco policiais militares acusados no caso da morte de Ítalo Ferreira de Jesus Siqueira (veja vídeo acima).
 
O menino foi morto com um tiro na cabeça aos 10 anos de idade durante perseguição policial após ter furtado um carro com um amigo de 11 anos. 
Ítalo dirigia um veículo Terios Daihatsu e seu colega, que estava no banco traseiro, não foi ferido. 
 
Os agentes alegaram que atiraram para se defender após serem recebidos a tiros, mas laudo pericial concluiu que não teve disparo de dentro do veículo na direção das viaturas e motos da Polícia Militar (PM). 
Os disparos foram feitos de fora. 
Após essa informação, eles disseram que dispararam ao ver um clarão. 
O crime ocorreu em 2 de junho de 2016, na região do Morumbi, área nobre da Zona Sul da capital paulista. 
Parte da ocorrência foi registrada por câmeras de segurança.
MP de São Paulo denuncia cinco PMs envolvidos na morte de um menino de 10 anos
MP de São Paulo denuncia cinco PMs envolvidos na morte de um menino de 10 anos.
 
Na quarta-feira (29), a Promotoria acusou dois agentes da Polícia Militar de participarem diretamente do assassinato de Ítalo. 
Eles também deverão responder a acusação de terem alterado a cena do crime, com mais três PMs, para simular um suposto confronto. 
 
“Eu acho assim: quando uma pessoa está para fazer uma coisa errada, prende. 
O menino não estava no carro?”, indaga a avó de ítalo, Zenaide. 
“Desse tiro no pneu. 
O carro tinha pneu. 
Desse tiro de pneu, mas não desse um tiro no olho do meu neto. 
Para que fizeram aquilo com meu neto?”.
 
O promotor Fernando César Bolque acusou os policiais Otávio de Marqui e Israel Renan Ribeiro da Silva por homicídio doloso (com intenção de matar), e Daniel Guedes Rodrigues, Lincolnl Alves e o soldado identificado apenas como Adriano por fraude processual. 
O MP também acusou Otávio e Israel pela fraude. 
Não foi pedida a prisão dos PMs, que respondem ao crime em liberdade e estão trabalhando normalmente. 
 
Até a tarde desta sexta-feira (31) a Justiça ainda não havia decidido se aceitava ou não a denúncia. 
Se aceitar, os acusados se tornam réus no processo. 
Todos os agentes respondem aos crimes em liberdade. 
 Imagem que circula nas redes sociais mostra Ítalo dentro do carro que furtou após ter sido baleado pela PM em 2016 (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Imagem que circula nas redes sociais mostra Ítalo dentro do carro que furtou após ter sido baleado pela PM em 2016 (Foto: Reprodução/Redes sociais).
 
“Agora vamos ver como é que vai ser. 
Se vai ter Justiça mesmo sobre esse caso. 
Se vai ficar por isso mesmo”, diz Patrícia Dias Siqueira, de 39 anos, sobre o caso do sobrinho. 

O garoto se dividia entre a casa da avó e a residência da tia, onde é possível ver a frase 'eterno Ítalo' na porta do quarto onde ele dormia.
 
Avó e tia se dividiam na criação de Ítalo na Favela do Piolho, também na Zona Sul, já que os pais do garoto costumavam ficar presos após cometerem crimes recorrentes. 
 
“Na época, a mãe dele estava presa. 
Aí a gente ficou cuidando dele até ela sair”, conta Patrícia sobre a ex-cunhada, Cintia Ferreira Francelino, de 31, que já cumpriu penas por furto. 
A reportagem não conseguiu encontrar a mãe de Ítalo para comentar o assunto. 
 Desenho mostra local da cabeça onde tiro atingiu menino de 10 anos (Foto: Reprodução)
Desenho mostra local da cabeça onde tiro atingiu menino de 10 anos (Foto: Reprodução).
 
“O pai dele continua preso. 
Está para sair este ano”, diz a tia sobre o irmão dela, Fernando de Jesus Siqueira, detido por tráfico de drogas. 
O G1 não encontrou a defesa dele para falar. 
 
Cintia e Fernando não estão mais juntos. 
Ítalo tem mais seis irmãos, de outros relacionamentos de seus pais, segundo os parentes. 
 
“O Ítalo tem todo um histórico de abandono, negligência e violações de direitos. 
Foi criado praticamente sem a presença do pai e da mãe, com apoio dos tios e da avó”, afirma o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Infância e Juventude do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe). 
 
 Zenaide Siqueira, avó de Ítalo: 'arrancaram o olho do meu neto à bala'  (Foto: Kleber Tomaz/G1)
 Zenaide Siqueira, avó de Ítalo: 'arrancaram o olho do meu neto à bala' (Foto: Kleber Tomaz/G1).
Segundo Ariel, o garoto passou por conselhos tutelares na infância. 
Dos 6 aos 7 anos morou sozinho nas ruas e até dentro de uma van. 
Não frequentava a escola e depois passou a pedir trocados em semáforos e no Aeroporto de Congonhas, onde foi engraxate. 
 
“É um caso emblemático da falência das políticas sociais de atendimento às crianças e adolescentes em situação de risco. 
Quando as famílias, o estado e a sociedade excluem, a criança acaba se incluindo na criminalidade.” 
 
Ítalo e o amigo que invadiram um prédio da Zona Sul para furtar o automóvel já tinham se envolvido antes em outros cinco delitos: invasão à residência, fuga de abrigo, ameaça, furto e dano ao patrimônio. 
 
“Eu coloquei o menino na creche, coloquei na escola. 
E eu falhei aonde nisso aí?” diz Zenaide, a avó, enquanto mostra a cama dentro do barraco de madeira onde Ítalo ficava quando não estava na rua. 
"Eu falava para ele não fazer coisa errada." 

"Bate uma saudade tão grande", conta a manicure que disse ter dado todas as fotos e pertences do neto para não chorar mais. 
Segundo ela, Ítalo se tratava com médicos para controlar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). 
"Ele tomava remédio porque era agitado". 
 Uma das entradas da Favela do Piolho, onde Ítalo morava com a avó e a tia na Zona Sul de São Paulo (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Uma das entradas da Favela do Piolho, onde Ítalo morava com a avó e a tia na Zona Sul de São Paulo (Foto: Kleber Tomaz/G1).
 

Defesa diz que não há dolo.

 

Procurada pelo G1, a defesa dos agentes acusados contestou a denúncia. 
"Espanta o oferecimento desta denúncia. 
São inocentes e em nenhum momento tiveram a intenção de matar. 
Não há dolo. 
E se não há dolo não há homicídio. 
Só acertou a cabeça de uma criança porque não era um adulto", disse o advogado Marcos Manteiga. 
"Não houve fraude processual porque o garoto foi socorrido com vida". 
 
Os PMs ainda disseram não saber que dentro do carro estavam duas crianças infratoras. 
Os PMs Otávio, que estava na motocicleta, e Israel, que havia saído da viatura, atiraram. 
Segundo eles, Ítalo dirigia o carro e estava armado com revólver calibre 38. 
 
A bala que atingiu Ítalo, por sua vez, partiu da arma de Otávio, mas, para a Promotoria, Israel também contribuiu para a morte do menino. 
"Bem como prestar auxílio moral ao denunciado Otávio Marqui, na medida em que sua presença ostensiva, instigou-o à conduta delituosa acima mencionada", escreveu o promotor Bolque na denúncia. 
 
Os demais PMs, em companhia dos agentes que dispararam, também foram acusados de retirar a suposta arma que estaria com Ítalo, e de disparar com ela para induzir a investigação e a Justiça a erro de que teria ocorrido uma troca de tiros. 
 Patrícia Siqueira, tia, mostra 'eterno Ítalo' escrito na porta do quarto onde o sobrinho costumava dormir (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Patrícia Siqueira, tia, mostra 'eterno Ítalo' escrito na porta do quarto onde o sobrinho costumava dormir (Foto: Kleber Tomaz/G1).
 
Em 2017, as investigações de policiais civis e da Corregedoria da Polícia Militar haviam concluído que a ação dos agentes no caso do menino Ítalo foi legítima
De acordo com o relatório final, os PMs atiraram e o menor foi morto numa troca de tiros durante perseguição a um carro furtado. 
 
Mas ainda no ano passado, o Ministério Público não concordou com a conclusão do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que não responsabilizou nenhum dos policiais pela morte do garoto, e devolveu o inquérito para que o caso fosse investigado novamente. 
 
Áudio da Centro de Operações da PM (Copom) com gravação da conversa com os policiais também faz parte da investigação. 
Na mesma gravação de voz, o Copom chegou a pedir para os policiais evitarem confronto. 
 Comunidade da Favela do Piolho, Zona Sul de São Paulo (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Comunidade da Favela do Piolho, Zona Sul de São Paulo (Foto: Kleber Tomaz/G1)


Um vídeo feito pelos próprios policiais com a confissão do garoto de 11 anos dizendo que ele e Ítalo estavam armados e os agentes agiram em legítima defesa também faz parte do inquérito (assista abaixo). 
 
Mas essa prova é questionada porque o amigo de Ítalo deu três versões diferentes para o caso. 
Na primeira disse que seu colega estava armado e atirou nos PMs, que revidaram; na segunda, acusou os agentes de executarem seu colega, e na terceira, falou que ele e o menino morto não estavam armados e os PMs ‘plantaram’ a arma para justificar o homicídio. 

Atualmente, o menino de 11 anos está no programa de proteção à testemunha.

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