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sexta-feira, abril 01, 2016

A 10 dias das eleições, peruanos não sabem quem disputará a presidência

Nova lei permite impugnar candidatos até o dia da eleição.
Os dois primeiros colocados são investigados por compra de votos.

Da France Presse
Keiko Fujimori, primeira colocada entre os candidatos à presidência do Peru, é uma das investigadas (Foto: Ernesto Benavides/AFP)Keiko Fujimori, primeira colocada entre os candidatos à presidência do Peru, é uma das investigadas (Foto: Ernesto Benavides/AFP)
 
A nova lei de partidos -- que fez com que a metade das candidaturas fosse impugnada -- e as renúncias de último minuto causam confusão no Peru, com eleitores que ainda não sabem que candidatos continuam na disputa, faltando apenas 10 dias para as eleições.

Até as candidaturas de Keiko Fujimori, que lidera as pesquisas, a de seu adversário mais próximo, Pedro Pablo Kuczynski (PPK), estão sendo investigadas por casos de compra de votos, um delito que a nova lei do país pune com a expulsão da disputa.

Os opositores a essa nova norma alegam que ela carece de critérios mais claros em sua aplicação.
A lei em questão, que visa a punir delitos como compra de votos, deixa em aberto até o dia da eleição a possibilidade de impugnar uma candidatura.

Teoricamente, os dois candidatos que somam 50% das preferências poderão ficar de fora da eleição, apesar de seus rostos já estarem impressos nas mais de 20 milhões de cédulas de votação.

A possível exclusão de Fujimori depende do Júri Nacional Eleitoral (JNE), enquanto que o caso do PPK ainda se encontra em um tribunal local.

Beco sem saída

Depois de um longo debate no Congresso, a lei entrou em vigor em janeiro e foi questionada por analistas eleitorais porque permite a exclusão de candidatos na fase final da campanha, gerando confusão no eleitorado.


"A lei promulgada recentemente permite que os candidatos sejam impugnados numa fase muito avançada do processo eleitoral, o que é problemático porque afeta os candidatos e a cidadania", observou Renate Weber, a chefe da missão de observação da União Europeia.

Para o especialista em questões eleitorais, Fernando Tuesta, as modificações introduzias pelo Congresso na lei, em particular a exclusão de candidatos, vão de encontro a seus objetivos: reforçar os partidos e a democracia interna e acabar com o clientelismo político.

"A lei nos levou para um beco sem saída", acrescentou.

Em fevereiro, já havia sido impugnado César Acuña, um dos favoritos, por também comprar votos, enquanto que o economista Julio Guzmán, que se encontrava em segundo lugar nas preferências, ficou de fora da disputa por não cumprir com as normas administrativas durante as primárias de seu partido.

Ele disparou uma série de críticas contra o JNE, pedindo para que Fujimori fosse "medida com a mesma régua que Acuña".

Também para o Ministério Público, existem tensões e desconfianças diante do atual processo eleitoral provocadas pelas modificações legislativas de última hora na lei de partidos, que geraram interpretações díspares e confusões.

O presidente do JNE, Francisco Távara, defendeu a imparcialidade do colegiado de cinco juízes e da nova lei.

Renúncias oportunas

A disputa começou com 19 candidatos.


Depois das impugnações e renúncias, a cédula de votação ficou com 14 nomes, mas destes, quatro renunciaram nos últimos dias. 

A lei também não estabelece limite para se deixar a contenda.

A renúncia dos menos favorecidos nas pesquisas se presta a salvar o pescoço de seus partidos, pois eles precisam alcançar 5% do total dos votos para manter vigente sua inscrição.

Entre os que desistiram de concorrer nas eleições, está o governista Partido Nacionalista.

Em uma carta que o presidente Ollanta Humala assinou como membro do comitê executivo, seu partido reclama falta de "transparência".

Somente 10 candidatos continuam em disputa, e um deles - um ex-governador regional - participa do processo diretamente da cadeia, enquanto espera sua sentença por malversação de fundos públicos.

Para os especialistas, estas são as eleições mais tumultuadas desde o fim de 2000, quando o ex-presidente Alberto Fujimori - pai da candidata favorita e atualmente preso - foi acusado de manipular as leis para conseguir um terceiro mandato.

"Somos o único país da região com uma lei que permite excluir candidatos de uma eleição.

 Isso não acontecia desde 1950", quando o país era governado pela ditadura militar do general Manuel Odría, que excluiu o candidato opositor para disputar sozinho, recorda Tuesta.

Ministério está atento a pessoas que tomam 'iniciativas de ódio', diz Aragão

Ministro da Justiça comparou momento atual ao período da ditadura no Brasil.
Pessoas que ‘ultrapassam a linha vermelha’ terão devida resposta, afirmou.

Laís AlegrettiDo G1, em Brasília

Na quinta-feira (31), o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, falou sobre o risco do surgimento do "primeiro cadáver” em razão do ambiente de “radicalização” e “intolerância” política desde as eleições de 2014. Ele criticou o que chamou de “incentivo aberto” à violência nas redes sociais, o que, para o ministro, deveria ser caracterizado como crime.

Também nesta quinta, a presidente Dilma Rousseff disse, durante encontro com artistas e intelectuais contrários ao processo de impeachment que ela enfrenta, que "não se une o país destilando ódio, rancor, raiva e perseguição”.

“O ministério está atento às pessoas que estão tomando iniciativas de ódio, de intolerância, que não querem essa democracia que construímos. 

As pessoas que ultrapassam a linha vermelha e com violência, [que] tratam seus semelhantes com desprezo, seja no mundo real, seja no mundo virtual, terão a devida resposta deste ministério. 

Porque neste momento nós não podemos mostrar fraqueza”, afirmou Aragão, em discurso no Ministério da Justiça.

Em seguida, o ministro da Justiça disse que "é importante resistir" e que não se pode "tolerar" quem não conseguiu vencer eleição e quer "quebrar a ordem democrática" no "tapetão".

"Se mostramos fraqueza, seremos dominados e corremos risco de retrocessos. 

É importante resistir. Não temos que ter medo, porque o medo é que nos paralisa. 

Temos que ir para frente, com serenidade, mas com muita disposição e decisão. 

Não podemos tolerar que aqueles que não conseguiram ganhar uma eleição queiram agora, no tapetão, quebrar a ordem democrática", disse.

O ministro mencionou a existência de um "discurso oportunista e ideológico" e disse que é necessário "lutar com firmeza" pela liberdade conquistada.

"Tentaram de todo modo fazer com que esse governo não pudesse assumir o seu lugar. 

Fizeram-no no TSE [Tribunal Superior Eleitoral], fizeram-no no Poder Legislativo, buscam-no no Poder Judiciário, seja através de iniciativa levadas ao Ministério Público, à polícia, a juízes de direito, mas não podemos estremecer nesta hora. 

Nós temos que ficar atentos, todos nós, saber claramente o que está me jogo e lutar com firmeza pela liberdade que conquistamos. 

Liberdade que é para nos e, curiosamente, para eles também", disse.

Após mencionar a luta pela liberdade, o ministro disse que há uma luta para que a presidente Dilma Rousseff prossiga em seu mandato.

"Não queremos perder conquistas populares e sociais.

Este momento, portanto, é momento que devemos mostrar nossa disposição, nossa garra, exatamente nessa efeméride, nesse dia triste para a História do Brasil".

Ao fim do discurso, ele disse que conclamava o público a resistir. "Resistamos a todas as tentativas de golpe", afirmou.


52 anos do golpe

Aragão disse que a ditadura militar foi um período "sombrio" e que "se inaugurou pela intolerância, pela raiva, pelo ódio, pelo desprezo às lutas populares, pela incapacidade de diálogo".


"Estamos aqui num momento da vida nacional muito significativo, neste momento também, em que muitos aspectos que estamos experimentando hoje lembram aqueles tristes tempos.

Esta data de hoje talvez deva ser pra todos nós momento de reflexão.

Nós devemos neste momento talvez refletir a respeito da tolerância, do diálogo, da necessidade de construirmos pontes para que aquilo que aconteceu naquela época, há 52 anos, não volte a se repetir", afirmou.

O ministro afirmou que a democracia foi construída com muito "custo" e muita "dor" e que deixou várias vítimas que resistiram o regime militar.

O discurso de Aragão foi feito no Ministério da Justiça, onde ocorreu a solenidade inaugural das sessões de 2016 da Comissão de Anistia.

Durante o evento, que lembrou os 52 anos do golpe militar, houve homenagem a personalidades que foram perseguidas políticas durante a ditadura ou que contribuíram na luta pela redemocratização do país.

Clima de hostilidade

A hostilidade entre defensores e contrários ao impeachment se refletiu em atos de vandalismo e em declarações de políticos.


Sedes do PT em diferentes pontos do país foram alvos de ataques. 

Entre outros episódios de violência, no mês passado, o diretório do partido em São Paulo foi atingido por uma bomba e a sede de Belo Horizonte foi alvo de três ataques.

Em Jundiaí, vândalos atearam fogo à sede da legenda.  

O mesmo ocorreu em Goiânia.

Uma bomba caseira também foi arremessada contra a sede do Instituto Lula, que representa o ex-presidente, em São Paulo. 

De acordo com o Instituto, uma câmera de segurança registrou que o artefato foi arremessado de dentro de um veículo que diminuiu a velocidade ao passar pela sede do Instituto.

Ainda em São Paulo, a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) sofreu pichação, o que motivou inclusive a divulgação de uma nota de protesto da presidente Dilma Rousseff

Na mesma nota, ela pediu providências em relação a uma ação de policiais militares na subsede de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC durante um ato de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula fala em "bater nos coxinha" na gravação de uma escuta telefônica autorizada pela Justiça e divulgada no último dia 16 pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal.

 Na conversa com o irmão Genival da Silva, o ex-presidente se refere a um ato diante do prédio onde mora em que "vai ter um monte de peão na porta de casa para bater nos coxinha".

"Se os coxinhas aparecer vão levar tanta porrada que eles nem sabem o que vai acontecer", disse ao irmão.
No último dia 26, o presidente nacional do PT publicou mensagem em seu Facebook na qual afirmou que iria lutar para defender o estado democrático, e acrescentou:

"As manifestações mostram o seguinte: queremos a paz, mas não tememos a guerra".

Na última segunda (28), o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), chamou os que querem o impeachment de "essa gente" que quer "vingança" e afirmou, diante do então iminente rompimento do PMDB com o Planalto, que o vice-presidente Michel Temer será o próximo a cair caso Dilma sofra o que chamou de "golpe constitucional".

Ministra nega pedido para incluir delação de Delcídio em impeachment

Delcídio disse Dilma agiu para manter cargo de diretores na Petrobras.
Comissão do impeachment já havia rejeitado inclusão dos depoimentos.

Renan RamalhoDo G1, em Brasília

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF)



A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (1º) um pedido do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) para incluir no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff o conteúdo da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS).

Na último dia 17, a Câmara anexou ao pedido de impeachment, por decisão do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o conteúdo da delação de Delcídio, no qual o senador do Mato Grosso do Sul faz uma série de acusações à presidente da República.

Depois da decisão de Cunha, integrantes da comissão especial que analisa o pedido de impeachment de Dilma decidiram não incluir no processo as denúncias feitas pelo ex-líder do governo no acordo de delação premiada.

Na ação, Faria de Sá questionava o ato do presidente da comissão especial da Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), que mandou desanexar o documento da denúncia contra a petista.

Em sua decisão, Rosa Weber que “não cabe intervenção judicial no trabalho parlamentar em curso”, considerando que a comissão especial ainda não encerrou sua análise sobre as acusações.

“A competência do Supremo Tribunal Federal só se mostra presente, em respeito à separação dos Poderes, quando prerrogativas de parlamentar relacionadas ao respeito ao devido processo legislativo se encontram imbricadas à existência de questão constitucional, a ensejar, nessa perspectiva estrita, manifestação desta Suprema Corte”, escreveu.

No mandado de segurança, Faria de Sá argumentava que a denúncia contra a presidente incluía acusações relacionadas à corrupção na Petrobras; à edição de vários decretos de abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso; e das chamadas pedaladas fiscais.

Quando rejeitou a inclusão da delação, Rosso argumentou que não compete à comissão a produção de provas e que o julgamento do mérito caberá eventualmente ao Senado.

"Decido que essa comissão não considere o documento juntado como objeto de análise porque aqui não é a instância competente para a produção de prova", disse o presidente da comissão do impeachment.

Ministério da Justiça determina que PF investigue ameaças a Edinho Silva

Ministro da Comunicação Social acionou pasta após mensagens no Facebook.
Usuário disse ao ministro que ele irá morrer e que tem gente "na cola" dele.

Filipe MatosoDo G1 em Brasília
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, durante entrevista em seu gabinete, no Palácio do Planalto (Foto: Filipe Matoso/G1)O Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, durante entrevista em seu gabinete, no Palácio do Planalto na última quinta (Foto: Filipe Matoso/G1)
 
O Ministério da Justiça divulgou nota na noite desta sexta-feira (1º) na qual informou ter determinado à Polícia Federal que investigue ameaças feitas ao ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva pela internet.

"O Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal investigue eventual ameaça de morte ao ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva, feita nesta sexta-feira (1º/4) nas redes sociais. A Polícia Federal já iniciou as investigações", diz a nota.

Nesta sexta, após Edinho Silva postar mensagem no Facebook, um usuário disse ao ministro que ele irá morrer e que tem gente "na cola" dele.

Em seguida, o ministro, que nesta quinta (31) já havia apontado o risco de um "primeiro cadáver" no país em razão da "radicalização" política, divulgou nota na qual afirmou que as ameaças a ele demonstra a "avalanche intolerante" que "tomou conta do Brasil"

"Pessoas falam em matar como se fosse um ato simples, sem significado.

A partir deste episódio, enfatizo a necessidade de fortalecermos o diálogo como instrumento de superação da crise política, para vencermos a intolerância e unificarmos o país, respeitando a nossa diversidade política, religiosa, de opções cidadãs, de raças, gêneros e culturais", afirmou Edinho na nota divulgada nesta sexta.

'Primeiro cadáver'

Nesta quinta, em entrevista a jornalistas, Edinho Silva falou sobre o risco do surgimento do "primeiro cadáver” em razão do ambiente de “radicalização” e “intolerância” política desde as eleições de 2014.


 Ele criticou o que chamou de “incentivo aberto” à violência nas redes sociais, o que, para o ministro, deveria ser caracterizado como crime.

Também nesta quinta, a presidente Dilma Rousseff disse, durante encontro com artistas e intelectuais contrários ao processo de impeachment que ela enfrenta, que "não se une o país destilando ódio, rancor, raiva e perseguição”.

Já nesta sexta, em evento que relembrou os 52 anos do golpe militar no Brasil, o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, comparou o momento atual do Brasil àqueles “tristes tempos” e disse que o ministério está atento a pessoas que tomam "iniciativas de ódio" e que "não querem a democracia".

“O ministério está atento às pessoas que estão tomando iniciativas de ódio, de intolerância, que não querem essa democracia que construímos. 

As pessoas que ultrapassam a linha vermelha e com violência, [que] tratam seus semelhantes com desprezo, seja no mundo real, seja no mundo virtual, terão a devida resposta deste ministério. 

Porque neste momento nós não podemos mostrar fraqueza”, afirmou Aragão, em discurso no Ministério da Justiça.

Comissão cogita discutir relatório do impeachment na madrugada do dia 11

Presidente da comissão quer garantir que discussão acabará no mesmo dia.
Relator pretende antecipar entrega do relatório para o meio da semana.

Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
Rogério Rosso durante 7ª reunião da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/TV Câmara)Rogério Rosso quer tentar concluir votação do relatório da comissão especial do impeachment no dia 11 de abril (Foto: Reprodução/TV Câmara)
 
O presidente da comissão especial do impeachment na Câmara, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), informou nesta sexta-feira (1º) que cogita dar início à sessão na qual será votado o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) às 3h da madrugada do dia 11 de abril para tentar encerrar a análise do parecer no mesmo dia.

A expectativa é que a presidente Dilma Rousseff apresente a sua defesa na próxima segunda-feira (4). 

Com isso, o relator do processo na comissão terá até cinco sessões plenárias para apresentar e votar o seu parecer. 

Esse prazo deverá acabar em 11 de abril.

Rosso explicou que está programando abrir a sessão na madrugada do dia 11 para dar tempo de todos os inscritos discursarem a tempo de votar o parecer até a meia-noite do mesmo. 

Ele explicou que não quer deixar passar para o dia seguinte para evitar qualquer tipo de contestação.

Pelas regras, cada um dos 65 membros titulares e 65 suplentes terão direito a falar até 15 minutos na sessão, o que já somaria mais de 32 horas de reunião. 

Para conseguir reduzir esse tempo, o presidente da comissão especial quer costurar um acordo com os líderes partidários para diminuir o tempo de manifestação de cada parlamentar para, no máximo, 10 minutos.
“Vamos tentar otimizar.

Isso porque ainda é possível que sejam apresentadas questões de ordem, estendendo ainda mais o tempo da sessão”, afirmou Rosso.

Mais cedo, o relator anunciou que deverá antecipar a apresentação do seu relatório para o meio da semana que vem para permitir a concessão de vistas do processo (mais tempo para os deputados analisarem o caso) de duas sessões plenárias.

Portanto, o relatório deverá ser conhecido na próxima quarta-feira (6) e, em seguida, começará a contar o prazo de vistas na quinta e na sexta. 

Considerando que haverá sessões no plenário da Câmara todos os dias, como tem ocorrido nas últimas semanas por decisão do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o parecer tem que ser aprovado até o dia 11 de abril.

Para ser aprovado na comissão, basta a maioria simples dos votos dos 65 integrantes do colegiado.

Após a votação na comissão, o resultado vai ser lido no plenário na sessão seguinte e publicado no Diário Oficial, conforme determina o regimento. 

A partir daí, será contado prazo de 48 horas para o parecer ser incluído na pauta e ser votado.

Aos deputados, cabe apenas decidir se o processo deve ter seguimento ou não.

O julgamento do mérito das acusações é feito pelo Senado

Para seguir para o Senado, serão necessários 342 votos favoráveis pela abertura do processo.

Aluno reprovado em novo exame não fará residência médica, diz MEC

MEC prevê realizar em agosto o 1º exame nacional dos alunos de medicina.
No 2º e 4º ano, nota será monitorada. No 6º, reprovação trava diploma.

Gabriel LuizDo G1, DF

O ministro da educação, Aloizio Mercadante, em anúncio do exame nacional de alunos de medicina (Foto: Gabriel Luiza/ G1) 
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em anúncio do exame nacional de alunos de medicina (Foto: Gabriel Luiz/ G1)
 
O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta sexta-feira (1º) que prevê realizar em agosto o primeiro exame nacional dos alunos de medicina no Brasil. 

O objetivo é realizar o monitoramento progressivo da qualidade desse ensino no país.

A cada dois anos, graduandos do segundo, quarto e sexto anos serão obrigados a fazer a prova, batizada de Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem). 

A ideia é que o exame ocorra semestralmente.

A avaliação nacional a cada dois anos já havia sido anunciada em agosto de 2015 pelo então ministro Renato Janine Ribeiro.

A criação do exame foi proposta pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 2014, como parte das alterações nas diretrizes curriculares de medicina.

Segundo o ministro Alozio Mercadante, as provas serão exigidas como critério para que o aluno possa se formar e será “condição essencial para entrada na residência médica”. 


“A cada dois anos vamos ter avaliação do progresso do aluno e das instituições”, disse. 

“Será um exame condicionante à sua formação, uma avaliação muito mais completa.”

De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, no segundo e quarto ano, a prova será feita em modalidade semelhante a dos treineiros, na qual as notas serão apenas acompanhadas e servirão para o aluno verificar o próprio desempenho.

A última prova terá caráter eliminatório: o estudante que tiver resultado abaixo da nota de corte terá de refazer a prova por ser um exame criado para avaliar “condições mínimas e essenciais para se formar”. 


A reprovação vai significar veto ao diploma e impossibilidade de entrada na residência médica.

“A definição da nota de corte é feita por um painel de especialistas a cada prova”, disse o representante da subcomissão do Revalida, Henry Campos. 

“Durante dois dias eles se debruçam tanto sobre a prova escrita quanto sobre a prova de avaliação de habilidades, estabelecendo qual seria o percentual de acerto esperado para um aluno considerado médio.”

Estudantes que ingressaram na universidade em 2015 serão os primeiros a realizar o exame. 

O número corresponde a cerca de 20 mil estudantes.

Revalida

A Anasem será feita nos “mesmos padrões” aplicados no Revalida -- obrigatório para quem cursou medicina fora do Brasil, inclusive brasileiros, e deseja atuar como médico no país.


O exame foi criado em 2011 com o objetivo de unificar o processo de revalidação em consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de medicina. 

Antes do Revalida, cada instituição de ensino superior estabelecia os processos de análise seguindo a legislação.

Enquanto o médico não for aprovado e não obtiver a revalidação do diploma pelas instituições do ensino público, ele fica impedido de atuar no país. 

O índice de aprovação na prova, em 2014, foi de mais de 30%. 

Se um médico for reprovado no Revalida, ele pode se inscrever para fazer o exame do ano seguinte.

Em 2015, 1.683 médicos foram aprovados no revalida -- o que representa 50,3% dos inscritos. 

Ao todo, 54,7% desse total é de brasileiros que se formaram em medicina em outro país.

Contingenciamento

Na semana passada, o Ministério do Planejamento anunciou bloqueio extra de R$ 21,2 bilhões em gastos no orçamento. 


Nesta semana, o governo anunciou que o Ministério da Educação teve limite de empenho para gastos discricionários (excluindo o PAC e as despesas obrigatórias) diminuído em R$ 4,27 bilhões para todo este ano.

Segundo Mercadante, não se trata de corte, e sim de um “contingenciamento”. 

“Neste momento de queda de receita pública, é fundamenteal que o Congresso se debruce sobre educação e busque reverter esse contingenciamento. 

Se não tivermos nova fonte de receita, o que resta é o corte. 

E o corte prejudica a expansão e a qualidade da educação.”

Em nota divulgada nesta sexta, o MEC pede que parlamentares tomem “medidas urgentes e corajosas em defesa do financiamento da Educação”. 

“Temos a convicção de que neste momento delicado da economia e da política nacional, a educação tem que ser protegida para continuar avançando”.

 A pasta também garantiu fazer “mais com menos” e que analisa o cenário econômico atual.

Para evitar amputação, homem ficará com mão dentro do abdômen em SC

'Médico disse: tua mão vai ficar dentro do 'bolso'”, diz paciente em Orleans.
Auxiliar de produção sofreu acidente ao operar máquina durante o trabalho.

Mariana Faraco e Valéria MartinsDo G1 SC

Carlos Mariotti se recupera de cirurgia em hospital de Orleans, no Sul de SC (Foto: Analuze Goulart)Carlos Mariotti se recupera de cirurgia em hospital de Orleans, no Sul de SC (Foto: Analuze Goulart)
 
Ao chegar ao hospital na noite de terça-feira (29), depois de sofrer um acidente em uma máquina de trabalho em Orleans, no Sul catarinense, o auxiliar de produção Carlos Mariotti, de 42 anos, ouvia de pessoas próximas que perderia a mão esquerda.

Ao acordar da cirurgia, porém, soube que não só ainda tinha a mão como ela estava inserida em seu abdômen.

 “O médico disse: tua mão vai ficar dentro do 'bolso'”, conta Carlos, que é destro.

Nesta sexta (1), ainda hospitalizado, Carlos conseguia sorrir da situação, aliviado depois da dor indescritível que sentiu ao ter a mão puxada por uma máquina de fabricar bobinas.

 “Fui passar o filme, quando vi a máquina estava puxando minha mão.

 Gritei duas vezes, ninguém ouviu. Na terceira, eu puxei”, relembra Carlos.

Ele estava sozinho naquele momento, mas logo foi socorrido por colegas.

 “Uma menina que trabalha lá na frente tinha uma atadura na bolsa, eles amarraram com força, foram os primeiros socorros.

” Atendido pelos bombeiros, Carlos foi levado para o hospital.

Paciente ficará seis semanas com a mão dentro do abdomen (Foto: Fundação Hospitalar Santa Otília/Divulgação) 
Paciente ficará seis semanas com a mão no abdômen
(Foto: Fundação Hospitalar Santa Otília/Divulgação)
Cirurgia

“Ele sofreu uma lesão que é chamada de desenluvamento”, explica o médico ortopedista e traumatologista, Bóris Bento Brandão, que fez a cirurgia para colocar a mão de Mariotti no abdômen. 


O acidente removeu a pele, mas ossos e tensões foram preservados.

“É uma cirurgia clássica, mas pouca gente faz porque é uma situação especial, é um procedimento de salvação para evitar necrose, quando não há mais nada a fazer”, diz Brandão.

Esta é a primeira vez que o procedimento de salvação de mão é feito na Fundação Hospitalar Santa Otília, único hospital de Orleans. A cirurgia, realizada através do Sistema Único de Saúde (Sus), durou duas horas e o paciente recebeu anestesia no braço e no abdômen.

Se fosse no passado, teriam amputado. 
 
Saber que eu ia perdendo a mão e não vou perder mais...
 
Até agora me emociono"
Carlos Mariotti, auxiliar de produção 42 dias com a mão no 'bolso'.
 
“No caso da mão, é uma lesão muito grande e delicada. 

O único lugar que caberia a mão inteira é no abdômen”, conta o médico.

Segundo o especialista, a mão de Mariotti deve ficar por aproximadamente 42 dias “dentro do bolso” para garantir o desenvolvimento de um novo tecido capaz de receber enxerto de pele.

Durante essas seis semanas, Carlos será acompanhado por médicos semanalmente. 

O paciente já consegue fazer alguns movimentos, que podem ser percebidos por baixo do abdômen. 

“Isso salva a viabilidade do membro. 

É como se fosse um bolso.

 Ele é estimulado a fazer movimentos suaves, para evitar a rigidez da mão”, explica o médico.

“Tenho que cuidar ao máximo para não tirar a mão do ‘bolso’. 

Se eu quiser puxar, eu puxo, mas ele [médico] colocou na minha cabeça que não posso, e estou cuidando”, diz Carlos, que comemora o fato de conseguir mexer os dedos dentro do corpo. 

Ele deve receber alta nos próximos dias. Em casa, ficará aos cuidados da mulher.

“Ele vai ter uma mão funcional, vai poder dirigir, comer, mas é uma mão menos sensível”, detalha o médico. 


“Perdi dois dedos, sei que não vai ficar a mesma coisa, mas vou poder vestir uma camiseta, segurar um talher. 

Se fosse no passado, teriam amputado. 

Saber que eu ia perdendo a mão e não vou perder mais...

Até agora me emociono”, diz Carlos.

Esquema da Lava Jato pagou R$ 6 milhões a empresário de Santo André

Ronan Pinto já foi condenado por corrupção na gestão de Celso Daniel.
Ele foi preso da 27ª fase da Lava Jato, que apura beneficiários da corrupção
.

Do G1, em São Paulo, e do G1 PR


A 27ª fase da Operação Lava Jato identificou um dos beneficiários do esquema de corrupção: o empresário paulista Ronan Maria Pinto, que recebeu R$ 6 milhões. 

Os recursos vieram de um empréstimo fraudulento que o pecuarista José Carlos Bumlai obteve junto ao Banco Schahin em outubro de 2004.

Ronan foi um dos presos na nova etapa da Lava Jato, que foi deflagrada nesta sexta-feira (1º).

O outro foi o ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, suspeito de articular os repasses de dinheiro.

A Polícia Federal levou para depoimento Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e o jornalista Breno Altman.

Em nota, advogados de Ronan diz que ele sempre esteve à disposição dos investigadores. 

"Há meses reafirmamos que o empresário Ronan Maria Pinto sempre esteve à disposição das autoridades de forma a esclarecer com total tranquilidade e isenção as dúvidas e as investigações do âmbito da Operação Lava Jato, assim como a citação indevida de seu nome. 

Inclusive ampla e abertamente oferecendo-se de forma espontânea para prestar as informações que necessitassem", diz o texto.

Em nota publicada em sua página no Facebook, o jornalista Breno Altman diz que prestou depoimento "em clima cordial e respeitoso", porém criticou a condução coercitiva. 

"Minhas declarações sobre a investigação em curso, no entanto, poderiam ter sido tomadas através de intimação regular, com data e horário determinados pelas autoridades. 

O fato é que jamais tinha recebido qualquer convocação prévia para depor", diz a nota.

Altman também diz que orientou seus advogados "a entrarem com uma ação no Conselho Nacional de Justiça contra o juiz Sergio Moro, pela ilegalidade de minha condução coercitiva, em decisão prenhe de ilações e especulações".

Empréstimo fraudulento

No ano passado, Bumlai admitiu a fraude no empréstimo, que totalizou R$ 12 milhões, e disse que o objetivo era pagar dívidas de campanha do PT e "caixa 2", sem citar nomes.


Investigadores ainda não confirmaram quem foram os destinatários finais dos outros R$ 6 milhões. 

Bumlai já foi preso pela Lava Jato e é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O empréstimo com o banco foi pago com a contratação fraudulenta do Grupo Schahin como operador do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão. 

Como foi favorecido para obter o contrato, parte do lucro dele na operação quitou o débito.

O procurador do Ministério Público Federal Diogo Castor afirma que não se sabe ainda por que Ronan Pinto recebeu os R$ 6 milhões.

"É a grande pergunta", afirmou em entrevista em Curitiba nesta sexta.

O empresário, que já tem condenação por corrupção (veja mais abaixo), foi preso em Santo André, na Grande São Paulo, e será levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

 Ele é dono do jornal "Diário do Grande ABC" e de empresas do setor de transporte e coleta de lixo.

RESUMO DA 27ª FASE

A operação cumpriu 12 mandados judiciais e foi chamada de Carbono 14, porque remete a episódios antigos e não esclarecidos.


– Objetivo: descobrir os beneficiários do esquema investigado.

– Mandados judiciais:
2 de prisão, 2 de condução coercitiva e 8 de busca e apreensão.


– Presos temporários: Ronan Maria Pinto, empresário, e Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT.


– Conduções coercitivas: Breno Altman, jornalista, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.


– O que descobriu: Um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões obtido por José Carlos Bumlai no banco Schahin, em 2004, tinha como um dos beneficiários finais Ronan Maria Pinto, que recebeu R$ 6 milhões.


– O que falta apurar:


   A razão do pagamento a Ronan Pinto;


   Qual é a relação entre o repasse e o esquema de corrupção em Santo André;


   Para onde foram os outros R$ 6 milhões do empréstimo.


Condenação anterior

Em novembro de 2015, Ronan foi condenado a 10 anos, 4 meses e 12 dias de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa, por concussão e corrupção ativa. 


Ele foi acusado de participar de um esquema de cobrança de propina de empresas de transportes contratadas pela prefeitura de Santo André, entre 1999 e 2001. 

O empresário alegou inocência e recorre da sentença em liberdade.
O prefeito da cidade na época era Celso Daniel (PT), que foi assassinado em 2002. 

O Ministério Público de São Paulo chegou a relacionar a morte dele ao esquema – o prefeito teria tentado barrar a cobrança de propinas. 

Mas, para a polícia, houve crime comum.

Mensalão e Lava Jato

Ao detalhar a operação, o procurador Diogo Castor afirmou que o objetivo era entender o caminho do dinheiro. 


Segundo ele, o esquema investigado na Lava Jato era muito parecido com o que ocorria no mensalão. 

Empréstimos fraudulentos, que não eram pagos aos bancos, foram usados para financiamento político.

"Não é o mesmo esquema, são esquemas inter-relacionados", afirmou.

Os dois casos ocorreram na mesma época. 

Alguns dos personagens, como o publicitário Marcos Valério, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares e o ex-secretário geral do PT, Silvio Pereira, estão envolvidos em ambos.

Preso na 27ª fase da Lava Jato, Silvio Pereira é apontado como articulador do repasse de recursos a Ronan Pinto.

 "Era a pessoa encumbida de arquitetar o esquema que culminou com concessão do empréstimo e com os repasses para o Ronan Maria Pinto. 

O senhor Marcos Valério fala que Silvio lhe procurou em meados de 2004 falando da necessidade de operacionalização de outro pagamento em favor do partido", afirmou Diogo Castor.

O nome de Marcos Valério aparece em um dos contratos de empréstimos que serviu para ocultar a origem e destino dos R$ 6 milhões.

Alvo de alvo de condução coercitiva, Delúbio Soares foi citado como a pessoa que representou os interesses do PT junto ao Banco Schahin para obter os empréstimos fraudulentos, segundo os investigadores.

Segundo o MPF, o empréstimo obtido por José Carlos Bumlai saiu da sua conta, foi para o frigorífico Bertin e, depois, foi repassado para os beneficiários finais.

Pelo menos R$ 6 milhões saíram do frigorífico e foram para uma empresa do Rio Janeiro, Remar Assessoria. 

A empresa de Marcos Valério, S2, assinou um contrato falso de R$ 6 milhões com a Remar, para justificar outras transferências.

Foram repassados R$ 5,7 milhões para a Expresso Nova Santo André, empresa de Ronan Pinto, além de fornecedores e uma pessoa que vendeu a ele ações do jornal "Diário do Grande ABC".

 Outros R$ 300 mil foram pagos como "comissão" para outras pessoas envolvidas.

O MPF afirma que o jornalista Breno Altman, um dos conduzidos coercitivamente para depoimento nesta sexta, foi citado por Marcos Valério como "ponte de ligação" entre o PT e Ronan Pinto. 

"Breno tem uma ligação forte com Partido dos Trabalhadores", afirma o procurador Diogo Castor. 

Segundo ele, o jornalista pagou pelas multas que Enivaldo Quadrado, sócio da corretora Bônus Banval, levou no processo do mensalão.

 Quadrado foi acusado de repassar dinheiro das agências de Marcos Valério para parlamentares do PP.

Quem é quem
O empresário Ronan Maria Pinto (imahem de arquivo) (Foto: Reprodução/Jornal Hoje) 
Empresário Ronan Maria Pinto (imagem de arquivo) (Foto: Reprodução/Jornal Hoje)
Ronan Maria Pinto

Empresário do ABC que atua no setor de transporte e coleta de lixo e é dono do jornal Diário do Grande ABC. 


Em 2015 foi condenado a 10 anos e 4 meses de prisão por ter participado de um esquema de corrupção no setor de transportes na prefeitura de Santo André entre 1999 e 2001.

O nome dele também apareceu nas investigações da Lava Jato depois da prisão do pecuarista José Carlos Bumlai.

O ex-secretário do PT, Silvio Pereira (Foto: Eraldo Peres/AP) 
O ex-secretário do PT, Silvio Pereira (Foto: Eraldo Peres/AP) Silvio Pereira, o Silvinho
Se envolveu no mensalão do PT ligado ao ex-ministro da Casa CivilJosé Dirceu. 

O secretário-geral do partido chamou a atenção pela primeira vez, em 2005, com a revelação de que havia recebido de presente uma Land Rover da empresa GDK, fornecedora da Petrobrás.

Logo em seguida, ele pediu para se desfiliar do PT e anunciou que abandonaria a política.

Antes de ser julgado, fez um acordo para prestar serviços comunitários e não ser preso.

O nome dele voltou a aparecer agora, nas investigações da Lava Jato. 

O empresário Fernando Moura   chegou a ser preso na operação e aceitou fazer delação premiada. 

Disse que uma vez pegou R$ 600 mil em dinheiro na casa de Silvinho.

Segundo Moura, a quantia tinha sido entregue por uma fornecedora da Petrobrás.

Em outro depoimento, Moura disse que o ex-secretário-geral do PT recebia "um cala boca" de dois empreiteiros para não falar o que sabia sobre o esquema.

Delúbio Soares retorna ao trabalho, em Brasília, após receber autorização do STF (Foto: Natalia Godoy / G1) 
 Delúbio Soares (Foto: Natalia Godoy / G1) Delúbio Soares
Era tesoureiro do PT e foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão por corrupção ativa no caso do mensalão. 

Foi preso em 2013 e em 2014 foi autorizado a cumprir pena em prisão domiciliar.

No fim do ano passado, o Supremo Tribunal Federal concedeu a ele o perdão da pena.

Breno Altman

É um jornalista ligado ao PT e ao ex-ministro José Dirceu. 


O nome dele já havia sido citado no esquema do Mensalão pela contadora Meire Poza. 

A Polícia Federal disse que Altman é o elo entre o PT e Ronan Maria Pinto.

Ela disse em depoimento que recebeu do jornalista R$ 45 mil em três parcelas para que fosse feito o pagamento da multa de um dos condenados por lavagem de dinheiro no esquema do Mensalão, Enivaldo Quadrado, sócio da corretora Bônus Banval.

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