Filhos de Maruzia das Graças Rodrigues afirmam que ela dopava e maltratava marido há pelo menos 10 anos; G1 não localizou defesa. Homem, de 49 anos, tem 'problemas psiquiátricos', segundo familiares.
Por Sthefanny Loredo, TV Globo
Maruzia das Graças Brum Rodrigues, de 53 anos — Foto: Arquivo pessoal
O servidor público, de 49 anos, vítima de maus-tratos em casa, reencontrou os familiares na tarde desta quarta-feira (15), na delegacia de Taguatinga Sul, segundo os enteados.
No mesmo dia, a Polícia Civil do Distrito Federal indiciou a esposa dele, Maruzia das Graças Brum Rodrigues, de 53 anos.
Ela é suspeita de manter o marido dopado e de praticar agressões físicas e verbais contra ele.
Segundo a enteada da vítima, que também é filha da mulher suspeita e preferiu não se identificar, o padrasto "está bem" e será encaminhado para exames médicos, além de receber roupas e outros pertences pessoais.
"Está tudo bem, na medida do possível.
Ele já falou com todos os familiares.
Está mais calmo e não quer falar sobre o assunto", disse a enteada da vítima.
A família também contou à reportagem que o homem tem "problemas psiquiátricos" e que, desde 2001, sofria abusos por parte da mulher.
Ele é analista concursado do Banco Central e recebe aposentadoria de R$ 23 mil.
De acordo com a denúncia, a esposa alegava que, por ter "problemas mentais", o marido não poderia administrar o dinheiro e, portanto, ficava com todo o valor do benefício.
A reportagem não localizou a defesa Maruzia Rodrigues para comentar o caso.
Ela acompanha a investigação em liberdade.
Servidor público que sofreu maus tratos da companheira está com os enteados.
O irmão do servidor, Alfredo José Nunes, disse que conversou com ele por videochamada e que deve procurar a advogada da família nesta quinta-feira, para tratar de mais detalhes do caso.
De volta à família.
Uma das filhas de Maruzia disse ainda que acredita que a mãe "planeja fugir" e que está com 50% do salário do servidor, que é depositado direto na conta dela, por conta de um acordo judicial.
Nesta quarta-feira (15), A Justiça do DF permitiu que a curatela do servidor – espécie de guarda provisória, por incapacidade – fique provisoriamente em nome de uma das enteadas.
A intenção, segundo os enteados, é que a curatela do padrasto fique com a mãe dele, que mora no Rio de Janeiro, e que o homem seja levado para a casa da família.
Agora, além da decisão judicial sobre a curatela do servidor, os familiares aguardam manifestação do Ministério Público do DF sobre o indiciamento da Polícia Civil contra a Maruzia, pelo crime de maus-tratos, que tem uma pena prevista que varia de 2 meses a 1 ano de prisão.
Com o inquérito em mãos, os promotores podem denunciar a suspeita à Justiça ou pedir mais provas do caso.
Servidor público é vítima de maus-tratos; segundo polícia, esposa é suspeita — Foto: Arquivo pessoal
Relembre o caso.
Na quarta-feira (15), Maruzia das Graças Brum Rodrigues foi indiciada, por maus-tratos contra o marido.
A vítima tem "problemas psiquiátricos", segundo os familiares.
Os parentes relataram também que os abusos ocorrem há pelo menos 10 anos.
Os enteados do servidor público, que preferiram não se identificar, contaram que a mãe e o padrasto se conheceram em 2001.
Eles disseram à polícia que o homem sofria agressões físicas e verbais por parte da mulher.
Conversa entre mãe e filhos sobre marido; mensagem foi entregue à Polícia Civil — Foto: Reprodução.
O casal chegou a morar por um tempo em Portugal e, em julho deste ano, se mudou para Águas Claras, no DF.
No mesmo mês, segundo uma das filhas, em um encontro familiar, Maruzia teria agredido o padrasto e o enforcado.
"Ela enforcou ele na frente de todo mundo, vimos que a situação estava muito pior", contou a filha da suspeita à Polícia Civil.
Na ocasião, por causa do risco à vida do servidor público, os enteados resolveram ir com um policial militar até o apartamento do casal, no início de agosto.
Segundo as testemunhas, ele foi encontrado dopado.
O policial militar que esteve no local depôs na delegacia e também relatou que a vítima estava sob efeitos de superdosagem de medicamentos.
Servidor público que seria mantido em cárcere privado está com a enteada
postado em 15/09/2021 21:25 / correiobraziliense.com.br
"Ele está aliviado e nós também", contou a enteada do servidor ao Correio - (crédito: Aquivo pessoal/Cedido ao Correio).
O servidor público aposentado do Banco Central que estaria sendo vítima de maus-tratos e cárcere privado pela própria esposa, Maruzia das Garças Brum Rodrigues, 52 anos, está com sob os cuidados de uma das enteadas.
Por telefone, a filha da suposta agressora contou que a mãe - indiciada pelas denúncias - pediu a um dos advogados que levasse o aposentado à 21ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga Centro, que apura o caso.
Com a ajuda do delegado, a família foi avisada e recebeu o homem por volta das 17h40.
“Está tudo bem.
Ela entregou os cartões, porém tem parte do salário dele.
Ele está com medo, relutante, um pouco desconfiado, mas isso é consequência de todos esses anos de abusos”, detalha.
Ela conta que o
servidor já falou com toda a família: “Amanhã vamos levá-lo a um
psiquiatra, para que receba os cuidados necessários”.
Embora a presença do servidor traga tranquilidade à família, eles não possuem a guarda do servidor.
Provisoriamente, o Ministério Público deu um parecer favorável a curatela, o que pode adiantar a emissão da guarda para os enteados.
“Ele está aliviado e nós também.
Vamos pedir uma pizza para comemorar”, concluiu a enteada.
Saiba Mais
Entenda o caso
Na semana passada, os filhos de Maruzia procuraram o Correio Braziliense denunciaram a mãe pela prática de abusos e a subtração da aposentadoria do companheiro.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso com base em fotos e vídeos apresentados pelos denunciantes.
Em 2002, ela conheceu o servidor, que morava sozinho à época em um apartamento no Sudoeste.
Os dois passaram a morar juntos e não demorou muito para os filhos dela começarem a notar que tinha algo de errado.
“Meu padrasto sempre foi uma pessoa ativa, que corria no parque, nadava no clube, dirigia, namorava e vivia uma vida normal, feliz”, contou a enteada mais velha, que trabalha como policial militar do DF.
Natural do Rio de Janeiro, o homem veio para Brasília em 1998, ano em que tomou posse no cargo de especialista do Banco Central em 9 de julho e entrou em exercício em 15 de julho, como consta nos documentos do Banco.
Solteiro e sem filhos, ele deixou a mãe e dois irmãos no Rio e logo parou de ter contato com os mesmos.
Poucos anos depois, foi quando conheceu Maruzia.
Muito bem organizado, o servidor tinha mania de “toque” e algumas manias.
“Ele deixava os livros separados por ordem alfabética, tinha planilha de gastos e as roupas sempre bem organizadas.
Minha mãe começou a dizer que ele tinha problemas psiquiátricos e o levou em diversos médicos.
Foi quando ele começou a tomar inúmeros remédios com alta dosagem”, detalhou a filha.
A situação foi piorando, até que os filhos perceberam que o padrasto passava a maior parte do dia dopado, deitado em uma cama, sem conseguir fazer as atividades básicas do dia-a-dia, como colocar comida no prato e tomar banho."Na semana passada, os filhos de Maruzia procuraram o Correio Braziliense denunciaram a mãe pela prática de abusos e a subtração da aposentadoria do companheiro".
Se os filhos dessa mulher, procura um veículo de comunicação, para denunciá-la por maus-tratos que ela pratica contra o padrasto, é sinal que essa mulher não vale nada !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 16 de setembro de 2021.
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