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sexta-feira, maio 29, 2020

Moro diz que Bolsonaro não vetou pontos do projeto anticrime para proteger filho investigado



O Globo
O ex-ministro Sergio Moro durante coletiva de imprensa em que anunciou sua demissão do governo Bolsonaro Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
O ex-ministro Sergio Moro durante coletiva de imprensa em que anunciou sua demissão do governo Bolsonaro Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo.
 
 
Em entrevista à revista Crusoé, ao ser questionado sobre uma 'Abin paralela', ex-ministro disse que, no início do governo, houve "solicitações informais" de um número "até significativo" de policiais federais para atuar no Planalto.

29/05/2020 - 11:18 / Atualizado em 29/05/2020 - 12:28.

RIO - O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou, em entrevista à revista "Crusoé" veiculada nesta sexta-feira, que o presidente Jair Bolsonaro não vetou dois pontos do projeto anticrime para proteger o filho, o senador Flávio Bolsonaro. 


Segundo o ex-juiz da Lava-Jato em Curitiba, as restrições à decretação de prisão preventiva e a acordos de colaboração premiada batem de frente com o discurso contra a corrupção e a impunidade adotados por Bolsonaro na campanha eleitoral.


"Me chamou a atenção um fato quando o projeto anticrime foi aprovado pelo Congresso. 


Infelizmente houve algumas alterações no texto que acho que não favorecem a atuação da Justiça criminal. 


Tirando a questão do juiz de garantias, houve restrições à decretação de prisão preventiva e também restrições a acordos de colaboração premiada. 


Propusemos vetos, e me chamou a atenção o presidente não ter acolhido essas propostas de veto, especialmente se levarmos em conta o discurso dele tão incisivo contra a corrupção e a impunidade. 


Limitar acordos e prisão preventiva bate de frente com esse discurso. 


Isso aconteceu em dezembro de 2019, mesmo mês em que foram feitas buscas relacionadas ao filho do presidente", afirmou Moro à Crusoé.


Questionado sobre a suposta existência de uma "Abin paralela", em referência à Agência Brasileira de Informação, ele disse que foram solicitados, no início do governo, "talvez" cinco policiais federais para atuar diretamente no Palácio do Planalto, sem ser externado o motivo. 


O pedido foi feito, segundo ele, informalmente, mas depois foi abortado.  


"Isso nunca me foi colocado nesses detalhes. 


O que houve no começo do governo, no início de 2019, foram solicitações informais para que nós cedêssemos um número até significativo de policiais federais para atuar diretamente no Palácio do Planalto. 


Mas essa ideia, como foi revelado pelo falecido Gustavo Bebianno, foi abortada. 


Isso foi cortado. 


Isso não evoluiu."


O ex-ministro diz ainda que o presidente é incoerente com o discurso de campanha ao fazer alianças com parlamentares do centrão, "que não se destacam exatamente pela imagem de probidade". 


Segundo Moro, a aliança tem como barrar um pedido de impeachment no Congresso.


"No que se refere à agenda anticorrupção, de fortalecimento das instituições e aprimoramento da lei para tanto, sim, e já faz algum tempo. 


No que se refere às alianças políticas, o discurso do presidente era muito claro no sentido de que ele não faria alianças políticas com o Centrão e agora ele está fazendo. 


E a culpa por isso não pode ser posta em mim, dizendo: 


"Olha, foi preciso fazer aliança com o Centrão por causa da saída do Moro". 


Não, isso precedeu a minha saída. 


Começou antes, pelo receio do presidente de sofrer um impeachment. 


A motivação principal da aliança é essa", diz o ex-juiz.



COMENTÁRIO:


"O ex-ministro diz ainda que o presidente é incoerente com o discurso de campanha ao fazer alianças com parlamentares do centrão, "que não se destacam exatamente pela imagem de probidade". 


A maioria do povo brasileiro concorda com essa declaração do Sérgio Moro, porque o Bolsonaro ganhou as eleições usando a retórica do combate a corrupção, e as alianças feitas com grupos de políticos eleitos para governar, e agora, depois de eleito, está fazendo pior do que todos os presidentes que já governaram o Brasil. 
 

Mentiroso e astuto ! 


Isso é o que ele é. 

Indigno de ser Presidente do Brasil !

Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 29 de maio de 2020.

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