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Bolsonaro e família atacam a Corte, aumentam o desrespeito à Carta e o desprezo à democracia
Bolsonaro e família atacam a Corte, aumentam o desrespeito à Carta e o desprezo à democracia
29/05/2020 - 00:00
/ Atualizado em 29/05/2020 - 09:24.
O presidente Bolsonaro tem exercitado com grande competência a
capacidade de criar tensões políticas, característica marcante de seu
comportamento, acompanhada de uma irascível posição anti-Ciência, que
foi ficando mais exposta no agravamento da crise de saúde pública da
Covid-19.
Agora, cresce em irresponsabilidade no enfrentamento inaceitável que passou a fazer ao Supremo, a mais alta Corte do país.
Afrontá-la é um ataque à Constituição, à democracia.
O Planalto se insurge contra as buscas e apreensões ordenadas à Polícia Federal pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, no inquérito que preside sobre a produção de fake news e ataques nas redes sociais contra juízes da Corte, no qual foi incluído o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelas agressões de baixo nível que fez ao Supremo na reunião ministerial de 22 de abril.
Alexandre de Moraes já tinha passado a ser alvo da ira do radicalismo bolsonarista ao atender a pedido do PDT e impedir a posse, na direção-geral da PF, de Alexandre Ramagem, próximo a Bolsonaro e filhos.
Por “desvio de finalidade”, dada esta proximidade nada republicana.
Em reunião com ministros e assessores na noite de quarta, Bolsonaro decidiu que o ministro da Justiça, André Mendonça, e não a Advocacia-Geral da União, como de praxe, encaminharia pedido de habeas corpus em favor de Weintraub e de todos os atingidos pelos mandados de busca e apreensão.
Outro acinte.
O governo assumiu, assim, além da defesa de seu ministro, que atacou de forma baixa os ministros da Corte, também o lado de políticos, de militantes e de empresários acusados de usar as redes sociais para difamações e de financiar toda essa operação.
Outro desvio de finalidade.
Na manhã de ontem, Bolsonaro pregou a desobediência a “ordens absurdas” — como os mandados de segurança.
Não há registro de que um presidente já tenha feito o mesmo, insurgindo-se contra determinações judiciais.
Reclamou ainda de decisões monocráticas.
Que, de fato, se fossem tomadas pelo plenário da Corte, teriam mais sustentação.
Mas não há justificativa para a abusada postura de Bolsonaro diante do STF, para o qual deu um basta, outra atitude repulsiva, autocrática.
Tom semelhante teve ameaça feita pelo filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, de uma ruptura contra o Supremo.
Também inaceitável é a tese bolsonarista de que o direito constitucional à liberdade de expressão protege os autores de mentiras e ataques pelas redes sociais, alcançados agora pelo inquérito do STF.
A defesa não resiste a qualquer julgamento em tribunal.
Serve apenas para abastecer a militância radical e pouco ilustrada.
Na manhã de ontem, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, procurou suavizar o efeito de sua ameaça de “consequências imprevisíveis”, caso prosseguisse o pedido de confisco do celular de Bolsonaro, no inquérito da saída de Moro do governo.
Que sinalize a moderação do presidente, para que haja mesmo harmonia entre os Poderes.
COMENTÁRIO:
Quem merece ir pra cadeia não são os membros da Suprema Corte do Brasil não !
Quem está merecendo ir pra cadeia imediatamente são àqueles que estão querendo passar por cima da Constituição Federal e do Supremo Tribunal Federal do Brasil.
Meu recado está dado.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 29 de maio de 2020.
Agora, cresce em irresponsabilidade no enfrentamento inaceitável que passou a fazer ao Supremo, a mais alta Corte do país.
Afrontá-la é um ataque à Constituição, à democracia.
O Planalto se insurge contra as buscas e apreensões ordenadas à Polícia Federal pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, no inquérito que preside sobre a produção de fake news e ataques nas redes sociais contra juízes da Corte, no qual foi incluído o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelas agressões de baixo nível que fez ao Supremo na reunião ministerial de 22 de abril.
Alexandre de Moraes já tinha passado a ser alvo da ira do radicalismo bolsonarista ao atender a pedido do PDT e impedir a posse, na direção-geral da PF, de Alexandre Ramagem, próximo a Bolsonaro e filhos.
Por “desvio de finalidade”, dada esta proximidade nada republicana.
Em reunião com ministros e assessores na noite de quarta, Bolsonaro decidiu que o ministro da Justiça, André Mendonça, e não a Advocacia-Geral da União, como de praxe, encaminharia pedido de habeas corpus em favor de Weintraub e de todos os atingidos pelos mandados de busca e apreensão.
Outro acinte.
O governo assumiu, assim, além da defesa de seu ministro, que atacou de forma baixa os ministros da Corte, também o lado de políticos, de militantes e de empresários acusados de usar as redes sociais para difamações e de financiar toda essa operação.
Outro desvio de finalidade.
Na manhã de ontem, Bolsonaro pregou a desobediência a “ordens absurdas” — como os mandados de segurança.
Não há registro de que um presidente já tenha feito o mesmo, insurgindo-se contra determinações judiciais.
Reclamou ainda de decisões monocráticas.
Que, de fato, se fossem tomadas pelo plenário da Corte, teriam mais sustentação.
Mas não há justificativa para a abusada postura de Bolsonaro diante do STF, para o qual deu um basta, outra atitude repulsiva, autocrática.
Tom semelhante teve ameaça feita pelo filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, de uma ruptura contra o Supremo.
Também inaceitável é a tese bolsonarista de que o direito constitucional à liberdade de expressão protege os autores de mentiras e ataques pelas redes sociais, alcançados agora pelo inquérito do STF.
A defesa não resiste a qualquer julgamento em tribunal.
Serve apenas para abastecer a militância radical e pouco ilustrada.
Na manhã de ontem, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, procurou suavizar o efeito de sua ameaça de “consequências imprevisíveis”, caso prosseguisse o pedido de confisco do celular de Bolsonaro, no inquérito da saída de Moro do governo.
Que sinalize a moderação do presidente, para que haja mesmo harmonia entre os Poderes.
COMENTÁRIO:
Quem merece ir pra cadeia não são os membros da Suprema Corte do Brasil não !
Quem está merecendo ir pra cadeia imediatamente são àqueles que estão querendo passar por cima da Constituição Federal e do Supremo Tribunal Federal do Brasil.
Meu recado está dado.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 29 de maio de 2020.
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