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O que os olhos não veem se transforma num Rio São Francisco por dia, que sai da Floresta Amazônica e vira chuva em outras partes do país, irrigando as lavouras, enchendo os reservatórios das hidrelétricas e as estações de abastecimento das cidades.
O avanço da destruição da Floresta Amazônica é uma ameaça à
biodiversidade do planeta.
Agrava ainda mais o aquecimento global.
Mas os cientistas afirmam que é um erro dizer que a Amazônia é um pulmão do mundo.
Agrava ainda mais o aquecimento global.
Mas os cientistas afirmam que é um erro dizer que a Amazônia é um pulmão do mundo.
Lindas, exuberantes e verdes.
É como a gente se acostumou a ver as florestas.
Mas é nos bastidores do reino vegetal que ocorrem alguns dos fenômenos mais importantes para nossa qualidade de vida.
É como a gente se acostumou a ver as florestas.
Mas é nos bastidores do reino vegetal que ocorrem alguns dos fenômenos mais importantes para nossa qualidade de vida.
As árvores suam vapor d’água.
É o que os cientistas chamam de evapotranspiração.
São gotículas microscópicas que saturam as nuvens de vapor d’água.
É o que os cientistas chamam de evapotranspiração.
São gotículas microscópicas que saturam as nuvens de vapor d’água.
O que os olhos não veem se transforma num Rio São Francisco por dia, que sai da Floresta Amazônica e vira chuva em outras partes do país, irrigando as lavouras, enchendo os reservatórios das hidrelétricas e as estações de abastecimento das cidades.
As florestas também retêm dióxido de carbono, o principal gás de efeito
estufa.
Quando acontecem as queimadas, a liberação de CO2 acelera o desequilíbrio do clima.
São milhões de toneladas de gás elevando a temperatura média do planeta, fora o impacto causado na qualidade do ar das cidades, como acontece agora na Região Norte.
Quando acontecem as queimadas, a liberação de CO2 acelera o desequilíbrio do clima.
São milhões de toneladas de gás elevando a temperatura média do planeta, fora o impacto causado na qualidade do ar das cidades, como acontece agora na Região Norte.
Os cientistas também afirmam que a maior parte das espécies que vivem
nas florestas ainda não é conhecida.
Estima-se que apenas 15% delas foram catalogadas.
Estima-se que apenas 15% delas foram catalogadas.
“A gente tem mais de 41 mil espécies de plantas.
Só na região amazônica, são mais de 13 mil espécies de plantas.
A gente tem que levar em conta ainda que esse número é subestimado.
Tem um número muito grande de espécies que a gente não conhece essas espécies.
Então, abrir mão disso não faz sentido algum”, disse Jerônimo Sansevro, do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Só na região amazônica, são mais de 13 mil espécies de plantas.
A gente tem que levar em conta ainda que esse número é subestimado.
Tem um número muito grande de espécies que a gente não conhece essas espécies.
Então, abrir mão disso não faz sentido algum”, disse Jerônimo Sansevro, do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
O avanço do desmatamento e das queimadas no Brasil justificou várias
mensagens nas redes sociais lembrando que a Floresta Amazônica é
fundamental para o planeta, entre outras razões, porque produz oxigênio.
Foi o que disseram, por exemplo, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterrez.
Foi o que disseram, por exemplo, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterrez.
Os cientistas lembram que, embora a Floresta Amazônica produza oxigênio, está longe de ser o pulmão do mundo.
“A Amazônia ela não altera muito o balanço de oxigênio.
Ela, por exemplo, retira, anualmente, até dois bilhões de toneladas de gás carbônico da atmosfera, através da fotossíntese, e ela retorna para atmosfera cerca de 1,5 bilhões de toneladas de oxigênio.
Só que 1,5 bilhões de toneladas de oxigênio é uma fração muito pequenininha, 0,001% do oxigênio do planeta”, explicou o climatologista Carlos Nobre.
Ela, por exemplo, retira, anualmente, até dois bilhões de toneladas de gás carbônico da atmosfera, através da fotossíntese, e ela retorna para atmosfera cerca de 1,5 bilhões de toneladas de oxigênio.
Só que 1,5 bilhões de toneladas de oxigênio é uma fração muito pequenininha, 0,001% do oxigênio do planeta”, explicou o climatologista Carlos Nobre.
Para Paulo Sérgio Salomon, oceanólogo e pesquisador da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, explica que a maior parte do oxigênio
presente na atmosfera foi se acumulando em bilhões de anos nos processos
de formação da vida na Terra.
Para ele, tão importante quanto a floresta é o fitoplâncton, algas microscópicas que também produzem oxigênio nos oceanos.
Para ele, tão importante quanto a floresta é o fitoplâncton, algas microscópicas que também produzem oxigênio nos oceanos.
“O avanço no conhecimento tem mostrado que essa função de produtor de
oxigênio é compartilhada em aproximadamente 50% com o fitoplâncton”.
Um dos mais importantes climatologistas do Brasil, Carlos Nobre
denuncia o risco de a Amazônia deixar de existir como nós a conhecemos
se o desmatamento destruir pelo menos 20% da vegetação.
Dados atualizados dão conta de que a destruição já alcança pelo menos 15% da floresta.
Dados atualizados dão conta de que a destruição já alcança pelo menos 15% da floresta.
“A Amazônia é a região com maior biodiversidade, maior número de
espécies do planeta se encontra na Amazônia.
Então, nós teríamos uma enorme perda de biodiversidade.
A Amazônia armazena 100 bilhões a 120 bilhões de toneladas de carbono na sua biomassa, em cima da floresta, nos solos.
Se isso for para a atmosfera praticamente aniquila qualquer possibilidade de nós atingirmos os objetivos do Acordo de Paris, de não deixarmos o planeta aquecer mais do que dois graus”.
Então, nós teríamos uma enorme perda de biodiversidade.
A Amazônia armazena 100 bilhões a 120 bilhões de toneladas de carbono na sua biomassa, em cima da floresta, nos solos.
Se isso for para a atmosfera praticamente aniquila qualquer possibilidade de nós atingirmos os objetivos do Acordo de Paris, de não deixarmos o planeta aquecer mais do que dois graus”.
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