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sexta-feira, agosto 16, 2019

Bolsonaro diz que não vai financiar produções com temas LGBT; conheça séries citadas


g1.globo.com
Cena do curta-metragem 'Afronte' — Foto: Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (15) que não vai permitir que a Agência Nacional do Cinema (Ancine) libere verbas para algumas produções com temas LGBT que tentaram captar recursos.


O G1 ouviu diretores e produtores de três das quatro produções citadas pelo presidente.  


Veja abaixo.

 
As quatro obras citadas por ele participaram de um edital realizado pela Ancine, pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 

"Afronte", "Transversais", "Religare Queer" e "O sexo reverso" são projetos de séries que foram anunciadas em março como parte de uma seleção preliminar do processo. 

"Fomos garimpar na Ancine, filmes que estavam já prontos para ser captado recursos no mercado", afirmou o presidente em transmissão no Facebook. 


O edital do qual as produções participavam investiria diretamente nelas. 

"É um dinheiro jogado fora. 


Não tem cabimento fazer um filme com esse tema." 

"Um chama 'Transversais'. 


Olha o tema: 'Sonhos e realizações de cinco pessoas transgêneros que moram no Ceará'. 


O filme é isso daqui, conseguimos abortar essa missão", afirmou Bolsonaro. 

O diretor e roteirista da série, Émerson Maranhão, conta ao G1 que a produção foi inscrita no edital na categoria diversidade de gênero. 


Ela será um documentário em cinco episódios, baseado no curta-metragem "Aqueles dois", de 2018. 

"Na prática são cinco documentários". 


Cada capítulo vai contar a história de uma pessoa, de diversas origens sociais", afirma. 


"A ideia é mostrar que há diversidade dentro da diversidade".

Mesmo sem a aprovação do governo, ele diz que ainda planeja realizar a série, apesar de ainda não saber como.
Cena de 'Aqueles dois' — Foto: Divulgação
Cena de 'Aqueles dois' — Foto: Divulgação.

"Afronte". 


"Mostrando a realidade vivida por negros homossexuais no Distrito Federal", leu Bolsonaro. 


"Eu não entendi nada. 


Olha, a vida particular de quem quer que seja ninguém tem nada a ver com isso, mas fazer um filme sobre isso, confesso que não dá para entender. 


Então mais um filme que foi pro saco aí." 

Bruno Victor Santos já lançou um curta com o mesmo título da série que pretende produzir: ''É importante que Bolsonaro assista a esse filme, para que ele tenha o mínimo de conhecimento sobre a realidade brasileira''
Bruno Victor Santos já lançou um curta com o mesmo título da série que pretende produzir: ''É importante que Bolsonaro assista a esse filme, para que ele tenha o mínimo de conhecimento sobre a realidade brasileira''


Um dos diretores da série, Bruno Victor, conta que a produção tem uma história parecida com a de "Transversais". 


Além de ter sido inscrita na mesma categoria, também é baseada em um curta realizado anteriormente. 


Neste caso, o trabalho de conclusão de curso de Victor com Marcus Azevedo. 

Ao longo de cinco episódios, a série, que mistura documentário com ficção, vai contar a rotina de pessoas LGBT no Distrito Federal. 


Serão histórias que podem ser baseadas em fatos, com relatos reais. 

"Nós trabalhamos com um método de pesquisa juntos aos personagens, onde não trabalhamos só com depoimentos. 


Às vezes pegamos essas histórias reais e ficcionamos", conta Victor ao G1

"Outro filme aqui. 


'Sexo reverso'.



'Bárbara é questionada pelos índios sobre sexo grupal, sexo oral e sobre certas posições sexuais'", afirmou o presidente. 


"É o enredo do filme. 


Com dinheiro público. 


E outra, geralmente esses filmes não têm audiência. 


Não têm plateia. Têm meia dúzia ali. 


E o dinheiro é gasto. 


São milhões gastos." 

O produtor Maurício Macêdo diz ao G1 que a série é baseada na pesquisa da antropóloga Bárbara Arisi, que visitou a tribo dos Matis, no Amazonas. 


Lá, ela foi surpreendida ao participar de uma pesquisa dos próprios indígenas sobre as práticas sexuais dos brancos. 

Na série, a ideia é expandir essa experiência de troca de experiências. 


"Em um [capítulo], aprofundaríamos o debate sobre a curiosidade pelo sexo entre brancos. 


Em outro, a relação dos membros da tribo com produtos audiovisuais de cunho pornográfico, etc", conta. 

Segundo ele, a tribo seria envolvida diretamente na produção, tanto na equipe que filma, quando na que edita. 


"O último episódio seria com a tribo vendo e comentando os episódios anteriores e a experiência toda." 

"O nome eu não sei pronunciar. 'Religare Queer'. 


O filme é sobre uma ex-freira lésbica. 


Ok? 


E daí, são vários episódios", disse o presidente. 


 "Tem a ver com religiões tradicionalmente homofóbicas ou transfóbicas. 


Tudo tem a ver. 


Sexualidade LGBT com evangélicos, católicos, espíritas, testemunhas de Jeová, umbanda, budismo, candomblé, judaísmo, islamismo e Santo Daime." 

O G1 tentou contato com a produção da série, a Válvula Produções, mas não teve retorno. 


A empresa já produziu documentários sobre a quadrinista Laerte e sobre a cantora Linn da Quebrada. 


COMENTÁRIO: 


Governantes que se prezam, e têm respeito pelo dinheiro público, jamais financiam produção de filmes que promovem a promiscuidade, e sodomia ! 


Que os adeptos do homossexualismo banquem a produção desses filmes cujo objetivo é afrontar a sociedade que repudia esse tipo de imoralidade, depravação e indecência, abominável aos olhos de Deus, o Criador dos céus e da terra. 


Dinheiro do governo é para ser investido em benefício da população, e bem estar da sociedade como um todo.


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 16 de agosto de 2019.

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