Decisão ocorre no mesmo dia em que TRF-2 condenou Picciani, Paulo Melo e Albertassi com base na mesma investigação da Lava Jato. Nas duas decisões, cabe recurso.
Por G1 Rio
O empresário Jacob Barata (Rei do Ônibus) foi condenado pelo juiz
Marcelo Bretas — Foto: Rodrigo Chadí/Fotoarena/Estadão Conteúdo.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, condenou nesta
quinta-feira (28) o empresário Jacob Barata, o Rei dos Ônibus, e mais 10
pessoas por diversos crimes apurados pela força-tarefa da Lava Jato na Operação Cadeia Velha.
Os 11 condenados podem recorrer da decisão.
Os 11 condenados podem recorrer da decisão.
Também foram condenados Felipe Picciani, filho do ex-presidente da
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani; Lélis Teixeira,
ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do
Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor); e outras oito pessoas.
Entre os denunciados, apenas Ana Cláudia de Andrade foi absolvida.
Condenados por Bretas:
- Jacob Barata Filho, empresário: 12 anos de reclusão, por corrupção ativa;
- Felipe Picciani, empresário: 17 anos e 10 meses de reclusão, por lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa;
- Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor: 13 anos de reclusão, por corrupção ativa;
- Jorge Luiz Ribeiro, operador e braço-direto de Picciani: pena de 12 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão, por corrupção passiva e pertinência à organização criminosa;
- Andréia Cardoso do Nascimento, chefe de gabinete de Paulo Melo: 11 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão, por corrupção passiva e associação criminosa;
- Fábio Cardoso do Nascimento, assessor de Paulo Melo: pena de 11 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão, por corrupção passiva e associação criminosa;
- Carlos César da Costa Pereira, empresário: pena de 11 anos e 2 meses de reclusão, por corrupção passiva e pertinência à organização criminosa;
- José Augusto Ferreira dos Santos: pena de 6 anos, por lavagem de dinheiro;
- Benedicto Barbosa Júnior, empresário: 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão (acordo de colaboração premiada), por corrupção ativa;
- Leandro Azevedo, empresário: 5 anos e 4 meses reclusão (acordo de colaboração premiada), por corrupção ativa;
- Marcelo Traça, empresário: 14 anos de reclusão (acordo de colaboração premiada), por corrupção ativa.
Deputados também condenados.
Decisão ocorre no mesmo dia em que Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) condenou Picciani, Paulo Melo e Albertassi
com base na mesma investigação da Lava Jato.
O processo dos três foi julgado em segunda instância porque, como deputados, eles têm foro privilegiado.
O processo dos três foi julgado em segunda instância porque, como deputados, eles têm foro privilegiado.
Cadeia Velha.
A operação Cadeia Velha, uma referência ao prédio histórico da
Assembleia Legislativa do RJ, investigou o pagamento de propina a
políticos pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do
Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), em um esquema que envolveu a
cúpula da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Foi desencadeada a partir da Operação Ponto Final.
Foi desencadeada a partir da Operação Ponto Final.
Segundo o Ministério Público Federal, houve o uso da presidência e
outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação
criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
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