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segunda-feira, fevereiro 18, 2019

Audiências do processo contra o médium Maury Rodrigues da Cruz começam nesta segunda (18)


Testemunhas de acusação são as primeiras a serem ouvidas na 13ª Vara Criminal de Curitiba; Médium é réu por violação sexual mediante fraude e estelionato.

Médium Maury Rodrigues é réu por violação sexual mediante fraude e estelionato  — Foto: Reprodução
Médium Maury Rodrigues é réu por violação sexual mediante fraude e estelionato — Foto: Reprodução.


Por Adriana Justi, G1 PR — Curitiba


A Justiça do Paraná começa a ouvir as testemunhas do processo contra o médium Maury Rodrigues da Cruz, que é diretor presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE), a partir desta segunda-feira (18) em audiências de instrução. 


As oito testemunhas de acusação serão as primeiras a serem ouvidas, a partir das 13h45, na 13ª Vara Criminal de Curitiba. 



Nos próximos dias, serão ouvidas as testemunhas de defesa e, na sequência, será feito o interrogatório do réu. 



Depois da apresentação das alegações finais, o juiz vai proferir a decisão final. 


O caso corre em segredo de Justiça. 


Maury Rodrigues também foi diretor do Museu Paranaense e professor universitário. 


A SBEE fica localizada no bairro Tingui, na capital paranaense. 


Conforme a denúncia, aceita pela Justiça em agosto do ano passado, o réu aproveitava-se da fé espírita das vítimas que frequentavam a SBEE para tentar se aproximar e cometer a violação sexual. 


"Aproveitando-se da fé espírita de que a vítima é portadora e plenamente ciente de que ela o considerava um líder religioso, o denunciado logrou êxito, obtendo a supracitada vantagem patrimonial indevida", diz trecho da denúncia. 


A denúncia cita três vítimas do médium. 



Uma delas é o engenheiro eletrônico Fernando da Costa Frazão, que frequentou o local por cerca de dois anos. 



Ele disse que os casos aconteciam durante as sessões de ectoplasmia, que é quando os espíritos se manifestam em uma pessoa viva.
Fernando diz ter sido uma das vítimas do médium Maury Rodrigues  — Foto: Adriana Justi/G1
Fernando diz ter sido uma das vítimas do médium Maury Rodrigues — Foto: Adriana Justi/G1.


Ainda de acordo com Fernando, o médium age sempre da mesma forma: simula ter "incorporado" um espírito e diz que esse espírito teve uma relação íntima passada com a pessoa que está participando da sessão espírita. 

"As sessões acontecem na madrugada e, algumas vezes, a gente se vê sozinho com o professor Maury. 



Nessas conversas, ele acaba te envolvendo, dizendo que você é especial (...), e com o passar do tempo essa intimidade começa a ser maior e ele vai querendo beijar, forçar um beijo, e isso acaba sendo um pouco estranho", contou o engenheiro. 

Pelo menos 20 pessoas relataram o caso.

 

Além das três pessoas citadas na denúncia, os promotores do MP-PR ouviram pelo menos 20 pessoas que também relataram o caso. 


Entretanto, na maioria dos casos, os crimes prescreveram. 

Na denúncia, estão casos que ocorreram há menos de seis meses, desde o início das investigações em fevereiro. 

No caso de um empresário, que preferiu não se identificar, a situação, de acordo com ele, foi um pouco mais além do que a de Fernando Frazão. 


Segundo o empresário, em certo momento da sessão, o médium pediu para que ele colocasse a mão na parte do "baixo ventre". 

"Pra mim, baixo ventre seria a parte debaixo do abdômem. 


Aí, eu coloquei a minha mão mais ou menos embaixo do umbigo dele, e ele pegou a minha mão e colocou um pouco mais pra baixo. 


Eu fiquei assustado e sem saber o que tinha acontecido. 


Aí tirei a mão dali meio que reagindo e ele começou a fazer um teatro de como se estivesse passando muito mal", contou. 

O empresário afirmou ainda que só depois que descobriu que outras pessoas também tinham sido alvo da mesma situação constrangedora, pode perceber a gravidade do caso.

Médium pediu orações.

 

Em fevereiro do ano passado, logo após as primeiras denúncias, Maury Rodrigues publicou um vídeo na página da sociedade espírita. 


Ele chamou o vídeo de "mensagem aos espíritas" e disse: 

"Acredito que os irmãos me conhecem. 


Não preciso me defender, mas tenho que dizer aos irmãos que tomarei todas as medidas necessárias judiciais para que essas pessoas, realmente irmãos nossos, possam responder essas agressões, essas violações do direito".

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