Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

segunda-feira, fevereiro 18, 2019

Governo anuncia demissão de Bebianno; Floriano Peixoto assume Secretaria-Geral


Informação foi dada pelo porta-voz. Primeiro ministro a deixar governo, Bebianno coordenou campanha de Bolsonaro. Crise com filho do presidente provocou demissão do ministro.

 

 

Por Guilherme Mazui, Gustavo Garcia e Gabriel Palma, G1 e TV Globo — Brasília
Governo exonera ministro Gustavo Bebianno
Governo exonera ministro Gustavo Bebianno.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, anunciou nesta segunda-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno (PSL). 


De acordo com o porta-voz, o substituto será o general da reserva Floriano Peixoto Neto. 

Otávio Rêgo Barros leu uma nota da Presidência, na qual Bolsonaro agradeceu a "dedicação" de Bebianno durante a permanência no cargo de ministro. 


O presidente ainda desejou "sucesso" ao agora ex-ministro.


"O excelentíssimo senhor presidente da República Jair Messias Bolsonaro decidiu exonerar nesta data, do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o senhor Gustavo Bebianno Rocha. 


O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso em sua nova caminhada", declarou o porta-voz. 

De acordo com Otávio Rêgo Barros, a decisão de Bolsonaro de demitir Bebianno é de "foro íntimo do nosso presidente".
Bolsonaro fala sobre exoneração de Bebianno
Bolsonaro fala sobre exoneração de Bebianno.

"Avalio que pode ter havido incompreensões e questões mal entendidas de parte a parte, não sendo adequado pré-julgamento de qualquer natureza. 


Tenho que reconhecer a dedicação e comprometimento do senhor Gustavo Bebianno a frente da coordenação da campanha eleitoral em 2018. 


Seu trabalho foi importante para o nosso êxito", afirmou o presidente no vídeo.
Gustavo Bebianno — Foto: José Cruz/Agência Brasil Gustavo Bebianno — Foto: José Cruz/Agência Brasil
Gustavo Bebianno — Foto: José Cruz/Agência Brasil.

Primeiro ministro a deixar o governo, Bebianno despachava do Palácio do Planalto e foi um dos coordenadores da campanha presidencial de Jair Bolsonaro no ano passado. 

A demissão do ministro foi confirmada em meio a uma crise no governo que se originou com a suspeita de que o PSL, partido ao qual Bolsonaro e Bebianno são filiados, usou candidatura "laranja" nas eleições do ano passado. 

A crise também envolve Gustavo Bebianno e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), um dos filhos do presidente da República – leia detalhes mais abaixo

Há pouco mais de uma semana, o jornal "Folha de S.Paulo" informou que, quando Bebianno presidia o PSL, o partido, repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco. Segundo o jornal, o repasse foi feito quatro dias antes das eleições, e ela recebeu 274 votos. 

Bebianno nega irregularidades, afirmando que não foi o responsável por escolher as candidatas que receberam dinheiro do partido. 


Isso porque, segundo ele, a decisão coube aos diretórios locais. 

De acordo com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a Polícia Federal investigará as suspeitas envolvendo o repasse do PSL.
Bebianno diz que a tendência é ser exonerado do cargo
Bebianno diz que a tendência é ser exonerado do cargo.

Crise com filho de Bolsonaro.

 

 

No último dia 12, após a reportagem da "Folha", Bebianno negou em entrevista ao jornal "O Globo" que fosse o pivô de uma crise dentro do governo e acrescentou que, somente naquele dia, havia falado com o presidente por três vezes. 


Na ocasião, Bolsonaro ainda estava internado em razão de uma cirurgia. 

Após a publicação da entrevista, um dos filhos de Bolsonaro, Carlos, usou uma rede social para dizer que Bebianno mentiu ao dizer que havia falado com o presidente


Carlos, e depois o próprio Bolsonaro, chegaram a divulgar um áudio no qual, segundo eles, o presidente diz a Bebianno que não podia falar com o então ministro. 


Bebianno era considerado um dos homens de confiança de Bolsonaro. 


Ele foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente, costurou o acordo que levou Bolsonaro ao PSL e presidiu a legenda durante a corrida eleitoral de 2018. 

Após a eleição, Bebianno deixou o posto e foi escolhido para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, um dos ministérios com gabinete no Palácio do Planalto.
Demissão de Gustavo Bebianno já é dada como certa
Demissão de Gustavo Bebianno já é dada como certa.

Espaço e influência.

 

Bebianno e Carlos mantiveram relação conturbada desde a vitória eleitoral de Bolsonaro, em busca de espaço e influência dentro do governo. 


O filho do presidente costumava criticar o aliado do pai nas redes sociais. 

Na composição dos ministérios, Bebianno perdeu força, já que a Secretaria-Geral foi esvaziada por Bolsonaro. 

A pasta perdeu o controle da Secretaria de Comunicação da Presidência e do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), que lida com concessões e privatizações. 


As duas áreas foram absorvidas pela Secretaria de Governo, comandada por Carlos Alberto dos Santos Cruz, general da reserva do Exército.
Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo — Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo — Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo — Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados.

Ministro do Turismo.

 

Durante a entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, o porta-voz Otávio Rêgo Barros foi questionado sobre a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL). 

O ministro é investigado por ter supostamente patrocinado um esquema de candidaturas "laranjas"


Rêgo Barros foi indagado se serão tomadas decisões diferentes para casos "semelhantes".

 
Segundo o porta-voz, a decisão sobre a exoneração de ministros é de responsabilidade do presidente. 


E não cabe a ele, porta-voz, "avançar em qualquer suposição" sobre o tema.
General Floriano Peixoto Vieira Neto (de óculos escuros), novo ministro da Secretaria-Geral, durante missão no Haiti — Foto: Sophia Paris/UN Photo General Floriano Peixoto Vieira Neto (de óculos escuros), novo ministro da Secretaria-Geral, durante missão no Haiti — Foto: Sophia Paris/UN Photo
General Floriano Peixoto Vieira Neto (de óculos escuros), novo ministro da Secretaria-Geral, durante missão no Haiti — Foto: Sophia Paris/UN Photo.

Perfil do novo ministro.

 

General da reserva do Exército, Floriano Peixoto Neto ocupava o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral, o segundo mais importante na hierarquia da pasta.


O novo ministro iniciou a carreira militar em 1973 e concluiu a formação na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1976, na arma de infantaria. 

Paraquedista militar, assim como Bolsonaro, Floriano alcançou o posto de general de divisão (três estrelas), o penúltimo na hierarquia do Exército. 


Ele passou à reserva em março de 2014. 

 
Floriano participou duas vezes da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti, uma como oficial de operações e outra como o comandante das forças militares no país. 


Ele liderava a missão quando ocorreu o terremoto no Haiti, em 2010. 

Além da formação militar, com experiências na Suíça e nos Estados Unidos, Floriano é formado em Administração de Empresas e tem MBA em Gerência Executiva. 

Com a escolha do militar, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será o único civil com cargo de ministro no Palácio do Planalto. 


Os demais ministros que despacham do Palácio (Santos Cruz na Secretaria de Governo e Augusto Heleno no GSI) também são generais da reserva do Exército.

Íntegra.

 

Leia a íntegra da nota da Presidência sobre Bebianno: 

Nota à Imprensa.

 
O Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, decidiu exonerar, nesta data, do cargo de Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Senhor Gustavo Bebianno Rocha.

 
O Senhor Presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada.

 
Brasília, 18 de fevereiro de 2019.
Cronologia da crise — Foto: Arte/G1 Cronologia da crise — Foto: Arte/G1
Cronologia da crise — Foto: Arte/G1.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...