Juliane dos Santos, de 27 anos, desapareceu em Paraisópolis na semana passada; segundo testemunhas, ela foi baleada e levada por homens encapuzados.
Por Bruno Tavares e César Tralli, TV Globo, São Paulo
A Polícia Militar encontrou o corpo da policial Juliane dos Santos
Duarte dentro do porta-malas de um carro, por volta das 19h50 desta
segunda-feira (6), na Rua Cristalino Rolim de Freitas, no Bairro Campo
Grande, na Zona Sul de São Paulo.
A informação foi confirmada pelo
coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM.
Juliane, que tinha 27 anos, desapareceu na semana passada
na comunidade de Paraisópolis, também na Zona Sul.
A distância entre os
locais é de cerca de 8 quilômetros.
Segundo a PM, uma calça camuflada
como a que ela usava estava no veículo.
A policial foi a Paraisópolis na última quarta (1º) comemorar o
nascimento do bebê de um casal de amigos.
Em seguida, foi para um bar, e
lá bandidos descobriram que ela era PM.
Uma testemunha disse que, por volta das 3 horas, ao retornar do
banheiro, ela teria escutado alguém reclamar do sumiço de um aparelho
celular.
Neste momento, “sacou a arma da cintura e colocou sobre a mesa,
dizendo que ninguém sairia do local até que o celular aparecesse,
identificando-se como policial”.
Cerca de 40 minutos depois, de acordo com as amigas que estavam com
Juliane, quatro homens invadiram o local, sendo três encapuzados,
portando armas de fogo.
A policial, segundo o relato, foi baleada duas
vezes e levada pelos homens.
A Secretaria de Segurança Pública de SP ofereceu uma recompensa de R$
50 mil por informações que levassem à descoberta do paradeiro da
policial.
Moto localizada
A moto da policial foi localizada na quinta (2) em Pinheiros,
na Zona Oeste.
Câmeras de segurança registraram o momento em que um
homem deixa o veículo no local, escoltado por outros três suspeitos em
duas motos.
A polícia já identificou o homem que abandonou a moto, mas ele ainda não foi preso.
Impressões digitais encontradas por peritos podem ajudar na investigação.
Juliane morava em São Bernardo do Campo com a mãe e a irmã, trabalhava
na Polícia Militar havia dois anos, no turno da noite, e estava de
férias.
Seus colegas dizem que ela era disciplinada, dedicada e muito
querida por todos.
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