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segunda-feira, agosto 06, 2018

Defesa de Lula desiste de recurso com o qual tentava suspender prisão; decisão evita discussão sobre candidatura

Se no julgamento do recurso, Supremo decidisse que ex-presidente está inelegível, defesa não teria, em caso de derrota, outra instância para recorrer. Mas, se TSE julgar, pode haver recurso ao STF.


Por Rosanne D'Agostino, G1, Brasília
Militantes usam máscara com foto de Lula durante convenção nacional do PT, no último sábado, em São Paulo (Foto: GloboNews/reprodução)
Militantes usam máscara com foto de Lula durante convenção nacional do PT, no último sábado, em São Paulo (Foto: GloboNews/reprodução).
 
A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva desistiu nesta segunda-feira (5) de um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) com o qual tentava suspender a pena de prisão do ex-presidente até que a condenação seja analisada pelas instâncias superiores. 
 
Em junho, o ministro Edson Fachin, relator do caso, negou conceder uma liminar (decisão provisória) para suspender a prisão e pediu que a defesa esclarecesse por qual razão primeiro mencionou a questão da inelegibilidade de Lula no pedido e depois reivindicou a retirada do tema do recurso. 
 
A defesa protocolou o pedido de desistência nesta segunda afirmando que, diante da confusão entre o pedido inicial de suspensão da pena e a discussão em torno dos direitos políticos, "imprevistamente colocada", desiste totalmente do recurso. 
 
Segundo os advogados, a defesa fará agora um "aprofundamento" sobre "fatos novos" que eventualmente podem vir a ser colocados em um futuro pedido. 
 
Os advogados também reiteraram ao relator que pediram apenas a suspensão da execução provisória da pena de Lula, não discutindo seus direitos políticos no pedido inicial. 
 
Segundo a defesa, as referências à inelegibilidade foram "laterais" e incluídas em razão de o pedido ter sido baseado na lei sobre esse tema. 
 
Com a desistência, na prática, o STF não deve analisar mais a inelegibilidade. 
 
Se o plenário decidisse que Lula está inelegível, o ex-presidente não teria outra instância para recorrer. 
 
Mas se a discussão sobre o tema ficar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a defesa de Lula poderá, em tese, recorrer ao STF. 
 
Na semana passada, Fachin afirmou que é importante dar “celeridade” e julgar o caso até o próximo dia 15 – data final para apresentação de registros de candidatura à Justiça Eleitoral. 
 
Agora, Fachin deverá homologar o pedido de desistência. 
 
Geralmente, esse tipo de pedido é aceito. 
 
Lula foi preso em 7 de abril, depois de ter sido condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). Lula se diz inocente
 
A prisão do ex-presidente foi baseada em entendimento do STF de que a pena pode começar a ser cumprida a partir da condenação na segunda instância, caso do TRF-4.
 
A defesa de Lula, no entanto, argumenta que ele tem direito de ficar livre enquanto houver possibilidade de recursos.

Futuros argumentos

Ainda nesse pedido, a defesa de Lula cita “fatos novos” que poderão ser apresentados “oportunamente”, caso uma nova decisão temporária em favor de Lula seja pleiteada junto à Corte.
 
O primeiro deles, dizem os advogados, diz respeito à “ocorrência de relevantes acontecimentos durante o recesso desta Suprema Corte envolvendo magistrados que participaram dos julgamentos de primeiro e de segundo grau”. 
 
Segundo a defesa, essa atuação poderia estar “despida de imparcialidade”. 
 
Durante o recesso de julho, uma guerra de liminares movimentou as férias dos magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e da Justiça Federal de Curitiba. 
 
Após uma liminar concedida pelo desembargador Rogério Favreto – agora alvo de procedimento preliminar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) –, o presidente do TRF-4, Thompson Flores, cassou a decisão de Favreto, entendendo que o colega agiu fora da competência do plantão.

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