Funcionário do doleiro Alvaro Novis contou a procuradores que pagou propina ao prefeito. Crivella nega 'veementemente' e atribuiu acusação à recusa ao aumento de tarifas.
Por Arthur Guimarães e Pedro Bassan, RJTV
Numa das delações sobre o esquema de propina envolvendo a Federação das
Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, a
Fetranspor, um funcionário do doleiro Alvaro José Novis contou aos
procuradores do Ministério Público Federal ter feito pagamentos em nome
da federação para o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
Os detalhes da colaboração foram exibidos com exclusividade nesta quarta-feira (23) pelo RJTV.
Os detalhes da colaboração foram exibidos com exclusividade nesta quarta-feira (23) pelo RJTV.
Em nota, o prefeito negou "veeementemente" receber o valor citado na
delação - R$ 450 mil em dinheiro vivo - e alegou que "a suposta acusação
ocorreu porque não concedeu aumento na passagem de ônibus e apoiou a
redução no preço das tarifas".
A delação é de Edmar Moreira Dantas, que trabalhava na empresa do
doleiro.
É o mesmo funcionário que relatou aos procuradores o suposto pagamento de propinas ao governador Luiz Fernando Pezão.
Em outro depoimento, ele disse que o esquema ilícito da Fetranspor também foi destinado a Crivella.
É o mesmo funcionário que relatou aos procuradores o suposto pagamento de propinas ao governador Luiz Fernando Pezão.
Em outro depoimento, ele disse que o esquema ilícito da Fetranspor também foi destinado a Crivella.
![Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ TV Globo) Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ TV Globo)](https://s2.glbimg.com/T_gQx4ZZIVeXwTa2brvGgAT4KLU=/0x0:1920x1080/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/4/x/i6xK41SLGqNei4LzVvCg/crivella.jpg)
Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ TV Globo).
O colaborador detalhou que foram cinco os pgamentos, entre 2010 e 2012.
Os valores, segundo ele, foram entregues a um homem chamado Mauro Macedo, na Rua da Candelária, no Centro, número 9.
A sala, disse ele, era alugada por Crivella e usada como comitê partidário.
Os valores, segundo ele, foram entregues a um homem chamado Mauro Macedo, na Rua da Candelária, no Centro, número 9.
A sala, disse ele, era alugada por Crivella e usada como comitê partidário.
É também dito que as ordens para pagamentos partiam da mesma pessoa que
mandava pagar Pezão, o empresário José Carlos Lavouras, que é
considerado foragido e está em Portugal.
O delator disse ainda que já havia visto Crivella no endereço citado e deu detalhes de como ocorreram os pagamentos a Mauro Macedo.
O delator disse ainda que já havia visto Crivella no endereço citado e deu detalhes de como ocorreram os pagamentos a Mauro Macedo.
Em planilhas entregues ao MPF, aparecem duas de quatro doações a
Crivella, no valor de R$ 100 mil.
O endereço nos ofícios corresponde ao citado pelo delator e informam, inclusive, o horário da entrega do dinheiro: 16h30.
Mauro Macedo foi tesoureiro da campanha de Crivella ao Senado Federal, em 2008.
O endereço nos ofícios corresponde ao citado pelo delator e informam, inclusive, o horário da entrega do dinheiro: 16h30.
Mauro Macedo foi tesoureiro da campanha de Crivella ao Senado Federal, em 2008.
Segundo Crivella, Mauro Macedo nunca exerceu funções nas campanhas
eleitorais dele, não foi nomeado no Senado e tampouco na prefeitura.
A
Fetranspor comunicou que continua à disposição da Justiça para
esclarecimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário