Roberto Carvalho disse que empresa quer voltar a extrair e exportar minério.
Processo para reaver licença ambiental suspensa está em análise.
Presidente da Samarco, Roberto Carvalho, falou sobre operações (Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil)
O presidente da Samarco, Roberto Carvalho, anunciou nesta quarta-feira (2) que a empresa espera voltar a operar suas atividades de extração e exportação de minério de ferro ainda em 2016.
O processo para reaver a licença ambiental, suspensa desde o rompimento da barragem em Minas Gerais, está em análise, mas sem prazo de conclusão.
Saiba mais:
O acordo para recuperar o Rio Doce foi assinado entre representantes dos poderes públicos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo com a Samarco, nesta quarta-feira.
O objetivo é criar um fundo que prevê R$ 20 bilhões em recursos, valor que pode variar, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Roberto Carvalho explicou que a Samarco já aplicou parte dos dos R$ 2 bilhões que terá de desembolsar este ano para financiar as ações de recuperação ambiental e assistência social na região atingida.
“Entramos com pedido de licenciamento ambiental no governo de Minas Gerais como primeiro passo para as conversas.
Tudo vai depender das negociações, mas nossa estimativa é voltar a operar ainda no fim deste ano”, disse Carvalho.
Ele estava na cerimônia acompanhado do presidente da Vale, Murilo Ferreira, e da direção da anglo-australiana BHP Billiton, controladoras da joint venture Samarco.
Na prática, o acordo elimina brigas judiciais anunciadas entre a companhia e os governos federal, capixaba e mineiro.
Em 15 anos, a partir deste, a Samarco terá de pagar ao menos R$ 24 bilhões para recuperar o Rio Doce e suas nascentes, investir em saneamento, recuperar fauna e flora e indenizar a população, sobretudo pescadores, pequenos agricultores e indígenas.
Pescador lamenta não poder tirar mais peixes do Rio Doce, no Espírito Santo (Foto: Viviane Machado/ G1)
Confira a entrevista com o presidente da Samarco
Na prática, quando o acordo será cumprido?
O serviço já começou desde o 1º dia (após o desastre).
O acordo é fundamental e reafirma o compromisso da Samarco com a compensação e recuperação dos impactos do acidente.
Quanto dos R$ 2 bilhões previstos para este ano foi aplicado?
A Samarco continuará com as ações de assistência e recuperação até a constituição da fundação de direito privado, que cuidará dos projetos e será criada daqui a 120 dias.
A empresa pediu licença ambiental para operar.
Para quando estimam isso?
Tudo depende das negociações, mas trabalhamos para voltar a operar ainda este ano.
O que tem a dizer aos que se acham desassistidos?
Fui acompanhar o processo desde Baixo Guandu até Regência.
Está previsto no acordo que vamos resgatar e reorganizar toda a área impactada.
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