Renata Lessa
Ainda que não justifique (e não justifica mesmo!) o número absurdo de estupros e abusos sexuais que viola nossos ouvidos nas intermináveis reportagens diariamente, percebemos que a "bola da vez", já há algum tempo, vem sendo a proliferação das mais diversas formas de estimulo sexual gratuito.
Quer seja na TV, quer seja nas revistas, filmes, ou, ainda, na "vida real", a mulher vem se tornando um verdadeiro objeto - estimulo cruel e fatal para as mentes mais doentias e fracas.
Infelizmente, o que podemos perceber, já na infância, são meninas dançando de forma vulgar, ou, ainda, vestindo roupas provocativas, desnecessariamente.
A boneca foi trocada pela saia muito, muito curta, os sapatos de boneca foram trocados pelos saltos altos e maquiagem pesada, precocemente.
Não sou puritana, muito menos hipócrita ou moralista, mas me sinto um peixe fora dágua desse mundo voltado apenas para os apelos do corpo e do sexo.
Hoje, a cultura é do corpo malhado e desnudo. Hoje, os apelos sexuais são esfregados na cara de todos nós em danças chulas e provocativas.
Hoje, a mulher que tanto lutou pela liberdade, confunde-a com libertinagem, atingindo a infeliz igualdade com o sexo masculino - do sexo pelo sexo, dos apelos cada vez mais comuns e tão "naturais", animalescos.
Há muitos carnavais que o Carnaval não é mais o mesmo. Despe-se a fantasia e veste-se a fantasia dos homens com corpos pintados, bundas e peitos fabricados para a exibição sem limites, o deleite marculino.
É a necessidade feminina do exibicionismo barato e gratuito, fabricada pelos meios de comunicação. Os humanos, somos de vários tipos e índoles. Uns, infelizmente, possuem essa "mente criminosa" citada em seu preciso comentário.
Estimulos e mais estímulos são jorrados diariamente, o que enfraquece essas mentes e detonam o que há de pior. O mundo, realmente, do jeito que está... Vai de mal a pior.
Estupram a nossa moral, a nossa família, os verdadeiros valores, e gozam na nossa cara. E tudo continua na impunidade do estímulo vazio, sem sentido, doentio.
Advogada Autônoma
Advogada Trabalhista · Rio de Janeiro ·
LSB - Lessa, Santos & Barbieri
4 comentários:
Obrigada por postar um texto meu, Valter. Tenha uma linda semana e fiquem sempre com Deus.
Ressalto aqui, Valter, que de nada adianta o Direito proteger a mulher, se ela própria não se protege.
Como esse mundo é pequeno , principalmente dentro desta tecnologia que vivemos, onde a informação chega rápido. Renata será que não é o excesso de informações que transforma,muda,fazendo com que tantos valores e bons princípios sejam deixados de lado?
Excelente texto. Essa exacerbação da sexualidade tem atingido nossas crianças muito precocemente.
Vejo meninas vestidas como prostitutas de rua. Quem já viu esses vídeos ridículos da Mc Melody sabe do que estou falando.
Aliás, um dia desses vi na rua uma prostituta vestida de pin-up. Estava até elegante! E estava com mais roupa do que muita jovem de família que vai para a balada. Isso sem falar no que se vê nos bailes funk!
Nosso mundo está muito contaminado com promiscuidade.
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