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segunda-feira, outubro 07, 2019

'Está cheio de doutor sem emprego, mas é difícil encanador passar fome', diz Weintraub ao defender ensino técnico


g1.globo.com

Ministro voltou a criticar universidades federais, que passam por bloqueio de verbas.


Ministro da Educação em evento em São Paulo — Foto: Marina Pinhoni/G1
Ministro da Educação em evento em São Paulo — Foto: Marina Pinhoni/G1.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a criticar as universidades federais e defendeu o ensino técnico em evento nesta segunda-feira (7) em São Paulo. 

“A escola pode ensinar um ofício. 


Aí vem o preconceito desses "intelectualóides" que acham que escola técnica não é boa porque ensina ofício. 


Tem que ser doutor. 


Está cheio de doutor sem emprego, mas é difícil ter um bom encanador passando fome ou na fila do Bolsa Família. 


É difícil um eletricista, um técnico bom, que não consegue se virar”, disse Weintraub.

O Brasil registrou 12,6 milhões de desempregados no trimestre encerrado em agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

De acordo com Weintraub, o governo federal vai lançar nesta terça-feira (8) um novo programa nacional para incentivar o ensino técnico no Brasil. 


“Nossa meta até o final do governo é aumentar em 80% o número de alunos no ensino técnico”. 

O ministro deu as declarações durante a entrega de 180 ônibus escolares a 144 municípios do estado de São Paulo no programa do Ministério da Educação (MEC) chamado “Caminhos da Escola”. 


O investimento de R$ 40,7 milhões foi liberado por meio de emendas parlamentares de deputados federais. 

Weintraub voltou a afirmar que a prioridade do governo Jair Bolsonaro (PSL) é a educação infantil e criticou as universidades federais, que já passaram por dois grandes contingenciamentos de verbas desde abril, que somam R$ 6,1 bilhão.

Na semana passada, o MEC anunciou a liberação de R$ 1,99 bilhão da pasta que será destinado, principalmente, para universidades e institutos federais. 


Ao todo, R$ 3,8 bilhões ainda seguem bloqueados. 

“Tenho sofrido críticas porque falo que a Educação tem que ser prioritária para creches e pré-escola e não para universidade federal. 


Mas cada universidade federal dessas grandes custa mais de R$ 3 bilhões por ano. 


Com uma delas a gente põe todas as crianças na creche na pré-escola”, diz.

De acordo com levantamento feito pelo G1, apenas uma universidade no Brasil teve orçamento na ordem de R$ 3 bilhões em 2019, que é a Universidade Federal do Rio de Janeiro. 


A universidade com o 10º maior orçamento tinha previsão de receber R$ 1,5 bilhão. 

O ministro disse ainda que assumiu o MEC após “décadas de destruição, bagunça e balbúrdia” e que sua gestão está redefinindo gastos do “recurso escasso”. 

“É uma turma [das universidades federais] que recebia bilhões como se não houvesse amanhã e pede mais R$ 50 milhões, R$ 60 milhões, enquanto está faltando ônibus para crianças”. 

Weintraub afirmou que manterá, no entanto, o orçamento das universidades federais para o ano que vem, mas não detalhou se haverá mais contingenciamento de verbas. 

“A gente não quer aumentar [o recurso]. 


A gente quer manter. 


Inclusive está no orçamento que foi enviado para o Congresso que a gente mantém o orçamento delas”.

Para obter mais recursos, segundo o ministro, as universidades devem recorrer ao Future-se, programa do MEC que pretende aumentar a participação privada no orçamento das federais. 


A proposta ainda está sob consulta pública, mas já levantou críticas de que pode ferir a autonomia de gestão. 

“No Future-se, quem quiser mais recurso pode buscar na iniciativa privada. 


A consulta pública é feita justamente para escutar a sociedade, fechar uma nova proposta e encaminhar para o Congresso. 


O Congresso soberano vai decidir o que fazer”, diz.

Foragido do presídio de Salvador é preso após ser flagrado por sistema de reconhecimento facial em estação de metrô na Bahia


g1.globo.com

Homem cumpria pena por tráfico de drogas e fugiu da Penitenciária Lemos Brito em 2012.

Foragido do presídio de Salvador foi preso após reconhecimento facial — Foto: Divulgação/SSP-BA
Foragio do presídio de Salvador foi preso após reconhecimento facial — Foto: Divulgação/SSP-BA.

Um homem identificado como Alan Ricardo Santos de Jesus, de 26 anos, e apontado pela polícia como foragido da penitenciária Lemos Brito, em Salvador, foi preso na tarde de sábado (5), após ser flagrado pelo sistema de reconhecimento facial da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), em uma estação de metrô da capital baiana. 

Segundo informações da SSP, Alan Ricardo foi identificado pelo equipamento no momento em que saía do terminal. 


O homem foi abordado por policiais militares e confessou ser foragido da penitenciária. 

De acordo com o órgão, Alan Ricardo tinha um mandado de prisão em aberto após fugir do presídio em setembro de 2012. 


Ele cumpria pena por tráfico de drogas. 

Alan Ricardo foi encaminhado até a Central de Flagrantes, onde foi realizada a identificação humana e o mandado de prisão foi cumprido. 

Até o último sábado (5), 71 criminosos foragidos da Justiça ou que estavam descumprindo critérios de prisão domiciliar foram detidos em Salvador e Feira de Santana, a cerca de 100 km da capital. 

Os criminosos foram flagrados por câmeras espalhadas nas estações de metrô, rodoviária, Aeroporto Internacional de Salvador, além das utilizadas em grandes eventos, como o carnaval, Micareta de Feira de Santana e Copa América.

sexta-feira, outubro 04, 2019

Procurador que atacou juíza entrou com faca de cozinha escondida nas roupas na sede do TRF 3ª Região na Avenida Paulista


g1.globo.com

 Resultado de imagem para Procurador que atacou juíza entrou com faca de cozinha escondida nas roupas na sede do TRF 3ª Região na Avenida Paulista

Procurador da Fazenda Matheus Carneiro Assunção está preso por tentativa de homicídio na sede da Polícia Federal em SP.

Procurador da Fazenda esfaqueia juíza na sede do TRF 3ª Região, na Avenida Paulista
Procurador da Fazenda esfaqueia juíza na sede do TRF 3ª Região, na Avenida Paulista.

O procurador da Fazenda Matheus Carneiro Assunção, que foi preso nesta quinta-feira (3) após esfaquear a juíza Louise Filgueiras na sede Tribunal Regional Federal da 3ª Região, na Avenida Paulista, entrou no prédio com uma faca de cozinha escondida em suas roupas.


Segundo a Polícia Federal (PF), ele está detido por "tentativa de homicídio" (leia mais abaixo).

De acordo com o Tribunal Federal da 3ª Região, o procurador entrou no prédio para participar de um congresso de combate à corrupção à administração pública.


Para entrar no prédio, ele apresentou sua carteira funcional.

Por volta das 18h, após deixar o evento, ele usou as escadas e entrou em diversos gabinetes de desembargadores federais.


Um dos gabinetes que o procurador entrou foi do desembargador Paulo Fontes, onde estava a juíza federal Louise Filgueiras.


A juíza tinha sido convocada para cobrir as férias do desembargador.
Procurador Matheus Carneiro Assunção foi preso após o ataque — Foto: TV Globo/Reprodução
Procurador Matheus Carneiro Assunção foi preso após o ataque — Foto: TV Globo/Reprodução
O procurador atacou a juíza várias vezes com a faca. 


Ela conseguiu desviar da maior parte dos golpes.


Em seguida, o agressor foi contido por um servidor, que acionou a Secretaria de Segurança Institucional do TRF e a Polícia Federal. 

O procurador foi preso e levado para a sede da PF na Lapa, Zona Oeste de São Paulo


Por meio de nota, a Polícia Federal informou que Matheus foi preso em flagrante pelo crime de "tentativa de homicídio qualificado contra a juíza". 

"O fato ocorreu na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, localizado na Avenida Paulista


 A conduta criminosa investigada está tipificada no artigo 121, § 2°, inciso IV, c/c artigo 14, todos do Código Penal. 


O preso será encaminhado à audiência de custódia nesta sexta-feira", informa nota divulgada pela PF. 

A juíza sofreu um corte superficial no pescoço e foi atendida pelos médicos do próprio Tribunal. 


Ela passa bem. 

Testemunhas disseram que o procurador estava transtornado e que gritava que estava lá para acabar com a corrupção.
Procurador da Fazenda é preso depois de esfaquear juíza em São Paulo
Procurador da Fazenda é preso depois de esfaquear juíza em São Paulo.

Em nota, o TRF3 diz que “lamenta profundamente o ocorrido, reitera seu comprometimento com a segurança de todos os seus magistrados, servidores, colaboradores em geral e público externo e irá tomar todas as medidas necessárias para a minuciosa apuração do ocorrido.” 

Em nota, a Advocacia-Geral da União informou que "referente à prisão do procurador da Fazenda Nacional acusado de tentativa de homicídio contra juíza federal, o advogado-geral da União determinou a imediata abertura de sindicância investigativa no âmbito da instituição." 

"A Advocacia-Geral da União lamenta o ocorrido, registra irrestrita solidariedade à magistrada e repudia todo e qualquer ato de violência", cita o comunicado. 

As associações dos juízes federais do Brasil e de São Paulo divulgaram nota manifestando solidariedade à juíza e pedindo apuração rigorosa dos fatos. 


COMENTÁRIO:


Efeito Janot.

''Vou fazer o que Janot não fez'', disse procurador que esfaqueou juíza.



Rodrigo Janot Monteiro de Barros é um jurista brasileiro. 

Membro do Ministério Público Federal desde 1984, foi o Procurador-Geral da República do Brasil de 2013 a 2017.

Dois procuradores completamente inapto para ocuparem esse cargo de grande responsabilidade por representantes do Poder Judiciário !


Valter Desiderio Barreto. 

PF indicia ministro do Turismo e mais 10 por candidaturas-laranja no PSL em Minas


g1.globo.com

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A Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), e mais 10 pessoas no inquérito sobre o uso de candidaturas-laranja no PSL em Minas Gerais. 


Ele foi indiciado por crime eleitoral de omissão na prestação de contas de campanha e pelo crime de associação criminosa.


Marcelo é citado em depoimentos na investigação sobre o uso de candidaturas de mulheres na eleição de 2018 para desvio da verba eleitoral no estado. 


Segundo inquérito, ele "era e ainda é o 'dono' do PSL mineiro. 


À época dos crimes apontados, Marcelo era o presidente estadual do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro. 

A suspeita é que o partido inscreveu essas candidatas sem a intenção de que elas fossem, de fato, eleitas. 


Isso porque o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas femininas. 

Em nota, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, afirmou que ainda ainda não foi notificado, mas que confia na Justiça e que sua inocência será comprovada. 


Ele nega ter cometido qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018 (veja a nota na íntegra no final desta reportagem).
O G1 tenta contato com o PSL em Belo Horizonte. 


Consultada sobre o indiciamento, a Presidência da República disse que não iria comentar. 

Ao blog de Valdo Cruz, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, disse que o presidente Jair Bolsonaro vai manter o ministro no cargo


“O presidente da República aguardará o desenrolar do processo. 


O ministro permanece no cargo”, disse". 

 Veja a lista de indiciados:

 

  • Marcelo Álvaro Antônio - ministro
  • Camila Fernandes - suspeita de ser candidata-laranja
  • Debora Gomes - suspeita de ser candidata-laranja
  • Haissander de Paula - ex-assessor do ministro quando ele era deputado federal, preso em junho deste ano
  • Irineu Inacio da Silva - deputado estadual em Minas pelo PSL - conhecido como Professor Irineu
  • Lilian Bernardino - suspeita de ser candidata-laranja
  • Marcelo Raid Soares - dono de duas empresas gráficas em Belo Horizonte
  • Mateus Von Rondon - assessor especial do ministro, preso em junho deste ano
  • Naftali Tamar - suspeita de ser candidata-laranja
  • Reginaldo Donizeti Soares - irmão de Roberto Silva Soares, sócio de duas empresas que prestaram serviço eleitorais às candidatas investigadas
  • Roberto Silva Soares - Assessor do ministro, preso em em junho deste ano


O indiciamento faz parte da conclusão do inquérito da Polícia Federal. 


De acordo com o delegado Marinho Rezende, o inquérito foi entregue ao Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais - órgão dentro do Ministério Público de Minas Gerais -, nesta quinta-feira (3). 


Agora, cabe ao MPE decidir se apresenta ou não denúncia à Justiça.

O indiciamento das 10 pessoas, excluindo o ministro, já havia sido feito pela PF em junho deste ano


O processo está em segredo de Justiça.
Polícia Federal indicia ministro do Turismo em inquérito sobre laranjas do PSL
Polícia Federal indicia ministro do Turismo em inquérito sobre laranjas do PSL.

Duas ações da PF já foram deflagradas para investigar o caso. 


Em abril, a primeira fase da operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em cinco cidades de MG, incluindo a sede da legenda em Belo Horizonte . 


A segunda fase aconteceu em junho e cumpriu três mandados de prisão, tendo como alvo principal o assessor especial de Álvaro Antônio, Mateus Von Rondon

A advogada Fernanda Lage Martins da Costa, que defende as quatro mulheres suspeitas, disse que já entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e aguarda o julgamento deste recurso. 

O G1 procurou o deputado estadual Professor Irineu e aguarda retorno. O G1 tenta contato com os demais indiciados. 

Candidaturas-laranja no PSL.

Adriana Borges, ex-candidata a deputada federal pelo PSL-MG. Ela confirmou que foi procurada pelo partido para repassar parte da verba recebida do fundo eleitoral — Foto: Reprodução/TV Globo
Adriana Borges, ex-candidata a deputada federal pelo PSL-MG. Ela confirmou que foi procurada pelo partido para repassar parte da verba recebida do fundo eleitoral — Foto: Reprodução/TV Globo
Adriana Borges, ex-candidata a deputada federal pelo PSL-MG. 


Ela confirmou que foi procurada pelo partido para repassar parte da verba recebida do fundo eleitoral — Foto: Reprodução/TV Globo.

Em março deste ano, em depoimento à Polícia Federal, a filiada do PSL Zuleide Oliveira acusou Álvaro Antônio de chamá-la para ser candidata-laranja nas eleições do ano passado. 


Segundo Zuleide, o ministro teria organizado sua candidatura para que ela pudesse receber – e depois devolver – verbas ao partido, desviando dinheiro público da campanha. 

Zuleide detalhou que recebeu uma proposta de um assessor do ministro, então presidente do PSL em Minas, para devolver R$ 45 mil dos R$ 60 mil que receberia para a campanha. 


O ministro negou a acusação e disse que Zuleide "mente descaradamente"

Outras candidatas do PSL mineiro já são investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por suspeita de candidatura-laranja na eleição passada. 


As investigações apuram a denúncia de que o dinheiro enviado às candidatas teria sido devolvido a assessores do ministro Marcelo Álvaro Antônio. 

A ex-candidata a deputada federal Adriana Moreira Borges disse ao Ministério Público Eleitoral também ter recebido uma proposta de um assessor de Álvaro Antônio para repassar R$ 90 mil dos R$ 100 mil que receberia para fazer a campanha em 2018. 
Áudios de conversas entre Bolsonaro e Bebianno repercutem no Congresso — Foto: Reprodução/JN
Áudios de conversas entre Bolsonaro e Bebianno repercutem no Congresso — Foto: Reprodução/JN
Áudios de conversas entre Bolsonaro e Bebianno repercutem no Congresso — Foto: Reprodução/JN.

O caso das candidaturas suspeitas de serem laranjas foi revelado pelo jornal "Folha de S.Paulo". 


Além de Álvaro Antônio, as denúncias causaram uma crise que atingiu Gustavo Bebbiano, que acabou exonerado do cargo de secretário-geral da Presidência da República

No caso de Bebianno, as suspeitas surgiram em Pernambuco, onde a candidata a deputada federal pelo PSL Lourdes Paixão recebeu R$ 400 mil de verba pública eleitoral, mais do que o repassado para a campanha de Bolsonaro, e obteve 274 votos nas eleições de 2018. 

Durante as eleições, Bebianno era presidente nacional do PSL, mas ele negou que tenha sido responsável pela escolha dos candidatos que receberam dinheiro do fundo partidário em Pernambuco. 

Leia na íntegra a nota do ministro Marcelo Álvaro Antônio.

 

"O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ainda não foi notificado oficialmente da decisão, mas reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada. 


Assim como vem declarando desde o início da investigação, que teve como base uma campanha difamatória e mentirosa, o ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. 


Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência."


COMENTÁRIO:


O corporativismo do presidente Bolsonaro com esse Ministro já está passando dos limites !


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 04 de outubro de 2019. 

Crime da 113 Sul: Adriana Villela é condenada pelos assassinatos dos pais e da empregada da família


O Tribunal do Júri de Brasília condenou a arquiteta Adriana Villela, de 55 anos, pelos assassinatos do pai, da mãe e da empregada da família. 


A decisão foi anunciada às 18h06 desta quarta-feira (2), após mais de 103 horas de júri, no julgamento mais longo da história do Distrito Federal. 

Adriana Villela foi considerada culpada de ser a mandante do assassinato do pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; da mãe, Maria Villela; e da empregada da família, Francisca Nascimento. 


O caso, ocorrido em 2009, ficou conhecido como “crime da 113 Sul” (relembre ao final da reportagem).

A pena final foi fixada em 67 anos e 6 meses de reclusão. 


No entanto, o juiz permitiu que Adriana Villela recorra da sentença em liberdade. 


O julgamento começou no dia 23 de setembro, 10 anos após o crime, e durou 10 dias. 

Adriana Villela foi condenada pelos seguintes crimes:

 
  • Triplo homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, com crueldade e impossibilidade de defesa
  • Furto qualificado (em razão do concurso de pessoas): o promotor diz que é furto porque as vítimas já estavam mortas, senão seria latrocínio.


Durante leitura da sentença, o juiz Paulo Rogério Santos Giordano destacou que Adriana Villela demonstrou “frieza e capacidade de manipular as pessoas”. 

Ainda de acordo com o magistrado, “a vítima não foi atingida por meio cruel, foi monstruoso.


   Que só poderia ter partido de alguém desprovido de empatia”.
Adriana Villela chega ao tribunal para 9º dia de julgamento; ré chegou acompanhada do advogado (D), do irmão (E) e da filha — Foto: Afonso Ferreira/TV Globo.


Após a divulgação do resultado, a defesa da acusada divulgou nota afirmando que vai recorrer da decisão. 



Confira o posicionamento na íntegra: 


"A defesa técnica da Adriana Villela tem a mais absoluta certeza e convicção da sua inocência.


Produziu prova negativa da sua participação no terrível assassinato dos seus pais e da colaboradora Francisca.


O Tribunal do Júri, no entanto, condenou a Adriana.


Sem um fiapo de prova.


É um erro judiciário colossal e desumano.


Iremos ao Tribunal para reverter esta injustiça."


Já o procurador Maurício Miranda afirmou que "o Ministério Público se sente satisfeito com o resultado obtido. 


No fim das contas prevaleceu o entendimento do MP". 


Ainda de acordo com o procurador, a pena fixada está alinhada com julgamentos similares. 

Questionado sobre a demora na resolução do caso, ocorrido há 10 anos, Miranda fez uma crítica. 

"O balanço que eu faço é que a lei é muito injusta porque cria diferença na aplicação entre o rico e o pobre.


Acredito que precisa haver uma modernização no sentido de facilitar para que todos tenham o mesmo tratamento.


Que o julgamento não seja mais demorado por conta de condição econômica."


No último dia de julgamento, a sessão foi aberta às 9h21, com debates entre acusação e defesa. 


Cada parte teve 1 hora e 30 minutos para apresentar os argumentos. 


Em seguida, defesa e acusação fizeram réplica e tréplica. 

Por volta das 16h15, os debates chegaram ao fim e os jurados se reuniram na sala secreta para definir o resultado do julgamento. 


A análise do júri durou cerca de 1 hora e 45 minutos e, em seguida, o veredito foi anunciado. Procurador Maurício Miranda, do MPDFT — Foto: TV Globo/Reprodução Procurador Maurício Miranda, do MPDFT — Foto: TV Globo/Reprodução
Procurador Maurício Miranda, do MPDFT — Foto: TV Globo/Reprodução.


A tese da acusação convenceu a maioria dos jurados. 


Segundo o Ministério Público, o crime foi cometido por desavenças financeiras entre Adriana Villela e os pais. 


Os promotores alegaram que ela interferiu nas investigações e que os pais da arquiteta já tinham reclamado do “temperamento agressivo” da acusada. 

Nos debates desta quarta, o procurador do Ministério Público do DF Maurício Miranda exibiu em um telão trechos de uma carta escrita pela mãe de Adriana Villela e endereçada à filha. 

"Adriana, nossa paciência se esgotou.


Estamos cansados dos seus destemperos.


Se você sofre de agressividade compulsiva, procure um tratamento adequado, porque isso está lhe fazendo muito mal," dizia o texto.


O procurador também mostrou fotos dos corpos das vítimas e reforçou a brutalidade do crime. 


“Que morte, senhores jurados. 


Essa é a morte que ninguém merece.” Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay — Foto: Reprodução/TV Globo Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay — Foto: Reprodução/TV Globo
Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay — Foto: Reprodução/TV Globo.

Durante os 10 dias de julgamento, a defesa da arquiteta reafirmou a inocência dela e fez críticas à denúncia apresentada pelo Ministério Público do DF e às investigações comandadas pela Polícia Civil. 


Segundo a defesa, o caso foi um latrocínio. 

Nesta quarta, o advogado de defesa Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse "não foi encontrada uma prova contra a arquiteta".


Segundo ele, a acusação é "frágil" e "não demostra a realidade com os fatos. 


"Nunca encontraram um prova", afirmou. 

Kakay também apresentou ao jurados um vídeo com a linha do tempo de Adriana Villela no dia do crime. 


Segundos os advogados, ela tem álibis que provam que Adriana não esteve na cena dos homicídios. 

Fila para acompanhar julgamento.

 

Dezenas de pessoas, entre estudantes, advogados, parentes, amigos de Adriana Villela acompanharam a sessão no Fórum de Brasília. 


Houve fila para entrar no local durante as últimas sessões. 

O estudante de direto Esli Paulinho de Brito, de 32 anos, acompanhou o julgamento de Adriana Villela desde o primeiro dia. 


Ele está de férias do trabalho e disse que quis assistir ao júri para aprender. 

“Minha diversão foi acompanhar o júri.


Foi um momento que pude observar como me comportar quando me formar.”
Maria Carvalho Mendes Villela e José Guilherme Villela, mortos em 2009 em apartamento na Asa Sul — Foto: Arquivo pessoal Maria Carvalho Mendes Villela e José Guilherme Villela, mortos em 2009 em apartamento na Asa Sul — Foto: Arquivo pessoal
Maria Carvalho Mendes Villela e José Guilherme Villela, mortos em 2009 em apartamento na Asa Sul — Foto: Arquivo pessoal.


Adriana Villela, de 55 anos, foi condenada por triplo homicídio em um processo com mais de 20 mil páginas. 


No dia do crime, no sexto andar do bloco C da 113 Sul, quadra nobre de Brasília, foram assassinados: 

  • O pai dela, José Guilherme Villela, 73 anos, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 38 facadas
  • A mãe dela, Maria Carvalho Mendes Villela, 69 anos, advogada, com 12 facadas
  • A empregada doméstica da família, Francisca Nascimento da Silva, 58 anos, com 23 facadas


Os corpos foram achados, já em estado de decomposição, em 31 de agosto de 2009, na Asa Sul. 


A perícia demonstrou que as vítimas foram assassinadas em 28 de agosto de 2009, por volta das 19h15. 

Três homens foram condenados pela execução do crime e cumprem penas que, juntas, somam 117 anos de reclusão: 

  • Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal Villela morava: condenado a 60 anos de reclusão;
  • Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo: condenado a 62 anos de reclusão;
  • Francisco Mairlon Barros Aguiar: condenado a 55 anos de reclusão.

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