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quarta-feira, abril 03, 2019

Vélez quer alterar livros didáticos para resgatar visão sobre golpe

Reprodução/Youtube


Por Fabio Murakawa e Carla Araújo Valor


BRASÍLIA  - 

Em entrevista ao Valor, nesta quarta-feira (3), o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse que "haverá mudanças progressivas" nos livros didáticos para que "as crianças possam ter a ideia verídica, real", do que foi a sua história. 


Referia-se à maneira como o golpe militar de 1964 e a ditadura são retratados, hoje, nas escolas. 


Vélez discorda dessas duas premissas: para ele, não houve golpe em 31 de março daquele ano nem o regime que o sucedeu foi uma ditadura.


"A história brasileira mostra que o 31 de março de 1964 foi uma decisão soberana da sociedade brasileira. 


Quem colocou o presidente Castelo Branco no poder não foram os quartéis", disse. 


"Foi a votação no Congresso, uma instância constitucional, quando há a ausência do presidente. 


Era a Constituição da época e foi seguida à risca. 


Houve uma mudança de tipo institucional, não foi um golpe contra a Constituição da época, não."


Sobre o regime militar, que perdurou até 1985, ele afirmou que surgiu "de uma composição e de uma decisão política [...] em que o Executivo chamou a si mais funções".


Regime necessário
"Foi um regime democrático de força, porque era necessário nesse momento", afirmou. 


Segundo Vélez, caberá aos historiadores fazer "a reconstituição desse passado para realmente termos consciência do que fomos, do que somos e do que seremos".


"Haverá mudanças progressivas [nos livros didáticos] na medida em que seja resgatada uma versão da história mais ampla", afirmou. 


"O papel do MEC é garantir a regular distribuição do livro didático e preparar o livro didático de forma tal que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história."


Não há intervenção na pasta 
Ameaçado de perder o cargo e com o número dois da pasta sendo um militar de alta patente com respaldo de aliados de Jair Bolsonaro, Vélez negou que a nomeação do tenente-brigadeiro Ricardo Machado Vieira seja uma espécie de intervenção branca na pasta e que sua permanência esteja sendo tutelada pelo núcleo militar do governo. 


"Não é intervenção branca, é colaboração fraterna e efetiva. 


E o sr. Brigadeiro é uma pessoa que trabalha na equipe. 


Valorizo muito a sua performance pelos cargos que ocupou na Aeronáutica, no Ministério da Defesa. 


E eu acho que, com ele, terei um colaborador fantástico na integração desta equipe", disse o ministro em entrevista ao Valor, que foi acompanhada de perto pelo brigadeiro Machado.


Vélez, que foi centro de problemas envolvendo exonerações e brigas internas, reconheceu que há dificuldades na pasta, mas disse que tentará "até o último dia" colocar seus projetos e metas em andamento. 


"O futuro a Deus pertence. 


O sr. presidente pode contar com a minha colaboração, estou fazendo o possível para desempenhar a contento o meu cargo", disse. 


Ao ser questionado se está seguro na cadeira, Vélez repetiu que o futuro a Deus pertence e afirmou estar "seguro de que haverá uma resposta positiva para a continuação do nosso trabalho".


Nunca pedi para ser ministro
O ministro, que é de origem colombiana, reiterou que "nunca pediu" para ser ministro, mas salientou que está feliz no cargo. 


"Estou conhecendo o meu Brasil e prestando um serviço ao país. 


Eu gosto da função de exercer um ministério. 


Mas eu também não tenho apego ao cargo. 


Se o sr. presidente disser 'Vélez, eu tenho um melhor do que você para comandar a Educação', eu não tenho nenhum problema. 


Eu sou um fiel colaborador do sr. presidente. 


Enquanto ele quiser me ter aqui como seu ministro, estarei aqui", destacou.


Vélez afirmou que a escolha do brigadeiro ao cargo foi sua e que já o conhecia "há tempos". 


"Eu conheço muitos militares porque sou professor da Escola de Estado-Maior do Exército (ECME) há mais de dez anos. 


E o brigadeiro foi instrutor da ECME, nos conhecemos neste longo trajeto e trocamos muitas figurinhas a respeito da educação e da gestão pública", disse.


O ministro disse, ainda, que consultou Bolsonaro para a indicação, assim como também conversou com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz. 


"O general Santos Cruz é meu amigo, compartilho com ele sempre quando quero colocar uma pessoa em posição de destaque dentro do MEC", afirmou. 


"Converso com ele e com o senhor presidente, que é uma pessoa que respeita tremendamente as decisões dos seus colaboradores próximos. 


Ele também aponta dificuldades, coisas que devem ser melhoradas, sem dúvida nenhuma, mas toda as decisões são tomadas em conjunto."


Vélez disse ainda que não se recorda se em alguma situação Bolsonaro usou o seu "poder de veto" para barrar nomeações ou exonerações na pasta. 


"Que eu me lembre ele não usou o poder de veto comigo, todas as nomeações foram feitas de comum acordo com o senhor presidente. 


As exonerações foram decisões minhas de caráter estritamente administrativos e terminaram sendo apoiadas pelo senhor presidente, sem dúvida nenhuma."


Na semana passada, depois de nomeado, o Brigadeiro Machado afirmou ao Valor que cuidará da gestão da pasta para que o ministro Ricardo Vélez cuide da tomada de decisões. 


"Queremos que o nosso ministro saia do foco", admitiu.


Olavo de Carvalho 
O ministro afirmou que a ligação de seu nome com Olavo de Carvalho está "na imaginação". 


Alvo de ataques recentes do guru do bolsonarismo, que o indicou ao presidente Jair Bolsonaro para o cargo, Vélez vem se aproximando da ala militar do governo. 


Ele classifica os insultos que vem recebendo do escritor da Virgínia de "fenômenos meteorológicos".


"O meu nome está mais ligado a ele [Olavo] na imaginação. 


Porque eu realmente estou ligado à preservação dos princípios da boa gestão", afirmou. 


"Ele me indicou para o ministério e meu nome acabou sendo apoiado por outros segmentos da sociedade brasileira."


Oráculo, para ele, não é Olavo, mas filósofos como Aristóteles ou John Locke, pai do liberalismo. 


"Eu tenho vários oráculos filosóficos, entre eles o Aristóteles. 


Outro grande oráculo da filosofia para mim é John Locke, o pai do liberalismo político", afirmou. 


"Porque John Locke firmou a ideia do governo representativo, quando eu tenho um grande apreço pelos nossos parlamentares eu me firmo em John Locke, porque nossos parlamentares são nossos representantes da vontade popular. 


Ao escutarmos nossos parlamentares estamos escutando o povo."


Sobre os palavrões proferidos por Olavo, o ministro afirma: "As pessoas, quando se emocionam, quando deixam a razão pendurada num cabide, começam a falar com as emoções e falam coisas que não deveriam ser faladas num debate sereno, num debate racional". 


"Então, eu atendo as razões que a sociedade veicula, esse tipo de expressões injuriosas não levo em consideração. 


Para mim são argumentos meteorológicos aos quais não preciso", afirmou. 

Delegado nomeado por Moro comparou homossexualidade a desvio de conduta




Wilson Salles Damázio foi nomeado suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça. Para delegado, assunto é 'grande mal entendido'.

 

 

Por Jornal Nacional

Moro nomeia para conselho delegado que deu declarações polêmicas
Moro nomeia para conselho delegado que deu declarações polêmicas.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, nomeou Wilson Salles Damázio como suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 


Damázio é delegado federal aposentado e já precisou pedir desculpas ao comparar a homossexualidade a um desvio de conduta. 

A revista "Época" trouxe à tona nesta terça (2) declarações polêmicas de Damázio. 


Uma entrevista dada ao "Jornal do Comércio", de Pernambuco, em 2013, quando era secretário de Defesa Social do estado. 


Ao falar sobre exploração sexual de jovens, ele disse: 

"Desvio de conduta, a gente tem em todo lugar. 


Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? 


Lógico que a homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional". 

Questionado sobre um caso de abuso sexual praticado por policiais, foi desrespeitoso com as mulheres: 

"O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil. 


Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. 


Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. 


É um negócio. 


A gente ia pra floresta, para esses lugares. 


Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas". 


Na época, ele foi exonerado. 

Damázio foi nomeado para o conselho junto com a cientista política Ilona Szabó, mestre em estudos de conflitos e paz em redução da violência. 

Ela é fundadora do Instituto Igarapé, que estuda políticas públicas para redução da violência. 


Trabalhou na campanha pelo desarmamento. 


A escolha de Ilona foi criticada por bolsonaristas, e Sérgio Moro voltou atrás e a retirou do conselho no dia seguinte à nomeação. 

Sobre Damázio, o Ministério da Justiça disse que a escolha foi por "razões técnicas". 


E quanto às declarações, o ministério disse que elas não refletem a posição do ministério, e ele já pediu desculpas.


Damázio foi um dos responsáveis pela implantação do sistema penitenciário federal. 


No conselho, tem como primeira missão vistoriar presídios em Sergipe e na Paraíba.
Ele não quis gravar entrevista. 


Por telefone, disse: "O assunto se encerrou em 2013, foi um grande mal entendido. 


Pedi desculpa à época a quem involuntariamente ofendi com as minhas palavras." 

Para Jô Meneses, especialista em direitos humanos e diretora da ONG Gestos, causa preocupação a escolha de Damázio. 

"A gente precisava ter alguém mais sensível ás populações que estão encarceradas e que também desse exemplo à sociedade no sentido de ter essa empatia, ter respeito por essas populações", afirmou. 

Fazem parte do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária indicados do governo e da sociedade civil. 

Cabe ao conselho propor políticas públicas de prevenção e para melhoria do sistema prisional. 


A posição do conselho também pesa na decisão sobre indulto de Natal.

Suspeito de matar ex-mulher a facadas na frente de enteada é preso no Complexo do Alemão




Segundo as investigações, Adriano Peres da Silva Azarias esfaqueou Mileide dos Santos Rodrigues na frente da enteada de 6 anos. 

 

 

Por G1 Rio
Adriano Peres da Silva Azarias teria matado a ex-esposa na frente da enteada.  — Foto: Reprodução/Polícia Militar  
Adriano Peres da Silva Azarias teria matado a ex-esposa na frente da enteada. — Foto: Reprodução/Polícia Militar.

Policiais militares prenderam na manhã desta quarta-feira (3) um suspeito de matar ex-esposa em 2014 com 27 facadas dentro de casa, na Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. 


A operação que resultou na prisão foi realizada no Complexo do Alemão, na Zona Norte. 

Segundo as investigações, Adriano Peres da Silva Azarias esfaqueou Mileide dos Santos Rodrigues na frente da enteada de 6 anos. 

Segundo a Policia Militar, há dois mandados de prisão pelo crime de homicídio contra Adriano. 


Ele estava sendo monitorado há cerca de duas semanas, ainda segundo a polícia. 

A ocorrência foi encaminhada para a 21ª DP (Bonsucesso). 

O Disque Denúncia oferecia R$ 1 mil para informações do suspeito.
Suspeito de matar ex-mulher a facadas é preso no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.  — Foto: Reprodução/Disque Denúncia
Suspeito de matar ex-mulher a facadas é preso no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. — Foto: Reprodução.

Costureira é morta pelo ex-marido na frente dos dois filhos e da mãe em Juazeiro do Norte, no Ceará




A vítima sofria muitas ameaças do suspeito. 'Você vai me pagar!', dizia ele, segundo a família.

 

 

Por Antônio Rodrigues, G1 CE
Costureira é morta pelo ex na frente dos filhos
Costureira é morta pelo ex na frente dos filhos.

A costureira Maria Rosemeire de Santana, de 38 anos, foi morta a tiros na noite desta terça-feira (2), dentro de sua casa, na frente de seus dois filhos e da mãe dela em Juazeiro do Norte, na região do Cariri. 


O suspeito é seu o ex-companheiro da vítima, Severo Manoel Dias Neto, 39, pai das crianças, que está foragido. 


O casal havia se separado ano passado, mas ele não aceitou o fim da relação. 

O crime aconteceu, por volta das 20h, no conjunto do programa Minha Casa, Minha Vida, no bairro Brejo Seco. 


De acordo com a irmã da vítima, Roselania Santana, a costureira estava sentada na calçada, conversando com os vizinhos, quando percebeu a chegada do ex-marido. 


Imediatamente, ela correu e se trancou dentro do imóvel. 


No entanto, Severo arrombou a porta e entrou dentro da casa atirando.
Vítima tinha uma medida protetiva contra o marido, que foi descumprida por ele duas vezes antes do crime — Foto: Arquivo pessoal
Vítima tinha uma medida protetiva contra o marido, que foi descumprida por ele duas vezes antes do crime — Foto: Arquivo pessoal.

“Não tinha para onde correr para canto nenhum. 


Depois, ele saiu na maior tranquilidade, com a arma na mão, com sangue frio, e fugiu com um comparsa”, afirma. 


As duas crianças, de 7 e 12 anos, ao verem o ataque do pai, deitaram-se no chão com medo de também serem alvos. Rosemeire chegou a ser socorrida para o Hospital Regional do Cariri (HRC), mas morreu minutos depois. 

Denúncia de ameaça.

 

Roselania conta que Severo, que está desempregado, já havia ameaçado sua irmã diversas vezes.


No dia 21 de junho de 2018, a vítima havia denunciado Severo Manoel por ameaça. 


Através da Justiça, ela conseguiu uma medida protetiva, que foi descumprida, pelo menos duas vezes, no dia 21 de novembro do ano passado e no dia 15 de janeiro deste ano. 

“Ele cansou de ameaçar minha irmã, minha família: ‘Você vai me pagar!’. 


Queria saber se ela tinha alguém. 


Passava atirando para cima. 


Minha irmã deu parte e ele foi preso. 


Ficou 10 dias, mas pagaram a fiança. 


Ele ficou frequentando a casa, mesmo assim”, lembra a irmã. 


Contrariada, Rosemeire justificava que ele era pai de seus filhos e permitia as visitas, mesmo com a medida protetiva. 

A Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte instaurou um inquérito para investigar o caso. 


A Polícia Civil aguarda o suspeito para prestar depoimento nas próximas horas. 


Se isso não acontecer, será representado um pedido de prisão preventiva. 


“A gente não tem notícias do seu paradeiro, infelizmente. 


Durante a investigação do primeiro descumprimento da medida, ela veio à delegacia e prestou depoimento falando sobre a situação”, lembra o escrivão Mario Gomes. 

Este é o primeiro caso de feminicídio de Juazeiro do Norte em 2019. 


Nos últimos quatro anos, cinco crimes desta natureza foram registrados no Município.

Suspeito de matar a namorada a facadas se entrega para a PM após mais de 24 horas de negociação em SC




Desde o início da noite de terça-feira (2), a polícia fez cerco no apartamento para realizar a prisão, em Balneário Camboriú.

 

 

Por G1 SC
Suspeito de matar namorada se entrega depois de mais de 24 horas de negociação
Suspeito de matar namorada se entrega depois de mais de 24 horas de negociação.

O advogado suspeito de matar a namorada a facadas dentro de um apartamento no Centro de Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, se entregou à Polícia Militar por volta das 18h30, após pouco mais de 24 horas de negociação. 


A vítima foi identificada como a advogada Lucimara Stasiak, de 29 anos.
Suspeito de matar a namorada a facadas se entrega à PM após mais de 24 horas de negociação
Suspeito de matar a namorada a facadas se entrega à PM após mais de 24 horas de negociação
Paulo Carvalho de Souza, de 42 anos, saiu preso do local por volta da 19h e foi levado para a delegacia. 


Depois, uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) recolheu o corpo da mulher.
Suspeito de matar a namorada a facadas se entregou à PM após mais de 24 horas de negociação. — Foto: Luiz Souza/NSC TV Suspeito de matar a namorada a facadas se entregou à PM após mais de 24 horas de negociação. — Foto: Luiz Souza/NSC TV.

Desde o início da noite de terça-feira (2), a polícia fez cerco no apartamento para realizar a prisão do namorado, que estava trancado na sacada do 7º andar do prédio e afirmava ter uma arma. 


Ainda segundo a polícia, durante a negociação o suspeito confessou que matou a namorada a facadas. 

A polícia foi chamada por vizinhos, que disseram ter ouvido uma confusão no imóvel. 


Familiares da advogada acompanham o caso e informaram inicialmente aos policiais que o casal não tinha histórico de brigas.
Advogada Lucimara Stasiak, de 29 anos, foi morta em Balneário Camboriú, SC — Foto: Reprodução/NSC TV Advogada Lucimara Stasiak, de 29 anos, foi morta em Balneário Camboriú, SC — Foto: Reprodução/NSC TV.

A rua do prédio ficou isolada durante a negociação. 


Equipes da Polícia Militar, Guarda Municipal, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros participaram do atendimento da ocorrência. 

Conforme a família, Lucimara sonhava em ser juíza. 


Ela tinha ido de Curitiba (PR) para Florianópolis há 5 anos e trabalhava num escritório de advocacia. 

OAB-SC.

 

Por nota, a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Santa Catarina (OAB-SC), manifestou "profundo pesar e repúdio" ao assassinato da advogada "em mais um caso de feminicídio" e afirmou que acompanha o caso. 

"A OAB catarinense atua pela igualdade de gênero, pelo protagonismo feminino em todas as camadas da sociedade e reiteradamente tem se posicionado pelo fim da violência contra a mulher, inclusive realizando ações junto à sociedade por intermédio das nossas comissões temáticas", disse o presidente da OAB-SC, Rafael Horn, por meio da nota. 

As comissões da Mulher Advogada, de Combate à Violência Doméstica da OAB-SC, e da Mulher Advogada da OAB-Balneário Camboriú também acompanham o ocorrido.

Imagens da Marinha mostram que universitária morta no Lago Paranoá entrou na água junto com rapaz




Natália Costa e Wendel Caldas, ouvido como testemunha, aparecem em sequência de 9 minutos de gravação. Polícia Civil analisa vídeo.

 

 

Por Rita Yoshimi, TV Globo

Morte no Lago Paranoá: imagens de câmera de segurança ajudam na investigação
Morte no Lago Paranoá: imagens de câmera de segurança ajudam na investigação.



As imagens de uma câmera da Marinha,instalada em uma área vizinha ao Clube Almirante Alexandrino (Caalex), desmentem o depoimento do jovem visto pela última vez com a universitária Natália Costa, de 19 anos, encontrada morta no Lago Paranoá, em Brasília. 



O corpo da jovem foi encontrado na tarde dessa segunda-feira (1º). 



Ela desapareceu após um churrasco no clube, que também pertence à Marinha. 



No depoimento à polícia, Wendel Yuri de Souza Caldas, de 19 anos, disse que não entrou na água com Natália. 


Mas o vídeo, que está com a Polícia Civil do DF, mostra uma sequência de 9 minutos de imagens feitas no domingo (31) – do momento em que eles entram no lago até que Wendel sai da água e vai embora, sozinho. 


A polícia não autorizou a reprodução do vídeo – para não atrapalhar as investigações –, mas a reportagem assistiu ao material que está com os investigadores.

 

 O vídeo.

 
  • 8h16: Natália desce o barranco do clube, correndo. Wendel vem atrás. Os dois param na beira do lago – não é possível saber se estão brigando ou apenas conversando.
    • 18h17: Os dois entram no lago e ficam com a água até a altura do pescoço, um de frente para o outro. Em seguida, Natália afunda. Wendel volta para a beira do Lago Paranoá e fica observando. O rapaz permanece parado por quase três minutos.
    • 18h20: Wendel entra mais duas vezes no lago. Natália não aparece mais nas imagens.
    • 18h25: Wendel vai embora, sozinho.

     

      O depoimento de Wendel

    Wendel Yuri de Souza Caldas, que estava com Natália Costa em clube do DF é levado para 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) para prestar depoimento  — Foto: TV Globo/Reprodução
    Wendel Yuri de Souza Caldas, que estava com Natália Costa em clube do DF é levado para 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) para prestar depoimento — Foto: TV Globo/Reprodução.


    Wendel Yuri de Souza Caldas foi levado à delegacia na segunda-feira, depois que o corpo de Natália foi encontrado. 


    Ele havia sido a última pessoa vista com a estudante durante o churrasco no clube. 


    À polícia, ele disse que foi tomar uma ducha porque estava muito embriagado, e que foi seguido por Natália. 



    No depoimento, o jovem diz que "ela teria puxado papo". 


    Os dois teriam ido, então, até o parquinho do clube, a uns 30 metros da churrasqueira. 



    Segundo Wendel, Natália disse que ele era muito bonito, mas ele agradeceu o elogio e explicou que tinha namorada. 


    Ainda conforme o rapaz, a jovem então mordeu o braço esquerdo dele "para causar ciúme na namorada". 



    Wendel afirmou que depois disso, a estudante foi sozinha para o lago e "sumiu do campo de visão dele".


    Explicou que ainda foi até o lago para procurar a moça, mas percebeu que ela não estava mais lá. 



    Como a água estava muito quieta, "achou que ela também já tinha ido" e foi embora com a namorada e uma amiga. 


    A reportagem não conseguiu contato com Wendel e nem com a defesa dele. 

    Rosto e corpo machucados.

    Bombeiros resgataram corpo da universitária Natália Ribeiro Costa do Lago Paranoá, em Brasília — Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação
    Bombeiros resgataram corpo da universitária Natália Ribeiro Costa do Lago Paranoá, em Brasília — Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação.



    Célio Ribeiro dos Santos, tio de Natália, disse que o corpo da universitária estava machucado, principalmente, no rosto. 



    "Nariz e boca estão desfigurados, mostrando que ele bateu nela", afirmou o tio. 


    "Se ele desceu com ela e voltou sozinho?


    Onde ela ficou?


    Ela ficou morta."



    Fontes da polícia informaram que Natália estava com a boca ferida e que a mão de Wendel também está machucada. 



    "Os dois, aparentemente, estavam sob efeito de álcool", dizem os investigadores. 



    Edivânia dos Santos, mãe de Natália, afirma que a filha "foi deixada para trás" pelos amigos, que disseram à polícia que só perceberam o sumiço da estudante quando decidiram ir embora, por volta das 18h. 


    "Foram embora deixando a minha filha para trás.


    Não fizeram nada.

    Por que eles não buscaram ela?"
    Corpo de Natália Costa, de 19 anos, foi encontrado nesta segunda-feira (1º) no Lago Paranoá — Foto: Arquivo pessoal 
    Corpo de Natália Costa, de 19 anos, foi encontrado nesta segunda-feira (1º) no Lago Paranoá — Foto:
     Arquivo pessoal.



    Edivânia disse ainda que o corpo de Natália tinha mordidas e arranhões. Ela discorda da polícia que disse tratar o caso como afogamento. 


    "A minha filha sabia nadar.


    A minha filha era acostumada ir para as praias, Rio de Janeiro, cachoeiras, ela sabia nadar."



    Segundo a mãe, Natália – que era estudante de letras na Universidade Paulista (UNIP) – "tinha muitos sonhos". 



    Ela se formaria em dois anos. 


    Enterro nesta quarta.

     

    O corpo da jovem foi localizado no dia seguinte à festa, quase 20 horas após o desaparecimento. 



    Natália será enterrada nesta quarta-feira (3), no cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. 



    O velório está marcado para começar às 10h e o sepultamento às 16h.

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