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quarta-feira, abril 03, 2019

Delegado nomeado por Moro comparou homossexualidade a desvio de conduta




Wilson Salles Damázio foi nomeado suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça. Para delegado, assunto é 'grande mal entendido'.

 

 

Por Jornal Nacional

Moro nomeia para conselho delegado que deu declarações polêmicas
Moro nomeia para conselho delegado que deu declarações polêmicas.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, nomeou Wilson Salles Damázio como suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 


Damázio é delegado federal aposentado e já precisou pedir desculpas ao comparar a homossexualidade a um desvio de conduta. 

A revista "Época" trouxe à tona nesta terça (2) declarações polêmicas de Damázio. 


Uma entrevista dada ao "Jornal do Comércio", de Pernambuco, em 2013, quando era secretário de Defesa Social do estado. 


Ao falar sobre exploração sexual de jovens, ele disse: 

"Desvio de conduta, a gente tem em todo lugar. 


Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? 


Lógico que a homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional". 

Questionado sobre um caso de abuso sexual praticado por policiais, foi desrespeitoso com as mulheres: 

"O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil. 


Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. 


Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. 


É um negócio. 


A gente ia pra floresta, para esses lugares. 


Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas". 


Na época, ele foi exonerado. 

Damázio foi nomeado para o conselho junto com a cientista política Ilona Szabó, mestre em estudos de conflitos e paz em redução da violência. 

Ela é fundadora do Instituto Igarapé, que estuda políticas públicas para redução da violência. 


Trabalhou na campanha pelo desarmamento. 


A escolha de Ilona foi criticada por bolsonaristas, e Sérgio Moro voltou atrás e a retirou do conselho no dia seguinte à nomeação. 

Sobre Damázio, o Ministério da Justiça disse que a escolha foi por "razões técnicas". 


E quanto às declarações, o ministério disse que elas não refletem a posição do ministério, e ele já pediu desculpas.


Damázio foi um dos responsáveis pela implantação do sistema penitenciário federal. 


No conselho, tem como primeira missão vistoriar presídios em Sergipe e na Paraíba.
Ele não quis gravar entrevista. 


Por telefone, disse: "O assunto se encerrou em 2013, foi um grande mal entendido. 


Pedi desculpa à época a quem involuntariamente ofendi com as minhas palavras." 

Para Jô Meneses, especialista em direitos humanos e diretora da ONG Gestos, causa preocupação a escolha de Damázio. 

"A gente precisava ter alguém mais sensível ás populações que estão encarceradas e que também desse exemplo à sociedade no sentido de ter essa empatia, ter respeito por essas populações", afirmou. 

Fazem parte do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária indicados do governo e da sociedade civil. 

Cabe ao conselho propor políticas públicas de prevenção e para melhoria do sistema prisional. 


A posição do conselho também pesa na decisão sobre indulto de Natal.

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