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sexta-feira, fevereiro 01, 2019

Número de mortos em Brumadinho sobe para 115, e 248 estão desaparecidos



Tragédia foi provocada pelo rompimento de barragem da Vale no dia 25 de janeiro em Minas Gerais.

 

Por G1

Boletim: imagens exclusivas mostram exato momento do rompimento da barragem em Brumadinho
Boletim: imagens exclusivas mostram exato momento do rompimento da barragem em Brumadinho.


A Defesa Civil de Minas Gerais informou, no início da noite desta sexta-feira (1º), que subiu para 115 o número de mortos após a tragédia provocada rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. 


Também há 248 pessoas desaparecidas. 


No dia em que o desastre completa uma semana, a operação entrou numa nova fase.

Os trabalhos não têm data para acabar, segundo autoridades de Minas Gerais. 

Veja acima o exato momento do rompimento da barragem em Brumadinho
"Não excluímos a possibilidade de sobreviventes até que a gente encontre todos os corpos.

Mas essa possibilidade matemática é muito pequena", afirmou o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara.


Números da tragédia.

 




ACOMPANHE ATUALIZAÇÕES NA COBERTURA AO VIVO.

 
Mais cedo, ele havia dito: "Continuaremos incansavelmente nas buscas". 


Já o chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, coronel Erlon Dias do Nascimento, disse que não há previsão para encerrar a operação de resgate. 
 


A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompeu na sexta-feira (25).

O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale. 


Entre as vítimas, estão pessoas que moravam no entorno e funcionários da mineradora. 


A vegetação e rios foram atingidos.


Desde sábado (26), não são achados sobreviventes. 


Para os bombeiros, é muito pequena a possibilidade de achar alguém vivo em meio ao mar de lama. 


Já o prefeito de Brumadinho, Avimar Barcelos, disse em entrevista nesta sexta: "Neste momento estamos mais preocupados em resgatar vidas, e depois resgatar corpos". 


O trabalho de buscas deve ser retomado às 4h deste sábado (2).

Tragédia em Brumadinho: animação mostra ponto a ponto deslocamento do mar de lama
Tragédia em Brumadinho: animação mostra ponto a ponto deslocamento do mar de lama. 

Vídeos mostram rompimento da barreira

Vídeos registram momento em que barragem da Vale se rompe em Brumadinho
Vídeos registram momento em que barragem da Vale se rompe em Brumadinho.


Na entrevista coletiva para falar sobre o balanço deste oitavo dia de buscas, o tenente Aihara, porta-voz dos bombeiros, comentou os vídeos revelados nesta sexta (1º) que mostram o rompimento da barragem em Brumadinho


Nas imagens – que foram cedidas pela mineradora às autoridades no dia seguinte à tragédia –, é possível ver o tsunami de lama, minério e rejeitos. 


Um deles, ao qual a TV Globo teve acesso, mostra o instante exato em que a barragem cede


No outro, é possível ver o mar de lama que avança rapidamente e engole veículos, máquinas e trem, encobrindo toda a mina.
Imagens mostram árvores e postes caindo com o estouro da barragem em Brumadinho
Imagens mostram árvores e postes caindo com o estouro da barragem em Brumadinho.


"As imagens já tinham sido recebidas. 


A decisão de não divulgá-las foi uma decisão com embasamento técnico", justificou Aihara. 


"Tinha preocupação de provocar pânico generalizado na população, já que a barragem 6 [também na mina do Córrego do Fundão] estava sendo monitorada. 


As pessoas poderiam ter um movimento de evacuação generalizado." 


Em nota, a Vale informa que disponibilizou as imagens às autoridades em 26 de janeiro e que não divulgou vídeos da ocorrência "para não prejudicar as investigações e, sobretudo, em respeito aos atingidos e familiares".
Câmera mostra outro ângulo do momento em que barragem estoura em Brumadinho
Câmera mostra outro ângulo do momento em que barragem estoura em Brumadinho
Boletim: Vídeo mostra o momento exato em que barragem da Vale estoura em Brumadinho
Boletim: Vídeo mostra o momento exato em que barragem da Vale estoura em Brumadinho.

Buscas.

  Sobe para 115 o número oficial de mortos na tragédia de Brumadinho

Sobe para 115 o número oficial de mortos na tragédia de Brumadinho.


Ao falar sobre os trabalhos de sexta, o tenente Aihara disse: "Nenhum metro de lama deixará de ser vistoriado".


Ao comentar até quando devem durar as operações, o porta-voz dos bombeiros não deu uma previsão e comparou: "Para que se tenha uma ideia, em Mariana as buscas duraram três meses". 


Foi uma reverência ao rompimento da barragem do Fundão, em outra cidade mineira, ocorrido em novembro de 2015.  


Lá, morreram 19 pessoas


Nesta quinta, bombeiros civis e voluntários começaram a participar das buscas por corpos em Brumadinho. 
 


O grupo tem, pelo menos, 50 pessoas. 


Há bombeiros civis de diversas regiões do país, arqueólogos e engenheiros, além de bombeiros civis do México.
Boletim JN: Bombeiros usam helicópteros para buscas em Brumadinho
Boletim JN: Bombeiros usam helicópteros para buscas em Brumadinho.


Equipes atuam para liberar a pista da MG-040, que está bloqueada desde o rompimento da barragem da Vale. 


Bombeiros acompanham os trabalhos de perto, caso haja a necessidade de resgatar algum corpo.
Equipes tentam liberar a pista da MG-040, em trecho coberto pela lama de barragem da Vale em Brumadinho — Foto: Fabiana Almeida/TV Globo
Equipes tentam liberar a pista da MG-040, em trecho coberto pela lama de barragem da Vale em Brumadinho — Foto: Fabiana Almeida/TV Globo.


Amostras de DNA.

 

Dos 115 corpos já resgatados, 71 foram identificados. 


O delegado da Polícia Civil em Brumadinho, Arlen Bahia, disse que há também 19 "pré-identificados".


"Já foi feita coleta de digitais e o exame papiloscópico. 


Falta apenas o IML conferir, para ver se não tem equívoco. 

Após a conferência, será liberada a lista, que atingirá o número de 90 identificados", afirmou Bahia. 

Na véspera, ele havia explicado que "daqui para frente, tudo indica que provavelmente a identificação será via odontológica ou DNA". 

Já foram coletadas amostras de DNA de mais de 200 pessoas de mais de 100 famílias para ajudar nos trabalhos de identificação das vítimas. 


A identificação visual e de digitais torna-se mais difícil com o passar dos dias. 

Prefeito fala das dificuldades.

Avimar Barcelos, prefeito Brumadinho, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (dia 1º) — Foto: GloboNews/ Reprodução
Avimar Barcelos, prefeito Brumadinho, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (dia 1º) — Foto: GloboNews/ Reprodução.


Em entrevista coletiva na tarde desta sexta, o prefeito de Brumadinho, Avimar Barcelos, falou sobre o sofrimento da cidade após a tragédia. 

"Não tem condições de atender [a população] com a arrecadação que a gente tem. 

A gente precisa muito do estado e do governo federal", afirmou. 
 
"A responsabilidade que a Vale teria que ter era de não deixar isso acontecer com a cidade.


Não existe isso de pagar vida, esses R$ 100 mil [em doações da Vale às vítimas] não são indenização, tem que deixar claro", disse o prefeito.


De acordo com ele, os R$ 80 milhões que serão pagos pela Vale ao longo de dois anos devem servir para compensar impostos que não serão arrecadados. 

"Daria uns R$ 4 milhões por mês", explicou Barcelos. 
 
"Queremos que a Vale pague todos os funcionários do município.


E que eles recebam sem trabalhar, com isso não vai atingir o nosso comércio", pediu.


"A Vale é o segundo maior empregador do município.


Se não pagar, nosso comércio vai falir."


O prefeito disse que, após o incidente em Mariana, ocorrido em novembro de 2015, pressionou a Vale para que o rompimento da barragem não ocorresse também Brumadinho. 

"Olha o que aconteceu em Mariana. 

Dizem que Mariana não recebeu praticamente nada, nem muito apoio. 

Até segunda ordem, parece que eles vão cumprir com a gente o que está sendo combinado", declarou. 
 
Sobre os serviços da cidade, Barcelos comentou que não há falta de água em Brumadinho: "Tem água mineral de sobra na cidade. 

O nosso negócio agora é atender bem a população e as famílias das vítimas". 
 
De acordo com ele, a expectativa é que as aulas sejam retomadas em 11 de fevereiro, depois que forem desobstruídas algumas ruas – há casos de vias com uma camada de lama que chega a mais de 4 metros de altura. 

Vale anuncia ajuda financeira extra.



Nesta sexta, o diretor-executivo de relações institucionais da Vale, Sergio Leite, afirmou que a empresa fará doações em dinheiro aos afetados pela tragédia. 
  • R$ 50 mil para famílias que moram na chamada "zona de impacto".
  • R$ 15 mil para famílias que tiveram atividade rural ou comercial afetadas.


"Serão cumulativas e inclusive para pescadores atingidos", afirmou Leite. 
 
Esses valores serão somados à doação emergencial de R$ 100 mil que a mineradora já havia anunciado que doaria a cada família com vítimas. 

Nesta quinta, a empresa começou a inscrever os nomes de quem vai receber. 

Não se trata de indenização. 
 
As famílias devem ir a um dos postos de atendimento criados pela Vale – a Estação de Conhecimento e o Centro Comunitário de Feijão. 

É preciso apresentar documentos que comprovem o parentesco com a vítima. 
 
Se a pessoa perdeu mais de um parente, a doação será por número de vítimas. 

Assim, a família que tiver perdido duas vítimas para a tragédia vai receber R$ 200 mil.



A inscrição é por ordem alfabética – leva-se em conta o primeiro nome da pessoa que morreu ou está desaparecida. 

Nesta quinta, foram credenciados os nomes que começam com as letras A e B. 
 
A previsão é terminar as inscrições até terça-feira (5), mas não há um prazo final para comparecimento de quem perdeu um familiar na tragédia. 
 
O pagamento vai ser feito de acordo com uma ordem preferencial:
  • Primeiro, ao responsável legal por filhos menores de idade;
  • Depois, marido, mulher ou pessoa que vivia em regime de união estável com a vítima;
  • Em seguida, filhos e netos;
  • Por último, mãe, pai e avós.

 

  Ajuda de animais.

 

As equipes que atuam na área atingida pela lama ganharam mais reforços. 

Nesta sexta, a cadela Toya, que ajudou a achar o corpo da turista Fabiana Fernandes em Arraial do Cabo (RJ), chegou a Brumadinho.
Cadela Toya, que achou o corpo da turista Fabiane Fernandes, morta no ano passado, chega para participar das buscas. Veio de Arraial do Cabo, onde aconteceu o crime — Foto: Danilo Girundi/TV Globo 
Cadela Toya, que achou o corpo da turista Fabiane Fernandes, morta no ano passado, chega para participar das buscas. Veio de Arraial do Cabo, onde aconteceu o crime — Foto: Danilo Girundi/TV Globo.

As buscas por animais perdidos e atolados também continuam. 

Até o momento, segundo o Corpo de Bombeiros, 90 animais foram resgatados vivos. 
 
Quem avistar animais pode entrar em contato com os números (31) 99839-9932 e (31) 99414-8078. 

Os números são da empresa Bicho do Mato, contratada pela Vale para mapear e resgatar animais.

Testemunhas ouvidas

Polícia Civil ouve testemunhas da tragédia em Brumadinho
Polícia Civil ouve testemunhas da tragédia em Brumadinho.
 
 
O delegado Wagner Pinto, chefe da Polícia Civil, disse no MG1 desta sexta que a corporação já ouviu oito pessoas para a investigação que apura a tragédia em Brumadinho.


Segundo o delegado, laudos de meio ambiente, do rompimento da barragem e documentos da mineradora Vale serão analisados na investigação. 
 
A Policia Civil deve ouvir centenas de pessoas. 

PM termina 'varredura' sem achar corpo.

 

Também em entrevista no início da tarde desta quinta-feira, o porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, major Flávio Santiago, afirmou que 400 km² de área atingida passaram por uma "varredura". 

De acordo com ele, nenhum sobrevivente foi encontrado na área monitorada. 
 
De acordo com Santiago, a partir de agora, os policiais vão ficar em pontos estratégicos para garantir a segurança e evitar saques – não houve nenhuma nova ocorrência nos últimos. 
 

Luto.

Letreiro com o nome da cidade de Brumadinho é encoberto por sacos pretos em sinal de luto. — Foto: Raquel Freitas/G1
Letreiro com o nome da cidade de Brumadinho é encoberto por sacos pretos em sinal de luto. — Foto: Raquel Freitas/G1.
 
O letreiro com o nome de Brumadinho, localizado na entrada da cidade, amanheceu de luto nesta sexta, no dia em que a tragédia completa uma semana. 
 
Cada uma das dez letras ficou coberta por um saco plástico preto

Eles foram colocados na véspera, pouco antes das 23h, por um grupo de pessoas. 
 

Homenagem com chuva de pétalas.

Boletim JN: Bombeiros prestam homenagem às vítimas de Brumadinho
Boletim JN: Bombeiros prestam homenagem às vítimas de Brumadinho.
 
Uma chuva de pétalas de rosas – doadas por pessoas de Belo Horizonte e da região de Brumadinho – caiu nesta sexta sobre o local da tragédia. 

Dez helicópteros, cedidos pelas corporações que fazem parte da força-tarefa que trabalha na região, sobrevoaram a área na hora do almoço. 
 
Ligados, eles esperaram o momento de decolar, pouco antes das 13h. 

Um a um, eles levaram soldados carregando as flores. 

Um carregou uma bandeira do Brasil. 
 

No rosto dos soldados, era visível a emoção durante o ato.
Equipes de resgate prestam homenagem às vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, nesta sexta (1º), uma semana após a tragédia.  — Foto: Adriano Machado/Reuters
Equipes de resgate prestam homenagem às vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, nesta sexta (1º), uma semana após a tragédia. — Foto: Adriano Machado/Reuters.

Vale sabia que estouro de barragem em Brumadinho destruiria restaurante e sede, aponta plano de emergência




Segundo mineradora, escolha do ponto que levava à rota de fuga foi equivocada. Local foi destruído por lama.

 

 

Por Jornal Nacional
Documento da Vale previa que rompimento de barragem destruiria refeitório
Documento da Vale previa que rompimento de barragem destruiria refeitório.

O Plano de Emergência da barragem I da Mina Córrego do Feijão, de 18 de abril de 2018, aponta que a Vale já sabia que um eventual rompimento da barragem destruiria as áreas industriais da mina, incluindo o restaurante e a sede da unidade, onde estavam muitas pessoas que morreram ou desapareceram. 


A informação foi divulgada no jornal Folha de São Paulo desta sexta-feira (1º). 


A Rede Globo confirmou as informações. 


No caso de Brumadinho, previa que a lama chegaria a 65 quilômetros da barragem I. 

O plano previa que "diferentes mecanismos de comunicação seriam utilizados, com o uso de acionamentos sonoros”. 


A Vale afirmou que o plano de ações emergenciais foi elaborado com base em um estudo de ruptura hipotética, que definiu a mancha de inundação. 


Que a estrutura tinha sistema de vídeo monitoramento, sistema de alerta por sirenes, que elas tinham sido testadas. 


E também havia feito o cadastramento da população abaixo da barragem. 

A mineradora declarou também que fez uma simulação em junho do ano passado, sob a coordenação das defesas civis. 


E um treinamento interno com os funcionários em outubro. 


Por fim, a mineradora citou que protocolou os planos nas defesas civis federal, estadual e municipal entre junho e setembro do ano passado. 

Ainda de acordo com a mineradora, a barragem passava por inspeções quinzenais, que não detectaram nenhuma alteração na estrutura.


O presidente da Vale, Fábio Xuartsman, admitiu, nesta quinta-feira que as sirenes não funcionaram. 


Segundo ele, porque foram engolidas pela lama. 


“A sirene, ela é uma coisa trágica acabou que, em geral pelo que o histórico de barragens mostra, ele em geral vem com algum aviso. Isso acontece aos poucos. 


E aqui aconteceu um fato que não é muito usual: houve um rompimento muito rápido da barragem e o problema da sirene é que a sirene que ia tocar foi engolfada pelo... foi engolfada pela barragem, antes que ela pudesse tocar, só isso. 

A engenheira geotécnica, Rafaela Baldi Fernandes, especialista em barragens e em planos de ação, afirma que mesmo que uma sirene tivesse falhado, a Vale, obrigatoriamente, deveria ter um outro plano. 


“A sirene podia até ter ido embora. 


Mas tinha que ter um plano B, sabe? 


No plano, a gente estabelece alguns dispositivos. 


A gente não fica só preso a um. 


E, por exemplo, a gente nunca põe uma sirene só. 


Agente põe duas, porque o dispositivo mecânico ele pode falhar. 


A gente nunca põe um telefone de uma pessoa para ligar.


A gente põe o telefone de várias pessoas, porque essa pessoa pode não atender”. 

A Polícia Federal trabalha com a hipótese de falha no plano de ação emergencial, que a Vale apresentou às autoridades para conseguir o licenciamento da barragem. 


Segundo a Vale, a escolha do ponto que levava à rota de fuga, onde funcionários chegaram a fazer treinamento em junho do ano passado, foi equivocada. 


Esse local - que deveria ajudar a salvar vidas ficou completamente coberto pela lama. 

A polícia vai investigar falha no projeto de construção de todo o complexo da Vale em Córrego do Feijão. 


A empresa construiu a área administrativa e o refeitório num terreno abaixo da barragem e no caminho da lama, já apontado como local de risco na simulação de um desastre. 

"Uma barragem, ela não cai de uma hora para outra. 


Ela não acorda num dia e fala assim: hoje eu vou romper. 


Como é uma estrutura que a gente projeta, aquilo é uma matemática tem uma física bem definida. 


Ela é projetada. 


Ela é calculada”, afirmou Rafaela.

Rangel, era um trabalhador terceirizado na mina e estava em processo de contratação pela Vale. 


Ele conta que conseguiu escapar da tragédia porque não seguiu o protocolo de segurança da mineradora. 

“Os portões estavam fechados tivemos que quebrar algumas partes que dava para quebrar para dar fuga para mim e outras pessoas. 


Devo ter corrido mais ou menos 1 km até portaria e depois mata fechada com o tempo ela passou, a barragem e voltamos para estrada principal e fomos orientados a ir para o alto”, contou.
Vídeos registram momento em que barragem da Vale se rompe em Brumadinho
Vídeos registram momento em que barragem da Vale se rompe em Brumadinho.

Marco Aurélio nega pedido de Flávio Bolsonaro para suspender investigação


Por Andréia Sadi

  O presidente Jair Bolsonaro e, ao fundo, seu filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) deputado estadual e senador eleito — Foto: Adriano Machado/Reuters
O presidente Jair Bolsonaro e, ao fundo, seu filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) deputado estadual e senador eleito — Foto: Adriano Machado/Reuters.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu negar nesta sexta-feira (1º) um pedido do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para suspender as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) a partir de movimentações financeiras consideradas "atípicas" pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 

Em entrevista ao blog há duas semanas, Marco Aurélio já tinha sinalizado que rejeitaria o pedido da defesa do senador eleito. 


"Tenho negado seguimento a reclamações assim, remetendo ao lixo”, afirmou o ministro na ocasião. 

Flávio Bolsonaro e seu ex-motorista Fabrício Queiroz são alvos de procedimento investigatório do Ministério Público do Rio de Janeiro iniciado a partir de relatórios do Coaf. 


O conselho identificou uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz e também na conta de Flávio Bolsonaro – em um mês, foram 48 depósitos em dinheiro, no total de R$ 96 mil, de acordo com o Coaf.

Os depósitos, concentrados no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foram feitos sempre no mesmo valor: R$ 2 mil. 

A investigação faz parte da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu dez deputados estaduais. 

De acordo com o Coaf, nove funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro transferiam dinheiro para a conta de Fabrício Queiroz em datas que coincidem com as datas de pagamento de salário. 

O filho do presidente Jair Bolsonaro tem dito estar à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos, mas não atendeu aos convites do Ministério Público para apresentar as explicações. 

Recurso ao Supremo.

 

Ainda durante o recesso do Judiciário, o ministro Luiz Fux, do STF, mandou suspender provisoriamente o procedimento investigatório do MP-RJ atendendo a pedido de Flávio Bolsonaro, até que o relator do caso, ministro Marco Aurélio pudesse decidir.

Na reclamação ao STF, Flávio Bolsonaro argumentava que o Ministério Público requereu ao Coaf informações sobre dados sigilosos de sua titularidade e que as informações do procedimento investigatório foram obtidas de forma ilegal, sem consultar a Justiça. 

Segundo Flávio, houve usurpação de competência da Corte para decidir sobre o precedimento investigatório, uma vez que foi confirmada sua eleição como senador e que só o Supremo poderia decidir neste caso. 

Ele alegou, ainda, que "o Ministério Público do Rio se utilizou do Coaf para criar atalho e se furtar ao controle do Poder Judiciário, realizando verdadeira burla às regras constitucionais de quebra de sigilo bancário e fiscal". 

Flávio Bolsonaro pediu a suspensão de todos os atos da investigação em curso até que se decida a respeito da competência do Supremo para processar e julgar e ainda o reconhecimento da ilegalidade das provas e de todas as diligências de investigação determinadas a partir delas.
 — Foto: Editoria de Arte / G1  — Foto: Editoria de Arte / G1 
— Foto: Editoria de Arte / G1

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Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...