TUDO É FORÇA, SÓ DEUS É PODER.
"DEUS SEM MIM CONTINUARÁ SENDO DEUS.
EU SEM DEUS NÃO SEREI NADA".
DISSE JESUS : ”E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ“. JOÃO 8:32 .
TODOS CONTRA A PEDOFILIA, EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL, A CORRUPÇÃO GENERALIZADA NO NOSSO PAÍS, A VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS, AS CRIANÇAS E TODOS INDIVÍDUOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA IDADE.
ACESSE DIARIAMENTE A SUA "REVISTA ELETRÔNICA".
Estou, neste momento, participando da reunião do Parlamento Amazônico, em Marabá.
Junto com outros parlamentares, discutimos temas que fazem parte da
cadeia econômica da região; desafios e perspectivas sustentáveis como
mineração e meio ambiente; exploração mineral em terras indígenas;
perspectivas acerca da Lei Kandir e a alteração da própria Lei, através
do Congresso Nacional.
Ex-sócio
de Fernando de Arruda Botelho, acionista da Camargo Corrêa morto em
acidente aéreo há cinco anos, Davincci Lourenço diz à ISTOÉ que ele foi
assassinado e que o crime encobriu um esquema de corrupção na empresa.
O
ex-presidente petista, segundo ele, recebeu propina para facilitar
contrato com a Petrobras
A TESTEMUNHA-BOMBA
Davincci Lourenço de Almeida diz que ordem partiu de Fernando Botelho, da Camargo Corrêa
Sérgio Pardellas e Germano Oliveira
O personagem que estampa a capa desta edição de ISTOÉ
chama-se Davincci Lourenço de Almeida.
Entre 2011 e 2012, ele privou da
intimidade da cúpula de uma das maiores empreiteiras do País, a Camargo
Corrêa.
Participou de reuniões com a presença do então presidente da
construtora, Dalton Avancini, acompanhou de perto o cotidiano da família
no resort da empresa em Itirapina (SP) e chegou até fixar residência na
fazenda da empreiteira situada no interior paulista.
A estreitíssima
relação fez com que Davincci, um químico sem formação superior, fosse
destacado por diretores da Camargo para missões especiais.
Em entrevista
à ISTO É, concedida na última semana, Davincci Lourenço de Almeida
narrou a mais delicada das tarefas as quais ficou encarregado de assumir
em nome de acionistas da Camargo Corrêa: o transporte de uma mala de
dinheiro destinada ao ex-presidente Lula.
“Levei uma mala de dólares
para Lula”, afirmou à ISTO É.
É a primeira vez que uma testemunha ligada à
empreiteira reconhece ter servido de ponte para pagamento de propina ao
ex-presidente. Ele não soube precisar valores, mas contou que o dinheiro foi
conduzido por ele no início de fevereiro de 2012 do hangar da Camargo
Corrêa em São Carlos (SP) até a sede da Morro Vermelho Táxi Aéreo em
Congonhas, também de propriedade da empreiteira.
Segundo o relato, a
mala foi entregue por Davincci nas mãos de um funcionário da Morro
Vermelho, William Steinmeyer, o “Wilinha”, a quem coube efetuar o
repasse ao petista.
“O dinheiro estava dentro de um saco, na mala.
Deixei o saco com o dinheiro, mas a mala está comigo até hoje”, disse.
Dias depois, acrescentou ele à ISTO É, Lula foi ao local buscar a
encomenda, acompanhado por um segurança.
“Lula ficou de ajudar fechar um
contrato com a Petrobras.
Um negócio de R$ 100 milhões”, disse Davincci
de Almeida.
A atmosfera lúdica do desembarque de Lula na Morro Vermelho
encorajou funcionários e até diretores da empresa a posarem para
selfies com o ex-presidente.
De acordo com Davincci, depois que o
petista saiu com o pacote de dinheiro, os retratos foram pendurados nas
paredes do hangar.
As imagens, porém, foram retiradas do local
preventivamente em setembro de 2015, quando a Operação Lava Jato já
fechava o cerco sobre a empreiteira.
Na entrevista à ISTO É, Davincci diz
que o transporte dos dólares ao ex-presidente não foi filho único.
Ele
também foi escalado para entregar malas forradas de dinheiro a
funcionários da Petrobras.
Os pagamentos, segundo ele, tiveram a
chancela de Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira do grupo Camargo
Corrêa.
“O Fernando me dizia que a “baixinha”, como ele chamava Rosana
Camargo, sabia de tudo”, disse Davincci.
A imersão de Davincci no submundo dos negócios, não raro, nada
republicanos tocados pela Camargo Corrêa foi obra de Fernando de Arruda
Botelho, acionista da empreiteira morto há cinco anos num desastre
aéreo.
Em 2011, Davincci havia virado sócio e uma espécie de faz-tudo de
Botelho.
A sintonia era tamanha que os dois tocavam de ouvido.
Foi
Botelho quem lhe disse que a mala que carregava teria como destino final
o ex-presidente Lula: “A ordem do Fernando Botelho era entregar para o
presidente.
Ele chamava de presidente, embora fosse ex”.
Numa espécie de
empatia à primeira vista, os dois se aproximaram quando Arruda Botelho
se encantou com uma invenção de Davincci Lourenço de Almeida: um produto
revolucionário para limpeza de aviões, o UV30.
O componente proporciona
economias fantásticas para o setor aéreo.
“Com apenas cinco litros é
possível limpar tão bem um Boeing a ponto de a aeronave parecer nova em
folha.
Convencionalmente, para fazer o mesmo serviço, é necessário mais
de 30 mil litros de água”, afirmou Davincci.
Interessado no produto químico inventado por Davincci, o UV30,
Botelho abriu com ele uma empresa de capital aberto, a Demoiselle
Indústria e Comércio de Produtos Sustentáveis Ltda.
Na sociedade, as
cotas ficaram distribuídas da seguinte forma: 25% para Fernando de
Arruda Botelho, 25% para Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira do
grupo Camargo Corrêa, 25% para Davincci de Almeida e 25% para Alberto
Brunetti, parceiro do químico desde os primórdios do UV30.
Pelo
combinado no fio do bigode, o casal Fernando e Rosana entraria com o
dinheiro. Davincci e Alberto, com o produto.
Em janeiro de 2012, a
Camargo Corrêa lhe propôs o encerramento da empresa.
Simultaneamente, a
construtora, segundo a testemunha, fez um depósito de US$ 200 milhões
nos Estados Unidos, no Bank of América, em nome da Demoiselle.
O
dinheiro tinha por objetivo promover o produto no exterior e fechar
parcerias com a Vale Fertilizantes, Alcoa, CCR, e outras empresas
interessadas na expansão do negócio.
Em seu
primeiro mês como presidente, Donald Trump enfrenta uma crise de
credibilidade dentro e fora do país — a ponto de sua saúde mental ser
questionada.
Por que suas ações podem custar o declínio da nação mais
poderosa do mundo.
COMEÇO DO FIM?
Temperamento de Trump pode implodir seu governo
Elaine Ortiz e Fabíola Perez
Apertos de mão que intimidam, telefonemas interrompidos e
reuniões abandonadas quando questionam suas ideias.
O comportamento que o
presidente da nação mais influente do mundo apresentou em seus
primeiros dias no poder confirma que Donald Trump é intempestivo e
egocêntrico.
A questão agora é até que ponto essa personalidade pode
contribuir para a decadência dos Estados Unidos.
“Trump é muito sensível
a qualquer crítica e reage sem se importar com as consequências
futuras”, disse à ISTOÉ o cientista político e historiador da
Universidade de Harvard Alexander Keyssar.
“Até mesmo os republicanos
questionam suas decisões, embora poucos o façam publicamente”.
Na semana passada, ganhou destaque a petição on-line assinada por 18
mil profissionais de saúde que questionam a sanidade mental e pedem o
impeachment de Trump.
Ele teria um transtorno de personalidade
anti-social denominado “narcisismo maligno”.
Paranoia e sadismo estão
entre as características do quadro.
“O que estamos vendo agora são os
equívocos mais aparentes de Trump.
Ou ele muda o estilo de governar ou
vai ser contínua a repetição de condutas erráticas, com sérias
implicações”, diz Cristina Soreanu Pecequilo, professora de Relações
Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A recente saída do conselheiro de Segurança Nacional escolhido por
Trump, Michael Flynn, é um dos indícios dessa conturbada política.
O
general caiu após ter sido revelado pelos serviços de inteligência dos
EUA que, em dezembro, ele manteve conversas comprometedoras com o
embaixador russo Sergei Kislyak sobre as sanções aplicadas contra
Moscou.
O conselheiro havia pedido ao russo para não reagir de forma
desproporcional antes que Trump chegasse à Casa Branca, uma vez que o
magnata poderia rever a questão.
Flynn chegou a ser interrogado pelo FBI
ainda nos primeiros dias de governo.
Na segunda-feira 13, Trump decidiu
pedir sua renúncia por quebra de confiança. Flynn teria enganado o
vice-presidente Michael Pence ao negar a conversa com o embaixador.
“O
grande problema é que ele não está cercado de pessoas competentes”, diz
Keyssar.
Prova disso é que, três dias depois, em mais uma atitude na
contramão de um discurso diplomático conciliatório, Trump afastou os
Estados Unidos do compromisso de criar um Estado Palestino.
Em reunião
com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ele convocou
palestinos e israelenses a encontrar a paz por si próprios.
FRASES IMPENSADAS
As instáveis relações com Vladimir Putin ganharam um novo capítulo na
quarta-feira 15.
Interferindo na soberania russa, Trump pediu a
devolução da Criméia à Ucrânia e afirmou que espera que Putin coopere
para diminuir a tensão entre os dois países.
O porta-voz do Kremlin,
Dmitri Peskov, respondeu prontamente que a questão não poderia sequer
ser discutida por “sócios estrangeiros”, em referência aos EUA.
“A
impressão que se tem é que ele não raciocina, que as frases saem da boca
sem serem pensadas”, diz Geraldo de Figueiredo Forbes, membro do grupo
de análise de conjuntura internacional da Universidade de São Paulo.
“Não há método na loucura.
O amigo de ontem é o inimigo de hoje.”
Se
Trump sozinho poderá dar início ao seu fim só o tempo poderá dizer.
Mas
seus primeiros atos já indicam que esse é um dos horizontes possíveis.
O novo pior presidente Um século e meio separa James Buchanan, o 15º presidente dos Estados
Unidos, de Donald Trump, o 45º.
Um título, porém, os aproxima: o de pior
chefe de Estado do país.
Até a posse de Trump, Buchanan mantinha o
posto por seus catastróficos feitos entre 1857 e 1861, quando foi
responsável pela Guerra Civil entre o Norte e o Sul, na qual morreram 1
milhão de americanos.
Agora, ele está prestes a perder seu lugar na
história.
As propostas de Trump que negligenciam a questão climática e
sua postura em temas diplomáticos têm potencial de matar ainda mais
gente.
Durante seu mandato, Buchanan teve de se defender de acusações de
propina, extorsão e abuso de poder – mas sem a habilidade do magnata de
Nova York para criar factóides, quase sempre bombásticos. Um páreo
duro.
O juiz Hilmar
Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal, proibiu nesta sexta-feira (10) que a imprensa
publique reportagens sobre as informações obtidas por um hacker a partir
da invasão do celular da primeira-dama Marcela Temer e que
comprometeriam o presidente Michel Temer.
O pedido na Justiça foi
feito por advogados de Marcela Temer e a medida foi concedida pelo juiz
em caráter de "urgência".
Na decisão, Raposo argumenta que a
"inviolabilidade da intimidade de Marcela tem resguardo legal claro",
mas não cita conteúdo que envolveria o presidente da República.
Em
abril do ano passado, à época da invasão do celular de Marcela Temer,
quando Temer ainda era vice-presidente, a Polícia Civil de São Paulo,
que estava subordinada a Alexandre de Moraes, que se tornou ministro de
Temer posteriormente, suspeitou que se tratava de crime político.
O
colunista Cláudio Humberto, do jornal Metro,
afirmou que os hackers tentaram despistar a real intenção do roubo de
informações fazendo ameaças de tornar públicas as trocas de mensagens de
Marcela com familiares, além de senhas e fotografias.
À época, a Folha de S.Paulo informou que o hacker ameaçou Marcela de jogar o nome de Temer "na lama".
"Pois
bem, como achei que esse vídeo [na verdade, um áudio] joga o nome de
vosso marido na lama.
Quando você disse que ele tem um marqueteiro que
faz a parte baixo nível… pensei em ganhar algum com isso”, ameaçou o
hacker Silvonei José de Jesus Souza, que foi preso em maio e condenado
em outubro do ano passado a cinco anos e 10 meses de prisão em regime
fechado por extorsão e estelionato.
O juiz federal Sérgio Moro afirmou, em decisão desta sexta-feira (10),
que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tentou intimidar o
presidente Michel Temer no processo penal que responde pelo recebimento
de R$ 5 milhões de propinas em um contrato da Petrobrás na África.
O
magistrado negou pedido de liberdade apresentado pela defesa do deputado
cassado.
"Não se pode permitir que o processo judicial seja
utilizado para essa finalidade, ou seja, para que parte transmita
ameaças, recados ou chantagens a autoridades ou a testemunhas de fora do
processo", registrou Moro, ao negar que Cunha fosse colocado em
liberdade.
O ex-presidente da Câmara está preso, preventivamente, em
Curitiba desde outubro de 2016.
Moro considerou que Cunha tentou
pressionar Temer para que ele interferisse na Lava Jato, em seu favor.
Para isso, citou perguntas dirigidas ao presidente da República, que foi
arrolado pelo ex-deputado como sua testemunha de defesa:
"Qual a
relação de vossa excelência com o sr. José Yunes?; o sr. José Yunes
recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de vossa
excelência ou do PMDB?;
caso vossa excelência tenha recebido, as
contribuições foram realizadas de forma oficial ou não declarada?".
Homem de confiança de Temer, o advogado José Yunes ocupava cargo de
assessor no Planalto. Seu nome teria sido citado em um dos termos de
delação premiada da Odebrecht - o que provocou seu pedido de demissão.
Teori
Moro ainda enalteceu o ministro Teori Zavascki, morto em janeiro, e
usou seus argumentos para manter Cunha preso.
"O curso da ação penal deu
ainda mais razão a este juízo e aos argumentos emprestados do ministro
Teori Zavascki.
Nem mesmo a prisão preventiva de Eduardo Cunha o impediu
de prosseguir com o mesmo modus operandi, de extorsão, ameaça e
intimidações."
Anteontem, Cunha criticou, em artigo no jornal
Folha de S. Paulo, os argumentos para a manutenção de sua prisão e disse
ser um "troféu".
Na quarta-feira, ao ser interrogado por Moro,
Cunha voltou a citar Temer.
O peemedebista afirmou que o presidente
participou de reunião, em 2007, em que teria sido discutida a indicação
de agentes públicos na Petrobrás.
Alongadas prisões
Na terça-feira, o ministro do STF Gilmar Mendes abriu discussão sobre o
que chamou de "alongadas prisões que se determinam em Curitiba", num
indicativo de que o tribunal pode discutir a revisão dos prazos das
preventivas da Lava Jato.
Ricardo Lacerda, presidente do banco BR Partners, em São Paulo
JOANA CUNHA DE SÃO PAULO
As recentes reviravoltas no governo do presidente Michel Temer para
indicar Alexandre de Moraes ao STF, nomear Moreira Franco ministro da
Secretaria-Geral e emplacar Edison Lobão na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) do Senado alertaram o mercado, segundo um dos
principais assessores financeiros do país.
Ricardo Lacerda, fundador e presidente do banco de investimento BR
Partners, diz que "há um temor de que o governo use seu capital político
para livrar a cara de aliados em vez de aprovar reformas".
E prevê risco de novas manifestações.
"Muitos dos que foram às ruas
lutar contra a corrupção estão perplexos com essas nomeações."
*Folha - A economia entra numa nova etapa, mas ainda há incertezas políticas. O que prevê? Ricardo Lacerda - A economia se estabilizou e começa lentamente a
mostrar recuperação.
A reconquista da credibilidade na política
monetária do Banco Central permitirá uma forte redução nos juros ao
longo de 2017.
A confiança dos empresários e consumidores vai aumentar e
isso trará de volta o crescimento.
Não acho que a economia vai bombar a
ponto de salvar a política do buraco, mas as coisas estão no caminho
certo.
A Lava Jato mudou o jeito de fazer negócio? Como ela influencia a visão do investidor?
Ela acabou com a percepção de completa impunidade que sempre existiu no
país.
Expôs a bandalheira de empresários próximos do poder com políticos
corruptos e mandou vários deles pra cadeia.
Antes da Lava Jato bastava
ser rico pra ter status. Agora a sociedade cobra atitude ética dos
empresários.
Mas, pra mudar de fato a forma de fazer negócio no Brasil, é
preciso reduzir o tamanho do Estado, em duas frentes: um programa
agressivo de privatização de estatais e um plano para reduzir a
burocracia e o controle do Estado sobre a iniciativa privada.
Só isso
pode reduzir corrupção e atrair investimento.
Como avalia o governo hoje?
Esse governo acertou na equipe econômica e tem grande capacidade de
articulação política no Congresso.
São vantagens sobre o anterior.
Mas
há limitações para um governo de transição, sem apoio popular, obrigado a
lotear cargos e refém de políticos suspeitos.
Como avalia ajuste fiscal?
A atual equipe econômica tem as melhores cabeças para definir o ajuste
que o país precisa.
A aprovação da PEC do Teto foi importantíssima e
mudou a percepção da solvência do Estado.
O próximo desafio é a reforma
da Previdência.
A dúvida é o que efetivamente sairá daquilo que está
tramitando no Congresso.
Esse governo não tem uma agenda absolutamente
transparente, mas com vitórias tão contundentes nas presidências da
Câmara e Senado, cresceu seu cacife para aprovar reformas.
Diante da
dificuldade em gerar superavit fiscais no atual quadro econômico, a
reforma da Previdência é crucial.
Quando vamos resgatar protagonismo e confiança?
Houve enorme decepção com o último ciclo de investimentos.
Primeiro,
porque o crescimento não veio.
Segundo, porque o governo Dilma tinha
mentalidade contrária à iniciativa privada.
Terceiro, porque com a crise
econômica veio a política, que escancarou a fragilidade das
instituições, esfrangalhadas pelo apagão moral que acometeu Brasília.
Destruiu-se muita riqueza no Brasil nos últimos cinco anos.
Investidor
machucado demorará a voltar.
Mas somos uma grande economia, daremos a
volta por cima.
Como a indicação de Alexandre Moraes ao STF, Edison Lobão na CCJ e o
ministério de Moreira Franco comprometem a confiança do mercado?
Há um temor que o governo use seu capital político para livrar a cara de
aliados em vez de aprovar reformas.
Há também o risco de voltarmos a
ver manifestações.
Muitos dos que foram às ruas lutar contra a corrupção
estão perplexos com essas nomeações.
Como está o apetite dos investidores estrangeiros por empresas brasileiras?
O apetite continua alto, mas há muita cautela ao negociar.
Após muitos
anos, estamos ouvindo novamente investidores mencionando preocupação com
o cenário político ou econômico na hora de comprar ativos no país.
Vi
alguns até desistindo de olhar oportunidades em razão disso.
Mas creio
que tudo se normalize com a iminente retomada do crescimento.
O sr. acredita na retomada dos IPOs?
Os investidores estão dispostos a pagar bem?
Acho que veremos alguns IPOs neste ano.
Ninguém comprará Brasil sem
fazer a lição de casa, sem olhar retornos.
O ciclo será de mais cautela
do que o de 2004 a 2007 ou o de 2009 a 2013.
O que espera das concessões?
Exceto pelos aeroportos, em que parece haver grande interesse, creio que
teremos dificuldades.
O governo precisa criar um modelo de concessões
com o intuito de atrair capital privado, principalmente o estrangeiro.
Quando o investidor olha o Brasil, vê tudo confuso, burocrático.
Parece
que estamos fazendo favor de deixar o investidor colocar seu dinheiro
aqui.
Paraibana fez rifa, juntou latinhas, alumínio e plástico e recebeu doações. Estudante Pedro Fernandes faz intercâmbio na Finlândia há quase um ano.
Dani Fechine*Do G1 PB
Isabel reuniu mais de 300 kg de latas para ajudar manutenção do filho na Europa (Foto: Isabel Cristina/Acervo Pessoal)
“Meus filhos vão realizar tudo que eu não pude realizar”, confessou a
paraibana Isabel Cristina Fernandes, de 51 anos, que lutou contra a
própria realidade para que o filho Pedro, de 18 anos, realizasse o sonho
de estudar em um intercâmbio na Finlândia.
Natural da cidade de Picuí e
trabalhando há 24 anos na sede recreativa da Associação dos Magistrados
da Paraíba, em Cabedelo, junto com o marido Milton Viana, Isabel conseguiu arrecadar mais de R$ 1,2 mil coletando material reciclável.
Latinhas, alumínio e plástico ajudaram o filho a se manter no país onde
começou a estudar idiomas.
Hoje, além de trabalhar com o marido na
Associação dos Magistrados, onde também mora há 24 anos, Isabel faz
cocadas, trufas, cupcakes e outros doces para ajudar no custeio.
O que
iria para o lixo no trabalho, Isabel transformava em dinheiro.
No
caminho para a igreja, também apanhava o que conseguia.
Uma arrecadação dos magistrados da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de
São Paulo e de Pernambuco, ajudou Isabel a completar R$ 30 mil para
realizar o sonho do filho.
"Eu ainda vou para longe, ainda vou voar,
morar em outro país", foi com esse desejo de Pedro que tudo começou,
conforme conta Isabel.
Para ela, a única solução era o filho estudar.
Ele queria fazer algum
curso de idiomas, mas se a mãe utilizasse o dinheiro para isso, a
família não teria o que comer.
Então Pedro começou a estudar por conta
própria, no computador.
“Assistia seriado sozinho e sempre cantava em
inglês, para aprender”, contou Isabel.
Quando uma mulher de Taiwan se
hospedou no clube da associação, todos ficaram surpresos com a
desenvoltura de Pedro para conversar em inglês.
Isabel fez a inscrição de Pedro na associação Rotary para tentar o
intercâmbio e, após a realização da prova, ele foi classificado em
oitavo lugar.
Na preparação da papelada necessária, mais um desafio.
“Quando eu vi o que eu tinha que pagar eu pensei que ele não ia mais”,
refletiu a mãe.
A campanha atingiu amigos de Isabel e do magistrado Manoel Abrantes,
que ajudou junto a outros a reunir o dinheiro necessário.
No início,
eles precisavam de mais de R$ 5,2 mil para dar início à viagem.
Em menos
de três dias, a conta bancária de Isabel já somava R$ 6 mil.
Sonho realizado
Pedro está na Finlândia desde agosto de 2016 e hoje ele já fala inglês,
sueco e está aprendendo francês.
Foi aprovado no curso de Relações
Internacionais, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e deve começar o curso quando voltar ao Brasil, provavelmente no final do mês de julho deste ano.
Com a partida de Pedro, o coração de Isabel ficou pequeno.
A porta do
desembarque era minúscula para um futuro tão grande que estava por vir.
“É uma dor quando a gente vê nossos filhos saindo daquela portinha do
aeroporto”, disse Isabel.
Pedro, de 18 anos, conseguiu realizar sonho de intercâmbio na Finlândia (Foto: Pedro Fernandes/Acervo Pessoal)
Agora Isabel vende uma rifa.
Recebeu uma doação de uma suqueira como
prêmio e só vai parar com as vendas quando o objetivo for alcançado:
pagar o passeio da escola do filho para conhecer outros países da
Europa.
“Eu me sinto muito feliz, que às vezes é até inexplicável de falar, é
incrível quando você sonha a vida toda de ir para o exterior e de
repente seu sonho se realiza”, disse Pedro.
“Isso mostrou que eu sou
capaz e que tudo é questão de querer.
E hoje eu posso ver que todo o
esforço que a minha mãe fez está valendo a pena", completou.
24 anos de dedicação e amor
Casados há 24 anos e com dois filhos, Isabel e Milton fazem pela
família o que não puderam fazer por si mesmos.
Além de Pedro, o filho
mais velho do casal tem 22 anos e se chama Severino, estudante de
Farmácia, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
“Eu quero que
eles sejam vitoriosos por tudo isso.
Cada luta que eles viram que a
gente passou, que eles reconheçam.
Isso é tudo maravilhoso”, declarou.
Nascida no município de Picuí, Isabel viveu por uma escolha da mãe.
O
pai não assumiu a paternidade e queria que a gravidez fosse abortada.
Ela resistiu e colocou Isabel no mundo.
Os sonhos de Isabel têm a mesma
marca de luta e de lição de vida.
“Eu vou lá ver meu filho na Finlândia.
Eu sempre sonhei em ir longe, conhecer o mundo.
Meu filho puxou a mim”,
disse.
*Sob supervisão de Taiguara Rangel
Isabel
trabalha na Associação de Magistrados da Paraíba há 24 anos e teve
ajuda de uma campanha que arrecadou dinheiro para a viagem do filho
(Foto: Isabel Cristina/Arquivo Pessoal)
Candidatos formam gigantesca fila em busca de vaga em usina em Rio Preto
Usina de açúcar e álcool oferece 1,5 mil oportunidades de trabalho. Só na parte da manhã, três mil pessoas já tinham passado pela entrevista.
Do G1 Rio Preto e Araçatuba
Um mutirão que ofereceu 1.500 oportunidades de emprego reuniu neste
sábado (11) milhares de pessoas em uma faculdade particular de São José do Rio Preto
(SP).
O mutirão foi organizado pela Guarani Tereos Açúcar & Energia
Brasil, uma usina de açúcar e álcool para preencher as vagas em sete
unidades.
Logo de manhã uma fila enorme, com praticamente dois quilômetros, se
formou e, segundo a usina, mais de três mil candidatos foram
entrevistados apenas na parte da manhã.
O Feirão de Empregos foi
realizado até às 17h30.
Durante o evento, os interessados entregaram
currículo, passaram pelas entrevistas e, para aqueles que não tinham
este histórico profissional impresso, uma equipe no local fez a
elaboração e impressão.
Candidatos são entrevistados por funcionários da usina (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Darli Franco de Souza tem 39 anos e está desempregado.
A distância não
foi barreira para ele vir tentar uma vaga no interior de São Paulo.
Ele
saiu de Ibirité (MG) e viajou mais de 720 quilômetros para tentar uma
vaga.
“Vim de Minas Gerais para tentar uma vaga, fui entrevistado e
passei no teste.
Agora o rapaz disse que até o dia 15 me dá um retorno.
Estou desempregado há cinco meses e em Minas está difícil conseguir, mas
tenho fé que vai dar certo”, afirma Darli Franco de Souza, que tenta
uma vaga de eletricista.
Rui Carvalho, gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da
usina, explica que as vagas são para safristas (1,3 mil) e efetivos
(200), com início a partir de 1° de abril.
As vagas para safristas são
para atuação até novembro de 2017, no entanto, aqueles colaboradores que
se destacarem terão grandes chances de efetivação.
“A gente se preparou
e imaginava a procura pelo número de desempregados no país.
A empresa
busca profissional qualificado e que busca desafios. São vagas para sete
unidades do grupo”, diz.
Fila dobrou o quarteirão da faculdade em Rio Preto (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Candidatos na espera da entrevista para trabalhar em usina (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Candidatos na fila para uma entrevista (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Ação
questionou nomeação sob o argumento de que Temer nomeou com a intenção
de dar foro privilegiado ao ministro no STF – ele foi citado por delator
da Lava Jato. Governo recorreu.
Por Renan Ramalho, G1, Brasília
Liminar da Justiça Federal suspende nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro
O juiz Eduardo Rocha Penteado, da Justiça Federal do Distrito Federal,
determinou na tarde desta quarta-feira (8), por meio de decisão liminar
(provisória), a suspensão da nomeação de Moreira Franco para ministro da
Secretaria-Geral da Presidência.
A ação com base na qual o juiz decidiu foi apresentada por três
cidadãos na primeira instância da Justiça Federal em Brasília, sob a
alegação de “desvio de finalidade” e “ofensa à moralidade”.
Eles argumentam que Moreira Franco foi nomeado pelo presidente Michel
Temer, após a homologação da delação premiada da Odebrecht, para ganhar o
chamado “foro privilegiado” – direito de ser investigado somente no
Supremo Tribunal Federal (STF).
À noite, ao sair do Palácio do Planalto, Moreira Franco limitou-se a dizer repetidamente: " a AGU está cuidando disso".
A Advocacia Geral da União (AGU) informou à noite que apresentou
recurso contra a decisão à Presidência do Tribunal Regional Federal da
1ª Região (TRF-1) – leia nota ao final desta reportagem.
Segundo a AGU, "a manutenção da liminar pode provocar grave lesão à
ordem pública e administrativa, capaz de provocar 'danos irreparáveis ao
país'.
Além disso, violaria frontalmente a separação dos poderes,
invadindo drasticamente a esfera de competência do Poder Executivo".
De acordo com a manifestação da AGU à Justiça, "dizer que o objetivo da
nomeação é conferir foro privilegiado, como alegavam os autores, é
ilação".
Também tramitam no Supremo Tribunal Federal ações com o mesmo teor dos partidos PSOL e Rede e do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), contrários à nomeação de Moreira Franco.
Antes de a Secretaria-Geral da Presidência ter sido recriada e Moreira
nomeado, ele era secretário-executivo do Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI), função na qual não tinha status de ministro.
O ministro foi citado por Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações
Institucionais da empreiteira Odebrecht, em delação da Operação Lava
Jato .
As delações foram homologadas pela presidente do STF, Cármen
Lúcia na semana passada.
Os depoimentos foram encaminhados para a
Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá em quais casos
pedirá ao STF abertura de inquérito.
Na ocasião, havia suspeita também de desvio de finalidade no ato da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Não há razão para decidir de modo diverso no caso concreto”, escreveu o
magistrado na decisão, lembrando que Moreira Franco “foi mencionado,
com conteúdo comprometedor”, na delação da Odebrecht.
"O princípio republicano (CF art. 1º) estabelece os próprios contornos
da governabilidade presidencial e, ao fazê-lo, não convive, por menor
que seja o espaço de tempo (periculum in mora), com o apoderamento de
instituições públicas para finalidades que se chocam com o padrão
objetivo de moralidade socialmente esperado dos governantes”, completa o
juiz em seguida.
Moreira Franco nega que nomeação seja blindagem contra Lava Jato Temer e Moreira justificaram.
Na última sexta-feira (3), o presidente Michel Temer afirmou que a nomeação de Moreira Franco era somente "uma formalização".
Na avaliação do presidente, o antes secretário do Programa de Parcerias
de Investimentos (PPI) já atuava como um ministro na prática.
Moreira
Franco trabalha com Temer desde que o presidente assumiu o governo, em
maio do ano passado.
"Hoje, digamos, se trata apenas de formalização, porque na realidade o
Moreira já era ministro desde então.
Agora ele vem, na verdade,
acrescido de outras tantas tarefas”, afirmou Temer em discurso na
solenidade de posse do próprio ministro.
Após a mesma cerimônia, Moreira Franco afirmou que a intenção da nomeação foi "fortalecer a Presidência".
A Secretaria-Geral da Presidência é responsável pelo cerimonial da
Presidência, pela área de comunicação social, pela administração do
Palácio do Planalto e pelo Programa de Parcerias para Investimentos.
“Não foi com nenhuma outra intenção senão a de dar mais eficiência, de
dar mais força, mais material, conteúdo à ação do presidente e da
Presidência”, afirmou Moreira Franco.
Lula
Nesta quarta-feira (7), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Supremo Tribunal Federal que corrija "erro histórico"
e reconheça como válida a nomeação dele, em março do ano passado, como
ministro da Casa Civil pela então presidente Dilma Rousseff.
A decisão judicial foi criticada pelo ex-presidente do Senado e líder
da bancada do PMDB, Renan Calheiros (AL), durante a sessão desta quarta
no plenário.
“Eu acho isso um horror, uma distorção institucional.
E, mais uma vez,
um juiz de primeira instância afronta o Supremo Tribunal Federal”,
afirmou.
Renan defendeu ainda a aprovação do projeto que endurece as penas para
abusos cometidos por autoridades.
“Quando ministros do Supremo Tribunal
Federal procuraram esta Casa do Congresso Nacional para votar a Lei de
Abuso de Autoridade era, sobretudo, para evitar que essas usurpações de
instâncias inferiores continuem a acontecer no Brasil, porque isso só
instabiliza o país”, disse.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que “liminar é
liminar” e, portanto, é preciso aguardar o resultado final na Justiça.
O deputado foi questionado sobre o fato de a decisão ter sido tomada em
primeira instância.
"Em tese, caberia uma decisão a outra instância,
como em outros casos, mas vamos esperar a decisão da segunda instância",
afirmou.
Recurso da AGU
Leia abaixo a íntegra de nota da Advocacia Geral da União sobre o
recurso apresentado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em
defesa do ministro Moreira Franco:
AGU recorre contra liminar que suspendeu nomeação de secretário-geral da Presidência
A
Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu, no início da noite desta
quarta-feira (8), de liminar que suspendeu a eficácia do ato de nomeação
do secretário-geral da Presidência, ministro Moreira Franco, para o
cargo.
O recurso foi apresentado à Presidência do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região.
A
manifestação contesta o principal argumento utilizado pelos autores da
ação popular que fundamentou a decisão da 14ª Vara Federal do Distrito
Federal.
A liminar, proferida no início da tarde desta quarta, citava
como precedente a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, em março do
ano passado.
A
AGU, no entanto, argumenta que a situações são distintas.
Primeiramente, porque o ministro Moreira Franco, ao contrário do
ex-presidente, já exercia funções no atual governo, como secretário do
Programa de Parceria de Investimentos (PPI), criado em setembro de 2016.
A transformação do cargo, afirma a peça, teve como finalidade
fortalecer o programa governamental.
O
texto diz ainda que não há qualquer caso concreto que coloque sob
suspeita o ato de nomeação do secretário-geral, já que a ação popular
cita somente o vazamento de supostas delações e que sequer estão
comprovadas em juízo.
“Com o devido respeito, não há nada nos autos que
dê a mínima pista de que o ato presidencial visava obstruir a justiça”,
diz um trecho.
Ainda
segundo a manifestação, dizer que o objetivo da nomeação é conferir
foro privilegiado, como alegavam os autores, é ilação.
Tampouco isso
poderia conferir qualquer privilégio, lembra a AGU, pois o ministro está
atualmente sujeito a julgamento pela mais alta corte do país.
A
Advocacia-Geral lembra ainda que a manutenção da liminar pode provocar
grave lesão à ordem pública e administrativa, capaz de provocar “danos
irreparáveis ao país”.
Além disso, violaria frontalmente a separação dos
poderes, invadindo drasticamente a esfera de competência do Poder
Executivo.
Atua no caso a Procuradoria-Regional da União na 1 ª Região, unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU.