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domingo, fevereiro 28, 2016

Aeroporto de Pyongyang inaugura terminal internacional

Ditador Kim Jong-Un foi elogiado por melhorar transporte aéreo no país.
Local é seis vezes maior que o anterior, mas deve receber poucos voos.

Da France Presse
O terminal 2 do aeroporto de Pyongyang, reservado a voos comerciais internacionais, entrou em funcionamento na quarta-feira (Foto: REUTERS/KCNA ) 
O terminal 2 do aeroporto de Pyongyang, reservado a voos comerciais internacionais, entrou em funcionamento na quarta-feira (Foto: REUTERS/KCNA )
 
A Coreia do Norte inaugurou o novo terminal internacional do aeroporto de Pyongyang, que considerou o resultado dos "esforços incansáveis" do dirigente Kim Jong-Un para melhorar o transporte aéreo norte-coreano.

O terminal 2 do aeroporto de Pyongyang, reservado a voos comerciais internacionais, entrou em funcionamento na quarta-feira, segundo a agência oficial KCNA.

"O terminal foi construído segundo métodos modernos, das portas de entrada às áreas de saída, passando pela zona reservada aos procedimentos, serviços", afirma a KCNA.

O complexo é fruto da "nobre lealdade, da ardorosa vontade patriótica e dos esforços incansáveis do marechal Kim Jong-Un, que tem feito o possível para elevar o transporte aéreo do país às normas internacionais, de acordo com os desejos de Kim Jong-Il", completa a agência.

Kim Jong-Un sucedeu o pai Kim Jong-Il, que morreu em dezembro de 2011.

Enquanto Kim Jong-Il viajava apenas de trem por seu medo de avião, o filho, que estudou na Suíça durante a adolescência, demonstra muito interesse pela aeronáutica.

 Um vídeo divulgado pelo regime em março mostra Kim Jong-Un pilotando uma pequena aeronave.

O novo terminal é seis vezes maior que o anterior, mas o local pode permanecer praticamente vazio, já que a Coreia do Norte recebe poucos voos internacionais.

Foto da KCNA mostra o novo terminal internacional do aeroporto de Pyongyang (Foto: REUTERS/KCNA)Foto da KCNA mostra o novo terminal internacional do aeroporto de Pyongyang (Foto: REUTERS/KCNA)
 

Veja a cronologia do programa nuclear norte-coreano

Coreia do Norte afirmou que colocou satélite espacial em órbita.
Pyongyang diz que o programa tem caráter exclusivamente científico.

Da AFP
Imagem da TV estatal norte-coreana mostra lançamento do foguete (Foto: Reuters/Yonhap)Imagem da TV estatal norte-coreana mostra lançamento do foguete (Foto: Reuters/Yonhap)
 
A Coreia do Norte anunciou neste domingo (7) ter colocado em órbita um satélite por meio de um foguete cujo lançamento foi condenado pela comunidade internacional, que acredita ter se tratado de um teste de míssil balístico intercontinental.
Esta é a mais recente medida de um plano de mísseis e armas nucleares iniciado há 40 anos e que colocou Pyongyang nos holofotes.

Líder norte-coreano Kim Jong Un assiste ao lançamento do foguete  (Foto: Reuters/Yonhap)Líder norte-coreano Kim Jong Un assiste ao lançamento do foguete (Foto: Reuters/Yonhap)
 
Seguem abaixo as principais datas do programa nuclear da Coreia do Norte a partir de 2002.

2002
Janeiro: o presidente americano, George W. Bush, classifica Coreia do Norte, Iraque e Irã de "eixo do mal".


 Outubro: Washington afirma que Pyongyang tem um programa secreto de urânio altamente enriquecido, violando o acordo de desnuclearização de 1994.

A Coreia do Norte o desmente, mas as entregas de petróleo ao país são suspensas.

Dezembro: a Coreia do Norte revela seu reator Yonbgyon, que produz plutônio, e expulsa os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

2003
Janeiro: Pyongyang se retira do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).


27 a 29 de agosto: primeira sessão das negociações a seis em Pequim (Coreia do Norte, Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Japão e Rússia).

14 de outubro: a ONU aprova sanções econômicas e comerciais.

2005
 
10 de fevereiro: Pyongyang anuncia ter fabricado armas nucleares de autodefesa.


19 de setembro: o Norte aceita cessar seu programa nuclear e voltar ao TNP, em troca de garantias sobre sua segurança e uma ajuda energética.

9 a 11 de novembro: fracasso de uma nova rodada de negociações a seis.

2006
9 de outubro: primeiro teste nuclear norte-coreano.


5 de julho: testes de lançamento de sete mísseis.

2007
13 de fevereiro: o Norte aceita iniciar o desmantelamento de seu programa nuclear e acolher os inspetores da AIEA, em troca de um milhão de toneladas de combustível e de sua retirada da lista de Estados considerados terroristas por Washington.


Junho e julho: são retomadas as entregas de combustível e retornam os inspetores da AIEA, que anuncia que o complexo de Yongbyon foi fechado.

Outubro: Pyongyang aceita declarar todos os seus programas nucleares e realizar seu desmantelamento, que começa em novembro.

2008
8 a 11 de dezembro: os seis países não conseguem entrar em acordo sobre as modalidades de inspeção das instalações norte-coreanas.


2009
5 de abril: a Coreia do Norte lança um foguete de longo alcance que cai no Pacífico. 


Segundo Washington, trata-se de um teste de um míssil Taepodong-2.

13 de abril: o Conselho de Segurança condena esta operação de forma unânime e reforça as sanções. Pyongyang abandona as negociações a seis e anuncia a reativação de seu programa nuclear.

25 de maio: a Coreia do Norte anuncia ter realizado com sucesso um segundo teste nuclear subterrâneo.

2012
12 de dezembro: disparo de um foguete Unha-3, que os Estados Unidos comparam a um míssil balístico.


2013
22 de janeiro: ampliação das sanções da ONU.


12 de fevereiro: terceiro teste nuclear, com um artefato miniaturizado, segundo Pyongyang.

10 de abril: Seul e Washington elevam seu nível de alerta, a um abaixo do grau sinônimo de guerra, pelas ameaças de disparos de mísseis norte-coreanos.

31 de agosto: segundo uma foto por satélite, Pyongyang reativou seu reator nuclear de Yongbyon, considerado sua principal fonte de plutônio de qualidade militar.

2014
26 de abril: o presidente americano, Barack Obama, classifica a Coreia do Norte de Estado pária.


2015
20 de maio: Pyongyang diz ter capacidade para miniaturizar a arma atômica, uma etapa decisiva na produção de ogivas nucleares.

11 de dezembro: Kim Jong-Un dá a entender que seu país desenvolveu uma bomba de hidrogênio.

2016
6 de janeiro: Pyongyang anuncia seu primeiro teste bem-sucedido de uma bomba H.


7 de fevereiro: A Coreia do Norte afirma ter colocado um segundo satélite em órbita.

Coreia do Sul diz que Norte pagará 'preço alto' se lançar satélite

Vizinho considera plano um teste encoberto de mísseis de longo alcance.
EUA e Japão também pedem que Coreia do Norte suspenda lançamento.

Da EFE
O governo da Coreia do Sul pediu nesta quarta-feira (3) à Coreia do Norte que suspenda seu plano de lançar um satélite espacial e advertiu o regime de Kim Jong-un que o país irá pagar um "preço alto" se decidir realizar a operação.

"Advertimos seriamente a Coreia do Norte, que pagará um preço alto [caso decida lançar o foguete]", afirmou um porta-voz do escritório de segurança nacional do governo sul-coreano, sem oferecer mais detalhes sobre as possíveis medidas que seriam tomadas em resposta ao lançamento.

A Coreia do Norte notificou na terça-feira a Organização Internacional de Aviação Civil (Oaci), a Organização Marítima Internacional (OMI) e a União Internacional de Telecomunicações (UIT) que lançará entre os dias 8 e 25 de fevereiro um satélite de observação.

O porta-voz da presidência sul-coreana afirmou que a "Coreia do Norte deve cancelar seu plano de lançamento", pois o considera um teste encoberto de mísseis de longo alcance que violaria as resoluções decretadas pelo Conselho de Segurança da ONU nos últimos anos contra os programas armamentistas de Pyongyang.
Seul considera o novo plano norte-coreano um "desafio" à comunidade internacional, segundo o porta-voz, no momento em que o Conselho de Segurança estuda a imposição de sanções adicionais ao regime de Kim Jong-un - como resposta ao seu quarto teste atômico, ocorrido em 6 de janeiro.

O ministro da Defesa sul-coreano, Han Min-koo, garantiu, por sua vez, que o próximo lançamento de um foguete de longo alcance por parte de Pyongyang contribuirá para elevar a tensão entre as duas Coreias.

EUA e Japão
 
A resposta da Coreia do Sul segue na mesma linha das emitidas pelos governos de Estados Unidos e Japão, que pediram à Coreia do Norte o cancelamento do lançamento e destacaram que o mesmo representaria uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança.


"O lançamento seria uma clara violação das resoluções das Nações Unidas", afirmou o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em declarações publicadas pela agência local "Kyodo".

Após tomar conhecimento do anúncio norte-coreano, Tóquio elevou seu nível de alerta.

O Ministério da Defesa japonês decidiu mobilizar no dia 29 seu sistema antimíssil, para se preparar para a possibilidade de o vizinho lançar um projétil de longo alcance que possa cair sobre o território japonês.

"Tomamos todas as medidas necessárias para que estejamos prontos diante de qualquer eventualidade", afirmou o titular de Defesa do Japão, Gen Nakatani.

Último lançamento
 
Durante os últimos dias, foi possível observar um aumento das atividades nas instalações de lançamento de Dongchang-ri, que fica no nordeste da península coreana, por imagens de satélite.


A Coreia do Norte realizou seu último lançamento desse tipo em dezembro de 2012, quando colocou em órbita o satélite Kwangmyongsong-3 utilizando seu foguete de longo alcance Unha-3.

Aquele lançamento também foi considerado um teste encoberto de mísseis, por isso o Conselho de Segurança da ONU endureceu à época suas sanções econômicas e comerciais sobre o país comunista.

Empresa reconhece ter minimizado gravidade da situação em Fukushima

Desastre na usina nuclear aconteceu em em março de 2011.
Técnicos levaram três meses para retomar o controle do complexo.

Da France Presse

Vista áerea da usina de Fukushima, em foto de arquivo feita no dia 20 de agosto, mostra os tanques com água contaminada na parte inferior da imagem. (Foto: Kyodo/Arquivo/Reuters)Vista áerea da usina de Fukushima, em foto de arquivo de 2013, mostra os tanques com água contaminada na parte inferior da imagem. (Foto: Kyodo/Arquivo/Reuters)
 
Cinco anos após a catástrofe de Fukushima, a operadora da usina nuclear, a Tokyo Electric Power (Tepco), reconheceu ter minimizado a gravidade do estado dos reatores ao não admitir rapidamente que três estavam em fusão.

O desastre aconteceu em em março de 2011.

"Nos desculpamos profundamente por ter afirmado, por erro, que nada permitia determinar uma fusão em curso no núcleo dos reatores", declarou um porta-voz da Tepco em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

A operadora Tokyo Electric Power (Tepco) esperou dois meses, até maio de 2011, para utilizar a palavra fusão, mas a companhia já dispunha de informações que permitiam determinar que este processo estava em curso dias após 11 de março, quando um tsunami provocado por um terremoto de 9 graus de magnitude devastou a usina nuclear.

A situação se tornou quase incontrolável nas instalações inundadas, com a eletricidade cortada e os sistemas de resfriamento de combustível nuclear detidos. 

Os núcleos de três dos seis reatores de Fukushima Daiichi se fundiram.

Os técnicos levaram três meses para retomar o controle do complexo e mais seis meses para decretar que a situação estava estabilizada.

Parada no tempo, Coreia do Norte nunca esteve em paz

Para analistas, país nunca escapou do conflito entre Capitalismo e Comunismo e usa programa nuclear para garantir sua existência.

Druti Shah Da BBC History
Parada no tempo, Coreia do Norte nunca esteve em paz (Foto: Reuters) 
Parada no tempo, Coreia do Norte nunca esteve em paz (Foto: Reuters)

A Coreia do Norte nasceu da Guerra Fria entre o Comunismo e o Capitalismo e dela nunca conseguiu escapar, mesmo após o fim do bloco comunista.

Ao final da Segunda Guerra Mundial, a Coreia foi libertada de décadas de ocupação japonesa e parecia a caminho de retomar sua independência, com seus aliados do tempo da guerra, os Estados Unidos, a China, o Reino Unido e a União Soviética, todos apoiando este objetivo.

Forças soviéticas e americanas ocuparam os dois extremos do país em uma período de transição antes de eleições democráticas.

Saiba mais:

Mas, à medida que a cooperação do período da guerra entre a União Soviética e os Estados Unidos se deteriorou, dois Estados bem diferentes surgiram - a República da Coreia, apoiada pelos Estados Unidos, no sul, e a República Democrática da Coreia, ao norte, com um líder, Kim Il-sung, que havia sido treinado pelo Exército Vermelho.

A Coreia do Norte foi uma ''aberração desde o nascimento'', afirma John Everard, ex-embaixador da Grã-Bretanha na Coreia do Norte. 

''Foi uma criação de oficiais do Exército soviético que pareciam ter pouca ideia do que consistia a criação de um Estado.''

'Fizeram de Kim Il-sung um líder, mas quando descobriram que ele tinha pouco respeito por parte da população, construíram em torno dele um culto de personalidade stalinista que fez com que o país acabasse sendo governado por um deus-rei, assim como eram os últimos reis da Coreia (antes da ocupação japonesa)'', opina o embaixador.

Guerra da Coreia
 
Em 1950, a Coreia do Sul declarou independência. 


A Coreia do Norte, com o apoio da China, rapidamente invadiu o sul, provocando a Guerra da Coreia, que foi até 1953.
 
Os Estados Unidos intervieram, temendo que uma tomada da Coreia do Sul pelos comunistas pudesse ter implicações maiores, diz Robert Kelly, professor da Universidade Nacional de Pusan, na Coreia do Sul.

 ''O temor de Washington era de que, se os Estados Unidos desistissem da guerra na Coreia, houvesse um efeito dominó (com mais países adotando o comunismo) em outras partes da Ásia. 

Era um risco que eles não podiam correr'', afirma.

Após os combates terem chegado a um impasse, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, e depois seu sucessor, Dwight Eisenhower, usaram a ameaça nuclear publicamente como um meio de pôr fim à guerra.

Mas estava claro que Truman não queria que o conflito se espalhasse ou que ele levasse a uma nova guerra mundial. 

Em 1951, quando o general Douglas MacArthur, comandante das forças americanas no Extremo Leste asiático, publicamente pediu que a China, que apoiava a Coreia do Norte, fosse atacada, ele acabou sendo demitido por insubordinação.

Em 1953, o Acordo de Armistício coreano foi assinado. 

Era para ser uma medida provisória, que estabeleceu uma zona desmilitarizada, ao longo do Paralelo 38. 

Mas um acordo de paz permanente jamais foi assinado, e as tensões ao longo da fronteira perduram desde então.

Em seus anos iniciais, a Coreia do Norte prosperou, apoiada tanto pela China como pela União Soviética.

Mas as tensões ao longo da fronteira cresceram com a rápida industrialização da Coreia do Sul e seu crescimento econômico.

'A Coreia do Sul se tornou realmente rica na década de 1970, enquanto que a Coreia do Norte permaneceu como um típico exemplo de política stalinista. 

O país foi bem por um tempo, mas depois começou a fraquejar'', afirma Robert Kelly.

Fim do bloco soviético
 
Com o fim da década de 1980 e o fim da União Soviética, a perda do auxílio fornecido pelos soviéticos foi um duro golpe contra a Coreia do Norte.


 Além disso, quando a China reconheceu a Coreia do Sul em 1992, a Coreia do Norte se sentiu traída e cada vez mais isolada.

'Sua economia estava em queda livre desde o colapso do bloco soviético'', afirma o escritor e especialista em Coreia do Norte Paul French.

'A economia ia mal, a indústria foi reduzida à metade. 

Os mercados do bloco do Leste sumiram. 

A agricultura norte-coreana ruiu, e o país enfrentou fome em meados da década de 90', diz French.

O programa nuclear do país, que teve início na década de 1960, segundo o ex-embaixador John Everard, se tornou cada vez mais importante.

'À medida que o ambiente internacional se voltou contra a Coreia do Norte, seus líderes começaram a encarar o programa nuclear como garantia de sua existência como um Estado independente''.

O trunfo nuclear
 
O 'Grande Líder' Kim Il-sung, seguido pelo seu filho, o 'Querido Líder' Kim Jong-il e agora seu neto e 'Líder Supremo' Kim Jong-un contaram todos com um importante trunfo - a grande moeda de troca nuclear'', afirma French.


Mas o programa nuclear da Coreia do Norte se tornou a principal fonte de tensão com o Ocidente, e os Estados Unidos e a Coreia do Norte chegaram à beira de um conflito inúmeras vezes.

Um exemplo foi em 1994, durante o governo do presidente americano Bill Clinton, quando Pyongyang seguia violando acordos internacionais sobre inspeções de suas instalações nucleares.

Em 2002, as tensões com a Coreia do Norte ressurgiram quando o governo do país expulsou inspetores nucleares em meio a temores de que o país estava desenvolvendo, em segredo, armas nucleares
.
''A Guerra da Coreia ainda não terminou por completo.

 As velhas inimizades permanecem, ao menos aos olhos de Pyongyang'', afirma Paul French.

'Seul seguiu adiante e se tornou uma próspera democracia. 

O Norte se manteve como que numa redoma desde os anos 1950, se colocando em uma narrativa histórica como vítima e apenas agora com uma capacidade nuclear que exige a atenção de todos.'

Ex-segurança de líder norte-coreano conta como foi preso e obrigado a comer ratos

Lee Young-guk, recrutado aos 17 anos para servir de guarda-costas de Kim Jong-il, morto em 2011, fugiu de campo de trabalhos forçados e hoje denuncia abusos do regime.

Fabíola OrtizDe Genebra para a BBC Brasil
Lee Young-guk foi de guarda-costas de Kim Jong-il a prisioneiro em campo de trabalhos forçados (Foto: Fabiola Ortiz)Lee Young-guk foi de guarda-costas de Kim Jong-il a prisioneiro em campo de trabalhos forçados (Foto: Fabiola Ortiz)
 
Morador de uma pobre vila rural na fronteira entre a Coreia do Norte e a China, Lee Young-guk tinha apenas 17 anos quando viu sua vida mudar drasticamente.

Em 1978, ele foi intimado a integrar o contingente de guarda-costas daquele que viria a se tornar o líder norte-coreano entre 1994 e 2011: Kim Jong-il, filho de Kim Il-sung (comandante do país desde a sua fundação) e pai do atual líder, Kim Jong-un.

“Eles me escolheram, e eu não podia dizer não. 

Aquilo representava uma honra para a minha família”, conta Lee, hoje aos 55 anos, à BBC Brasil durante a Cúpula para os Direitos Humanos e Democracia, realizada pela ONG UN Watch em Genebra, na Suíça, à qual ele falou sobre as atrocidades cometidas pelo regime norte-coreano.

Há 17 anos exilado na Coreia do Sul, Lee vivenciou os extremos da sociedade norte-coreana: de homem de confiança do governo, caiu em desgraça e, condenado por traição, acabou enviado a um campo de trabalhos forçados, onde teve de comer "ratos, cobras" e até "excrementos de animais".

"Só me dei conta como a população da Coreia do Norte vivia quando deixei de ser guarda-costas. 

Vi o sofrimento das pessoas, que elas morriam de fome. 

Precisava ver aquele mundo que eu desconhecia”, lembra.

Recrutamento

O recrutamento dos guarda-costas da família do líder norte-coreano levava cerca de um ano e era extremamente criterioso, diz Lee.

Além de checar a condição física e a saúde dos adolescentes, os agentes do governo vasculhavam o histórico de seus parentes em busca de alguma mancha ou suspeita quanto à lealdade ao regime.

Após ser escolhido, Lee passou por um extenso treinamento físico, psicológico e ideológico.

 Depois, enfrentou mais um ano de preparação específica para ser um guarda-costas oficial.

“Durante as sessões de treinamento, os exercícios físicos eram intensos: natação, artes marciais e manuseio de armas de fogo”, descreve.

Mas o que mais lhe chamou a atenção foi a sessão de treinamento ideológico.

 “Tivemos lições sobre a vida da família e de Kim Jong-il

Ele queria se mostrar ainda mais poderoso que seu pai: era retratado como um deus, uma figura sagrada e intangível. 

Fomos submetidos, realmente, a uma lavagem cerebral.”

Extravagância e luxo

Em 1980, Lee estava enfim pronto para atuar na proteção da família e, especialmente, de Kim Jong-il, então com 39 anos.

Na época, lembra, eram cerca de 500 guarda-costas.

Foram onze anos servindo a família do então futuro líder, nos quais Lee presenciou diariamente as extravagâncias e o luxo de sua vida privada.

Ele conheceu de perto, por exemplo, a paixão do chefe pela caça e seu fetiche por armas, caviar importado e limousines.

O jovem do interior na época pensava que, com tamanha suntuosidade no topo do poder, a vida do norte-coreano comum certamente havia melhorado desde os tempos de sua infância pobre.

“A família possui um quarto do país e usa esse território como área de lazer e para férias. 

Enquanto isso, a população sofre de desnutrição e pobreza.

 Não apenas os cidadãos comuns, mas até mesmo oficiais do alto comando não sabiam a verdade por trás da família, desse abuso de dinheiro.”

Lee deixou de trabalhar como guarda-costas quando seu irmão tornou-se motorista de Kim Jong-il.

Pelas regras do regime, apenas um único membro de cada família podia ser empregado por ele.

Foi quando Lee decidiu voltar à sua terra natal – e se deparou com a miséria, que persistia nos vilarejos do interior.

Nos anos 90, ele ocupava o posto de vice-diretor do departamento militar do comitê da cidade de Musan, na província de Hamgyong do Norte.

 Mas tudo mudou quando o ex-guarda-costas resolveu cruzar a fronteira com a China, em 1994.

Agentes norte-coreanos disfarçados de sul-coreanos o detiveram e ele acabou sentenciado a viver em um campo de trabalhos forçados.

Em evento de ONG em Genebra, Lee falou sobre violações no regime norte-coreano (Foto: UN Watch)Em evento de ONG em Genebra, Lee falou sobre violações no regime norte-coreano (Foto: UN Watch)
Terror na prisão

Foram quatro anos e sete meses de 14 horas diárias de trabalho, fome, frio e falta de higiene em Yodok, um dos mais de dez campos mantidos pelo regime de Pyongyang.

“Tínhamos uma vida de animais, aquilo não era humano”, conta Lee.

 "Sempre que paro para lembrar dessa época, eu choro, fico muito deprimido."

Aqueles considerados inimigos do regime norte-coreano são enviados para esses campos de trabalhos forçados sem nenhum processo judicial.

A duração do encarceramento varia – alguns podem ficar ali por toda a vida.

Lee conta que o trabalho era feito em minas de ouro, carvão e minério, no corte de madeira e na agricultura, algo que, segundo ele, não deve ter mudado.

“Para conseguir sobreviver, comíamos ratos ou cobras. 

Muitas vezes, tivemos que comer os excrementos dos animais, pois eles eram mais bem alimentados que nós”, diz.

Próximo ao acampamento havia um espaço para execuções por enforcamento ou fuzilamento daqueles que tentavam escapar ou eram flagrados roubando alimentos, por exemplo.

“Tínhamos de ver essas cenas a menos de 10 metros de distância”, lembra.

Lee estima que, só em seu setor, havia cerca de 2 mil prisioneiros. 

Muitos morriam por causa de doenças, da desnutrição e do frio, que chegava a -20°C no inverno.

O Comitê para os Direitos Humanos na Coreia do Norte, com sede em Washington, estima que o país mantenha hoje cerca de 120 mil prisioneiros nos campos de trabalhos forçados. 

E que 400 mil já morreram após torturas, de fome, doenças ou execuções.

Fuga

Apesar do controle rígido, Lee conseguiu escapar e desertar para a Coreia do Sul, juntando-se aos cerca de 25 mil norte-coreanos que hoje se exilaram no país vizinho.

Desde então, tornou-se defensor dos direitos humanos e passou a atuar no Centro de Informação NK, organização independente especializada em divulgar análises e denúncias sobre a Coreia do Norte.

Ele diz lamentar profundamente ter sido um dos guarda-costas do ex-líder norte-coreano.

“Nada mudou no país desde o período de Kim Il-sung. O único interesse deles é cuidar do próprio patrimônio.

 Não se preocupam com o bem-estar da sociedade.”
Para Lee, o atual líder Kim Jong-un deve ser julgado no Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia.

Em 2014, o Conselho de Direitos Humanos da ONU criou um painel de investigação sobre a Coreia do Norte e o sistema de repressão no país.

Um relatório da organização divulgado naquele ano mencionava crimes como tortura, escravidão, violência sexual, discriminação social e de gênero, repressão, perseguição política e execuções.

Um ano depois, a organização internacional Human Rights Watch exigiu que Kim Jong-un fosse julgado pelos abusos cometidos por seu regime no TPI.

Mas, apesar das recomendações internacionais, ainda é difícil que se inicie um processo de investigação nesse tribunal.

A questão é que, para isso, seria necessário o apoio do Conselho de Segurança da ONU, algo pouco provável já que a China, que é próxima à Coreia do Norte, tem poder de veto sobre as decisões do colegiado.

“Se Kim Jong-un for levado ao TPI, a população deixará de confiar neste governante e saberá a verdade. 

Só assim será possível melhorar a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte e libertar todos os prisioneiros políticos”, defende Lee.

Presidente do Zimbábue faz banquete de aniversário em meio a crise no país

Robert Mugabe teria gastado US$ 800 mil para celebrar seus 92 anos.
Festa gerou críticas, já que população vive com falta de alimentos no país.

Da France Presse
Presidente do Zimbábue Robert Mugabe faz discurso durante festa para seu 92º aniversário Masvingo, a 300 km da capital Harare (Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP)Presidente do Zimbábue Robert Mugabe faz discurso durante festa para seu 92º aniversário em Masvingo, a 300 km da capital Harare (Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP)
 
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, programou para este sábado um banquete para comemorar seu aniversário, apesar da crise alimentar e da situação econômica.

Segundo os organizadores, 50 mil partidários do Zanu-PF, partido no poder, e os dirigentes do regime comparecerão à festa, que será celebrada em Masvingo, seis dias depois do aniversário do presidente.

De acordo com a imprensa local, o banquete teria custado US$ 800 mil, e ativistas ordenaram a moradores dos arredores de Masvingo que colaborassem com até cinco dólares para financiar parte do festejo.

A iniciativa gerou críticas, no momento em que um quarto da população vive em estado de insegurança alimentar, e que o governo decretou estado de catástrofe natural em várias regiões devido à seca.

"Quando o líder gasta US$ 800 mil em seu aniversário e milhares de pessoas não têm o que comer, perguntamos que tipo de pai da nação nos dirige", comentou Okay Machisa, presidente da Associação dos Direitos Humanos do Zimbábue.

"Não há grande coisa a celebrar para alguém de 92 anos, no poder há 36, que levou nossa economia à quebra, reduzindo nosso país a uma nação de vendedores ambulantes e mendigos", contestou Takavafira Zhou, professor de Ciência Política na universidade de Masvingo.

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A esposa de Robert Mugabe, Grace, corta o bolo durante banquete de aniversário do presidente no Zimbábue; em meio à falta de alimentos no país, banquete teria custado US$ 800 mil (Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP) 
A esposa de Robert Mugabe, Grace, corta o bolo durante banquete de aniversário do presidente no Zimbábue; em meio à falta de alimentos no país, banquete teria custado US$ 800 mil (Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP)
 
Na última terça-feira, a liga das juventudes do principal partido de oposição, o Movimento pela Mudança Democrática (MDC), protestou em Masvingo contra a festa. 

"Nada de aniversário quando as crianças morrem de fome", "Queremos empregos, não uma festa", diziam os cartazes.

Mugabe nasceu em 21 de fevereiro de 1924, e dirige o país com mão de ferro desde a independência, em 1980. 

Nunca nomeou um sucessor, e afirma que pode governar até os 100 anos.


O presidente mantém os discursos longos, recheados de críticas ao Ocidente. 

Alguns de seus comentários recentes alimentaram rumores sobre seu estado de saúde. 

Em setembro de 2015, ele leu, por 25 minutos, um discurso idêntico ao pronunciado um mês antes.

Antes grande produtor de trigo, o Zimbábue é hoje obrigado a importar alimentos. 

O presidente estima que as sanções impostas pelos países ocidentais devido às violações dos direitos humanos contribuíram para a queda da produção agrícola.

Seus críticos sustentam que a agricultura veio abaixo devido à reforma agrária lançada em 2000, em virtude da qual se distribuíram entre os negros as terras de fazendeiros brancos, em muitos casos com o uso da força.

O país empobreceu terrivelmente no ano 2000. 

Centenas de milhares de zimbabuanos emigraram para a África do Sul devido à inflação galopante, e o país eliminou a própria moeda para adotar o dólar americano.

Mulher limpa carpete durante festa de aniversário para o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, que fez 92 anos (Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP)Mulher limpa carpete durante festa de aniversário para o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, que fez 92 anos (Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP)
 

Campus da UFPA de Bragança pode ganhar curso de medicina

MEC emitiu parecer favorável ao pedido de criação do curso.
Abertura do curso ainda depende de recursos e disponibilidade de vagas.

Do G1 PA
Bragança Cidade Município Pará (Foto: Oswaldo Forte/ Amazônia Jornal) 
Bragança, no nordeste do Pará, recebeu parecer favorável ao pedido de criação do curso de medicina pela UFPA, no campus da cidade. (Foto: Oswaldo Forte/ Amazônia Jornal)
 
O Ministério da Educação emitiu uma nota técnica com parecer favorável ao pedido feito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), para implantar o curso de Medicina no Campus do município de Bragança, nordeste do Pará.

No entanto o documento não cria o curso, a abertura dele ainda depende de outras condicionantes, como a liberação de recursos.

A criação efetiva terá que esperar a dotação orçamentária e a disponibilização das vagas de professores e técnicos.

O parecer foi apresentado na última quarta-feira (24), durante uma reunião entre o reitor da UFPA, professor Carlos Maneschy; a coordenação acadêmica do Campus de Bragança; deputados e senadores da bancada do Pará. 

Na ocasião, foi solicitado aos parlamentares o apoio na aprovação de projeto de lei complementar que está no Senado, o qual cria cargos necessários ao funcionamento do curso.

Segundo o coordenador do Campus de Bragança, Sebastião Rodrigues, a permissão do Ministério já é um fato para ser celebrado. 


O que devemos comemorar, neste momento, é a avaliação do Governo Federal, que, conforme indicávamos desde 2014, a Universidade, o município e a rede de atendimento de saúde têm as condições de ofertar um curso público de Medicina para o nordeste do Pará”, afirmou.

Vento de 129 km/h faz avião virar em aeroporto de Porto Alegre; veja fotos

Cessna Caravan ficou de ponta-cabeça no fim de semana no Salgado Filho.
Infraero precisou usar guindaste para desvirar aeronave.

Do G1 RS
22/12/2014 
Aeronave de pequeno porte ficou de ponta cabeça no Aeroporto Salgado Filho (Foto: Arquivo Pessoal)Aeronave de pequeno porte ficou de ponta cabeça no Aeroporto Salgado Filho (Foto: Arquivo Pessoal)
 
O temporal que atingiu todo o Rio Grande do Sul neste final de semana gerou uma cena curiosa no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre

 Fotos feitas por um piloto que pediu para não ser identificado mostram que as rajadas de vento de até 129 km/h registradas no local fizeram um avião Cessna Caravan virar na noite de sábado (20). 

A aeronave, que estava no pátio 3 do terminal, só pôde ser removida na tarde do dia seguinte pelo proprietário, com o apoio de um guindaste. 

O local ficou interditado por cerca de 20h.
Guindaste foi usado para remover avião (Foto: Arquivo Pessoal) 
Guindaste foi usado para remover avião(Foto: Arquivo Pessoal)
 
Segundo a Infraero, o espaço é usado apenas por donos de aviões de menor porte.

Ninguém estava no Cessna Caravan no momento em que ele virou. O pátio 3 só foi liberado por volta de 17h de domingo, segundo a empresa.

A chuva intensa também derrubou galhos de árvores nas imediações do Salgado Filho.

Ao longo desta segunda-feira (22) uma empresa terceirizada realiza uma manutenção para remover os objetos na área. 

Apesar dos transtornos, o aeroporto se mantém aberto para pousos e decolagens desde o final de semana.

Avião virou por volta das 21h de sábado em Porto Alegre (Foto: Arquivo pessoal) 
 
Avião virou por volta das 21h de sábado em Porto Alegre (Foto: Arquivo pessoal)
Temporal mobiliza prefeituras
 
As prefeituras gaúchas intensificaram nesta segunda os trabalhos de atendimento às milhares de famílias que foram atingidas por estragos causados pelo temporal do fim de semana no Rio Grande do Sul.


Na Região Metropolitana de Porto Alegre, uma das cidades mais afetadas foi Esteio, onde um decreto de emergência deve ser emitido para acelerar as atividades de auxílio. 

Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, e Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, registraram os prejuízos mais relevantes no interior do estado.

Homem cobre residência com lona em Esteio, uma das cidades mais afetadas pelo temporal no RS (Foto: Vanessa Felippe/RBS TV) 
Homem cobre residência com lona em Esteio
(Foto: Vanessa Felippe/RBS TV)
 
O prefeito de Esteio, Gilmar Rinaldi, reuniu equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para agilizar o processo de compra de materiais necessários para atender os moradores prejudicados pelo mau tempo. 

Serão comprados mais mil metros de lona para cobrir casas destelhadas. 

A estimativa da Defesa Civil é de que 20 mil pessoas foram afetadas pelo temporal.

O bairro mais prejudicado é Novo Esteio.

Nenhuma família precisou deixar sua residência por ter a casa invadida pela água em Esteio. 

Apenas uma foi desabrigada, mas já voltou para casa. 

Cinco escolas do município tiveram parte dos telhados destruídos: os centros municipais de educação básica Oswaldo Aranha, Luíza Fraga, Dulce de Moraes e Maria Marques, e a Escola Estadual Bairro do Parque.

Em Santa Cruz do Sul, 300 casas foram destelhadas.

Moradores passaram a manhã desta segunda-feira (22) tentando consertar os estragos. 

Milhares de pessoas seguem sem luz na região. 

Um posto de combustíveis foi destruído com a ventania.

 Todo o telhado desabou e as bombas de gasolina também ficaram retorcidas.

O Hospital de Vera Cruz, cidade vizinha, teve de transferir mais de 10 pacientes por conta do temporal.

No entanto, todos retornaram para a instituição no domingo (21).

Já em Santana do Livramento, também há previsão de decreto de emergência por causa dos estragos provocados pela chuva.

 Segundo a Defesa Civil municipal, cerca de 400 casas foram danificadas na cidade.

Árvores e postes caíram e escolas foram danificadas.

 Os bairros mais atingidos foram Simón Bolívar, Vila Progresso, Vila Real, Nova Livramento, Queirolo e Centro. 

As rajadas de vento ultrapassaram os 120 km/h, segundo a Defesa Civil municipal.

A força do vento foi tão intensa que derrubou oito torres de energia eólica do Complexo Eólico Cerro Chato, da Eletrosul.

 Das cerca de 400 residências atingidas, 259 receberam lonas por conta dos destelhamentos causados pelo temporal. 


A Defesa Civil Estadual informou que também já está enviando kits dormitórios para as famílias atingidas. 

Os kits são compostos de colchão, travesseiro e roupa de cama.

Em São Gabriel, na Região Central do estado, mais de 100 casas ficaram destelhadas. 

No município de Restinga Seca, na mesma região, os bombeiros contabilizaram 40 residências atingidas. 

Na Serra, Flores da Cunha foi o município mais atingido pelo temporal.

 Pelo menos 30 casas ficaram destelhadas.

Na Região Metropolitana, houve estragos também em Alvorada, Canoas, Cachoeirinha e Gravataí. Em Porto Alegre, o temporal teve fortes rajadas de vento e chuva intensa.

 Foram registradas quedas de árvores, postes e problemas no trânsito, além de falta de luz.

Postes de luz caíram nas ruas de Esteio e moradores ficaram sem luz no fim de semana (Foto: Vanessa Felippe/RBS TV) 
Postes de luz caíram nas ruas de Esteio e deixaram
moradores sem luz (Foto: Vanessa Felippe/RBS TV)
 
Falta de luz
 
O número de consumidores sem luz no Rio Grande do Sul caiu para 127 mil pouco depois das 10h desta segunda-feira (22). 


Na área de concessão da AES Sul, são 100 mil clientes com a falta do serviço. 

O número chegou a 500 mil neste final de semana, devido aos temporais que atingiram o estado entre a noite de sábado e o domingo (21).

O restabelecimento acontece "de forma gradativa e contínua", segundo a distribuidora.

A RGE, por sua vez, tem 15 mil pontos sem fornecimento de energia elétrica, principalmente nos municípios de Cruz Alta, Santo  ngelo, Nova Prata e Taquara. 

Conforme a companhia, técnicos trabalham para restabelecer o fornecimento assim que possível. 

Já a CEEE informou que está com 12 mil consumidores sem luz, principalmente em Porto Alegre.

Instabilidade se afasta, e chuva dá trégua
 
A segunda-feira (22) ainda será um dia de muita nebulosidade e chuva em algumas regiões do Rio Grande do Sul. 


Porém, a intensidade será menor e não há previsão de temporal como o que atingiu o estado neste fim de semana com estragos em vários municípios gaúchos.

 Pancadas de chuva devem ocorrer na Região Norte, no Litoral Norte e na Serra. 

O sol aparece entre nuvens nas demais áreas, incluindo a Região Metropolitana.

A previsão para esta terça (23) e quarta-feira (24) que antecedem o Natal é de tempo seco, sem chuva e com predomínio do sol.

 Boa notícia para quem vai passar o feriado no Litoral Norte, pois as temperaturas também se elevam e podem chegar a 30°C. 

A instabilidade deve retornar ao estado somente no fim da semana.

Tia de ex-companheira de Morales diz que filho do presidente está vivo

Gabriela Zapata foi presa sob acusação de enriquecimento ilícito.

Evo Morales admitiu relacionamento, mas disse que filho morreu.

27/02/2016 22h26 - Atualizado em 27/02/2016 22h26

France Presse

Da France Presse
Gabriela Zapata, ex-companheira do presidente da Bolívia Evo Morales, é presa acusada de tráfico de influência (Foto: Jorge Bernal/AFP)Gabriela Zapata, ex-companheira do presidente da Bolívia Evo Morales, foi presa acusada de tráfico de influência (Foto: Jorge Bernal/AFP)
O filho que o presidente boliviano Evo Morales teve com a ex-companheira Gabriela Zapata, presa sob a acusação de enriquecimento ilícito, não morreu, e está com oito ou nove anos, afirmou à imprensa uma tia da acusada.

Saiba mais:
"Sei que esse menino não morreu, nasceu, e o tive nos braços", disse Pilar Guzmán, tia de Gabriela Zapata, à rede de TV PAT.

"Dentro de algumas horas, ela irá convocar a imprensa e dizer toda a verdade", afirmou.

No começo do mês, o jornalista Carlos Valverde revelou que, há 10 anos, Gabriela teve um relacionamento com Morales, com quem teve um filho.

Morales reconheceu que Gabriela foi sua companheira e que teve um filho, que veio a falecer, com a mesma. Disse que, em seguida, os dois encerraram o relacionamento, e que desconhecia o paradeiro de Gabriela.

"Não sei por que disseram isso (que morreu), não sei os motivos que os levaram a mentir", disse Pilar, assinalando que não se pronunciou antes porque aguardava a autorização da sobrinha.

Segundo a tia da ex-companheira de Morales, "o menino se chama Ernesto Fidel. É filho do senhor Evo Morales. Está aqui, e tem entre oito e nove anos."

Gabriela Zapata foi acusada formalmente dos crimes de legitimação de ganhos ilícitos, enriquecimento ilícito e tráfico de influência, na qualidade de gerente de uma empresa chinesa que se beneficiou de contratos milionários com o Estado.

Gabriela permanece detida desde ontem, à espera de que um juiz instrua sua prisão formal.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

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