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domingo, abril 12, 2009

Verdadeiros heróis são da Marinha, diz capitão que foi refém de piratas

foto divulgada pela marinha dos EUA mostra o capitão Richard Phillips, à direita, após o resgate desde domingo (12). Na imagem, ele aparece ao lado de Frank Castellano, responsável pelo navio de Guerra USS Bainbridge, que participou da operação de resgate
Águas da Somália, país do Chifre da África,
se converteram em zona-chave para a pirataria mundial

Ele falou por telefone com presidente da empresa onde trabalha. Libertado no domingo, Richard Phillips estava sequestrado desde quarta.

“Eu apenas levei os créditos. Os verdadeiros heróis são da marinha, os oficiais, aqueles que me trouxeram para casa”, disse neste domingo (12) o capitão norte-americano Richard Phillips, 53, que estava em poder de piratas somalis desde quarta-feira (8). Ele deu a declaração após ser libertado, por telefone, ao presidente da empresa Maersk, para a qual trabalha. Após falar com seu funcionário, o executivo John Reinhart passou a informação para os repórteres.

Segundo a CNN, o capitão pulou do bote salva-vidas onde era mantido refém por quatro piratas. Em seguida, marinheiros dos EUA que estavam em uma embarcação próxima atiraram contra o bote, matando três de seus ocupantes. Ainda de acordo com a CNN, o quarto pirata estava no navio de guerra USS Bainbridge, negociando com a Marinha dos EUA, e foi levado sob custódia.
Phillips foi resgatado por forças navais dos EUA às 19h19 (13h19 de Brasília), informou a Quinta Frota da Marinha americana em comunicado. O capitão foi, inicialmente, levado a bordo do navio USS Bainbridge, antes de ser transferido para o navio anfíbio de assalto USS Boxer, "onde contatou sua família, recebeu avaliação médica de rotina e está descansando confortavelmente", acrescentou a nota. A foto abaixo, divulgada neste domingo, mostra o capitão após a operação de resgate.

Ataque
Phillips estava refém dos piratas desde quarta-feira (8) e era mantido a bordo do bote estreitamente vigiado pelo Exército dos Estados Unidos. O navio de transporte de contêineres Maersk Alabama, com 20 tripulantes americanos a bordo, foi atacado por piratas no litoral da Somália, no Oceano Índico. A embarcação de propriedade dinamarquesa, com bandeira americana, foi tomado quando se dirigia ao Quênia levando ajuda humanitária destinada à Somália e a Uganda.

Durante o ataque de quarta, o capitão norte-americano se ofereceu como refém. Na ocasião, Phillips falou para toda a tripulação se trancar em uma cabine e então se rendeu, protegendo a equipe. A tripulação conseguiu dominar alguns dos piratas, mas eles escaparam, levando o capitão. Os sequestradores teriam pedido resgate de US$ 2 milhões por sua libertação.
Agência marítima estima que cerca de 260 sejam reféns de piratas

A embarcação e a tripulação -- com exceção do capitão -- chegaram sábado (11) a seu destino inicial, o porto queniano de Mombassa. Quando foi informada sobre o resgate deste domingo, a tripulação, que ainda está no porto, comemorou e sacudiu uma bandeira dos Estados Unidos em comemoração. Nas últimas horas, três navios de guerra americanos vigiaram de perto o pequeno bote salva-vidas.

Águas da Somália, país do Chifre da África, se converteram em zona-chave para a pirataria mundial.
Segundo a agência de notícias Reuters, esse é o primeiro norte-americano feito refém pelas gangues de piratas somalis, que tem saqueado o movimentado Golfo de Aden e o Oceano Índico, locais de embarques há anos.
Piratas já foram 'funcionários' de reis em ações nos mares

Pai de dois filhos, Phillips cresceu em uma família de oito irmãos e foi motorista de táxi para pagar seus estudos na academia marítima.

Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou a libertação do capitão e afirmou que sua coragem é um "exemplo" para os americanos. "Compartilho a admiração do país pela coragem do capitão Phillips e a preocupação com sua tripulação. A segurança do capitão foi nossa principal preocupação e sei que isso é um alívio bem-vindo para sua família e para a tripulação”, disse.

As afirmações foram divulgadas em uma nota da Casa Branca. Paralelamente, o vice-almirante americano Bill Gortney afirmou em entrevista coletiva que Obama autorizou a Marinha americana a atacar os piratas somalis, caso ele corresse perigo de vida. Ainda segundo Gortney, a Marinha decidiu atuar após determinar que Phillips enfrentava "perigo iminente".
Segundo a nota da Casa Branca, Obama pediu esforços para combater os atos de pirataria. "Para atingir essa meta, devemos continuar trabalhando junto com nossos parceiros para prevenir futuros ataques, estar preparados para impedir atos de pirataria e nos assegurar de que aqueles que cometerem atos de pirataria sejam julgados por esses crimes", afirmou.
Muito ativos em 2008, os piratas somalis voltaram a atacar na semana passada, apesar dos navios de guerra de todo o mundo mobilizados na área. Na última sexta-feira, o Exército da França conduziu uma operação de resgate no veleiro francês Tanit, capturado por piratas no golfo de Aden. Um refém e dois piratas morreram durante a ação. Os quatro reféns libertados devem chegar a Paris neste domingo.

Lula chora no velório do deputado Carlos Wilson em Recife

Presidente Lula

Deputado Carlos Wilson

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no início da tarde deste domingo em Recife (PE) para acompanhar o velório do deputado Carlos Wilson (PT-PE). O presidente chegou por volta das 14h40 no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, para acompanhar a cerimônia.
Lula, segundo políticos que participam do velório, foi discreto e cumprimentou apenas os familiares de Wilson. O presidente estava bastante emocionado e e chorou ao lado do caixão do deputado petista.
O presidente chegou acompanhado dos ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Franklin Martins (Comunicação Social), além do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O enterro está previsto para as 16h, no cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE).
Assim que foi informado da morte de Wilson, o presidente disse que faria questão de comparecer. Lula e Carlos Wilson tinham uma relação pessoal. No primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2006, Carlos Wilson presidiu a Infraero (estatal que administra os aeroportos do país). Também foi secretário Nacional de Irrigação, entre 1992 e 1993.
O deputado morreu ontem, por volta das 22h. Ele estava internado há cerca de um mês em tratamento contra o câncer. De acordo com o hospital Santa Joana, onde Wilson estava internado, o câncer do deputado, que começou nos rins, já estava em estado avançado e havia atingido outros órgãos.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), além de amigos e familiares do deputado também participam do velório.
"Era uma pessoa de muitos amigos, sempre teve a característica de agregação. De muito bom trato e com trânsito político em várias áreas", afirmou o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE), que acompanha o velório em Recife.
Em nota no site do partido, o PT também lamenta a morte do deputado. "O conjunto da direção e da militância do PT manifesta seus sentimentos de solidariedade neste momento de dor aos familiares, parentes, amigos e companheiros do deputado Carlos Wilson", afirma a nota.
Biografia
Advogado, o recifense Wilson, 59, estava há 36 anos na política. Foi presidente da Infraero durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a 2006, e um dos alvos da CPI do Apagão Aéreo do Senado.
Antes de chegar ao PT em 2003, Wilson foi da Arena na década de 70, além de passar por PMDB (1980 a 1992), PSDB (1993 a 1999) e PTB (1999 a 2002).
Entre 1990 e 1991, foi governador de Pernambuco, substituindo Miguel Arraes (1916-2005), que deixou o governo para concorrer a uma vaga no Congresso. Também foi eleito senador por seu Estado uma vez, para a legislatura de 1995 a 2003.
Entre suas proposições na Câmara, é autor da proposta de emenda constitucional que prevê suspensão do mandato para quem responde a processo por ferir o decoro parlamentar.
O deputado era casado com Maria Helena e tinha três filhos.

Encontro de carros antigos agita a Rua Augusta em SP

Maria Eugênia

Evento deste domingo (12) foi promovido por sócios de casas noturnas. Veículos ficaram à exposição em um estacionamento da região.

Promovido por sócios de casas noturnas, o encontro de carros antigos "Viva la Augusta" agitou o domingo (12) na Rua Augusta, região central de São Paulo. Os veículos ficaram estacionados no pátio de um supermercado da região. Na foto, a recepcionista do evento, Maria Eugênia, de 22 anos.

Michael Jackson aluga mansão em Londres por um milhão de libras, diz jornal

Michael Jackson

Com uma temporada de shows em Londres que vai até fevereiro de 2010, o cantor norte-americano Michael Jackson teria alugado uma mansão na cidade por um milhão de libras --o equivalente a mais de R$ 3,2 milhões--, afirma o jornal britânico "Daily Mail".

Temporada de shows de Michael Jackson em Londres vai até fevereiro do ano que vem
A mansão, de três andares, seria o local escolhido pelo popstar para ficar enquanto faz as suas apresentações na capital inglesa. Os shows começam em 8 de julho deste ano e terminam em 24 de fevereiro de 2010.
A possível nova morada de Michael fica em Bromley, região residencial de Londres. Um jornal local afirma que a casa possui cinema, piscina coberta, lago e até uma floresta particular.
A demanda pelas apresentações de Michael em Londres foi tamanha que dezenas de shows extras foram acrescentados, ao mesmo tempo em que centenas de ingressos surgiram em sites de leilão online como o eBay.
No mês passado, um par de ingressos "VIP" para o show de abertura era oferecido no eBay por 16 mil libras (US$ 22 mil), sendo que o valor nominal dos ingressos varia entre 50 e 75 libras.

sábado, abril 11, 2009

PSB diz que crise ameaça Dilma e lança Ciro Gomes

Presidenciável Ciro

Com a tese de que é necessário lançar dois candidatos governistas para forçar um segundo turno na eleição presidencial de 2010, o PSB começou a executar um giro nacional para colocar em evidência o presidenciável do partido, Ciro Gomes.

A articulação já ganhou até um nome, a chamada "Operação Pernambuco". Trata-se de uma referência às eleições de 2006 naquele Estado, quando a oposição lançou dois candidatos, Eduardo Campos (PSB) e Humberto Costa (PT), contra o candidato do governo, Mendonça Filho (DEM), então favorito e apoiado pelo ex-governador do Estado, Jarbas Vasconcellos (PMDB). A oposição conseguiu forçar o segundo turno e Campos acabou vencendo.
"O governo não pode ficar só com a Dilma, é muito arriscado", advertiu o senador Renato Casagrande (ES) na reunião da executiva do PSB, na semana passada, em referência à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Uma economia em queda expõe as mazelas do governo", emendou o senador.
O temor da cúpula socialista é de que as dificuldades econômicas arrastem a candidatura da petista Dilma, abrindo espaço para a vitória em primeiro turno do candidato da oposição. O PSB aposta todas as suas fichas na candidatura do governador paulista José Serra (PSDB), e também não tem dúvidas de que grande parte do debate de campanha se dará em torno da gestão pública, área em que o tucano tem mais experiência.
É com base na pesquisa que os líderes do PSB pretendem conversar com Lula sobre a conveniência de se lançar mais um candidato da base governista. "Vamos mostrar ao presidente nossas razões. Em 2002, nossas assessorias se entenderam muito bem. Vamos tentar convencê-lo", disse Amaral. O partido acredita que pode melhorar o potencial de votos, que em 2006 ultrapassou 21 milhões. "Dos três candidatos (Serra, Dilma e Ciro), ele foi o que teve menos exposição. Ainda assim, aparece bem nas pesquisas", afirmou o presidente do PSB paulista, Márcio França.
O partido quer que Ciro aproveite a vertente economista e mergulhe nos temas sobre o País. "Eu sei onde está o dinheiro", chegou a comentar o ex-ministro, em entrevista recente à Rede TV, ao ser indagado sobre as respostas para a crise.

Planalto tenta aproximar Dilma de movimento social

Presidenciável Dilma

Reportagem de Eduardo Scolese, publicada na edição de hoje da Folha, informa que o Palácio do Planalto tenta amenizar a resistência dos movimentos sociais com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), principal nome petista para a sucessão presidencial de 2010.
De acordo com a reportagem, o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) foi escalado para organizar uma reunião informal e secreta da ministra com líderes desses movimentos, em especial dos sem-terra.
O presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Rolf Hackbart, foi escalado para montar uma agenda 'com a cara da ministra' nos assentamentos de reforma agrária pelo país afora.
De acordo com a reportagem, a preocupação do Planalto vai além do apoio à campanha eleitoral. Atinge também a montagem de uma base de apoio para um eventual governo Dilma.

sexta-feira, abril 10, 2009

Quando o sexo faz mal


Nem sempre o sexo gera prazer, relaxamento e bem-estar. Muitas pessoas têm dor de cabeça antes, durante ou depois das relações sexuais, e há casos em que pode promover um quadro depressivo.
Assim como alguns remédios de eficácia e benefícios comprovados para o corpo ou a mente de quem os toma, o orgasmo e o ato do amor também podem causar alguns "efeitos colaterais" desagradáveis ou incômodos, e, às vezes, prejudiciais. Quase 1% da população costuma ter ao longo do ano, e pelo menos em alguma ocasião, uma dor de cabeça tanto antes, durante ou depois de manter relações sexuais.

A Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe) indica em seu site que, segundo a classificação internacional de cefaléias, a atividade sexual é um dos fatores que podem desencadear dores de cabeça, dentro de um grupo de causas da dor que ainda são pouco compreendidas e, por isso, requerem exames cuidadosos.
A cefaléia associada ao sexo geralmente começa com uma dor nos dois lados da cabeça enquanto a excitação sexual aumenta, e o incômodo fica cada vez mais intenso até o momento do orgasmo, segundo informações do SBCe. A dor pode ocorrer tanto antes quanto apenas depois do clímax sexual.
O paciente desse tipo de cefaléia – assim como de outras cuja dor é intensa – costuma recorrer primeiro a um serviço médico de emergência, mas a SBCe recomenda uma investigação completa e detalhada do quadro de dor, com exames apropriados e consulta com um médico especialista em dores de cabeça.
Este problema pode ser aliviado ou reduzido com algumas mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos regularmente, perdendo peso e deixando o álcool e o fumo. Também existem remédios que ajudam a melhorar a situação, se a pessoa não se beneficiar destas medidas.
A dor da cefaléia sexual benigna costuma durar de um minuto a três horas desde seu início e vai aumentando – paradoxalmente – à medida que aumenta o prazer.
Tristeza do amor
De acordo com uma pesquisa espanhola, 45% das pessoas com dor de cabeça consideram que sua vida sexual é regular ou ruim, mas 13% afirmam que a cefaléia desaparece quando mantêm relações sexuais.
Em algumas pessoas, principalmente jovens, o sexo pode até desencadear uma depressão passageira, porque, durante o clímax, parece haver uma redução de atividade em uma região cerebral relacionada ao medo.
O psiquiatra americano Richard A. Friedman, especialista em depressão e transtorno bipolar, descreveu vários casos deste tipo, que costumam aparecer com certa frequência nas consultas de alguns psiquiatras e psicólogos ou sexólogos.
O especialista menciona os casos de pessoas em torno de 20 ou 30 anos que, após manter relações sexuais, sentem-se deprimidas durante um dia, experimentam um período de entre quatro e seis horas de depressão intensa e irritabilidade após o orgasmo ou que sentem uma depressão intensa durante várias horas após o sexo. Segundo Friedman, não é raro experimentar um pouco de tristeza depois do prazer sexual, embora os pacientes mencionados "sentiam um intenso mal-estar que durava tempo demais".
O psiquiatra encontrou uma possível relação entre a depressão pós-sexo e a química cerebral. Friedman lembra que, em 2005, o doutor Gert Holstege, da Universidade de Groningen (Holanda), utilizou uma técnica de diagnóstico por imagem denominada "tomografia por emissão de posítrones" para verificar o cérebro de homens e mulheres durante o orgasmo. Com isso, descobriu uma diminuição na atividade da amídala cerebral, a parte do cérebro que intervém no processamento dos estímulos que causam medo na pessoa.

De Sanctis: sentença contra Dantas continua sólida

Bandido Daniel Dantas

Juíz De Sanctis

Juiz diz não ter levado em conta fita que PF desqualifica
‘É errado dizer que a minha sentença se baseou naquilo’
‘A filmagem, para mim, não teve nenhuma importância’

Patrícia StavisSempre que se refere a Daniel Dantas, Protógenes Queiroz engancha no nome do desafeto uma qualificação: “Banqueiro bandido”.

Sente-se autorizado a fazê-lo porque o mandacuva do Grupo Opportunity já traz pendurada na biografia uma condenação judicial de primeira instância.

Foi proferida em 1º de dezembro de 2008. Traz a assinatura do titular da 6ª Vara Criminal de São Paulo, o juiz Fausto de Sanctis.

Impôs a Daniel Dantas uma sentença de 10 anos de cadeia, mais R$ 12 milhões de multa. Considerou-o culpado do crime de “corrupção ativa”.

O inquérito que levou ao infortúnio de Dantas é um subproduto da Operação Satiagraha. Envolve a tentativa de suborno de um delegado da PF.

Chama-se Victor Hugo Ferreira. Foi-lhe ofertada a propina de US$ 1 milhão. Em troca, deveria fazer sumir dos autos da Satiagraha os nomes de Dantas e de familiares dele.

As provas da tentativa de suborno foram colhidas numa investigação chamada tecnicamente de “ação controlada”.

Autorizado pelo juiz, o delegado simulou aceitar o assédio de dois prepostos de Daniel Dantas: Hugo Chicaroni e Humberto Braz. Recebeu parte da propina.

Há três dias, a PF concluiu um inquérito que abrira em 24 de julho de 2008, para apurar supostos desvios de conduta atribuídos ao delegado Protógenes Queiroz.

Responsável por essa investigação, o delegado Amaro Vieira pôs em dúvida um pedaço da “ação controlada” que propiciou a condenação de Daniel Dantas.

Conforme noticiado aqui, o delegado Amaro concluiu que foi feita por uma equipe da TV Globo e não pela PF a filmagem da oferta de suborno.

A cena foi captada em 19 de junho de 2008, no restaurante El Tranvia, em São Paulo. No seu relatório, Amaro insinua que a “falha” poderia beneficiar Daniel Dantas.

Anota que a participação de jornalistas, propiciada por Protógenes, resultou “em possível comprometimento negativo da qualidade da prova obtida na diligência”.

O blog ouviu, nesta quinta (9), a opinião do juiz Fausto de Sanctis. Ele foi categórico ao afastar o risco mencionado no relatório final do delegado Amaro:

“Aquela filmagem, para mim, não teve nenhuma importância. Nem foi levada em consideração. Para dizer a verdade, eu cito numa nota de rodapé da sentença...”

“...Minha decisão se baseou num universo de provas muito maior. Essa fita não teve peso nenhum. É totalmente errado dizer que minha sentença se baseou naquilo”.

Em que se fundamentou, então, a sentença? De Sanctis cita os depoimentos, o monitoramento telefônico dos condenados e áudios captados em escutas ambientais.

Menciona também a operação de busca que permitiu à PF recolher no apartamento de Chicaroni, um dos prepostos de Dantas, o dinheiro que bancaria o suborno.

O repórter foi à sentença redigida por De Sanctis. Um calhamaço de 312 folhas. Quem lê verifica que, de fato, o vídeo desqualificado por Amaro tem peso zero.

A decisão do juiz traz todo o histórico do assédio a que foi submetida a equipe que conduziu a primeira fase da Satiagraha.

Abordados, Protógenes e Victor Hugo avisaram a De Sanctis. Que autorizou a deflagração da “ação controlada”.

A voz de Daniel Dantas soou em grampos telefônicos da PF. Conversou com Humberto Braz, um ex-funcionário da Brasil Telecom.

Numa das escutas, captada às 15h43m41s do dia 29 de abril de 2008, Dantas menciona o nome que interessava: “Quem tá responsável é esse Protógenes mesmo”.

Menos de dois meses depois, na tarde de 19 de junho, os delegados Protógenes e Victor Hugo dividiam uma mesa do El Tranvia com Hugo Chicaroni.

Apresentou-se como amigo de Humberto Braz, o elo com Dantas. Demonstrou interesse por informações da Satiagraha. E se dispôs a remunerar os interlocutores.

Protógenes e Victor Hugo acompanharam Chicaroni até o apartamento dele. Subiu. Voltou com uma bolsa preta. Continha 10 pacotes de dinheiro. No total, R$ 50 mil.

Tudo gravado, em áudio. Na noite do mesmo dia, Victor Hugo retornaria ao El Tranvia. Encontrou-se, dessa vez, com Chicaroni e também com Humberto Braz.

Foi nesse segundo encontro –filmado pela equipe da Globo, segundo Amaro Vieira— que a proposta de propina alçou à casa de US$ 1 milhão.

Na sentença, De Sanctis valoriza o áudio, não as imagens. Áudio recolhido por Victor Hugo. Um pedaço por meio de um celular. Outro com um gravador de bolso.

Em 26 de junho, Victor Hugo encontraria Chicaroni noutro restaurante, Paddock. Acertou-se o pagamento de uma primeira parcela do surborno: R$ 80 mil.

O encontro foi, de novo, gravado pelo delegado. Áudio sem interrupções. Num trecho, Chicaroni diz que a preocupação de Dantas se restrigia à primeira instância.

No STJ e no STF, disse ele, Dantas “resolveria tudo com facilidade”. O delegado recebeu a propina na garagem do prédio de Chicaroni. Ao contar a dinheirama, a PF verificou que a cifra era menor: R$ 79.050.

Tudo descrito em relatórios enviados sistematicamente a De Sanctis. Por fim, autorizada pelo juiz, a PF deu uma batida no apartamento de Chicaroni.

Deu-se em 8 de julho de 2008. Recolheu R$ 1,18 milhão. Inquirido na fase em que esteve preso, Chicaroni reconheceu que o dinheiro provinha de Dantas.

Depois, em juízo, tentou se desdizer. Mas De Sanctis desconsiderou, por inverossível, a nova versão.

Salário de R$ 7.483 de secretária do ministro Helio Costa é pago pelo Senado

Ministro Hélio Costa

Publicada na edição de hoje da Folha, informa que o salário da secretária do ministro Helio Costa (Comunicações) de R$ 7.484,43 mensais, é pago pelo Senado. É que ela foi mantida como assistente parlamentar no gabinete de Wellington Salgado (PMDB-MG), suplente de Costa no Senado.
Costa está licenciado no Senado desde 2005, quando assumiu o ministério. Eliana foi nomeada no Senado em 2003, no primeiro mandato do então senador.
A reportagem da Folha localizou Eliana trabalhando no gabinete de Costa. Ela disse que não negaria nada, que trabalha de segunda a sexta-feira das 8h até a saída do ministro, que acompanha há 12 anos.
A secretária informou que o ministro estava em férias e seria avisado do fato no seu retorno. Salgado disse à Folha que Eliana é "a pessoa de maior confiança.

quinta-feira, abril 09, 2009

Americana quebra as unhas mais longas do mundo em acidente

As unhas de Lee Redmond mediam 8,65 m.

Segundo o Guinness, as unhas de Lee Redmond mediam 8,65 m.A norte-americana não cortava as unhas das mãos desde 1979.

A norte-americana Lee Redmond, de Salt Lake City, no estado de Utah (EUA), que aparecia no Guinness (livro dos recordes) como detentora das unhas mais longas do mundo, sofreu um acidente de carro no dia 10 de fevereiro. As unhas de Lee, que não eram cortadas desde 1979, quebraram por causa do acidente. Segundo a edição de 2009 do Guinness, as unhas das mãos esquerda e direita mediam 8,65 metros. Segundo o policial Don Hutson, Lee Redmond foi levada para o hospital. Ela sofreu ferimentos, mas não corre risco de morte, de acordo com a polícia

CRIMINOLOGIA VITIMOLOGIA

1. Vitimologia – ciência que estuda amplamente a relação vítima/criminoso no fenômeno da criminalidade.
2. Origem – estudos de Benjamin Mendelsohn, Romênia, 1947 e de Hans Von Hentig, EUA, 1948, com o livro “The Criminal and his Victim”.
3. Vítima:
§ “Pessoa que sofre danos de ordem física, mental e econômica, bem como a que perde direitos fundamentais, seja em razão da violação de direitos humanos, seja por ato de criminosos comuns (Frederico Abraão de Oliveira).
§ “Pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido danos, incluindo lesões físicas ou mentais, sofrimento emocional, prejuízo financeiro, ou tenham sido substancialmente afetadas em seus direitos fundamentais, por atos ou omissões que representem violações às leis penais, incluídas as leis referentes ao abuso criminoso do poder.” (ONU).
§ Podem ser vítimas não apenas o homem individualmente, mas entidades coletivas como o Estado, Corporações, comunidades e grupos familiares.
§ Criminologia: crime/criminoso. Vitimologia: vítima/criminoso (dupla penal).

4. Tipos de vítima:
a) Vítimas natas: indivíduos que apresentam, desde o nascimento, predisposição para serem vítimas, tudo fazendo, consciente ou inconscientemente, para figurarem como vítimas de crimes.
b) vítimas potenciais: são aquelas que apresentam comportamento, temperamento ou estilo de vida que atraem o criminoso, uma vez que facilitam ou preparam o desfecho do crime.
c) vítimas eventuais ou reais: aquelas que são verdadeiramente vítimas, não tendo em nada contribuído para a ocorrência do crime.
d) vítimas provocadoras: são aquelas que induzem o criminoso à prática do crime, originando ou provocando o fato delituoso.
e) vítimas falsas: simuladora, é aquela que está consciente de que não foi vítima de nenhum delito, mas, agindo por vingança ou interesse pessoal, imputa a alguém a prática de um crime contra si. Vítima imaginária: em decorrência de anomalia psíquica ou mental, acredita-se vítima da ação criminosa.
f) vítimas voluntárias: são aquelas que consentem com o crime.g) vítimas acidentais: são as vítimas de si mesmas, que dão causa ao fato geralmente por negligência ou imprudência.

Trancoso guarda requinte descolado à beira-mar - Bahia

Práia deserta

Práia do Espelho


Vilarejo de águas claras no sul da Bahia transita entre o chique e o hippie Christian Brandão
A vila de Trancoso fica colada à agitada Porto Seguro. A boa notícia é que diferente da sede do município a badalação é completamente diferente. Ao invés de levas de estudantes com hormônios à flor da pele, um clima que cambaleia entre o chique e o hippie toma conta dessa encantadora faixa de areia do sul da Bahia. Trancoso tem praias praticamente desertas para quem quer sossego. O local surgiu em 1586. Chegando, vá até o mirante próximo à igreja. De lá você já pode suspirar - e se apaixonar - pelas praias emolduradas de falésias, os barzinhos com toalhas de chita e a tranqüilidade que paira no ar. São quilômetros de águas transparentes que seguem do rio da Barra à praia dos Coqueiros. As próximas ao vilarejo, como a de Coqueiros, tem grande movimento. Bastam pequenas caminhadas que a natureza reina e o homem é mero observador. Itaporoca, Taipe, Itaquena e a famosa e belíssima praia do Espelho estão entre as opções para quem quer sossego. O Quadrado, com um amplo gramado e árvores centenárias, é o ponto central de Trancoso. O formato é tradicional do povoamento jesuíta. Com a movimentação de turistas nas últimas décadas, as casinhas coloridas deram lugar a lojas, pequenas hospedagens e simpáticos restaurantes. O comercio é variado. Reúne desde o artesanato local a grifes badaladas. A areia também serve de vitrine: é nas praias que os nativos e os índios pataxós exibem seus coloridos artefatos. A praia do Espelho ganhou fama nacional como uma das belas do país
O problema é voltar. Fica sempre a vontade de saborear outras delícias só feita por ali e viver mais um dia imerso na calma baiana - tanto que não é difícil encontrar um estrangeiro que se rendeu ao sul da Bahia e veio de mala e cuia para Trancoso.

Ana Paula Padrão não vai renovar com o SBT.

Ana Paula Padrão

A emissora e a apresentadora bem que tentaram chegar a um acordo, que não vingou. O motivo? Silvio Santos fazia questão de ter Ana Paula na bancada, à frente de algum programa ou jornal. Ela, no entanto, queria ficar mais livre, entre reportagens e viagens.
* A jornalista agora deve cuidar de sua agência de conteúdo, a Touareg. Mas, claro, já estaria também estudando outras propostas

Fórum Inove reúne parceiros da Vale no Rio

Lançado pela empresa em dezembro, programa tem como das metas injetar R$ 120 milhões nas economias de locais onde a Vale atua
Após várias rodadas de discussão nos estados onde a Vale tem suas principais operações, aconteceu no Rio de Janeiro o primeiro fórum do programa Inove, voltado para a capacitação e a qualificação das pequenas e médias empresas das regiões em que a empresa atua. Uma das metas do programa é injetar R$ 120 milhões nas economias locais, através de convênios com bancos para o financiamento aos fornecedores.
O evento, que aconteceu nos dia 7 e 8 de abril, reuniu 60 pessoas que discutiram iniciativas para fortalecer o relacionamento da empresa com seus fornecedores. Estiveram presentes empresários, representantes de entidades de classe, órgãos do governo, instituições financeiras e educacionais de Pará, Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo.
O coordenador técnico da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Evandro Diniz, destacou que o Inove também propiciará o fortalecimento do PDF nos estados. "Investir no relacionamento com os fornecedores locais não é fator de competitividade apenas para a empresa lá instalada. É também uma iniciativa estratégica de responsabilidade social, e fortíssima. É assim que se gera empregos e renda localmente. E digo que o Inove é importante inclusive para a própria Vale, porque vai despertar seus empregados para a importância de solidificar a parceria com as empresas da cadeia", afirmou Diniz.

O representante da Fiepa citou como exemplo da importância do investimento nos parceiros locais uma empresa paraense, a Oyamota, que após anos de serviços prestados na região à Vale, chegou a um nível de especialização que passou a exportar seus serviços para o Sudeste.
José Vieira, representante do Instituo Euvaldo Lodi do Espírito Santo, lembrou que o grande desafio do fórum e do Inove é "conseguir fazer com que todos enxerguem além do que é feito hoje, busquem outras formas de desenvolvimento da cadeia, e que sejam propostas e implementadas ações para buscar melhorias. O Inove é bom para a Vale e é bom para os fornecedores".
Para Vieira, "haverá um democratização das ações de desenvolvimento e essas ações serão realizadas segundo a realidade de cada região do País, pois o Brasil é muito grande e as realidades, muito distintas. É fundamental entender que os esforços devem vir dos dois lados: Vale e federações. Assim, as ações serão mais abrangentes e os resultados devem perdurar", concluiu.
Painéis e discussões em grupo
No primeiro dia do evento, os participantes discutiram a conjuntura econômica internacional, competitividade da indústria e tecnologia e inovação. Foram selecionados quatro temas de interesse comum (meio ambiente e saúde e segurança, tecnologia, custos e desenvolvimentos) e formados grupos de trabalho para a construção do mapa de oportunidades para o desenvolvimento de fornecedores. O objetivo, de lançar as bases de um plano de trabalho para 2009 e 2010 foi plenamente cumprido.
Ao final do evento, os grupos apresentaram propostas de ações, que vão desde a abertura de financiamentos para outros estados em que a Vale atua, passando por encontros de negócios entre fornecedores da empresa para a troca de experiências, até a geração de novos negócios por meio de alianças comerciais entre as diferentes empresas que atuam na cadeia de fornecedores da Vale.

"O que queremos é gerar negócios. O Fórum mostrou que precisamos auxiliar nossos parceiros na gestão de suas empresas, uma demanda particularmente importante para micros, pequenos e médios empresários. O pacote educação também deve ser solidificado. Nas pesquisas que realizamos com os fornecedores, em todos os estados em que atuamos, 93% reportaram que capacitação de mão-de-obra é o item mais importante, mais até do que o financiamento", disse Daniel Saldanha, gerente geral de Suprimentos da Vale.
Para Saldanha, o objetivo do Fórum, de ouvir e conhecer ainda mais o fornecedor Vale, foi plenamente cumprido. "Falamos de crise, do mercado que encolheu, e de como a Vale pode ajudar a fomentar esse mercado, como reduzir custos na cadeia. Um exemplo das ações que surgiram durante os debates foi a sugestão de criação de um clube de compras em Itabira, reunindo os diferentes fornecedores Vale, para que eles reduzam seus custos com economia de escala", completou o gerente da Vale.
Programa quer aumentar competitividade
Lançado em dezembro de 2008, o Inove é um programa de desenvolvimento do fornecedor que tem como objetivo fortalecer o relacionamento com nossos pequenos e médios parceiros regionais, por meio de capacitação, disponibilização de linhas de crédito e incentivo, tornando-os mais competitivos para atender aos níveis de exigência do mercado.
O Inove é uma grande oportunidade para a Vale e para nossos fornecedores. Com ele buscamos:
Contribuir com o desenvolvimento sustentável nas áreas em que atuamos com nossos projetos e operações
Atuar em conjunto com os Programas de Desenvolvimento de Fornecedores (PDFs) no aprimoramento de competências de gestores, trabalhadores e empresas, a fim de torná-los mais preparados para atender as demanda do mercado
Qualificar e fortalecer a base de fornecedores da Vale e garantir a provisão de materiais e serviços para toda a cadeia produtiva

Estimular a promoção de negócios entre os integrantes da cadeia produtiva, promovendo o crescimento das empresas locais, geração de renda e emprego
Foco na realização de Negócios
O Inove, por meio da integração com entidades de classe, órgãos do governo, instituições de ensino, instituições financeiras e grandes empresas, tem como desafio o estímulo à realização e incremento de negócios junto às empresas locais.
Realizar eventos para disponibilizar, com antecedência, as informações de Projetos de Investimentos e Operações nos estados onde atua com objetivo de identificar oportunidades de negócio
Estimular a formação de consórcios e alianças entre grandes fornecedores e empresas locais para participação das concorrências
Incentivar os grandes fornecedores a abrirem filiais nas regiões de atuação da Vale
Analisar junto com empresas locais, entidades de classe e órgãos do governo incentivos fiscais.
Belém, 09 de abril de 2009.

Será que Maluf existe?

Arnaldo Jabor

Paulo Maluf

O assessor de Maluf declarou que ele não tem e nem nunca teve conta no exterior. Maluf poderia dizer também: a conta do Deutsh Bank na Alemanha também não existe.
Aliás não existe Alemanha também. E as Ilhas Jersey são uma invenção da imprensa inimiga. E poderia dizer também: não existe minhocão. O Pão de Açúcar não é de pedra, a capital do Brasil é Buenos Aires.
E tem mais: meus filhos que assinam as contas no exterior, não são meus filhos. São filhos de um outro Maluf que tem uma loja de Kibe em Berlim. O Maluf ele tem importância jurídica, porque ele acabou com a idéia de provas. Nada prova nada. A sua negação é tão absurda que a gente acaba ficando na dúvida.
Isso me lembra a piada do cara que estava na cama com outra mulher. A esposa chega e vê. O cara nu, no ato, sem desculpa. E ela grita: sem vergonha. O cara se levanta e diz: mas minha senhora, eu não sou eu e foge. Sabe que a mulher fica na dúvida? Pois é. Maluf não é Maluf. E nós não existimos, somos uma mentira. (Arnaldo Jabor)

Pânico em Copacabana




Favela do Morro dos Cabritos, em Copacabana,
é flagraada durante operação militar.

Dessa vez a revista semanal brasileira "Veja" não poupou seus leitores, com sua manchete de impacto: "Faroeste na zona sul". No entanto, a frase não foi exagerada. Os bairros ricos, da zona sul do Rio de Janeiro, acabam de viver três dias de uma tensão inédita, com algumas horas de pânico.
Favela do Morro dos Cabritos, em Copacabana, é flagrada durante operação militar
A guerrilha urbana entre policiais e traficantes de droga, normalmente restrita às ruelas íngremes das favelas, se propagou bruscamente para as avenidas de Copacabana, a dois passos da praia mais famosa do mundo.


Rajadas de metralhadora, explosões de granada, movimento intenso de helicóptero. Os pedestres, apavorados, à procura de abrigo. A polícia bloqueia as ruas, fecha um túnel, paralisa a circulação. O Rio do "asfalto", como se diz aqui, moderno e opulento, recua, vítima de um espasmo de violência semelhante àqueles que sacodem periodicamente um ou outro dos morros pobres e superpovoados dos arredores.

Tudo começou na véspera, no dia 21 de março. Um bando de traficantes, reis do tráfico na Rocinha, a maior favela do Rio, tentam "conquistar" à mão armada os pontos de venda de drogas da Ladeira dos Tabajaras, uma pequena favela que paira sobre Copacabana.

Eles se aproveitam da ausência do chefe local, atrás das grades por um bom tempo. Fracassam, e a segunda tentativa também não dá certo. No terceiro dia, o confronto entre os bandos rivais se espalha para os bairros chiques, onde voam balas perdidas. As lojas, as escolas e as creches fecham rapidamente suas portas. A polícia intervém. E é a partir daí que acontecem os tiroteios e as cenas de faroeste, mencionadas acima.

A Rocinha está na mira. Na madrugada do dia seguinte, 300 policiais conduzidos por atiradores de elite encapuzados e com o apoio de blindados invadem a favela. A operação durou nove horas, um pouco atrasada pelo óleo que os bandidos, cientes do ataque, jogaram no chão.

A polícia apreendeu uma tonelada de maconha, transportada em uma rede dependurada em um helicóptero, e desmantelou dois laboratórios de refinamento de cocaína, que produziam 200 kg por semana. A droga, vinda da Bolívia e da Colômbia, passando por São Paulo, era misturada com um pó de cimento branco.

Cerca de quinze fuzis, um deles com a coronha folheada a ouro - última moda entre os traficantes -, um grande estoque de munição e uma máquina de clonar cartões de crédito completaram as apreensões. No total, dez supostos traficantes teriam sido mortos em uma semana nas duas favelas. Entre eles, um dos chefes locais, apelidado de "o Mexicano".

Essas peripécias turbulentas têm o mérito de voltar a suscitar diversos debates recorrentes sobre a urbanização selvagem, a falta de segurança, e o combate contra os traficantes, que até agora foi perdido.

No sul do Rio, a rede urbana mistura de perto as favelas e os bairros ricos, chamados "nobres" aqui. Para conter a expansão horizontal e vertical das cerca de mil favelas, o Estado do Rio decidiu começar a cercar onze delas com muros. Não é por acaso que elas se encontram todas na "zona sul", aquela que deve ser "protegida" com prioridade dos delitos da "favelização" caótica.

As principais vítimas do narcotráfico são a imensa maioria dos habitantes das favelas - 98,5% segundo a polícia - que não têm nada a ver com a economia da droga. Para melhorar suas vidas cotidianas, é pré-requisito prender os delinquentes, reafirmando a autoridade do poder público.

Por ordem do governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), centenas de policiais se instalaram permanentemente em três favelas, sendo uma delas a Cidade de Deus, que se tornou conhecida pelo livro de Paulo Lins (1997) e pelo filme de Fernando Meirelles (2002). Mas será que o Rio tem os meios de multiplicar esse tipo de operação?

O contágio da "zona sul" pela violência ligada ao narcotráfico se deve a uma razão essencial: é aqui, nos bairros onde reside a classe média, que se encontra o grosso da demanda pela droga. Ao longo dos anos, os traficantes se aproximaram de seu mercado, por comodidade.

Obviamente os consumidores de maconha e de cocaína têm sua parcela de responsabilidade no crescimento de um comércio do qual eles são os destinatários. Um filme de Mauro Lima, lançado há um ano, também adaptado de um livro, "Meu nome não é Johnny", denunciou a culpa social da juventude descolada do Rio nesse assunto.

O flagelo da droga também atinge os mais pobres, e entre eles, os mais jovens, mais vulneráveis ao tráfico, especialmente de crack, cujo consumo disparou. Em 2008, as pedras de crack representaram 40% das apreensões efetuadas pela polícia no Estado do Rio.

Domingo passado, no centro da cidade, um drogado em abstinência de crack assassinou Karla Leal dos Reis, uma estudante de administração de 25 anos que saía de um culto evangélico. Ele atirou em sua nuca, sob o olhar horrorizado de seus pais, quando ela implorava a seu agressor para lhe deixar a Bíblia e o crachá da empresa. O assassino, um reincidente, fugiu com a bolsa da jovem e foi detido dois dias mais tarde. A bolsa continha o equivalente a sete euros

Ator Malvino Salvador é assaltado na Zona Sul


Ator é assaltado na Zona Sul (Foto: Bob Paulino/TV Globo)


Criminosos levaram carro, carteira e celular dele.

Ele estava com o carro parado quando foi abordado por suspeitos.

O ator Malvino Salvador foi assaltado na Zona Sul do Rio. De acordo com o depoimento dele na 9ª DP (Catete), dois homens armados o abordaram na Rua Almirante Tamandaré, no Flamengo, na noite de quarta-feira (8). Malvino contou que o crime ocorreu por volta das 23h. Ele estava com o carro parado na rua esperando por uma amiga quando dois homens anunciaram o assalto. O ator entregou seu carro, sua carteira e outros pertences. De acordo com a delegada Daniela Rebelo, o ator não conseguiu fazer o retrato falado dos assaltantes. “Ele disse que foi tudo muito rápido e, como estava nervoso, não conseguiu lembrar de mais características dos criminosos” informou a delegada.

A assessoria de imprensa de Malvino Salvador informou que, apesar do susto, ele está bem e continua estudando os textos do seu próximo trabalho na TV Globo. Malvino interpretará Gabriel, um dos protagonistas da novela "Caras e Bocas".

Entidades buscam alternativas para diminuir índice de violência

Foto Bariloche Silva

Representantes de entidades e órgãos públicos

Representantes da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (Acip), polícias Civil e Militar, Prefeitura e Câmara Municipal vêm se reunindo em busca de diminuir o índice de violência que vem ocorrendo ultimamente em Parauapebas.

Na reunião ocorrida no início desta semana, o encontro contou com a presença de Caliu Almeida, representante do Instituto Brasileiro de Combate ao Crime, órgão responsável pela possível implantação de um novo e moderno disque denúncia em Parauapebas, por meio do Movimento Parauapebense de Combate ao Crime.

De acordo com Caliu Almeida, a ideia* é se criar uma malha de defesa invisível em Parauapebas e outras cidades da região de Carajás, com sistema de disque denúncia inteligente e tecnologia para receber as denúncias da comunidade, através de ligações incógnitas e protegidas pelo anonimato.

“Iremos usar um programa computadorizado desenvolvido há mais de quatro anos e que já trouxe muitos resultados em várias partes do Brasil, além de projeto de bancos de dados estruturado em que qualquer relatório é aproveitado para a construção de dossiês”, explica Caliu Almeida.

Para o delegado de Polícia Civil André Albuquerque, a ação planejada pelas autoridades “é uma ferramenta que vai ser muito benéfica para o sistema de segurança pública que envolve não apenas os órgãos públicos, mas também toda a sociedade que vai nos alimentar de informações anônimas, importantes para a redução de crimes a curto e longo prazos”.

José Rinaldo Alves de Carvalho, presidente da Acip, afirma que essa é mais uma iniciativa da entidade visando proporcionar, principalmente aos comerciantes e munícipes da cidade, uma vida mais tranquila* e com o índice de criminalidade cada vez menor.

“Estamos cientes dos problemas enfrentados por nós no dia-a-dia de Parauapebas. Esta nossa iniciativa em parceria com as autoridades vai proporcionar aos munícipes mais segurança e paz nas ruas”, enfoca Zé Rinaldo. (Fonte: Bariloche Silva)

Acusado de ser mandante no caso Dorothy Stang se entrega à polícia


Fazendeiro Vitalmiro sendo preso.

Missionária Dorothy Stang

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, se entregou à polícia na madrugada de hoje.

A missionária norte-americana trabalhava no Brasil desde 1966, com lideranças rurais, políticas e religiosas em busca de soluções para os conflitos relacionados à posse e exploração de terras na região Amazônica
Segundo a Polícia Civil, familiares de Moura ligaram ontem à noite para negociar a rendição. Os agentes foram buscá-lo, por volta da 1 hora, na fazenda Santa Cecília, no município de Pacajá, na região de Altamira.Moura foi levado para a Superintendência da Polícia Civil em Altamira. Lá, ele aguardará a Justiça decidir qual será seu destino. Ele pode ser transferido para a Presídio de Altamira ou para o de segurança máxima, no Centro de Recuperação de Americanópolis, na cidade de Santa Isabel do Pará, na região metropolitana de Belém.
O pistoleiro Rayfran das Neves Sales, acusado de matar a freira norte-americana com seis tiros em fevereiro de 2005, também será julgado novamente.

'Equilibrista' narra feito de francês nas Torres Gêmeas


Cena do documentário ''O equilibrista'', vencedor do Oscar
Documentário de James Marsh venceu o Oscar 2009.

Filme narra aventura sobre um fio de aço no World Trade Center.
Vencedor do Oscar de documentário de 2009, a co-produção anglo-americana "O equilibrista", de James Marsh, reconstitui com grande riqueza de detalhes e em clima de suspense a incrível aventura do francês Philippe Petit, que há 35 anos andou sobre um fio de aço estendido entre as Torres Gêmeas, no World Trade Center, em Nova York.

A caminhada de 45 minutos, no dia 7 de agosto de 1974, aconteceu no mesmo local que acabou sendo palco dos atentados de 11 de setembro de 2001. O filme estreia apenas em São Paulo. A centenas de metros do chão, sem rede de proteção, Petit desafiou bem mais do que a lei da gravidade e a própria sorte. A preparação de sua aventura, aliás, foi totalmente clandestina, até porque era ilegal -- nenhuma autoridade do mundo a autorizaria, por óbvias razões de segurança. Assim sendo, a façanha nas Torres Gêmeas, de longe a mais ousada da vida do equilibrista, exigiu uma logística digna de uma operação militar, com um toque de empreitada criminosa. Foi necessário que ele e seus amigos driblassem a segurança do megaprédio, ainda em construção nos anos 70, introduzindo ali dezenas de metros de cabos de aço e ferramentas que permitiriam a caminhada aérea de Petit. O filme reconstitui os preparativos da ação, contando com depoimentos do próprio Petit e seus amigos, como Jean-Louis Blondeau e Jean-François Heckel e a namorada Annie Alix. Além disso, recorre-se a imagens filmadas em Super 8 e fotografias realizadas pela irrequieta trupe à época, muitas delas feitas quando Petit e um dos colegas conseguiram fazer-se passar por repórteres, o que lhes permitiu uma das muitas visitas prévias ao topo dos prédios, essenciais para o cálculo da estratégia da colocação dos cabos. É especialmente bem-feita a reencenação, utilizando atores e tendo como áudio a narrativa de Petit e amigos -- inclusive alguns norte-americanos --, que permite visualizar como eles introduziram furtivamente seus equipamentos nas torres. Muitas vezes, eram forçados a esconderem-se debaixo de lonas e ali permaneceram imóveis por horas, para evitar serem capturados pelos seguranças do local. A reconstituição é tão boa que, mesmo sabendo-se evidentemente que toda a operação foi um sucesso, sente-se muito palpavelmente o risco envolvido em tudo aquilo. Graças a isso, os espectadores podem sentir quase o mesmo frio na barriga que os aventureiros sentiram em todas as etapas do processo, que correu o risco de falhar até o último momento, por problemas técnicos e até atmosféricos, como o forte vento nas alturas. A grande façanha de "O equilibrista" é não se esgotar na descrição desta grande aventura e suas consequências -- logo depois, Petit e amigos foram presos, sendo um deles deportado. O filme vai além, retratando a personalidade que mantém essa estranha paixão de quase voar tão longe do chão, que é a própria razão de viver de Philippe Petit, hoje com 60 anos, e captando, também, o clima libertário e contestador de sua época.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...