Águas da Somália, país do Chifre da África,
se converteram em zona-chave para a pirataria mundial
Ele falou por telefone com presidente da empresa onde trabalha. Libertado no domingo, Richard Phillips estava sequestrado desde quarta.
“Eu apenas levei os créditos. Os verdadeiros heróis são da marinha, os oficiais, aqueles que me trouxeram para casa”, disse neste domingo (12) o capitão norte-americano Richard Phillips, 53, que estava em poder de piratas somalis desde quarta-feira (8). Ele deu a declaração após ser libertado, por telefone, ao presidente da empresa Maersk, para a qual trabalha. Após falar com seu funcionário, o executivo John Reinhart passou a informação para os repórteres.
Segundo a CNN, o capitão pulou do bote salva-vidas onde era mantido refém por quatro piratas. Em seguida, marinheiros dos EUA que estavam em uma embarcação próxima atiraram contra o bote, matando três de seus ocupantes. Ainda de acordo com a CNN, o quarto pirata estava no navio de guerra USS Bainbridge, negociando com a Marinha dos EUA, e foi levado sob custódia.
Phillips foi resgatado por forças navais dos EUA às 19h19 (13h19 de Brasília), informou a Quinta Frota da Marinha americana em comunicado. O capitão foi, inicialmente, levado a bordo do navio USS Bainbridge, antes de ser transferido para o navio anfíbio de assalto USS Boxer, "onde contatou sua família, recebeu avaliação médica de rotina e está descansando confortavelmente", acrescentou a nota. A foto abaixo, divulgada neste domingo, mostra o capitão após a operação de resgate.
Ataque
Phillips estava refém dos piratas desde quarta-feira (8) e era mantido a bordo do bote estreitamente vigiado pelo Exército dos Estados Unidos. O navio de transporte de contêineres Maersk Alabama, com 20 tripulantes americanos a bordo, foi atacado por piratas no litoral da Somália, no Oceano Índico. A embarcação de propriedade dinamarquesa, com bandeira americana, foi tomado quando se dirigia ao Quênia levando ajuda humanitária destinada à Somália e a Uganda.
Durante o ataque de quarta, o capitão norte-americano se ofereceu como refém. Na ocasião, Phillips falou para toda a tripulação se trancar em uma cabine e então se rendeu, protegendo a equipe. A tripulação conseguiu dominar alguns dos piratas, mas eles escaparam, levando o capitão. Os sequestradores teriam pedido resgate de US$ 2 milhões por sua libertação.
Agência marítima estima que cerca de 260 sejam reféns de piratas
A embarcação e a tripulação -- com exceção do capitão -- chegaram sábado (11) a seu destino inicial, o porto queniano de Mombassa. Quando foi informada sobre o resgate deste domingo, a tripulação, que ainda está no porto, comemorou e sacudiu uma bandeira dos Estados Unidos em comemoração. Nas últimas horas, três navios de guerra americanos vigiaram de perto o pequeno bote salva-vidas.
Águas da Somália, país do Chifre da África, se converteram em zona-chave para a pirataria mundial.
Segundo a agência de notícias Reuters, esse é o primeiro norte-americano feito refém pelas gangues de piratas somalis, que tem saqueado o movimentado Golfo de Aden e o Oceano Índico, locais de embarques há anos.
Piratas já foram 'funcionários' de reis em ações nos mares
Pai de dois filhos, Phillips cresceu em uma família de oito irmãos e foi motorista de táxi para pagar seus estudos na academia marítima.
Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou a libertação do capitão e afirmou que sua coragem é um "exemplo" para os americanos. "Compartilho a admiração do país pela coragem do capitão Phillips e a preocupação com sua tripulação. A segurança do capitão foi nossa principal preocupação e sei que isso é um alívio bem-vindo para sua família e para a tripulação”, disse.
As afirmações foram divulgadas em uma nota da Casa Branca. Paralelamente, o vice-almirante americano Bill Gortney afirmou em entrevista coletiva que Obama autorizou a Marinha americana a atacar os piratas somalis, caso ele corresse perigo de vida. Ainda segundo Gortney, a Marinha decidiu atuar após determinar que Phillips enfrentava "perigo iminente".
Segundo a nota da Casa Branca, Obama pediu esforços para combater os atos de pirataria. "Para atingir essa meta, devemos continuar trabalhando junto com nossos parceiros para prevenir futuros ataques, estar preparados para impedir atos de pirataria e nos assegurar de que aqueles que cometerem atos de pirataria sejam julgados por esses crimes", afirmou.
Muito ativos em 2008, os piratas somalis voltaram a atacar na semana passada, apesar dos navios de guerra de todo o mundo mobilizados na área. Na última sexta-feira, o Exército da França conduziu uma operação de resgate no veleiro francês Tanit, capturado por piratas no golfo de Aden. Um refém e dois piratas morreram durante a ação. Os quatro reféns libertados devem chegar a Paris neste domingo.
Pai de dois filhos, Phillips cresceu em uma família de oito irmãos e foi motorista de táxi para pagar seus estudos na academia marítima.
Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou a libertação do capitão e afirmou que sua coragem é um "exemplo" para os americanos. "Compartilho a admiração do país pela coragem do capitão Phillips e a preocupação com sua tripulação. A segurança do capitão foi nossa principal preocupação e sei que isso é um alívio bem-vindo para sua família e para a tripulação”, disse.
As afirmações foram divulgadas em uma nota da Casa Branca. Paralelamente, o vice-almirante americano Bill Gortney afirmou em entrevista coletiva que Obama autorizou a Marinha americana a atacar os piratas somalis, caso ele corresse perigo de vida. Ainda segundo Gortney, a Marinha decidiu atuar após determinar que Phillips enfrentava "perigo iminente".
Segundo a nota da Casa Branca, Obama pediu esforços para combater os atos de pirataria. "Para atingir essa meta, devemos continuar trabalhando junto com nossos parceiros para prevenir futuros ataques, estar preparados para impedir atos de pirataria e nos assegurar de que aqueles que cometerem atos de pirataria sejam julgados por esses crimes", afirmou.
Muito ativos em 2008, os piratas somalis voltaram a atacar na semana passada, apesar dos navios de guerra de todo o mundo mobilizados na área. Na última sexta-feira, o Exército da França conduziu uma operação de resgate no veleiro francês Tanit, capturado por piratas no golfo de Aden. Um refém e dois piratas morreram durante a ação. Os quatro reféns libertados devem chegar a Paris neste domingo.
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