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domingo, abril 21, 2019

Inglês que colocou 1 t de cocaína em barco apreendido na África diz que brasileiros presos com embarcação não sabiam da droga


Homem prestou depoimento à Polícia Federal em Salvador e alegou que brasileiros são inocentes.

Brasileiros não colocaram cocaína em embarcação, diz inglês suspeito do crime
Po José Raimundo, TV Bahia


Brasileiros não colocaram cocaína em embarcação, diz inglês suspeito do crime.

O inglês Robert James Delbos, suspeito de ser um dos responsáveis por colocar 1 tonelada de cocaína no barco apreendido com velejadores brasileiros em Cabo Verde, na África, em agosto de 2017, disse à polícia que os brasileiros, que ficaram presos no país por 18 meses por tráfico internacional, não sabiam que a droga estava na embarcação e que são inocentes. 

Delbos ficou cinco dias custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Salvador, onde prestou depoimento. 


Depois, foi transferido para o presídio da Mata Escura, também na capital baiana.
Velejadores brasileiros ficaram 18 meses presos em Cabo Verde. — Foto: Reprodução/TV Bahia Velejadores brasileiros ficaram 18 meses presos em Cabo Verde. — Foto: Reprodução/TV Bahia.

À PF, Delbos disse que há muitos anos conhece o também inglês George Eduard Soul, também conhecido como George Fox, que seria o dono do veleiro e responsável pela carga de cocaína. 


Ele afirmou que foi contratado por Fox para fazer uma reforma na embarcação e que não sabia que a obra seria para esconder a droga. 

No depoimento, Delbos disse que os baianos Rodrigo Dantas e Daniel Dantas e o gaúcho Daniel Guerra "não tinham conhecimento de que estavam transportando entorpecente, e que tais pessoas são inocentes". 


Ele relatou também que George Soul "queria se matar por ter colocado quatro pessoas inocentes dentro do barco com a droga". 

Ele ainda relatou que não foi a primeira vez que se envolveu com o tráfico internacional de drogas. 


"Ele também teria sido preso, conforme ele próprio declarou, pelo transporte de 1,5 tonelada de haxixe, na década de 80, na Inglaterra", afirmou o delegado Daniel Justo Madruga, superintendente regional da PF na Bahia. 

O inquérito da PF foi concluído e o principal suspeito, George Soul, segue foragido. 


"Existe um mandado de prisão preventiva em aberto e esse mandado foi difundido via Interpol e ele pode vir a ser preso a qualquer momento", afirmou Madruga. 

As investigações da Polícia Federal apontam que Delbos chegou ao Brasil como tripulante do veleiro Rich Harvest e que foi responsável pelo pagamento das reformas executadas na mesma embarcação para que fosse escondia uma tonelada de cocaína no veleiro.
Inglês Robert James Delbos é suspeito de ter colocado droga em embarcação — Foto: Reprodução/TV Bahia Inglês Robert James Delbos é suspeito de ter colocado droga em embarcação — Foto: Reprodução/TV Bahia.

A embarcação e a droga foram apreendidas em agosto de 2017, em São Vincente, Cabo Verde e, na ocasião, Delbos não estava no veleiro. 


Os tripulantes eram os três velejadores brasileiros, além do francês Olivier Michel Marie Thomas. 

Os velejadores foram presos por tráfico internacional de drogas e condenados, em março de 2018, a 10 anos de prisão pela Justiça de Cabo Verde


Posteriormente, o julgamento foi anulado e, em fevereiro deste ano, os brasileiros foram soltos para responder ao processo em liberdade. 


O novo julgamento ainda não tem data marcada.

Daniel Guerra, Rodrigo Dantas e Daniel Dantas ficaram presos durante 18 meses e alegam inocência. 

Os familiares dos brasileiros afirmam que eles não sabiam que a droga estava escondida no barco. 


Para eles, os velejadores foram vítimas de uma armação, e a droga teria sido colocada na embarcação pelo proprietário do barco ou por outra pessoa, sem que os velejadores fossem avisados. 

Velejadores brasileiros foram libertados após ficaram 18 meses presos em Cabo Verde. — Foto: Alex Coelho.

O pedido de prisão preventiva de Robert James Delbos foi decretado pelo Juízo da 2ª Vara Federal Criminal de Salvador, juntamente com outros dois estrangeiros suspeitos de também serem dondos da embarcação: George Edward Saul e Matthew Stephen Bolton, todos indiciados pela prática do crime de associação internacional de drogas. 

George Edward Saul, também conhecido como George Fox foi preso na Itália, em agosto de 2018, mas foi solto no mês seguinte. 


A PF não soube informar qual a alegação utilizada pela Justiça italiana para liberar o homem. 


Não há detalhes sobre o paradeiro dele e nem de Matthew Stephen Bolton. 

A extradição de Delbos para Salvador foi efetivada por conta do Tratado de Extradição firmado entre Brasil e Espanha.

Relembre o caso.

Velejadores brasileiros foram presos na África — Foto: Reprodução/TV Bahia
Velejadores brasileiros foram presos na África — Foto: Reprodução/TV Bahia.

  • Em 2017, os três velejadores brasileiros foram preso em Cabo Verde, depois que a polícia encontrou mais de uma tonelada de cocaína escondida na embarcação que eles iam levar para uma ilha em Portugal
  • Os brasileiros, no entanto, afirmam que não sabiam que a droga estava no barco, e que teriam sido vítimas de um golpe.
  • Segundo eles, um anúncio procurava velejadores para compor a tripulação do veleiro que tinha acabado de ser reformado em um estaleiro em Salvador. Era uma oferta de trabalho de uma empresa internacional de recrutamento de mão-de-obra.
  • Rodrigo e Daniel foram contratados pela empresa a Yatch Delivery Company, com sede na Holanda. Em Natal, o gaúcho Daniel Dantas se juntou à equipe.
  • Antes de sair do Brasil em agosto, o veleiro passou por inspeções da Polícia Federal em Salvador e em Natal. O barco foi liberado sem que nenhuma irregularidade fosse encontrada.
  • Em Cabo Verde, na África, o veleiro foi mais uma vez inspecionado e mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em um piso de concreto e cimento na embarcação.
  • Dois ingleses que seriam donos do barco apreendido com velejadores brasileiros em Cabo Verde, na África, foram presos em 2018.
  • Um deles foi solto menos de um mês depois de ser detido.
  • Em março de 2018, os velejadores brasileiros foram condenados a 10 anos de prisão pela Justiça de Cabo Verde.
  • Em junho de 2018, Robert James Delbos é preso na Espanha.
  • Em dezembro do mesmo ano, a Justiça de Cabo Verde anulou o julgamento dos brasileitos, após recurso da defesa. O judiciário do país africano entendeu que o primeiro julgamento não deu direito à ampla defesa dos condenados por não ouvir testemunhas e relatórios de defesa.
  • No dia 7 de fevereiro de 2019, os velejadores brasileiros foram soltos para responder ao processo em liberdade. Uma semana depois, eles chegaram ao Brasil.
  • Em abril de 2019, Robert James Delbos foi extraditado da Espanha para Salvador.

sábado, abril 20, 2019

'Já demos uma trava na Petrobras', diz Onyx Lorenzoni a caminhoneiro em áudio




Chefe da Casa Civil comentou em gravação enviada por aplicativo de mensagem ações do governo federal para atender demandas da categoria. Petrobras ainda não se manifestou.

 

 

Por G1 — Brasília
Onyx diz a caminhoneiros que governo deu
Onyx diz a caminhoneiros que governo deu "trava na Petrobras".

Em uma mensagem de áudio enviada a um caminhoneiro, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, comentou medidas articuladas pelo Palácio do Planalto para atender demandas da categoria que paralisou o país em maio do ano passado e afirmou ao interlocutor que o governo havia dado uma "trava" na Petrobras para evitar reajustes de combustíveis com frequência inferior a 15 dias. 

O áudio, revelado pela revista "Veja", viralizou em grupos de conversas de caminhoneiros em aplicativos de mensagens. 


Não é possível identificar a data em que a mensagem foi enviada, mas, em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", o caminhoneiro Marconi França disse que era o interlocutor do áudio enviado pelo chefe da Casa Civil e informou que a mensagem foi trocada em 27 de março.

"Já demos uma trava na Petrobras. 


Qualquer modificação de preço, no mínimo entre 15 e 30 dias, não pode ter menos que isso", declarou Onyx ao caminhoneiro no áudio 

O G1 procurou a assessoria da Petrobras, mas até a última atualização desta reportagem ainda não havia obtido resposta sobre o conteúdo do áudio enviado pelo chefe da Casa Civil ao caminhoneiro. 

Em 26 de março, véspera da data em que o ministro enviou a mensagem ao caminhoneiro, a Petrobras informou, em um comunicado ao mercado, que a diretoria da petroleira havia aprovado mudanças na periodicidade de reajuste nos preços do diesel vendido para as refinarias. 


Na ocasião, os preços passaram a ser reajustados, no mínimo, a cada 15 dias. 

Com o fim do governo Michel Temer, a petroleira havia voltado a reajustar os combustíveis em intervalos sem frequência mínima, de acordo com as oscilações do barril de petróleo no mercado internacional e também considerando as varições da cotação do dólar. 


A mudança ocorreu com o fim do programa de subsídios lançado pelo governo Temer após a greve dos caminhoneiros. 

No áudio, Onyx Lorenzoni também destacou ao interlocutor que o presidente Jair Bolsonaro estava trabalhando para melhorar as condições dos caminhoneiros e, no dia seguinte ao diálogo, estava programando uma manifestação de apoio à categoria em uma transmissão ao vivo em uma rede social. 

"O presidente entrou nisso [reivindicações dos caminhoneiros], tu vai ver que já muitas coisas vão começar a acontecer já nesta semana. 


O presidente amanhã deve se manifestar pelas redes sociais em direção à categoria dos caminhoneiros, particularmente aos autônomos", ressaltou na ocasião o chefe da Casa Civil. 

Em conversa com internautas em 28 de março, Jair Bolsonaro sinalizou com novas concessões aos caminhoneiros. 


Na oportunidade, o presidente deu detalhes, entre outros pontos, sobre o cartão caminhoneiro, que permitirá a compra antecipada de até 500 litros de combustível para ser usado durante o trajeto. 

Intervenção na Petrobras

Bolsonaro manda suspender aumento do preço do diesel
Bolsonaro manda suspender aumento do preço do diesel.

A troca de mensagens entre Onyx Lorenzoni e o caminhoneiro Marconi França ocorreu duas semanas antes de Bolsonaro intervir para barrar um reajuste de 5,74% que havia sido anunciado pela estatal do petróleo no preço do diesel. 

A intervenção do presidente da República na política de preços de combustíveis da petroleira teve forte impacto na bolsa de valores. 


Por conta do episódio, a Petrobras perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.



Diante da repercussão negativa da intervenção na Petrobras, Bolsonaro foi convencido por auxiliares e aliados a autorizar a retomada da política de reajuste dos combustíveis de acordo com as oscilações do petróleo e do dólar.


Na última quarta-feira (17), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, anunciou uma alta de R$ 0,10 por litro do óleo diesel.
Petrobras anuncia alta de R$ 0,10 por litro no diesel
Petrobras anuncia alta de R$ 0,10 por litro no diesel.

Com o reajuste, o litro do diesel passou a custar R$ 2,2470 nas distribuidoras. 


O anúncio se deu seis dias após a estatal voltar atrás no último aumento, por determinação do presidente da República. 

Em contrapartida à liberação dos reajustes, o governo Bolsonaro anunciou nesta semana uma série de medidas para acalmar os caminhoneiros e tentar afastar a possibilidade de uma nova greve da categoria. 

Após negociações do Planalto com caminhoneiros, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu uma linha de crédito a caminhoneiros autônomos de R$ 30 mil para manutenção dos caminhões. 


O governo também anunciou investimento de R$ 2 bilhões em rodovias.
Governo anuncia medidas em favor dos caminhoneiros
Governo anuncia medidas em favor dos caminhoneiros

Reação 'natural'

Em entrevista à GloboNews, Paulo Guedes tentou minimizar intervenção de Bolsonaro na Petrobras
Em entrevista à GloboNews, Paulo Guedes tentou minimizar intervenção de Bolsonaro na Petrobras.

Em entrevista à GloboNews na última quarta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou explicar o episódio no qual Bolsonaro interveio na política de preços da Petrobras. 


Na avaliação do ministro, "é natural" a reação do presidente diante da pressão externa. 

"Por enquanto eu não posso me queixar, eu não fui atingido na minha autonomia nem tão pouco nesse episódio agora do petróleo.


 Ele [Bolsonaro], como presidente, a reação é natural. 


Ele tem o ouvido na pista. 


Houve uma greve lá trás, de repente sobe 5% a inflação tá abaixo de quatro. 


De repente sobe no espaço de uma, duas semanas sobe 5% o preço crítico, é natural que ele como presidente se precipite", disse Guedes à GloboNews. 

"Agora aconteceu da melhor forma? Não. 


Claro que não. 


Há solavancos o tempo inteiro. 


Tem gente que chega pra ele ‘olha, vai ter isso, vai ter aquilo. 


O senhor tem que fazer alguma coisa’. 


E aí ele age. 


Em nenhum momento, ele mandou suspender o reajuste ou mandou não dar o reajuste. 


O presidente da Petrobras é que teve a atenção de dizer ‘bom, eu vou explicar presidente, depois do jogo que segue’ e foi exatamente o que aconteceu. 


Nós no reunimos, cuidamos um pouco da coisa dos caminhoneiros. 


O presidente até dizia o seguinte ‘poxa eu não posso nem fazer pergunta já dizem que eu tô interferindo em tudo, eu quero saber o que tá acontecendo’. 


Dito isso ficou a lição importante também. 


A Miriam conhece isso bastante. 


Essa necessidade de clareza na comunicação nas coisas, nos preços chave na economia”, acrescentou o ministro.

sexta-feira, abril 19, 2019

Secretário pede exoneração após dizer que 'pardos e mulatos brasileiros são todos mau-caráter'




Secretário-adjunto de Turismo de Santos, Adilson Durante Filho, já havia pedido licença do cargo. Ele também é conselheiro do Santos Futebol Clube, que divulgou comunicado de repúdio. Ouça o áudio. 

 

Por G1 Santos
Áudio vazado de secretário-adjunto de Turismo de Santos com comentários racistas revoltou web
Áudio vazado de secretário-adjunto de Turismo de Santos com comentários racistas revoltou web
O secretário-adjunto de Turismo de Santos, Adilson Durante Filho, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (19), informou a prefeitura. 


A decisão ocorreu após um áudio em que ele diz que "pardos e mulatos brasileiros são todos mau-caráter (sic)" vazou e gerou revolta nas redes sociais. 

"Aqui a gente está entre amigos.

Sempre que tiver um pardo, o pardo o quê que é?

Não é aquele negão, né?, mas também não é o branquinho.


É o moreninho da cor dele.


Esses caras – você tem que desconfiar de todos, de todos que tu conhecer.


Essa cor é uma mistura, é, duma raça que não tem caráter.


É verdade, isso é estudo", diz Durante Filho.


Em seguida, ele acrescenta: 
"Todo pardo, mulato, [você] tem que tomar cuidado.


Não mulato tipo o [cita um nome].


[Ele] é tipo para índio, tipo chileno, essas porr*.


Tô dizendo o mulato brasileiro, entendeu?


Os pardos brasileiros.


São todos mau-caráter (sic).


Não tem um que não seja."


Na quinta-feira (19), por nota, Durante Filho assumiu a autoria e diz tratar-se de "um antigo áudio" gravado "em um momento de infelicidade e levado pela emoção, em decorrência de um fato que muito me abalou". 


O destinatários, segundo ele, eram integrantes de "um pequeno grupo de supostos amigos de WhatsApp".
Secretário-adjunto de Turismo de Santos, Adilson Durante Filho, pediu desculpas — Foto: Reprodução/Twitter
Secretário-adjunto de Turismo de Santos, Adilson Durante Filho, pediu desculpas — Foto: Reprodução/Twitter.

"Consigno que não tenho qualquer preconceito em razão de cor, raça ou credo, pois minha criação não me permitiria ser diferente. 


Peço, humildemente, desculpas a todos que se sentiram ofendidos", continuou (leia, abaixo, a íntegra na nota)

Após a repercussão do caso, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), informou por nota, na quinta-feira, que Durante Filho pediu licença não remunerada para se defender


A prefeitura acatou, mas não informou se iria exonerá-lo do cargo. 

O novo comunicado da prefeitura, divulgado nesta sexta-feira, informa que o pedido de exoneração partiu do próprio secretário. 


"A portaria, assinada pelo prefeito, será publicada na edição do Diário Oficial de terça-feira (23/04)", informou. 


Não foi divulgado novo nome para cargo. 

Prefeito condenou.

 

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Santos, Telma de Souza, se posicionou sobre o ocorrido e exigiu uma manifestação oficial e providências da Prefeitura com relação às declarações racistas do secretário-adjunto de Turismo de Santos. 

Mais tarde, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, informou em comunicado que Durante Filho "reconheceu o grave erro, pediu desculpas, se retratou publicamente e está ciente da sua responsabilidade e das possíveis consequências desse ato cometido na esfera de sua vida privada". 

O prefeito afirmou, também, que o secretário "pediu licença não remunerada de suas funções para que possa prestar os esclarecimentos devidos decorrentes da sua manifestação" (leia, abaixo, a íntegra do comunicado do prefeito)

Conselheiro do Santos FC.

 

Além de secretário-adjunto de Turismo, Adilson Durante Filho é atualmente conselheiro do Santos Futebol Clube. 


A declaração feita pelo político foi desaprovada pela torcida Santos FC Antifascista, que divulgou nas redes sociais um vídeo com o áudio


Nos comentários da publicação, torcedores pedem sua saída do clube. 

Em nota, o Santos Futebol Clube destacou sua trajetória no combate ao racismo. 


"O time mágico de Pelé, Pepe, Coutinho, Zito e tantos outros gênios do futebol espalhou aquela maravilhosa imagem de brancos e negros se abraçando para comemorar gols que encantavam o mundo. 


Até hoje mantemos acesa essa tradição", diz o comunicado. 

"Assim, é muito triste que tantas décadas depois tenhamos de vir a público reafirmar nosso absoluto repúdio a qualquer forma de discriminação e racismo. 


Brasileiros, somos produto da miscigenação. 


Santistas, vamos continuar lutando pela paz do nosso branco e pela nobreza do nosso preto, cores eternamente entrelaçadas em nossa história." 

Leia, abaixo, a nota de Adilson Durante Filho.

 

"Com relação a um antigo áudio de alguns anos atrás que circula nas mídias sociais, de minha autoria, gostaria de expor que, em um momento de infelicidade e levado pela emoção, em decorrência de um fato que muito me abalou, acabei me expressando de forma absolutamente diversa das minhas crenças e modo de agir. 


Jamais tive a intenção de atingir quem quer que seja, até porque assim me manifestei em um pequeno grupo de supostos amigos de WhatsApp.

 
Consigno que não tenho qualquer preconceito em razão de cor, raça ou credo, pois minha criação não me permitiria ser diferente. 


Peço, humildemente, desculpas a todos que se sentiram ofendidos, e expresso, por meio deste comunicado, meu mais profundo arrependimento quanto às palavras genericamente proferidas.

 
Santos, abril de 2019.

 
Adilson Durante Filho."

 

Leia, abaixo, a nota do prefeito de Santos

 

"Como prefeito, afrodescendente, cidadão, filho de ex-engraxate de sapato de origem humilde, manifesto, com veemência, repúdio à qualquer manifestação que defenda ou propague preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, independentemente dos meios, circunstâncias ou período de tempo que ocorra. Sempre será e deve ser absolutamente condenada.

 
O funcionário da prefeitura envolvido no lamentável caso que se tornou público, sr. Adilson Durante Filho, reconheceu o grave erro, pediu desculpas, se retratou publicamente e está ciente da sua responsabilidade e das possíveis consequências desse ato cometido na esfera de sua vida privada. 


Ele pediu licença não remunerada de suas funções para que possa prestar os esclarecimentos devidos decorrentes da sua manifestação.

 
A situação administrativa do funcionário está suspensa, com prejuízo dos vencimentos, e permanecerá assim durante todo o período de seu afastamento.
Paulo Alexandre Barbosa."

Casal que torturou os 13 filhos é condenado à prisão perpétua nos EUA




Em uma emotiva audiência realizada dois meses após se declararem culpados de 14 acusações, Louise e David Turpin pediram perdão aos filhos e disseram amá-los.

 

 

Por G1
Louise Anna Turpin e David Allen Turpin, presos pela polícia e acusados de acorrentar e privar de comida seus 13 filhos, na Califórnia — Foto: Riverside County Sheriff's Department via AP
Louise Anna Turpin e David Allen Turpin, presos pela polícia e acusados de acorrentar e privar de comida seus 13 filhos, na Califórnia — Foto: Riverside County Sheriff's Department via AP.

Um casal acusado de torturar, maltratar e manter acorrentados os 13 filhos na casa em que viviam no sul da Califórnia, nos Estados Unidos, foi condenado nesta sexta-feira (19) à prisão perpétua em um tribunal do estado na cidade de Riverside. 

Segundo a agência France Presse, o juiz Bernard J. Schwartz declarou a sentença de David Turpin, de 57 anos, e Louise Turpin, de 50, durante uma audiência na qual estavam presentes dois de seus filhos biológicos, vítimas de abusos e maus-tratos, que leram depoimentos emocionados. 

Em uma emotiva audiência realizada dois meses após se declararem culpados de 14 acusações, Louise e David pediram perdão aos filhos e disseram amá-los. 



Às lágrimas, ambos ouviram os testemunhos de alguns dos filhos, que não foram identificados na corte. 


Um deles contou ainda sofrer pesadelos com o sofrimento vivido por ele e os irmãos — de acordo com a agência EFE. 

"Meus pais me tiraram toda a vida, mas agora a estou recuperando", disse uma das filhas na sala da audiência.


Alguns dos filhos afirmaram que até amavam os pais e acreditavam que tudo o que fizeram era por amor, e por isso pediram uma sentença não muito dura. 


Outro disse que os tinha perdoado e que orava por eles.
Casal americano que manteve filhos em cativeiro é condenado à prisão perpétua
Casal americano que manteve filhos em cativeiro é condenado à prisão perpétua.

Liberdade condicional.

 

O casal poderá pedir liberdade condicional somente após passar 25 anos atrás das grades. 


Eles foram detidos em janeiro de 2018 depois que uma de suas filhas, de 17 anos na época, conseguir escapar da residência e telefonar para a polícia para avisar que seus irmãos estavam "acorrentados a camas" na casa, que fica na cidade de Perris, a 95 km de Los Angeles. 

A adolescente telefonou para o serviço de emergência 911 de um celular que encontrou na residência. 


Segundo a polícia, na ocasião ela estava "magérrima" e parecia ter apenas dez anos. 


As autoridades descobriram, então, as insalubres condições nas quais viviam os 13 filhos, com idades entre 3 e 29 anos e alguns com quadros de desnutrição severa.

 
"É o caso mais horroroso que já vi em toda a minha carreira", declarou em fevereiro o procurador de Riverside, Mike Hestrin, que disse ter aceitado a confissão de culpa do casal para evitar que as vítimas tivessem que prestar depoimento.


"Acredito que tudo acontece por um motivo. 


A vida pode ter sido ruim, mas me fez forte. 


Lutei para me tornar a pessoa que sou", disse nesta sexta-feira outra filha do casal, que agora frequenta uma universidade. 
 Várias fotos mostram a família visitando a Disney — Foto: David-Louise Turpin/Facebook
Várias fotos mostram a família visitando a Disney — Foto: David-Louise Turpin/Facebook.

Vizinhaça.

 

Na época Kimberly Milligan, vizinha dos Turpin, disse ao jornal "Los Angeles Times" que muitas coisas eram estranhas "naquela família": as crianças "eram muito pálidas, tinham o olhar vazio e nunca saíam para brincar, apesar de serem numerosas". 

"Eu achava que eles estudavam em casa", acrescentou Milligan. 


"Sentíamos que havia algo estranho mas não queríamos pensar mal daquela gente." 


As vítimas demonstraram não ter conhecimentos básicos, normalmente aprendidos na escola.


O procurador Mike Hestrin explicou à imprensa que o casal amarrava e acorrentava os filhos como forma de castigo, o que podia durar semanas ou até meses. 


Nesse período, os filhos só eram autorizados a escrever em um diário. 

O casal, no entanto, inicialmente se declarava inocente. 


Eles tinham diversas fotos nas redes sociais mostrando um família aparentemente feliz em viagens à Disney e a Las Vegas.
Casal mantinha 13 filhos presos dentro de casa, na Califórnia — Foto: Globonews
Casal mantinha 13 filhos presos dentro de casa, na Califórnia — Foto: Globonews.

Guaidó convoca Venezuela para 'maior marcha da história' contra Maduro




Em um ato público em Caracas, líder do parlamento e presidente autoproclamado do país diz que governo terá que escutar o povo exigindo um 'basta já' em 1º de maio.

Por Reuters
 Juan Guaidó invocou a Constituição em janeiro para se autoproclamar presidente interino da Venezuela.  — Foto: Yuri Cortez/AFP 
Juan Guaidó invocou a Constituição em janeiro para se autoproclamar presidente interino da Venezuela. — Foto: Yuri Cortez/AFP.

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou nesta sexta-feira (19) uma grande marcha para o dia 1º de maio como parte das ações para pressionar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a deixar o poder. 

"Convocamos todo o povo para a maior marcha já vista na história da Venezuela, exigindo o fim da usurpação, que se termine essa tragédia", disse o líder opositor em um ato público em uma praça no leste de Caracas.


"Terão que escutar o povo exigindo: basta já".


Guaidó invocou a Constituição em janeiro para se autoproclamar presidente interino. 


O líder opositor foi reconhecido por dezenas de países que rejeitaram a reeleição do presidente Nicolás Maduro em uma votação questionada em 2018. 

"Os pontos de concentração para a marcha serão onde se juramentaram os comitês de ajuda e liberdade", disse Guaidó, que não detalhou o destino final da mobilização que será realizada no Dia do Trabalhador. 



No início do mês, a oposição começou a criar comitês para organizar o protesto dos cidadãos. 

"No regime, eles não têm nada para dar", disse Guaidó, que logo se dirigiu aos militares. 


"Forças Armadas, acompanhem o legítimo pedido de um povo que demanda viver", acrescentou. 

O presidente do Parlamento ofereceu garantias a militares e servidores públicos para que participem de uma transição. 



O país petroleiro já enfrenta cinco anos de recessão com hiperinflação que deteriorou a renda das famílias e levou à migração de mais de 3 milhões de pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas. 

"Ele (Guaidó) não está sozinho, tem o apoio do povo... 


Cada dia vemos que estamos avançando, isso não tem volta atrás. 


Eu não vejo isso amanhã, mas sim agora", disse Ileidi Vegas, professora aposentada de 58 anos que estava no ato do líder opositor.
Vice presidente dos EUA pede que ONU reconheça Juan Guaidó como presidente da Venezuela
Vice presidente dos EUA pede que ONU reconheça Juan Guaidó como presidente da Venezuela. 


COMENTÁRIO: 

Força e coragem JUAN GUAIDÓ,
que o povo venezuelano está com você nessa marcha do próximo dia 1º de maio do ano em curso, e nós brasileiros estamos torcendo para que seu país se liberte desse déspota e tirano chamado MADURO !

Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 19 de abril de 2019.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...