Zinho teve o cabelo e a barba raspados no próprio presídio.
Miliciano está isolado em uma cela de cerca de 6 m² da Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1.
Miliciano Zinho após dar entrada no sistema penitenciário do Rio — Foto: Reprodução.
O g1 teve acesso à foto do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia do Rio, tirada após ele dar entrada no sistema penitenciário do Rio no domingo (24).
Zinho teve o cabelo e a barba raspados no próprio presídio.
O miliciano está isolado em uma cela de cerca de 6 m² da Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1, de segurança máxima, na Zona Oeste.
Na cadeia, o miliciano se declarou soropositivo e portador de diabetes.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) realizou exames para confirmar as informações do preso.
Os laudos devem ficar prontos nas próximas horas.
As imagens do sistema costumam ser feitas no presídio de Benfica.
No entanto, como Zinho é considerado um preso de altíssima periculosidade, uma equipe do Detran foi até Bangu para que as imagens e as digitais dele fossem colhidas.
Mudança de cela.
Nesta terça (26), o miliciano trocou de cela e foi transferido para uma área "neutra" de organizações criminosas no presídio de segurança máxima.
É que, de acordo com fontes do sistema penal, Zinho teme ser assassinado dentro da cadeia.
Quando foi levado para Bangu 1, ele estava em uma área reservada do presídio com outros 11 milicianos, incluindo pessoas ligadas ao seu rival, Danilo Dias Lima, o Tandera, que é foragido da justiça.
Na cela anterior, Zinho estava na mesma galeria que Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, acusado de chefiar a milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, junto com o pai.
Taillon era alvo de traficantes que executaram, por engano, o médico Perseu Ribeiro de Almeida, com outros dois colegas, em um quiosque, na Barra da Tijuca, no início de outubro.
Cópia de inquérito na mansão do miliciano.
Na mansão de Zinho, agentes encontraram uma cópia de um inquérito policial – ainda em andamento – que investiga o assassinato de um ex-policial militar.
A investigação foi enviada ao Ministério Público, que devolveu à polícia civil pedindo novas diligências.
A apreensão ocorreu em 2019, quando a polícia conseguiu o sequestro dos bens dele e de outros milicianos na época.
Mansão de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho; no local, sequestrado pela Polícia em 2019, agentes encontraram cópia de inquérito. — Foto:
Reprodução/Arquivo Pessoal.
A principal hipótese da Delegacia de Homicídios da Capital é que o crime, ocorrido em 2017, tem ligação com a ascensão do irmão de Zinho, Wellington da Silva Braga, o Ecko, ao comando da milícia de Santa Cruz.
Na época, Zinho era considerado um homem forte nas finanças da organização criminosa.
Em 2021, ele se tornou o chefe da milícia, e comandou a organização criminosa, segundo as investigações do MP e da Polícia Federal, até se entregar à PF, no último domingo (24).
Polícia reforça segurança no território dominado pela milícia de Zinho.
A cópia do documento encontrado na casa de Zinho, avaliada em R$ 1,7 milhão, é um inquérito da Delegacia de Homicídios da Capital que investiga a morte do ex-PM Wenderson Oliveira Rocha.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público no início deste ano.
No dia 20 de dezembro, a 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada reencaminhou a investigação para a DH, pedindo novas diligências.
Conhecido como "Sombra", Wenderson era, de acordo com a investigação, cotado para assumir a chefia da milícia após a morte de Carlinhos Três Pontes, irmão e antecessor de Ecko no comando do grupo criminoso.
Ecko assumiu logo após a morte do irmão e morreu em uma operação da Polícia Civil em 2021.
Dinheiro apreendido na casa de Zinho, em 2019 — Foto: Divulgação.
A participação de Zinho na milícia foi revelada na série de reportagens Franquia do Crime, do g1, em 2018.
Com o cruzamento de dados do Ministério Público Estadual, da Polícia Civil, da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o g1 mostrou que, na época, pelo menos 2 milhões de pessoas viviam em áreas dominadas por milícias no Rio de Janeiro e na Região Metropolitana.
COMENTÁRIO:
"Na época, Zinho era considerado um homem forte nas finanças da organização criminosa".
Este miliciano, tem como "madrinha" do crime organizado, a deputada estadual do Rio de Janeiro, Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha, do PSD, que é considerada como o braço político da milícia.
No Brasil agora, virou moda !
Políticos partifários, viraram "Padrinhos", e "Madrinhas", de membros do "Crime Organizado", como a união espúria, dessa deputada estadual do Rio de Janeiro, Lúcia Helena Pinto de Barros, com o criminoso, e miliciano, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 27 de dezembro de 2023.
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