Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, era um dos responsáveis pelas finanças do grupo, e foi morto na comunidade Três Pontes.
Três pessoas ficaram feridas na ação, entre elas uma criança filha do miliciano.
Por Gabriela Moreira, Leslie Leitão, Guilherme Santos, TV Globo.
Possível sucessor de Zinho é morto na Zona Oeste do Rio.
Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, um dos homens apontados como sucessor do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi morto na comunidade Três Pontes, em Paciência, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (29).
Um outro homem identificado como Leonel Patrício de Moura também foi morto.
Atualmente, Pit era um dos responsáveis pelas finanças do grupo.
Ele chegou a ser preso pela Polícia Civil em maio de 2019, mas foi solto em 22 de agosto de 2022.
Três pessoas foram baleadas na ação, entre elas uma criança de 9 anos, filha do miliciano, que foi socorrida em estado gravíssimo para o Hospital Miguel Couto, no Leblon.
A disputa pelo controle da milícia na região já era esperada, já que Zinho não deixou um sucessor quando se entregou à polícia neste domingo (24). Zinho está preso em Bangu 1.
Carro atingido por disparos onde sucessor de Zinho foi morto — Foto: Reprodução.
O policiamento está reforçado na região.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e vai investigar o caso.
Miliciano Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, foi morto na manhã desta sexta-feira (29) na comunidade Três Pontes — Foto: Reprodução
Seis possíveis sucessores
Investigações mostram que há, pelo menos, outros seis nomes que vão continuar comandando os negócios da quadrilha de Zinho.
Entre eles estão três milicianos foram presos pela polícia nos últimos quatro anos, mas ficaram pouco tempo na prisão.
Um deles, considerado um dos mais violentos do grupo, saiu da cadeia há dois meses.
Jairo Batista Freire, conhecido como Caveira, foi solto por um habeas corpus em outubro desse ano. Ele havia sido preso pela Polícia Civil em janeiro de 2022.
De acordo com investigações, Jairo seria uma espécie de "braço" operacional armado do grupo.
Outros dois nomes que constam da lista de sucessores são os de Paulo Roberto Carvalho Martins, o PL, que também é responsável pelas finanças do grupo, como era Pit.
Outro que retomou o controle de áreas após sair da prisão foi Peterson Luiz de Almeida, o Pet. Ele atua em Sepetiba.
O caso dele foi diferente dos três que foram soltos por decisões judiciais. Quando Pet deixou a cadeia, em outubro passado, havia um mandado de prisão em aberto contra ele.
A prisão dele, que era temporária, tinha sido convertida em preventiva e ele não poderia ser libertado. O caso foi revelado pelo RJ2.
Por um ruído de comunicação entre a Justiça e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a informação sobre o mandado não foi atualizada no sistema e Pet deixou a unidade de Benfica, na Zona Norte do Rio, sem ser incomodado.
Pet já teve mais um pedido de prisão decretado, por outra investigação. Dessa vez, sobre a cobrança de taxas ilegais em obras na Zona Oeste do Rio.
Miliciano Peterson Luiz de Almeida foi solto indevidamente, mesmo com ordem para prorrogar prisão — Foto: Reprodução/TV Globo
12 Mandados de prisão
Zinho tinha 12 mandados de prisão em aberto. O miliciano continua preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, mas foi transferido de cela.
O miliciano estava numa galeria com outros milicianos, como Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, um dos seus rivais, preso em novembro. Taillon, segundo investigadores, é chefe da quadrilha que explora a região de Rio das Pedras, na Zona Oeste.
Zinho agora está em uma área considerada "neutra" de organizações criminosas no interior dos presídios.
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