Polícia Militar abriu processos disciplinares contra Paulo Coutinho, que está há 18 anos na corporação.
Ele nega acusações e diz que é perseguido por ter a face tatuada.
Soldado tem mais de 52 mil seguidores nas redes sociais onde é conhecido como 'Demolidor'.
Por Kleber Tomaz, Lívia Machado, g1 SP — São Paulo.
PM é acusado de furtar orquídea de batalhão e abandonar o posto — Foto: Reprodução/Redes sociais.
A Polícia Militar (PM) de São Paulo abriu dois processos disciplinares para expulsão de um soldado acusado de furtar uma orquídea e também abandonar o posto de serviço no quartel.
O policial militar alega que não cometeu os crimes diz que está sendo perseguido por seus superiores hierárquicos.
Em entrevista ao g1, o soldado diz que é perseguido dentro da corporação desde que começou a se tatuar, em 2018.
Ele alega que o preconceito aumentou quando decidiu tatuar o rosto, em 2021.
"Sempre fui perseguido.
Um comandante da PM me chamou na sala dele e disse para eu parar de fazer tatuagem.
Eu respondi que não porque estava amparado pela lei."
Paulo Rogério da Costa Coutinho está há 18 anos na corporação e trabalha no 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM).
Mas também é conhecido como "Demolidor" nas redes sociais.
O soldado afirma que o caso ocorreu em 2022, quando ele trabalhava na manutenção do quartel, desde a jardinagem até eventuais reparos.
Ele diz que retirou a flor para colocar em outra área e não deu detalhes de onde a planta foi colocada.
"Estou sendo totalmente injustiçado.
É uma perseguição absurda.
Por causa de uma planta que tirei de lugar e nem saí do quartel.
(...) Não deu tempo de plantar a orquídea.
Disseram que foi encontrado no extintor, mas não tem vídeo disso".
PM abre processo para expulsar soldado acusado de furtar orquídea de quartel e abandonar posto de trabalho — Foto: Reprodução/Redes sociais.
Ele tem mais de 52 mil seguidores na sua página pessoal no Instagram e quase 8 mil inscritos no seu canal no Youtube.
Nelas, o soldado mostra a sua rotina de trabalho na PM e também o seu cotidiano, como torcedor do Corinthians, e o convívio com a família e amigos.
Procurada pelo g1, a Polícia Militar disse, em nota, que Paulo responde a processos por indisciplina, "sendo um pela conduta de abandono de posto e o outro pela prática de peculato."
As duas infrações são consideradas transgressões disciplinares na esfera militar.
A primeira é deixar o trabalho de maneira irregular.
A segunda é subtrair ou desviar algo para proveito próprio.
De acordo com o comunicado da PM, em um desses casos, o soldado "está sendo processado pelo Comando de Policiamento da Capital pelo furto de uma orquídea no jardim do batalhão em fevereiro de 2022".
"O Conselho de Disciplina destina-se a declarar a incapacidade moral da praça para permanecer no serviço ativo da Polícia Militar.
Cabe ainda esclarecer que os fatos que ensejaram a instauração dos citados Conselhos também estão sendo apurados pela Justiça Militar Estadual", informa outro trecho da nota da corporação.
Segundo a Folha de S.Paulo, o Inquérito Policial Militar (IPM) informa que câmeras de segurança gravaram o furto da orquídea, e que Paulo escondeu a planta no alojamento dos soldados e cabos.
E depois levou a flor para o refeitório, onde ela foi encontrada abandonada atrás de um extintor de incêndio por outro policial.
E que, apesar disso, o Ministério Público Militar (MPM) que pediu o arquivamento do caso.
COMENTÁRIO:
"Procurada pelo g1, a Polícia Militar disse, em nota, que Paulo responde a processos por indisciplina, "sendo um pela conduta de abandono de posto e o outro pela prática de peculato."
Este soldado, apesar de contar com 18 anos de prestação de serviços nas fileiras da Polícia Militar, é um indivíduo, que ignora hierarquia militar, e insubordinado !
Tem que ir pra rua mesmo.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 29 de dezembro de 2023.
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