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sexta-feira, dezembro 29, 2023

Polícia quer expulsar PM com rosto tatuado acusado de furtar orquídea de quartel e abandonar posto; soldado nega e alega preconceito

Polícia Militar abriu processos disciplinares contra Paulo Coutinho, que está há 18 anos na corporação. 

Ele nega acusações e diz que é perseguido por ter a face tatuada. 

Soldado tem mais de 52 mil seguidores nas redes sociais onde é conhecido como 'Demolidor'.

Por Kleber Tomaz, Lívia Machado, g1 SP — São Paulo.

PM é acusado de furtar orquídea de batalhão e abandonar o posto — Foto: Reprodução/Redes sociais

PM é acusado de furtar orquídea de batalhão e abandonar o posto — Foto: Reprodução/Redes sociais.

A Polícia Militar (PM) de São Paulo abriu dois processos disciplinares para expulsão de um soldado acusado de furtar uma orquídea e também abandonar o posto de serviço no quartel.

O policial militar alega que não cometeu os crimes diz que está sendo perseguido por seus superiores hierárquicos. 

Em entrevista ao g1, o soldado diz que é perseguido dentro da corporação desde que começou a se tatuar, em 2018. 

Ele alega que o preconceito aumentou quando decidiu tatuar o rosto, em 2021.

"Sempre fui perseguido.
Um comandante da PM me chamou na sala dele e disse para eu parar de fazer tatuagem.
Eu respondi que não porque estava amparado pela lei."

Paulo Rogério da Costa Coutinho está há 18 anos na corporação e trabalha no 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM). 

Mas também é conhecido como "Demolidor" nas redes sociais.

O soldado afirma que o caso ocorreu em 2022, quando ele trabalhava na manutenção do quartel, desde a jardinagem até eventuais reparos. 

Ele diz que retirou a flor para colocar em outra área e não deu detalhes de onde a planta foi colocada.

"Estou sendo totalmente injustiçado.
É uma perseguição absurda.
Por causa de uma planta que tirei de lugar e nem saí do quartel.
(...) Não deu tempo de plantar a orquídea.
Disseram que foi encontrado no extintor, mas não tem vídeo disso".
PM abre processo para expulsar soldado acusado de furtar orquídea de quartel e abandonar posto de trabalho — Foto: Reprodução/Redes sociais

PM abre processo para expulsar soldado acusado de furtar orquídea de quartel e abandonar posto de trabalho — Foto: Reprodução/Redes sociais.

Ele tem mais de 52 mil seguidores na sua página pessoal no Instagram e quase 8 mil inscritos no seu canal no Youtube. 

Nelas, o soldado mostra a sua rotina de trabalho na PM e também o seu cotidiano, como torcedor do Corinthians, e o convívio com a família e amigos.

Procurada pelo g1, a Polícia Militar disse, em nota, que Paulo responde a processos por indisciplina, "sendo um pela conduta de abandono de posto e o outro pela prática de peculato."

As duas infrações são consideradas transgressões disciplinares na esfera militar. 

A primeira é deixar o trabalho de maneira irregular. 

A segunda é subtrair ou desviar algo para proveito próprio.

De acordo com o comunicado da PM, em um desses casos, o soldado "está sendo processado pelo Comando de Policiamento da Capital pelo furto de uma orquídea no jardim do batalhão em fevereiro de 2022".

"O Conselho de Disciplina destina-se a declarar a incapacidade moral da praça para permanecer no serviço ativo da Polícia Militar. 

Cabe ainda esclarecer que os fatos que ensejaram a instauração dos citados Conselhos também estão sendo apurados pela Justiça Militar Estadual", informa outro trecho da nota da corporação.

Segundo a Folha de S.Paulo, o Inquérito Policial Militar (IPM) informa que câmeras de segurança gravaram o furto da orquídea, e que Paulo escondeu a planta no alojamento dos soldados e cabos. 

E depois levou a flor para o refeitório, onde ela foi encontrada abandonada atrás de um extintor de incêndio por outro policial. 

E que, apesar disso, o Ministério Público Militar (MPM) que pediu o arquivamento do caso. 

COMENTÁRIO:

"Procurada pelo g1, a Polícia Militar disse, em nota, que Paulo responde a processos por indisciplina, "sendo um pela conduta de abandono de posto e o outro pela prática de peculato." 

Este soldado, apesar de contar com 18 anos de prestação de serviços nas fileiras da Polícia Militar, é um indivíduo, que ignora hierarquia militar, e insubordinado !

Tem que ir pra rua mesmo.

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 29 de dezembro de 2023.

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