Além do ex-presidente, cinco ex-ministros também são alvos de pedidos de indiciamento no relatório final da CPI.
Se aprovado, texto será enviado a órgãos de investigação, como o Ministério Público.
Por Pedro Alves Neto, Kevin Lima, Sara Resende, Júlio Mosquéra, g1 e TV Globo — Brasília
Relatório da CPI dos Atos Golpistas pede indiciamento de 61 pessoas.
A relatora da CPI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quatro crimes, entre eles, golpe de Estado.
O relatório final da comissão, apresentado nesta terça-feira (17), também pede o indiciamento de cinco ex-ministros do governo Bolsonaro (veja mais abaixo).
Após a apresentação, o relatório da senadora deve ser votado na CPI quarta-feira (18).
Se aprovado, ele será enviado a diversos órgãos que avaliam e decidem pela apresentação, ou não, de denúncias baseadas no documento.
Entre as instituições para as quais o documento é encaminhado estão órgãos policiais, o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União (AGU).
No texto, a senadora afirma que Bolsonaro "tem responsabilidade direta, como mentor moral, por grande parte dos ataques perpetrados a todas as figuras republicanas que impusessem qualquer tipo de empecilho à sua empreitada golpista".
Ainda de acordo com Eliziane, o ex-presidente e "todos que o cercam [...] compreendiam a violência e o alcance das manifestações.
Frequentavam os mesmos grupos nas redes sociais.
Estimulavam e alimentavam a rebeldia e a insatisfação.
Punham deliberadamente mais lenha na fogueira que eles mesmos haviam acendido".
Quanto aos ex-ministros, a relatora afirma que eles aderiram "subjetivamente às condutas criminosas de Jair Messias Bolsonaro e demais indivíduos em seu entorno, colaborando decisivamente para o desfecho dos atos do dia 8 de janeiro de 2023".
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Veja abaixo os crimes atribuídos a Bolsonaro e aos ex-ministros pelo relatório da CPI:
Jair Bolsonaro em imagem do dia 29 de junho de 2023, em Brasília — Foto: Eraldo Peres/AP/Arquivo
- associação criminosa;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos.
Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 29 anos de prisão.
General Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.
Braga Netto — Foto: Marcos Corrêa/PR.
- associação criminosa;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado.
Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 23 anos de prisão.
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e então secretário de Segurança Pública do DF nos atos.
Ex-ministro Anderson Torres em depoimento à CPI dos Atos Golpistas — Foto: WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO.
- associação criminosa;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos.
Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 29 anos de prisão.
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro.
Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno. — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.
- associação criminosa;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado.
Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 23 anos de prisão.
General Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
Ex-ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino.
- associação criminosa;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado.
Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 23 anos de prisão.
General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.
O general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, em audiência no Senado — Foto: Roque de Sá/Agência Senado.
- associação criminosa;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado.
Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 23 anos de prisão.
COMENTÁRIO:
"Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 23 anos de prisão".
A Nação Brasileira, quer vê vocês todos na cadeia, cambada de golpista, rebanho de terroristas !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 17 de outubro de 2023.
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