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terça-feira, outubro 31, 2023

Há um mês como interina na PGR, Elizeta Ramos decide trocar chefes do MPF pelo país

Antes, Elizeta havia dito que deixaria mudanças para chefe definitivo; decisão pode acirrar ânimos internos no MP. 

Lula ainda não escolheu sucessor, que precisará de aval do Senado.

Por Reynaldo Turollo Jr, g1 — Brasília.

Elizeta Ramos, procuradora-geral da República interina. — Foto: Leobark Rodrigues (SECOM/MPF)

Elizeta Ramos, procuradora-geral da República interina. — Foto: Leobark Rodrigues (SECOM/MPF).

Há um mês como chefe interina da Procuradoria-Geral da República (PGR), a procuradora Elizeta Ramos decidiu rever a própria decisão de manter na função os atuais procuradores-chefes do Ministério Público Federal (MPF) nos estados.

Elizeta assumiu o comando da PGR em 27 de setembro, com o fim do segundo mandato de Augusto Aras, e deve ficar na função até que um substituto seja indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aprovado pelo Senado – o que ainda não tem data para ocorrer.

Inicialmente, Elizeta Ramos havia dito que não faria alterações na estrutura do MPF e deixaria as indicações para seu sucessor. 

A demora na escolha de Lula, no entanto, levou à mudança de posição.

A decisão da atual chefe da PGR é relevante porque abre uma disputa de poder no Ministério Público. 

De um lado, procuradores de perfil alinhado à antiga Lava Jato e ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot. 

Do outro, procuradores críticos da operação e próximos ao ex-PGR Augusto Aras.

Nos últimos dias, Elizeta enviou mensagem aos atuais chefes das unidades do MPF nos estados e no Distrito Federal para informar que dará continuidade ao processo de sucessão. 

Segundo ela, a "interinidade" está se alongando, e várias procuradorias nos estados vêm pedindo mudanças.

Na mensagem, Elizeta ressalta que o próximo procurador-geral, a ser indicado por Lula, poderá fazer novas mudanças

Para isso, afirma a procuradora, o sucessor terá de revogar norma atualmente em vigor.

Procuradores ouvidos pelo g1, no entanto, afirmam que decisões nesse sentido poderiam causar desgaste entre o futuro PGR e os membros da categoria.

A indicação de um novo PGR é aguardada desde o fim de setembro – veja abaixo nomes que já foram cotados para o posto:

Veja quem são os principais cotados para suceder Augusto Aras na PGR

Veja quem são os principais cotados para suceder Augusto Aras na PGR.

Escolha se dará por eleição.

Ainda na mensagem aos colegas, Elizeta diz que a sucessão seguirá uma portaria de 2003 que prevê que a escolha dos procuradores-chefes seja feita por eleição entre os colegas.

A regra era criticada por Augusto Aras, mas não foi revogada durante a gestão dele na PGR e continua vigente.

MPF no DF já se movimenta.

A Procuradoria da República no Distrito Federal já realizou a eleição interna para a nova chefia e enviou o nome para Elizeta formalizar a designação.

A escolhida foi a procuradora Anna Carolina Resende – apontada por outros membros do MPF como próxima da "ala lavajatista" da instituição.

Anna Carolina trabalhou com Janot em casos da antiga Lava Jato. 

Mensagens atribuídas a ela, com críticas ao então ex-presidente Lula, chegaram a ser vazadas em 2019 no contexto da operação Spoofing, que envolveu o hacker Walter Delgatti Neto.

A Procuradoria no Distrito Federal é uma unidade estratégica para a instituição porque investiga, em primeira instância, os políticos de Brasília — nas ações de improbidade ou quando eles deixam o mandato ou a função pública.

O procurador-chefe cumpre funções administrativas e, na prática, não atua diretamente nos processos. 

Cabe a ele definir, por exemplo, a estrutura de apoio que os colegas terão para realizar determinadas investigações.

Aras: 'Fui acusado de destruir a Lava-Jato'

Aras: 'Fui acusado de destruir a Lava-Jato'.

Indicação de Lula segue travada.

De olho nas disputas de poder dentro do MPF, interlocutores de Lula e até procuradores críticos da Lava Jato têm aconselhado o presidente a agilizar a indicação do novo PGR.

O petista, no entanto, vem sinalizando que ainda não tem um nome escolhido para o posto.

Dois dos principais cotados são Paulo Gonet e Antonio Carlos Bigonha – ambos, críticos da Lava Jato.

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 31 de outubro de 2023.

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