Preso em operação sobre blitze no 2º turno das eleições, Silvinei chegou a capital na quarta-feira (9).
Por Isabela Camargo, GloboNews
Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques chega à sede da PF para prestar depoimento
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques chegou a sede da Polícia Federal (PF), na tarde desta quinta-feira (10), para prestar depoimento (veja vídeo acima). Ele foi preso preventivamente durante a manhã de quarta (9), em Florianópolis (SC), em uma operação que investiga interferência no segundo turno das eleições de 2022.
À tarde, Silvinei foi transferido para Brasília e ficou na superintendência da PF. Após o depoimento, o ex-diretor da corporação deve seguir para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Celulares, computador e passaporte do ex-diretor-geral foram apreendidos. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O g1 e a TV Globo tentam contato com a defesa de Silvinei Vasques. Ouvido pela CPI dos Atos Golpistas em junho, o ex-diretor da PRF negou irregularidades na atuação da corporação. Em nota, a PRF afirma que colabora com as autoridades na investigação e que três processos administrativos disciplinares foram abertos na corporação para apurar a conduta de Vasques.
Outros 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte contra diretores da PRF na gestão Silvinei. Não há mandados de prisão contra eles.
Silvinei Vasques — Foto: Reprodução TV Globo.
São alvos, além de Silvinei, os seguintes membros e ex-membros da PRF:
- Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência;
- Rodrigo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto;
- Wendel Benevides, ex-corregedor-geral;
- Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
- Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional;
- Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações; e
- Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime.
Segundo a PF, os crimes investigados incluem:
- prevaricação (que é quando um servidor público deixa de exercer o seu dever),
- violência política (impedir, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos), e
- impedir ou atrapalhar a votação (crime previsto no Código Eleitoral).
O inquérito para apurar essas operações da PRF em rodovias foi aberto ainda em novembro de 2022. Relembre no vídeo abaixo:
PF abre investigação contra diretor-geral da PRF por atuação nas eleições
Blitzes.
Mapa mostra fiscalização da PRF entre 28 e 30/10/22 e a intenção de voto coletada em pesquisa Ipec divulgada em 29/10 — Foto: Arte/g1.
Na véspera, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro.
Vasques é réu por improbidade administrativa nesse episódio.
No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques.
A ordem, no entanto, foi desrespeitada pela PRF.
Relatório obtido pelo blog da Andréia Sadi no g1 mostra que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula (PT) era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do 2º turno das eleições de 2022 (veja imagem acima).
LEIA TAMBÉM:
- TRANSFERIDO: ex-diretor da PRF Silvinei Vasques chega a Brasília após ser preso em operação sobre blitze no 2º turno das eleições
- PRISÃO: aposentadoria de Silvinei Vasques pode ser cassada, diz corregedor da Polícia Rodoviária Federal
COMENTÁRIO:
"PRISÃO: aposentadoria de Silvinei Vasques pode ser cassada, diz corregedor da Polícia Rodoviária Federal".
Esse vagabundo golpista, bolsonarista, tem que ter sua aposentadoria cassada, porque não trabalho o tempo suficiente, para ter uma aposentadoria privilegiada, como um presente do seu "pai Bolsonaro !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 10 de agosto de 2023.
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