O juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, revogou o acordo de delação premiada firmada pela doleira Nelma Kodama, no âmbito da Operação Lava Jato.
A informação é do portal Metrópoles.
A decisão, datada desta quinta-feira 27, o magistrado também revogou a liberdade concedida a doleira e deu prosseguimento ao processo criminal contra Nelma, cuja condenação já havia sido fixada em 18 anos de prisão.
Nelma já está presa no Brasil pelo cometimento de outro crime.
Em 2022, ela também havia sido detida durante uma operação contra o tráfico internacional de drogas.
Na decisão, Appio entendeu que os benefícios da delação firmada por Nelma continuam “incompreensivelmente mantidos até a presente data”.
“As cláusulas do referido acordo de colaboração premiada são bastante claras no tocante à obrigação da acusada de se abster de novas práticas criminosas.
Não se trata, pois, de acusação relacionada a uma simples infração de trânsito, mas sim de tráfico internacional de entorpecentes através de, ao que tudo indica, uma vasta rede que compunha perigosa organização criminosa, baseada na Bahia”, afirmou.
A doleira foi presa na primeira fase da Operação Lava Jato, considerada pelos investigadores como líder de um grupo criminoso que operava dólar com câmbio paralelo por meio de empresas fantasmas.
Após ter sido condenada a 18 anos de prisão pelo ex-juiz Sergio Moro, Nelma assinou o acordo de delação premiada.
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