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segunda-feira, julho 04, 2022

Nova presidente da Caixa diz que afastou funcionários do gabinete de Guimarães e que denúncias serão apuradas com rigor

De acordo com Daniella Marques, funcionários afastados podem ter envolvimento nos casos de assédio, mas que isso ainda será investigado. 

Nova presidente assumiu após funcionárias relatarem agressões do antecessor.

Por Jéssica Sant'Ana, g1 — Brasília

A nova presidente da Caixa, Daniella Marques, em entrevista à GloboNews — Foto: Reprodução/GloboNews

A nova presidente da Caixa, Daniella Marques, em entrevista à GloboNews — Foto: Reprodução/GloboNews.

A nova presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Daniella Marques, afirmou nesta segunda-feira (4), em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, que o banco vai apurar com rigor e independência as denúncias de assédio sexual e moral que levaram à queda do antigo presidente Pedro Guimarães. 

Ela disse ainda que, como parte das apurações, afastou funcionários que faziam parte do gabinete do ex-presidente.

Guimarães deixou o cargo na semana passada, após se tornarem públicas denúncias de funcionárias do banco, que relataram ter sofrido do ex-presidente abordagens que configuram assédio sexual e moral. 

Ele nega as acusações.

O Ministério Pública Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) investigam o caso. 

O Tribunal de Contas da União (TCU) também abriu processo para apurar a conduta do ex-presidente e os mecanismos de combate e prevenção ao assédio dentro do banco.

"Isso tem que ser apurado. 

Eu, como mulher, não acho aceitável que haja indício de assédio sexual", afirmou Marques.

"Tenho que me comprometer que vai ser apurado com rigor, responsabilidade", completou.

Marques disse também que não pretende perseguir nem proteger ninguém. 

Ele não citou nomes de pessoas do gabinete de Guimarães que foram afastadas. 

Ela disse que as pessoas afastadas podem estar envolvidas nos casos de assédio, mas que isso ainda será apurado.

"Tinha um grupo de pessoas com cargo de confiança, ligadas ao gabinete, chefe de gabinete. 

Pessoas que não conheço, não julgo", explicou a nova presidente da Caixa.

"Para preservar a instituição, que é o mais importante neste momento, e antes de julgar qualquer coisa, a gente tem que preservar a imagem do banco, o funcionário, resgatar a estima do funcionário", continuou a nova presidente da Caixa.

Ela afirmou ainda que uma empresa independente vai ser contratada para ajudar nas investigações de assédio no banco.

Resistência por ser mulher.

À GloboNews, Daniella relembrou que, ao longo da sua trajetória no mercado financeiro, onde trabalhava antes de vir para o governo, já ouviu em entrevistas de emprego: "o que você está fazendo aqui?"; "aqui não é lugar para mulher"; e "mulher não aguenta pressão".

"Nessa trajetória de 20 anos, eu tive muita resistência para ser aceita, ouvi muita piada de mal gosto. 

Lugar de trabalho não é de piada de sexo, de falar de coisas sexual, sexista", defendeu.

"Eu não tive medo e simplesmente ignorei, fui lá e fiz [meu trabalho], mas sei que outras mulheres não têm a coragem e não estão na posição de privilégio que eu estou. 

A gente simplesmente tem que mostrar que isso não é mais aceitável, empresas têm que estimular mudança de comportamento no mercado de trabalho", completou.

Direitos das mulheres.

Daniella ressaltou que, independentemente do resultado da apuração das denúncias, tem o aval do conselho de administração para fazer da Caixa um banco referência nos direitos das mulheres.

"A Caixa, que sempre foi o banco de todos os brasileiros, a Caixa agora também vai ser a mãe da causa feminina, e a gente vai trabalhar com toda nossa força de rede, com a presença em todos os municípios, não só no combate ao assédio sexual no trabalho, mas também em todas as dimensões dessa causa", afirmou.

Entre as causas que a Caixa deve defender, segundo ela, estão o combate à prostituição infantil e violência doméstica contra mulheres.

Marques também disse que vai priorizar a formação de lideranças femininas na Caixa e o empreendedorismo feminino. 

COMENTÁRIO:

"Resistência por ser mulher.

À GloboNews, Daniella relembrou que, ao longo da sua trajetória no mercado financeiro, onde trabalhava antes de vir para o governo, já ouviu em entrevistas de emprego: "o que você está fazendo aqui?"; "aqui não é lugar para mulher"; e "mulher não aguenta pressão".

"Nessa trajetória de 20 anos, eu tive muita resistência para ser aceita, ouvi muita piada de mal gosto. 

Lugar de trabalho não é de piada de sexo, de falar de coisas sexual, sexista", defendeu". 

Essa presidente da Caixa, vai colocar ordem na casa(Caixa) !

Valter Desiderio Barreto.  

Barretos, São Paulo, 04 de julho de 2022.

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