Após episódio com flexões, presidente da Caixa é notificado por assédio.
Após episódio com flexões, presidente da Caixa é notificado por assédio.
Segundo ela e outras funcionárias, Celso Leonardo fingia acolher as mulheres que resistiam ao assédio sexual de Pedro Guimarães, mas queria mesmo era ver se elas poderiam denunciá-lo.
Por Fantástico
Funcionária diz que outros dirigentes da Caixa acobertavam casos de assédio.
O que começou como boatos nos corredores da sede da Caixa Econômica Federal virou uma série de denúncias e agora elas são o ponto de partida de uma investigação do Ministério Público Federal.
Na semana passada, várias funcionárias da Caixa acusaram o ex-presidente Pedro Guimarães de assédio moral e sexual.
Oito delas toparam dar entrevista ao repórter Vladimir Netto, outras não quiseram gravar.
Todas disseram que decidiram falar porque queriam que isso parasse de acontecer com elas e com as outras mulheres.
E cada uma das denúncias foi construindo uma história de resistência, que levou à queda do presidente da Caixa.
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“É possível de ser comprovado, com base no que tantas pessoas já falaram e tantas outras pessoas que se encorajarão a falar, que a nossa força é a verdade.
A gente não sente orgulho de ser vítima”, relata uma funcionária.
Outra funcionária define assim o ambiente de assédio no comando de um dos maiores bancos do país: “Nós vivíamos uma prisão velada.
Uma prisão de ser monitorada pelo fato de a gente ter dito não”.
Ela é uma das mulheres que afirmam que foram assediadas sexualmente por Pedro Guimarães.
“Nessa viagem, ele sentou perto de mim e ele passava a perna em mim e afastava a minha perna e ele passava a perna em mim, e ficou muito constrangedor porque a gente não espera aquilo”, relata.
E afirma que outros dirigentes da Caixa, como o ex-vice-presidente, Celso Leonardo Barbosa, que renunciou na sexta-feira acobertavam os casos de assédio e tentavam vigiar as mulheres que diziam não.
“Essas mulheres que receberam o "carimbo" do Pedro, elas ficavam subordinadas ao Celso”.
Segundo ela e outras funcionárias, Celso Leonardo fingia acolher as mulheres que resistiam ao assédio sexual de Pedro Guimarães, mas queria mesmo era ver se elas poderiam denunciá-lo.
“Não é que ele acolhia.
Era uma forma de monitorar para ver se aquela história poderia, por exemplo, vazar”.
As histórias não vazaram: estão sendo contadas pelas vítimas.
“O 01 assedia e 02 protege com intuito de monitorar”, diz uma das funcionárias.
Por medo de represálias, a maioria não quer ser identificada.
“Não era uma opção você recusar sair para jantar.
No jantar, ele começou a falar coisas muito inapropriadas sobre traições, sobre não ter problema trair, um linguajar muito chulo...
Ele me puxou pelo braço, me segurou e falou olhando nos meus olhos que na próxima viagem iríamos só nós dois”.
O advogado de Pedro Guimarães nega todas as acusações.
A defesa do ex-vice-presidente Celso Leonardo Barbosa diz que ele saiu da empresa, mesmo não havendo "absolutamente nada" contra ele, para que "não se questione a imparcialidade das apurações".
Assista à reportagem completa:
Fantástico mostra relatos inéditos de assédio na Caixa.
COMENTÁRIO:
“Não é que ele acolhia.
Era uma forma de monitorar para ver se aquela história poderia, por exemplo, vazar”.
As histórias não vazaram: estão sendo contadas pelas vítimas.
“O 01 assedia e 02 protege com intuito de monitorar”, diz uma das funcionárias".
Todos esses que protegeram o ex-presidentes da Caixa, deverão ter o mesmo nível de punição que o dirigente da Caixa terá !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 04 de julho de 2022.
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