Pedro Guimarães vai a evento da Caixa com esposa e diz ser “pautado pela ética”. |
Ex-presidente do banco deixou o cargo na quarta-feira (29), após denúncias de assédio sexual.
Agora surgem áudios com comportamento agressivo de Guimarães em reuniões de trabalho.
Por g1 — Brasília.
Áudios mostram Pedro Guimarães proferindo palavrões e ofensas durante reuniões.
Gravações de reuniões na Caixa Econômica Federal (ouça acima), divulgadas nesta quinta-feira (30) pelo portal Metrópoles, mostram o agora ex-presidente do banco Pedro Guimarães proferindo palavrões e ofensas durante reuniões de trabalho.
Guimarães deixou a presidência da Caixa nesta quarta-feira (30), após se tornarem públicas denúncias de que ele cometeu assédio sexual contra funcionárias.
O Ministério Público Federal investiga o caso.
Agora, além das denúncias de assédio sexual, surgem também as de assédio moral nas reuniões.
Gravações.
Abaixo, seguem alguns episódios relatados pelo Metrópoles.
Os áudios apresentam falas curtas de Guimarães e não mostram falas de outros participantes da reunião. O portal não detalha como foram gravados.
'Vocês se f*...'
Neste primeiro áudio, de acordo com o Metrópoles, Guimarães reclama de ter perdido cargos em conselhos executivos que ocupava como presidente da Caixa.
Até então, o presidente da instituição podia ter cadeira em conselhos de outras empresas com participação de capital da Caixa.
Mas uma resolução da Assembleia Geral do banco, em agosto de 2021, reduziu a participação do presidente da Caixa a no máximo dois conselhos de empresas.
Isso diminuiu os rendimentos de Guimarães.
"Qual que é a vontade?
Porra, eu acho que quem está torcendo para o Lula, vocês se f*... Voltar a Caixa a ser estuprada por aqueles ladrões, e vocês se f*...", diz Guimarães no áudio.
'P*... mole'
Na mesma reunião, segundo o site, Guimarães pede para um auxiliar anotar os CPFs dos presentes.
Isso porque ele puniria as pessoas caso o que foi falado na reunião vazasse.
Ele dá a atribuição para anotar os CPFs para Celso Leonardo Barbosa, vice-presidente da Caixa.
Guimarães explica que não vai dar a missão para seu assessor, Álvaro Pires, (apelido Vreco) porque ele é "p*... mole".
"Quem for o responsável, vai deixar de ser, ou vice-presidente, ou diretor, ou superintendente nacional, ou gerente nacional.
Então, Celso, é para você essa, porque o Velcro é p*... mole.
Eu quero isso no detalhe.
Quero os CPFs de todo mundo", ameaça Guimarães.
'Isso aqui não é uma democracia'.
No áudio seguinte, Guimarães reclama de decisões que foram aprovadas pela diretoria da Caixa e que não passaram pela avaliação dele.
"Não é aceitável.
E de novo: cag*... para a opinião de vocês, porque eu que mando.
Então, eu não estou perguntando.
Isso aqui não é uma democracia.
É a minha decisão", protestou Guimarães.
'Perder o cargo'.
Em outro áudio, também se queixando de decisões tomadas sem o aval dele, Guimarães disse que atitudes como essa poderiam custar o cargo dos funcionários.
"Vocês são malucos, porque vocês só têm a perder.
Cara, são malucos.
Não tenho que ligar para ninguém.
Se eu não dei o ok, não dei o ok e acabou.
É 'não'.
Por que vocês vão tomar o risco de perder a função, cara, por uma coisa que eu não autorizei?".
Neste último áudio, Guimarães volta a reclamar de ações que não passaram pela presidência da Caixa.
Ele diz que, mesmo se algum vice-presidente aprovar alguma questão, mesmo assim teria que tramitar no gabinete dele.
Guimarães cita sua chefe de gabinete, Rozana Alves.
Ele termina a fala com um palavrão.
"A Rosana tem que dar pessoalmente a aprovação.
F*...-se. 'Ah, mas o vice-presidente'.
Manda todo mundo tomar no c*..."
COMENTÁRIO:
"Mas uma resolução da Assembleia Geral do banco, em agosto de 2021, reduziu a participação do presidente da Caixa a no máximo dois conselhos de empresas.
Isso diminuiu os rendimentos de Guimarães.
"Qual que é a vontade?
Porra, eu acho que quem está torcendo para o Lula, vocês se f*... Voltar a Caixa a ser estuprada por aqueles ladrões, e vocês se f*...", diz Guimarães no áudio".
Ele se achava um "deus" na Caixa, por causa da amizade que ele tem com o presidente da República, e por isso, ele fazia o que queria na instituição, porque achava que nunca seria punido, pelos seus atos indecorosos que praticava com os funcionários !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 30 de junho de 2022.
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