Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sexta-feira, agosto 27, 2021

Às vésperas de ir a júri, acusado de matar ex e filho dela é solto após erro, diz defesa da família das vítimas

Paulo Henrique se apresentou à polícia, na tarde desta sexta-feira (27). — Foto: Vladimir Vilaça/ TV Globo

Após ser solto por engano, acusado de matar ex e filho dela se entrega à polícia.
Paulo Henrique se apresentou à polícia, na tarde desta sexta-feira (27). — Foto: Vladimir Vilaça/ TV Globo.

Crime aconteceu em 2019, em Belo Horizonte. Mãe e filho foram assassinados a tiros, no meio da rua, quando voltavam da academia. Defesa de acusado diz que ele vai se entregar ainda nesta sexta.

Por Raquel Freitas e Rafaela Mansur, G1 Minas — Belo Horizonte

Câmeras de segurança mostraram momento do crime. Relembre na reportagem de 2019.

Câmeras de segurança mostraram momento do crime. Relembre na reportagem de 2019.

Às vésperas do julgamento sobre a morte de Tereza Cristina Peres e do filho dela, Gabriel Peres, o acusado do crime, Paulo Henrique da Rocha, foi solto após um erro, denuncia a defesa da família das vítimas

O crime aconteceu há dois anos em Belo Horizonte.

Mãe e filho foram assassinados a tiros, no meio da rua, quando voltavam da academia, no bairro Ipiranga, na Região Nordeste, em julho de 2019. 

Segundo familiares, o crime foi cometido porque Paulo Henrique não aceitava o fim do relacionamento com Tereza.

Tereza Cristina Peres foi morta pelo ex Paulo Henrique da Rocha, segundo denúncia. — Foto: Reprodução

Tereza Cristina Peres foi morta pelo ex Paulo Henrique da Rocha, segundo denúncia. — Foto: Reprodução.

De acordo com o advogado Thiago Augusto de Carvalho Cruz, o júri popular está marcado para o próximo dia 31, e o acusado foi solto nesta terça-feira (24). 

Segundo ele, a liberação indevida teria acontecido por um erro inicial do Setor de Alvarás de Soltura (Setarin), da Polícia Civil.

"Ele estava em uma unidade de segurança máxima e saiu pela porta da frente", disse.
Acusado de matar ex e o filho dela ganha liberdade às vésperas de julgamento

Acusado de matar ex e o filho dela ganha liberdade às vésperas de julgamento.

A reportagem teve acesso a um e-mail assinado pelo “Plantão do Setarin” e enviado ao II Tribunal do Júri do Fórum Lafayette nesta quarta-feira (25).

Na mensagem, o setor informa que tomou conhecimento da liberação de Paulo Henrique e que um mandado de prisão “acabou não figurando como impedimento legal à soltura”. Na sequência do e-mail, o órgão pede “que seja analisada possibilidade de expedição de novo mandado de prisão para que, da parte da polícia, possa-se cadastrá-lo e providenciar todos os esforços para reconduzir o réu ao regime fechado”.

Em e-mail, é pedido novo mandado de prisão — Foto: Reprodução

Em e-mail, é pedido novo mandado de prisão — Foto: Reprodução.

Segundo Cruz, logo que tomou conhecimento da liberação de Paulo Henrique, nesta quinta-feira (26), o juiz Ricardo Sávio de Oliveira determinou a expedição de um mandado de recaptura.

“Estamos desesperados, perplexos, é extremamente perigoso. 
O júri deve ser realizado mesmo assim. 
Temos convicção que vai haver condenação, mas ele está solto”, disse o advogado.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Paulo Henrique deu entrada no sistema prisional em 1º de agosto de 2019

Antes de ser solto, ele estava preso no Complexo Público Privado de Ribeirão das Neves, desde 6 de abril do ano passado.

Em nota, a pasta informou que a soltura de detentos é determinada pelo poder judiciário e que "ao Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) cabe apenas o seu cumprimento, após verificação de impedimentos e análise documental" de competência do Setarin, da Polícia Civil.

"Sobre este fato, a Sejusp ressalta e esclarece que, no momento da soltura de Paulo Henrique da Rocha, cumprida no dia 24 de agosto, às 16h, não constavam impedimentos para sua liberação

Portanto, o alvará de soltura foi cumprido pela unidade prisional sem qualquer irregularidade", diz a nota.

Tereza Cristina Peres, de 44, e o filho dela Gabriel Peres, de 22, foram assassinados a tiros — Foto: Reprodução/TV Globo

Tereza Cristina Peres, de 44, e o filho dela Gabriel Peres, de 22, foram assassinados a tiros — Foto: Reprodução/TV Globo

O Fórum Lafayette disse que não foi o órgão responsável pela soltura.

O advogado de Paulo Henrique, Leandro Martins, disse que reconhece que a soltura de seu cliente "ocorreu de maneira equivocada por um erro oriundo da Policia Civil, erro esse já corrigido através de ofício ao juízo competente que determinou a expedição de novo mandado de prisão em desfavor do Paulo Henrique".

O G1 entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil, que não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.

Acusado vai se entregar.

O G1 havia tentado contato com a defesa de Paulo Henrique durante a manhã, sem sucesso.

No início da tarde desta sexta-feira (27), após a publicação da reportagem, o advogado Leandro Martins procurou a TV Globo dizendo representar o acusado. 

Segundo ele, Paulo Henrique vai se entregar ainda nesta sexta.

"A defesa vai apresentá-lo nas próximas horas em alguma delegacia de polícia civil. 

Por questões de segurança a unidade policial onde ele será apresentado não será divulgada", disse ele.

"De pronto já decidimos acatar a ordem do juízo e apresentá-lo à autoridade competente. 

Frisando que nem o Paulo Henrique nem a defesa pactuam com qualquer tipo de ilegalidade, seja ela benéfica ou maléfica a quem quer que seja", disse ainda. 

COMENTÁRIO:

"No início da tarde desta sexta-feira (27), após a publicação da reportagem, o advogado Leandro Martins procurou a TV Globo dizendo representar o acusado. 

Segundo ele, Paulo Henrique vai se entregar ainda nesta sexta".

Solto por engano, cumpre a promessa de se entregar, hoje a tarde, e se entregou.

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 27 de agosto de 2021.  

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...