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quarta-feira, dezembro 09, 2020

Trump acelera execuções de presos enquanto analisa perdão presidencial para amigos

Por Sandra Cohen.

Especializada em temas internacionais, foi repórter, correspondente e editora de Mundo em 'O Globo'

G1

Manifestantes fazem protesto contra pena de morte em foto de arquivo, de janeiro de 2007, com cartaz que diz "parem as execuções!" em frente à Suprema Corte dos EUA em Washington. — Foto: Jason Reed/Reuters

Manifestantes fazem protesto contra pena de morte em foto de arquivo, de janeiro de 2007, com cartaz que diz "parem as execuções!" em frente à Suprema Corte dos EUA em Washington. — Foto: Jason Reed/Reuters.

Nos dias finais no comando da Casa Branca, Donald Trump acelera o ritmo das execuções federais, autorizando a morte de cinco presidiários até a posse de Joe Biden, enquanto analisa também o perdão presidencial a parentes e ex-colaboradores. 

Se tudo correr como o planejado pelo Departamento de Justiça, ele solidifica seu legado como o presidente americano com o maior número de execuções nos últimos 130 anos.

Em seis meses, Trump terá mandado 13 presos para o corredor da morte, após um intervalo de 17 anos sem execuções em penitenciárias federais

Este número equivale a 25% dos condenados à pena capital e reforça as especulações sobre a pressa em que ocorre, durante a transição para um governo que se mostra contrário à prática.

 

O procurador-geral William Barr atribuiu a retomada das execuções, em julho de 2019, à necessidade de “fazer justiça às vítimas dos crimes mais horríveis”.

Lisa Montgomery: condenada por matar grávida e roubar bebê será primeira  mulher executada por governo dos EUA em quase 70 anos

Condenada por matar grávida e roubar bebê será primeira mulher executada por governo dos EUA em quase 70 anos.

 

Entre os cinco programados para serem executados a partir desta quinta-feira até a posse de Biden, está Lisa Montgomery, que seria a primeira mulher a ser executada em 70 anos.

Ela foi condenada por estrangular uma mulher grávida em 2004 e remover o bebê de seu corpo com uma faca. 

A criança sobreviveu e foi resgatada. 

Sua defesa alega que Lisa tem uma doença mental grave e foi vítima de estupro e incesto na infância.

A execução ocorreria até o dia 31, após ter um pedido de indulto negado pelo governo. 

Porém, os advogados se infectaram com o novo coronavírus e a sentença foi remarcada para o dia 12 de janeiro, oito dias antes de Biden ser empossado.

 

Dos cinco, quatro são negros, num indício de discriminação racial nas condenações à morte.

 Who is Brandon Bernard and what did he do?

Com 40 anos, o texano Brandon Bernard é o mais jovem, sentenciado à execução em 1999 por sequestrar e matar o casal Todd e Stacie Bagley, quando tinha 18 anos.

Ativistas alegam que cinco dos nove jurados que o condenaram se arrependeram. 

Entre os defensores está Kim Kardashian, empresária e estrela de um reality show, que pediu a seus 67,7 milhões de seguidores que apoiassem a campanha para impedir a sua execução.

Numa carta aberta divulgada pelo grupo Fair and Just Prosecution, um grupo de 90 policiais, procuradores e xerifes pede às autoridades federais que interrompam as cinco execuções federais, sob o argumento de que a transição incerta e o ressurgimento da pandemia podem minar a confiança no sistema de justiça criminal e corroer a segurança pública.

A pena de morte é legalizada em 29 estados e no governo federal. 

Em seu comunicado, o grupo alega que a longa experiência do país sobre o tema fracassou: 

“Este presidente pode dar o exemplo, convertendo as sentenças de morte pendentes em sentenças de prisão perpétua sem a oportunidade de liberdade condicional.”

Opinião semelhante foi manifestada pelo diretor do Centro de Informações sobre Pena de Morte, Robert Durham, em entrevista à Associated Press, que classifica a lista de execuções como uma aberração histórica:

“É difícil entender por que alguém, nesta fase da presidência, se sente compelido a matar todas essas pessoas - especialmente quando o povo americano votou em outra pessoa para substituí-la e essa pessoa disse que se opõe à pena de morte.”

No último século, nenhum prisioneiro federal foi executado durante a transição de poder. 

Mas este governo está aí para romper tradições e quebrar parâmetros. 

A corrida contra o tempo para levar adiante a aplicação da pena capital para criminosos é concomitante à temporada de perdões presidenciais para privilegiados. 

 

COMENTÁRIO:

 

 “É difícil entender por que alguém, nesta fase da presidência, se sente compelido a matar todas essas pessoas - especialmente quando o povo americano votou em outra pessoa para substituí-la e essa pessoa disse que se opõe à pena de morte.”


Sem entrar na questão do mérito, o Trump quer se vingar dos americanos que não são simpáticos a pena de morte.

 

Valter Desiderio Barreto.

 

Barretos, São Paulo, 09 de dezembro de 2020.

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