Carta ao papai Bolsonaro, de quatro zeros à esquerda. |
Os quatro filhos adultos do
presidente já têm escândalos colados a seus nomes.
O mais explosivo dos casos é o da rachadinha, protagonizado por Flávio, o 01, que acabou de ganhar novo capítulo: o suposto uso - ilegal - da Abin para municiar a defesa do senador.
Por Renata Lo Prete
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01, 02, 03, 04. Respectivamente, Flávio, Eduardo, Carlos e Jair Renan.
Todos protagonizaram histórias nebulosas no entorno do governo do pai.
A mais explosiva até aqui é a da rachadinha, que tem no centro 01 e acaba de ganhar novo capítulo com a revelação de relatórios que a Agência Brasileira de Inteligência teria produzido para municiar a defesa do senador.
Guilherme Amado, jornalista da revista Época que noticiou em primeira mão tanto os relatórios quanto, meses antes, uma reunião no Palácio do Planalto da qual participaram o próprio presidente, o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o delegado Alexandre Ramagem (Abin) e duas advogadas de Flávio, é um dos convidados deste episódio.
Diante dos esclarecimentos pedidos pela ministra do Supremo Carmen Lúcia e pelo procurador-geral da República, Amado diz: “Tem uma pessoa que resolve todas as dúvidas se falar.
Chama-se Flávio Bolsonaro.
É só ele dizer de quem recebeu [os relatórios]".
01 ainda não disse nada.
Participa também Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional.
Ele tipifica condutas que podem ser associadas ao caso, a depender do que concluir a investigação.
De improbidade administrativa e prevaricação até crime de responsabilidade, caso fique caracterizado envolvimento de Bolsonaro em uso de órgãos de Estado em benefício do filho.
“É algo que ameaça muito mais do que a luta contra a corrupção.
Ameaça o Estado democrático de direito."
O que você precisa saber:
- PGR pede informações à Abin e ao GSI sobre supostos relatórios para defesa de Flávio Bolsonaro
- Ministério Público do RJ denuncia Flávio Bolsonaro por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro
- Gabinete de Carlos Bolsonaro pagou R$ 7 milhões a funcionários suspeitos de serem 'fantasmas', aponta relatório
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