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Portarias, assinadas pelo Exército, facilitavam rastreamento de armas e munição. Agora, Procuradoria da República vai decidir se abrirá procedimento para investigar a conduta do presidente.
MPF diz que Bolsonaro violou Constituição ao determinar revogação de portarias sobre armas.
A procuradora da República Raquel Branquinho afirmou em ofício que o presidente Jair Bolsonaro violou a Constituição ao determinar ao Exército a revogação de portarias que facilitavam o rastreamento de armas e munição.
A procuradora da República Raquel Branquinho afirmou em ofício que o presidente Jair Bolsonaro violou a Constituição ao determinar ao Exército a revogação de portarias que facilitavam o rastreamento de armas e munição.
Branquinho elaborou um ofício que tramita dentro da procuradoria e
agora o órgão vai decidir se abrirá um procedimento para investigar a
conduta do presidente.
O pedido de abertura de investigação foi revelado pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
A TV globo também teve acesso ao documento.
Caso a procuradoria acione a Justiça, Bolsonaro poderá até responder por improbidade administrativa.
O pedido de abertura de investigação foi revelado pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
A TV globo também teve acesso ao documento.
Caso a procuradoria acione a Justiça, Bolsonaro poderá até responder por improbidade administrativa.
As portarias de que tratam o ofício foram publicadas pelo Exército.
No dia 17 de abril, o presidente escreveu numa rede social que havia determinado a revogação dos textos.
Para a procuradora, há elementos que apontam interferência de Bolsonaro em atos exclusivos do Exército.
No dia 17 de abril, o presidente escreveu numa rede social que havia determinado a revogação dos textos.
Para a procuradora, há elementos que apontam interferência de Bolsonaro em atos exclusivos do Exército.
“Ao assim agir, ou seja, ao impedir a edição de normas compatíveis ao
ordenamento constitucional e que são necessárias para o exercício da
atividade desempenhada pelo comando do Exército, o sr.
presidente da República viola a Constituição Federal, na medida em que impede a proteção eficiente de um bem relevante e imprescindível aos cidadãos brasileiros, que é a segurança pública", escreveu a procuradora.
presidente da República viola a Constituição Federal, na medida em que impede a proteção eficiente de um bem relevante e imprescindível aos cidadãos brasileiros, que é a segurança pública", escreveu a procuradora.
Os textos estabeleciam maior controle sobre as armas e munição, mas
Bolsonaro alegou que iam contra as propostas que ele apresenta desde a
campanha eleitoral.
Para Raquel Branquinho, o episódio representa uma situação extremamente
grave e tem o potencial de agravar a crise de segurança pública no
país.
Isso porque, diz a procuradora, não restam dúvidas de que, pela legislação, compete ao Comando Logístico do Exército Brasileiro a fiscalização de produtos controlados, como armas e munições.
Isso porque, diz a procuradora, não restam dúvidas de que, pela legislação, compete ao Comando Logístico do Exército Brasileiro a fiscalização de produtos controlados, como armas e munições.
Segundo a procuradora, nessa questão, não há espaço para voluntarismo
por parte do presidente, ainda que a medida seja pautada por "bons
propósitos".
“Os poderes regulamentadores do presidente da República existem e se
fundamentam na Constituição da República e na lei, não havendo espaços,
assim, para ideias e atitudes voluntaristas, ainda que pautadas em bons
propósitos", escreveu.
Na avaliação de Branquinho, a flexibilização das regras pode favorecer o crime organizado.
“É fato público e notório que a ausência de condições de controle,
rastreabilidade e identificação de armas e munições importadas sob a
finalidade de atividades esportivas e de colecionador, dentre outras
finalidades, em determinadas situações, escondem verdadeiras
organizações criminosas que praticam o contrabando de armamentos e
munições e abastecem milícias e outras facções criminosas.
A cidade do Rio de Janeiro é a face mais visível dessa ausência de efetivo controle no ingresso de armamento no país”, afirmou.
COMENTÁRIO:
Se um presidente da República não respeita e não obedece as leis de seu país, como exigir que os demais infratores respeitem e obedeçam ?
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 27 de abril de 2020.
A cidade do Rio de Janeiro é a face mais visível dessa ausência de efetivo controle no ingresso de armamento no país”, afirmou.
COMENTÁRIO:
Se um presidente da República não respeita e não obedece as leis de seu país, como exigir que os demais infratores respeitem e obedeçam ?
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 27 de abril de 2020.
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