Transcrito do livro de autoria de Shora KUETU, por Valter Desiderio Barreto.
Pastor ou superstar?
É importante notar que
nenhum discípulo de Jesus Cristo chamava um homem de «meu pastor».
Quando lhes perguntavam
quem era seu pastor, eles respondiam simplesmente «Yeshua»!
Hoje a situação
mudou.
Milhares de
"evangélicos" são tão orgulhosos de seus pastores a ponto de
colocá-los ao mesmo nível de igualdade que o Senhor.
Este fenômeno do estrelato
dos “homens de Deus” começou com os tele-evangelistas americanos.
Por conseguinte, o pastor
tornou-se um produto de marketing que deve agradar para ser “vendido”.
Sempre bem vestido
perfeitamente penteado, bronzeado se ele é branco, pele esclarecida se é preto,
alguns até se fizeram operar para corrigir suas aparências físicas.
Vitimas da moda e do mundo
em geral, muitos só se vestem com grandes marcas de costureiros famosos como se
fosse um sinal exterior de espiritualidade.
Como para qualquer
celebridade que se respeita, eles têm seus admiradores histéricos que se
oferecem a eles de corpo e alma,e muitos são aqueles que não resistem a esta
oferta.
Alguns, até fizeram de seu
aniversário um evento chamativo onde se gastam valores enormes e onde se
mobilizam grupos de louvor que compõem músicas para a gloria deles e para
animar suas noitadas.
Além dos dízimos e
das ofertas que eles surrupiam ao povo, eles continuam a se enriquecer vendendo
produtos derivados, carimbados com seus retratos: pins, lenços, cartões de
visita, t-shirts, fotografias dedicadas, cartazes, videoclipes para sua própria
glória e outras coisas mais que levam à loucura os idólatras.
Os únicos neste mundo
mundano que podem concorrer com eles, são os ditadores comunistas que
gostam do culto à personalidade.
Suas megalomanias vão mesmo
até fazer rir os pagões.
Que tristeza!
Biblicamente falando, a
função pastoral, assim como as outras funções, implica a simplicidade, a
humildade, o dom de si, a renúncia assim como o fez o próprio Senhor.
«De sorte que haja em
vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de
Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma
de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz.»
Filipenses 2:5-82.
IGREJA OU PME
? GESTÃO E MARKETING AO SERVIÇO DA LOGICA DO NUMERO.
Hoje fazemos uma
constatação amarga sobre o estado da maioria das "igrejas" que
se dizem cristãs, que mais perecem com “arapucas” para pegar passarinhos, e “ratoeiras”
para pegar ratos, cujo objetivo de seus fundadores, é simplesmente manipular a
cabeça de suas vítimas em potencial usando a Bíblia Sagrada, dando
interpretações errôneas aos ensinos de Deus e de Jesus Cristo, para conseguirem
viver exclusivamente da ignorância espiritual de pessoas que acreditam e
confiam em suas mensagens que contrariam frontalmente o que nos ensinam as
Escrituras Sagradas.
Da mesma forma que o templo
de Jerusalém foi transformado em uma grande PME (pequena e média empresa),
vários pastores transformaram suas “igrejas” em verdadeiras empresas utilizando
técnicas de marketing puramente atraentes (cartazes de grande formato, fotografias,
sites, internet...) que despertam a cobiça e a idolatria dos fiéis.
Ora, segundo João 16:7-8, o
papel do Espírito Santo consiste justamente em convencer o mundo do pecado, do
julgamento e da justiça, mas infelizmente ele foi substituído pela gestão e
pelo marketing.
Segundo o dicionário
Larousse, O MANAGEMENT é um conjunto de habilidades de liderança organização e
gestão da empresa.
O management ou a gestão é
o conjunto de técnicas de organização de recursos execução para a administração de
uma entidade, incluindo a arte de dirigir os homens, para obter um desempenho satisfatório.
A fim de aperfeiçoar, ele tende
a respeitar os interesses e representações das partes interessadas da empresa.
O verbo «manage»vem do
italiano «maneggiare»(controlar, dirigir,ter em mãos, do latin «manus»: a mão)
influenciado pela palavra francesa «carrosel»(fazer o cavalo girar em um
carrossel).
A este conceito também é
preciso acrescentara noção de «ménager» (do qual o significado no século XVI
era de dirigir seus bens, sua fortuna com a razão e com cuidado, em outras
palavras gerir os negócios de casa) que consiste em gerir recursos humanos e
meios financeiros (o mordomo «chefe da casa» estava no comando da gestão das
equipes e dos meios como, por exemplo, estoques de produtos alimentares).
Devemos também adicionar
origens da palavra managementa noção de ménagement, porque na realidade só
podemos administrar as equipes e os recursos, se soubermos gerenciá-las.
Devagar se vai ao longe....
O management tem como o
objetivo cuidar de várias funções:
Técnicas:
é necessário várias
técnicas para abordar novos adeptos.
Além disso, em certas
assembléias cada cristão tem um mentor que é ele próprio subordinado a outro
mentor.
Em outras “igrejas” foram estabelecidos
grupos de 12 pessoas que são dirigidas por uma única pessoa.
Mais uma vez, o objetivo é
o crescimento numérico da igreja e não o crescimento espiritual dos santos.
Neste όptico, muitas vezes
são ensinadas técnicas de abordagem para atrair novas almas (uma posição
uniforme, um discurso freqüentemente decorado).
Não há lugar para o
Espírito de Deus, tudo está bem estabelecido, bem coordenado e bem controlado
pelo homem.
Comerciais (O marketing e o
ato de vender): pessoas são particularmente formadas para vender todos os
produtos derivados da “igreja empresa”.
Financeira e contábeis:
Dízimos, ofertas, pedidos
de fundos são práticas correntes nessas “igrejas empresas.
Segurança: Muitas vezes há
uma equipe de «gorilles» (guarda costas) formada especialmente para a proteção do
pastor chefe de empresa.
Este último é assim
inacessível ou seja de difícil acesso se não tiver marcado antes um horário para
ter o direito de passar o cordão de segurança do chefe.
Alguns pastores são tão
dificilmente acessíveis que é preciso vários meses de espera antes de
encontrá-los. -Administrativa:
O pastor empresário está bem
mais preocupado com as contas que com a oração e a Palavra de Deus.
Cada vez mais pastores usam
técnicas de marketing para dirigirem suas “igrejas” como verdadeiras empresas.
Todas essas técnicas são
naturalmente, estranhas à Palavra de Deus.
A Bíblia passa a não ser
maisa fonte,em questão de fé e doutrina.
Assim, literaturas
especiais tiradas do mundo dos negócios, da política, do esporte, da religião e
também do exército, são utilizadas para a formação dos lideres.
Embora que os autores
destas obras, ensinam freqüentemente em empresas mundanas, eles são muito
apreciados por milhares de pastores que não se importam que lhes falem das 17
leis incontestáveis para terem sucesso em equipe ou das 21 leis irrefutáveis da
liderança.
Lhes é ensinado como ser
eficaz, como alcançar a visão, como obter um crescimento numérico etc...
Claramente, ensinam-lhes
todos os tipos de coisas menos a conhecer o Senhor que é totalmente excluído de
seus projetos.
Então, eles se esquecem do
que diz a Bíblia :
«Em Deus faremos proezas;
porque ele é que pisará os nossos inimigos.» (Salmos 60:12).
Segundo o dicionário
Larousse, O MARKETING é um termo tirado do americano «market», o quer dizer,
«mercado», e ele se refere às técnicas de comercialização.
Trata-se mais precisamente
do conjunto das ações que têm por objetivo de conhecer, de prever e eventualmente,
de estimularas necessidades dos consumidores em relação aos bens e serviços e
de adaptar a produção e a comercialização às necessidades específicas.
O marketing é também um serviço
de uma empresa responsável por esta atividade.
O marketing(às vezes traduzido
«mercatique»em francês) é então uma disciplina da gestão que procura determinar
as ofertas de bens, de serviços ou de idéias em função das atitudes e
motivações dos consumidores, do público ou da sociedade em geral.
O marketing nasceu em
reação ao pensamento econômico clássico que, no século XIX, era incapaz de
resolver os problemas causados pelo crescimento rápido da economia.
As primeiras noções
aparecem nos séculos XVII e XVIII em França e na Inglaterra.
A história do marketing
inscreve-se na história da gestão e forma então uma disciplina recente
caracterizada pelo ambiente e as necessidades específicas do século XX.
A crise de 1929 afetou
particularmente este período pelo aumento da concorrência que daí resultou.
O conceito de marketing
nasceu entre 1944 e 1957 com a idéia de colocar o consumidor no centro dos
negócios.
A estratégia do marketing
visa a colocar a empresa, neste caso a “igreja” do «homem de Deus», em
adequação com as exigências implícitas ou explícitas do mercado sobre o qual
ela age.
As técnicas do marketing
baseiam-se no estudo do comportamento do cristão consumidor.
As bases da estratégia do
marketting são de descobrir as necessidades dos consumidores potenciais e de
definir os produtos e os serviços.
A política de comunicação,
a publicidade, a promoção e a organização da venda de produtos é quanto a ela
somente a parte mais visível do marketing junto ao grande público.
O marketing operacional,
por uma questão de simplificação, é segmentado em quatro áreas principais chamadas
marketingmix.
O produto: aqui é questão
de Jesus Cristo. Para muitos pastores, Jesus Cristo, nosso Senhor é um produto
que se deve vender a qualquer preço.
Isto é particularmente
verdade na altura da festa de Natal onde não se limita ao próprio produto.
Incluem-se os seguintes
elementos: a embalagem (a aparência), o condicionamento, o design, as normas
que ele respeita, os rótulos, a imagem da marca(a denominação), o ciclo de vida
do produto, a gama de produtos...
Imagens de Jesus Cristo, taças
do Rio Jordão, curas, milagres, formações bíblicas, estes são os derivados do
produto Jesus.
O preço: Quase tudo é pago(escolas
bíblicas, seminários, orações etc.).
É necessário ser rico para freqüentar
certas “igrejas” hoje, pois as prestações são caras.
Que diferencia com o Senhor
que nos pede para pregar gratuitamente o evangelho (Mateus 10:4-8)!
A distribuição: existe uma
rede bem organizada para a distribuição dos produtos.
A publicidade: a promoção
do ministério através web sites, fotos, cartazes anúncios publicitários e
outros meios de comunicação porque é absolutamente necessário vender.
Entendemos bem que a melhor
maneira de captar a atenção de potenciais clientes é a publicidade.
Além disso, é cada vez mais
freqüente que “igrejas”-empresas à americana usem pressão psicológica e
comunicação espalhafatosa para vender seus produtos.
O principal objetivo da
publicidade é principalmente, criar necessidades inexistentes que acabam por se
tornar indispensáveis.
A “igreja” empresa é o
primeiro objeto da mensagem publicitária.
Para atrair clientes, ela
usa superlativos: «grande», «bishop», «milagres», «impacto», «dinheiro».
Também utiliza cartazes
enormes para a glória dos oradores impecavelmente vestidos e maquiados.
Para não deixar escapar
eventuais compradores ela baniu as palavras «inferno», «arrependimento»,
«pecado», «julgamento final».
Os clientes devem se sentir
à vontade, mimados e acarinhados no sentido do pêlo se não eles não investirão na
PME (pequena e média empresa).
Observem que o objetivo do
marketing é de descobrir as necessidades do consumidor e de satisfazê-los.
A Bíblia diz: «Porque virá
tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E
desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.» 2º Timóteo 4:3-4)
Isto faz sentido: como
milhares de cristãos têm o desejo de escutar belas coisas muitos pastores usam
o marketing para descobrir seus desejos e satisfazê-los.
É por isso que hoje, muitos
pastores se focalizam sobre os meios a serem utilizados para extorquir dinheiro
dos homens que eles dirigem, em vez de se focalizarem sobre o Reino de Deus.
Eles estão prontos para
todos os tipos de compromissos para responder às necessidades prementes de seus
fiéis que são grandes consumidores e apreciadores do sermão pastoral no qual
eles investem todos os seus bens.
Como vimos, o «marketing»
significa mercado em inglês.
No entanto, a Igreja do
Senhor não tem nada a ver com o mercado, e a assembleia dos Santos.
Assim como o templo de Deus
tornou-se um covil de ladrões, muitos pastores transformaram as “igrejas” em
verdadeiras lojas para vender suas idéias.
«E estava próxima a Páscoa
dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
E achou no templo os que
vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados.
E tendo feito um azorrague
de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o
dinheiro dos cambiadores, e derrubou as mesas; E disse aos que vendiam pombos:
"Tirai daqui estes, e não
façais da casa de meu Pai casa de venda".
E os seus discípulos
lembraram-se do que está escrito:
“O zelo da tua casa me
devorará”. João 2:13-17
Valter
Desiderio Barreto.
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