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quinta-feira, setembro 19, 2019

TRF-4 nega mais um pedido da defesa de Lula para afastar procurador de processo do sítio de Atibaia


g1.globo.com

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Advogados de Lula sustentam que Maurício Gerum não pode atuar como autor dos pareceres na segunda instância pois tem parentesco com procurador que atua em primeira instância, e também com advogado. 

 

Pedido já havia sido negado anteriormente.

Fachada do prédio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região situado no bairro Praia de Belas, Porto Alegre — Foto: João Victor Teixeira/G1RS
Fachada do prédio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região situado no bairro Praia de Belas, Porto Alegre — Foto: João Victor Teixeira/G1RS.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou pela segunda vez, nesta quinta-feira (19), pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para afastar o procurador Maurício Gotardo Gerum do processo do sítio de Atibaia, na Operação Lava Jato, em segunda instância. 

O G1 entrou em contato com a defesa de Lula e aguarda retorno.


Em 15 de agosto, os desembargadores federais que compõem a 4ª Seção da Corte já haviam decidido por rejeitar a solicitação, mantendo Gerum no processo. 


Ele é o autor dos pareceres da Procuradoria Regional da República. 

Após a negativa, a defesa entrou com recurso de embargos de declaração, em que questionava a decisão. 


As alegações desse embargo também foram negadas. 

A defesa de Lula sustenta, no pedido, que Gerum deve ser afastado pois possui parentesco com o procurador da República Diogo Castor de Mattos, que atua em primeira instância e subscreve a denúncia contra o ex-presidente, e também com o advogado Rodrigo Castor de Mattos, irmão de Diogo. 

Este, aponta a defesa, teria atuado na negociação da delação premiada de Mônica Moura e João Santana, ouvidos como testemunhas na ação penal. 


A assessoria do advogado, no entanto, informou que ele não atuou na negociação que resultou no acordo. 

Em manifestação do MPF, ainda no primeiro julgamento, o órgão sugeriu que o recurso fosse negado. 


"A existência de parentesco entre o excepto [Gerum] e os irmãos Diogo e Rodrigo Castor de Mattos não demanda qualquer diligência ou dilação probatória, já que o excepto reconhece ser primo destes, ou seja, possui parentesco de quarto grau, o que não enseja impedimento", diz em despacho. 

O próprio Gerum também havia se manifestado, classificando o pedido como “descabido". 

Denúncia do sítio de Atibaia.

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Lula foi condenado em fevereiro, em primeira instância, a 12 anos e 11 meses pelo processo que apurou irregularidades relacionadas ao sítio de Atibaia, atribuído ao ex-presidente. 


A defesa apelou ao TRF-4 pedindo a absolvição de Lula, em 15 de maio.

 
O Ministério Público Federal, por sua vez, sustenta que o ex-presidente deve ter a pena aumentada


O processo tramita na segunda instância e ainda não tem data para julgamento. 

De acordo com o MPF, Lula recebeu propina do Grupo Schain, de José Carlos Bumlai, e das empreiteiras OAS a Odebrecht por meio da reforma e decoração no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que o ex-presidente frequentava com a família. 


Outras 12 pessoas foram denunciadas no processo. 

A acusação trata do pagamento de propina de pelo menos R$ 128 milhões pela Odebrecht e de outros R$ 27 milhões por parte da OAS. 

Para os procuradores, parte desse dinheiro foi usada para adequar o sítio às necessidades de Lula. 


Segundo a denúncia, as melhorias na propriedade totalizaram R$ 1,02 milhão. 

Lula cumpre pena por outro processo, do caso do Tríplex, na Polícia Federal de Curitiba, desde abril do ano passado.
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Neste julgamento, ele recebeu pena em segunda instância de 12 anos e um mês, diminuída após recurso pelo STJ para 8 anos e 10 meses. 


COMENTÁRIO: 


Mais uma derrota imposta ao presidiário PeTista Lula, pela justiça !


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 19 de setembro de 2019.

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