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Observando a ação ilegal dos garimpeiros, o cacique do povo Munduruku, Arnaldo Kaba Munduruku, que é responsável por mais de 100 aldeias na região, disse que está triste com a invasão das terras e ficou impressionado com as máquinas pesadas dentro da floresta e a contaminação do rio.
Acampamentos para o garimpo ilegal estão devastando grandes áreas de
mata nativa na terra indígena Munduruku, no sudoeste do Pará, alerta
neste sábado (21) o Greenpeace. Segundo a organização, as ações também
contaminam o rio que cruza a região de Jacareacanga.
A organização ambiental divulgou um vídeo onde é possível ver enormes
crateras de desmatamento em meio a floresta.
Neles estão contidos acampamentos com escavadeiras trabalhando e revelando um garimpo.
Há um ponto que dá para ver os rejeitos da mineração clandestina desaguando no rio.
A coloração da água segue alterada por cinquenta quilômetros.
Neles estão contidos acampamentos com escavadeiras trabalhando e revelando um garimpo.
Há um ponto que dá para ver os rejeitos da mineração clandestina desaguando no rio.
A coloração da água segue alterada por cinquenta quilômetros.
Observando a ação ilegal dos garimpeiros, o cacique do povo Munduruku, Arnaldo Kaba Munduruku, que é responsável por mais de 100 aldeias na região, disse que está triste com a invasão das terras e ficou impressionado com as máquinas pesadas dentro da floresta e a contaminação do rio.
"Além de muito triste é muito feio.
Isso não pode acontecer", completou o cacique.
Isso não pode acontecer", completou o cacique.
Greenpeace flagra garimpo ilegal em terra indígena Munduruku, em
Jacareacanga, sudoeste do Pará — Foto: Reprodução/Jornal Nacional.
Crescimento do desmatamento.
De acordo com um estudo feito pelo Greenpeace, analisando os alertas de
desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em
dois anos a destruição da floresta na terra indígena Munduruku aumentou
quase seis vezes.
Segundo os dados, de janeiro a julho de 2017 cerca de 2,64 km² de
floresta foram desmatados.
No mesmo período em 2018, o número subiu para 4,84 km²; e agora, de janeiro a julho de 2019, o número é de 15,46 km², o equivalente a 1500 campos de futebol.
No mesmo período em 2018, o número subiu para 4,84 km²; e agora, de janeiro a julho de 2019, o número é de 15,46 km², o equivalente a 1500 campos de futebol.
Ainda segundo o Greenpece, o desmatamento nas terras indígenas da
Amazônia cresceu quase seis vezes em dois anos, saindo de 29,54 km², de
janeiro a julho de 2017; para 161,22 km² no mesmo período neste ano.
"Isso representa uma situação muito difícil para os indígenas que moram
nessa região.
Além do desmatamento, além da floresta estar ameaçada, a vida dessas comunidades também correm risco", afirmou Márcio Astrini, coordenador de políticas Públicas do Greenpeace
Além do desmatamento, além da floresta estar ameaçada, a vida dessas comunidades também correm risco", afirmou Márcio Astrini, coordenador de políticas Públicas do Greenpeace
Garimpo ilegal contamina rio na terra indígena Munduruku, em Jacareacanga, sudoeste do Pará — Foto: Reprodução/Jornal Nacional.
De acordo com as lideranças indígenas, as invasões e o garimpo ilegal
foram denunciados aos órgãos de fiscalização ambiental e ao Ministério
Público
"Algumas operações de fiscalizações in loco dessas garimpagens
clandestinas são realizadas, mas apenas isso é insuficiente para
combater toda a complexidade desse problema", explicou Luís de Camões
Boaventura, procurador da República.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente informou que as solicitações
para esclarecimentos sobre os fatos e ações do Governo Federal sobre o
caso deveriam ser enviadas para a Fundação Nacional do Índio (Funai), ao
Ministério de Minas e Energia e ao Ministério da Defesa.
O Ministério da Defesa disse, em nota, que desde o dia 23 de agosto,
quando o presidente Jair Bolsonaro autorizou o uso das forças armadas no
combate aos crimes ambientais e aos focos de incêndios na Amazônia
Legal, os militares combateram mais de 500 focos de incêndio em toda a
região.
Além disso, segundo o Ministério, foram lavrados 112 autos de infração, que resultaram em mais de R$ 36 milhões em multas aplicadas.
Além disso, segundo o Ministério, foram lavrados 112 autos de infração, que resultaram em mais de R$ 36 milhões em multas aplicadas.
A Funai e o Ministério de Minas e Energia ainda não se posicionaram sobre o caso.
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