Por Valter Desiderio Barreto. |
A nossa sociedade faz de tudo para não pensar na realidade da morte.
Morte implica em tristeza, dor, e dúvidas.
E quem quer ser triste?
Ninguém.
Portanto, fugimos de qualquer consideração séria sobre a morte.
Mas o livro de Eclesiastes nos convida a pensar de forma diferente.
Para o escritor de Eclesiastes, a única certeza que une o forte e o fraco, o rico e o pobre, o Rei e o escravo é justamente essa: ambos terminarão suas vidas no cemitério.
Fama, sucesso e prazer são incertezas.
Mas a morte é garantida.
Visto dessa forma, se vamos refletir sobre a vida, temos que tirar um tempo para meditar nas implicações da nossa morte.
O sábio Escritor dos Eclesiastes ressalta, inclusive, que nossa lembrança também não será eterna.
Afinal, poucos conseguem lembrar o nome do seu bisavó, por exemplo.
Muito menos lembrar seu legado.
Por isso, não é exagero afirmar que – dentro dos próximos 90 anos – todos que lerem essa postagem no Facebook estarão mortos.
E muito provavelmente os filhos dos nossos netos nem lembrarão nossos nomes.
Perante essa realidade, como agir?
Como pensar?
O que fazer?
Essa é a beleza do livro de Eclesiastes.
Ao mesmo tempo em que ele nos choca com a realidade da nossa fragilidade, ele nos ensina que não fomos criados para ser lembrados.
Fomos criados para lembrar: lembrar nosso Criador, e ser lembrados por Ele.
A memória do Criador é infinito.
Tantos Salmos vão afirmar em alto e bom som: “Deus não se esquecerá de mim.”
Homens esquecem.
Homens morrem.
Homens vivem como se não houvesse amanhã.
Mas somente Deus não tem amanhã.
Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre.
Somente Ele pode nos conceder uma alegria e paz que continuará após a morte, ao sentarmos a mesa com Ele para celebrar a vida eterna que é nos oferecido através da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Não é por acaso que Eclesiastes termina fazendo uma aplicação aos jovens: “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade.” Eclesiastes 12.1.
Escuta, jovem – você que tem muitos sonhos e sente que tem a vida toda pela frente: você experimentará muitas alegrias e muitas tristezas.
Muitas vitórias e muitas derrotas, muitas glórias e muitas perdas
Essas coisas não são em si coisa má ou pecaminosa.
Mas se teu coração busca encontrar satisfação plena nesta vida, saiba que viverá frustrado e morrerá angustiado.
A única certeza que temos (além da morte) é que Deus é fiel a sua Palavra.
Ele julga, Ele resgata, Ele ama.
É nele que encontramos paz para a inquietação da alma.
É nele que encontramos sossego para nossas consciências pesadas.
A morte deverá nos fazer refletir sobre Aquele que venceu a morte.
Aquele que nos promete a vida eterna: “Vinde após mim todos vós que estais cansados, e Eu vos aliviarei.”
Em Jesus Cristo encontramos o sentido da vida, e esperança para encarar a morte.
Porque a nossa sociedade idolatra aquilo que é novo, jovem, saudável ou poderoso?
Para te distrair da realidade da morte – e assim te distrair do Único que pode te salvar.
Abra sua Bíblia e leia Eclesiastes.
Não é um mero livro pessimista como alguns pensam.
Antes, é um livro que nos choca com a brevidade da vida, e a certeza da grandeza de Deus.
E é isso que nossos dias precisam: uma boa dose de realidade, e uma esperança genuína naquele que nos criou para buscarmos Sua glória.
Essa vida é curta.
Mas a glória de Deus é eterna.
Estudem a Bíblia Sagrada para aprenderem como servir a Deus com fidelidade.
Valter Desiderio Barreto, Igreja viva do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Barretos, São Paulo, 09 de setembro de 2019.
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