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Segundo decreto publicado no 'Diário Oficial', afastamento atende a determinação da Justiça Federal do RJ. Alex Muniz assumirá como 'substituto eventual' no lugar de Christian de Castro.
Cristian de Castro Oliveira, diretor afastado da Ancine — Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasi. |
O presidente Jair Bolsonaro afastou nesta sexta-feira (30) o diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Christian de Castro Oliveira.
Segundo o decreto
assinado por Bolsonaro, publicado no "Diário Oficial da União", o
afastamento atende a uma decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Para o lugar de Christian de Castro, foi nomeado Alex Braga Muniz como
"substituto eventual".
O decreto estabelece que ele exercerá a função "durante as ausências eventuais e impedimentos do titular".
O decreto estabelece que ele exercerá a função "durante as ausências eventuais e impedimentos do titular".
Decereto publicado no 'Diário Oficial' comunica afastamento do diretor da Ancine — Foto: Reprodução/'Diário Oficial'.
Segundo a decisão judicial mencionada por Bolsonaro no "Diário Oficial", o Ministério Público Federal
afirma que em 2017 Christian Oliveira e outros dois funcionários da
agência acessaram sistemas da Ancine e repassaram informações sigilosas a
um sócio de Christian.
As informações, ainda segundo o MPF, teriam sido utilizadas pelo grupo
para caluniar dois outros diretores da agência, enviando informações à
imprensa que eles sabiam ser falsas.
O MPF afirma que as notas acusavam os diretores de desvio de recursos da agência, continham adjetivos pejorativos e ofenderam a honra e a reputação dos diretores.
O MPF afirma que as notas acusavam os diretores de desvio de recursos da agência, continham adjetivos pejorativos e ofenderam a honra e a reputação dos diretores.
A decisão judicial informa também que o grupo teria cometido o crime de
denunciação caluniosa ao montar uma denúncia contra diretores e
enviá-la de forma anônima ao Ministério Público.
O G1 tentava localizar Christian de Castro Oliveira até a última atualização desta reportagem.
Ao determinar o afastamento do diretor, a juíza Adriana Alves dos
Santos Cruz afirmou ser "imperioso" que a condução dos órgãos de fomento
à cultura esteja a cargo de "pessoas que pautem suas ações em
convergência com o que determina a Constituição".
Ela também afirmou, na decisão, que o aparato público não pode estar "à
mercê de agentes que indicam ter um atuar pautado por agenda
personalíssima".
"O afastamento dos requeridos tem por escopo garantir a instrução penal
e a ordem pública.
Sua prévia intimação pode tornar a medida ineficaz, especialmente no que concerne permitir que continuem dispondo do aparato estatal", escreveu a juíza.
Sua prévia intimação pode tornar a medida ineficaz, especialmente no que concerne permitir que continuem dispondo do aparato estatal", escreveu a juíza.
Investigação sobre edital.
O comando da Ancine está envolvido em uma outra polêmica, relacionada a um edital suspenso neste mês após críticas de Bolsonaro.
O Ministério Público apura se houve censura na suspensão.
Isso porque Bolsonaro disse que o governo não financiará produções com temas LGBT.
O edital havia selecionado séries sobre diversidade de gênero e sexualidade a serem exibidas nas TVs públicas.
Isso porque Bolsonaro disse que o governo não financiará produções com temas LGBT.
O edital havia selecionado séries sobre diversidade de gênero e sexualidade a serem exibidas nas TVs públicas.
O caso, contudo, levou o secretário de Cultura, Henrique Pires, a pedir demissão.
Ele afirmou em entrevista ao G1 que os "filtros" propostos pelo presidente Bolsonaro em decisões da Ancine configuram censura.
Ele afirmou em entrevista ao G1 que os "filtros" propostos pelo presidente Bolsonaro em decisões da Ancine configuram censura.
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