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Odete da Silva Souza saiu de Araraquara para ver a irmã que estava desaparecida e há pelo menos 20 anos era mantida por casal em situação análoga à escravidão.
Mulher reencontra irmã após ser mantida por ao menos 20 anos em cárcere privado.
"Agora a gente sabe que ela está bem".
Foi assim, com sentimento de alívio, que Odete da Silva Souza descreveu o reencontro que teve com a irmã após viajar 200 km e encerrar com um abraço a tristeza por anos de separação.
E ele só ocorreu após Iva, de 63 anos, ser libertada do cárcere privado no qual era mantida há pelo menos 20 anos em Vinhedo (SP), segundo a Polícia Civil.
O casal que a mantinha em situação análoga à escravidão foi preso em flagrante e irá responder por estelionato, tortura e cárcere privado.
Foi assim, com sentimento de alívio, que Odete da Silva Souza descreveu o reencontro que teve com a irmã após viajar 200 km e encerrar com um abraço a tristeza por anos de separação.
E ele só ocorreu após Iva, de 63 anos, ser libertada do cárcere privado no qual era mantida há pelo menos 20 anos em Vinhedo (SP), segundo a Polícia Civil.
O casal que a mantinha em situação análoga à escravidão foi preso em flagrante e irá responder por estelionato, tortura e cárcere privado.
Resumo:
- Idosa trabalhava na casa e não era remunerada
- Ela não saía da residência e não tinha contato com familiares
- Família registrou desaparecimento dela na polícia em 1996
- Investigadores localizaram familiares no Paraná e em Araraquara (SP)
- Vítima foi levada para abrigo de idosos em Vinhedo
- Idosa saiu de casa para ajudar mãe a sustentar família, diz irmã
- 'Feliz só de saber notícias dela', diz mãe de idosa
O reencontro entre as irmãs ocorreu no prédio da Secretaria de Assistência Social de Vinhedo.
Morando em Araraquara (SP), Odete contou que não via Iva há 47 anos, já que a irmã saiu cedo de casa para trabalhar como doméstica e a família perdeu contato.
Um boletim de ocorrência de desaparecimento chegou a ser registrado na Polícia Civil em 1996.
"Minha mãe já não tinha mais esperanças", contou Odete, ao destacar que
a matriarca da família ainda mora em Colorado (PR).
Segundo ela, a expectativa é que a mãe visite Iva em Vinhedo, onde ela está acolhida em um abrigo para idosos.
Não há data para que isso ocorra.
Segundo ela, a expectativa é que a mãe visite Iva em Vinhedo, onde ela está acolhida em um abrigo para idosos.
Não há data para que isso ocorra.
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Foto de Iva da Silva Souza quando tinha 17 anos, um dos últimos registros que a família possui — Foto: Arquivo pessoal.
Segundo o secretário de Assistência Social de Vinhedo, Eduardo Galasso
Calligaris, o destino de Iva ainda não está definido.
De acordo com ele, a idosa está muito assustada com toda a situação, e faz questão de rever a senhora de quem tomava conta, de 88 anos, que foi transferida a um hospital da cidade.
De acordo com ele, a idosa está muito assustada com toda a situação, e faz questão de rever a senhora de quem tomava conta, de 88 anos, que foi transferida a um hospital da cidade.
Ecio Pilli Junior e Marina Okido, filha da idosa mais velha, foram presos suspeitos de passar cheques sem fundo no nome da vítima e de mantê-la em condições análogas à escravidão.
O homem foi encaminhada nesta terça ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí (SP), e ela à cadeia de Itupeva (SP).
De acordo com a Polícia Civil, além de manter Iva há pelo menos 20 anos
reclusa, cuidando de outra idosa, o casal usava uma conta aberta no
nome dela para aplicar golpes em comércios no bairro Vila João XXIII, em
Vinhedo.
Segundo a Polícia Civil, o casal e as idosas viviam em casas separadas,
mas os suspeitos iam até a residência das mulheres todos os dias.
Mariana tinha passagem por agressão na década de 1970 e o homem não tinha antecedentes criminais.
Mariana tinha passagem por agressão na década de 1970 e o homem não tinha antecedentes criminais.
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