g1.globo.com
Imperial College of London e Centro Médico Erasmus da Holanda também assinam artigo. Pesquisa é a primeira a analisar impacto da medida na saúde infantil em um país em desenvolvimento.
Câncer de pulmão é o tipo que mais mata no mundo; principal causa é o fumo — Foto: Cheryl Holt/Pixabay.
As medidas restritivas ao cigarro no Brasil evitaram a morte de 15 mil
crianças entre 2000 e 2016.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31), data escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "Dia Mundial sem Tabaco".
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31), data escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "Dia Mundial sem Tabaco".
Este é o primeiro estudo que analisou o impacto na medida na saúde
infantil brasileira – e também em um país em desenvolvimento.
O artigo é assinado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), e por cientistas do Imperial College of London e do Centro Médico Erasmus da Holanda.
O artigo é assinado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), e por cientistas do Imperial College of London e do Centro Médico Erasmus da Holanda.
Os autores reforçam a necessidade de a medida ser adotada por outros
países – apenas 20% da população mundial está protegida por medidas
públicas de controle ao fumo.
Ainda no útero, a exposição do bebê às substâncias do cigarro podem causar problemas de desenvolvimento, um parto prematuro ou um nascimento com peso abaixo da média.
Ainda no útero, a exposição do bebê às substâncias do cigarro podem causar problemas de desenvolvimento, um parto prematuro ou um nascimento com peso abaixo da média.
Dados sobre o cigarro no mundo — Foto: Infográfico: Diana Yukari/G1.
Os bebês também são afetados após o parto, com um maior risco de
infecções respiratórias, asma e morte súbita.
Para chegar aos resultados do estudo, os pesquisadores analisaram dados de todos os nascidos vivos, óbitos infantis e mortes neonatais no Brasil entre 2000 e 2016.
Para chegar aos resultados do estudo, os pesquisadores analisaram dados de todos os nascidos vivos, óbitos infantis e mortes neonatais no Brasil entre 2000 e 2016.
"As crianças têm o direito de serem protegidas contra as doenças
causadas pelo cigarro.
Pedimos aos governos do mundo que introduzam novas leis antifumo abrangentes para proteger a saúde infantil", disse o médico André Szklo, do Inca.
Pedimos aos governos do mundo que introduzam novas leis antifumo abrangentes para proteger a saúde infantil", disse o médico André Szklo, do Inca.
A mudança mais drástica na legislação brasileira ocorreu em 2014, com a
proibição do cigarro em áreas públicas parcialmente ou completamente
fechadas, incluindo bares e restaurantes.
A medida, segundo o estudo, reduziu em 5,2% a mortalidade infantil no país e em 3,4% a neonatal.
A medida, segundo o estudo, reduziu em 5,2% a mortalidade infantil no país e em 3,4% a neonatal.
Os cientistas também analisaram os impactos de outras medidas menos
drásticas aplicadas antes de 2014 no Brasil.
Em anos anteriores, 17 estados aprovaram medidas parciais - como a criação de espaços separados para fumantes em estabelecimentos e casas noturnas. Essas mudanças, de acordo com a pesquisa, ajudaram uma redução de 3,3% na mortalidade infantil, mas nenhuma mudança significativa na neonatal.
Em anos anteriores, 17 estados aprovaram medidas parciais - como a criação de espaços separados para fumantes em estabelecimentos e casas noturnas. Essas mudanças, de acordo com a pesquisa, ajudaram uma redução de 3,3% na mortalidade infantil, mas nenhuma mudança significativa na neonatal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário