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sábado, maio 04, 2019

Gravações mostram desembargador de Minas Gerais negociando cargos públicos para o filho e a mulher



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Alexandre Victor de Carvalho é investigado pela Polícia Federal por tentar obter vantagens indevidas. A mulher dele, Andreza Campos, foi nomeada para um cargo na ALMG com um salário de R$ 8 mil.

 

Por MG2 — Belo Horizonte
Desembargadores mineiros são investigados pela Polícia Federal
Desembargadores mineiros são investigados pela Polícia Federal
Conversas gravadas pela Polícia Federal entre o desembargador Alexandre Victor de Carvalho e o ex-procurador-geral da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Augusto Mário Menezes Paulino, mostram o magistrado negociando cargos públicos para o filho, Guilherme Souza Victor de Carvalho e para a mulher, Andreza Campos Victor de Carvalho, ambos advogados. 

A TV Globo teve acesso às denúncias publicadas no jornal Folha de São Paulo. 

Leia trechos das transcrições das gravações feitas pela PF.

 

Alexandre Carvalho: “Na Copasa não daria?”
Augusto Paulino: “Não... lá é empresa, sociedade, né? De economia mista, salvo engano”.
Alexandre Carvalho: “Na Cemig é melhor porque, por exemplo, na Cemig, ela indo pra lá, ela não tem horário. Na Copasa ela vai ter que bater ponto, vai piorar”.
As gravações ainda mostram o ex-procurador alertando o desembargador sobre a prática de nepotismo cruzado.
Alexandre Carvalho: “Não, pra mim não vai dar nada”.
Augusto Paulino: “Eles vão explorar isso, a esposa, a manchete vai ser essa, esposa de desembargador, o desembargador acusado de nepotismo cruzado, alguma coisa nesse sentido”.
Alexandre Carvalho: “Não, pra mim não vai dar nada”.
Augusto Paulino: “consequentemente eles vão explorar isso. 


Esposa... a manchete vai ser essa, esposa de desembargador, o desembargador acusado de nepotismo cruzado, alguma coisa nesse sentido”. 

A mulher do desembargador, Andreza Campos, acabou sendo nomeada para um cargo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), de acordo com publicação no Diário do Legislativo de 18 de novembro de 2015, com um salário de R$ 8 mil. 

Alexandre Carvalho: “Inclusive na Assembleia, não tem problema não.


Na Assembleia, o Ministério Público não faz nada e tal. 


Você vai lá duas, três vezes por semana”. 

Andreza de Carvalho: “Tá bom”. 

O filho do desembargador foi nomeado no fim de 2015 para um cargo na Câmara Municipal. 


O salário era de R$ 9,3 mil.

Alexandre Carvalho: “Olha o que eu estou conseguindo com 50 anos de idade. 


Ninguém consegue isso, uai. 


(...) Eu sou diferenciado mesmo”. 

Investigação.

 

A Corregedoria Nacional de Justiça enviou um ofício ao desembargador pedindo explicações. 


Para a Polícia Federal, os áudios têm indícios claros de corrupção.
Em outra denúncia, o desembargador Nelson Missias de Morais, atual presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, é suspeito de prestar favores à cúpula do governo mineiro em troca de nomeação. 

Ainda segundo reportagem da Folha de São Paulo, o desembargador prometeu interferir para conseguir a liberação de recursos de depósitos judiciais, que ajudariam o governo a pagar o salário dos servidores, já que o estado atravessava, desde então, uma grave crise financeira. 

Ao analisar a denúncia da Polícia Federal, os procuradores do Ministério Público Federal consideraram que os atos dos desembargadores eram de menor potencial ofensivo e que deverão ser analisados no âmbito administrativo. 


Toda a investigação tramita em sigilo no Superior Tribunal de Justiça. 


O inquérito está em curso e o trabalho da Polícia Federal para coleta de provas continua. 

Em nota, o desembargador Nelson Missias de Morais disse que é ridícula a denúncia de que teria ajudado o governo mineiro a obter os recursos de depósito judiciais e que vai buscar ressarcimento moral. 


A TV Globo não conseguiu contato com o ex-governador Fernando Pimentel (PT). 

Já o desembargador Alexandre Victor de Carvalho disse que nunca pediu favores para o filho e a mulher. 


Segundo ele, Andreza foi contratada pela ALMG para trabalhar no gabinete da presidência, onde cumpriu o horário que lhe foi imposto. 


Sobre o filho, o desembargador disse que foi o ex-procurador-geral Augusto Paulino quem sugeriu a contratação dele, já que ele estava concluindo o curso de direito.

Alexandre também disse que o vazamento da investigação é criminoso e que já está tomando providências para defender a honra dele e da família. 


O ex-procurador não foi encontrado para falar sobre o caso. 

O Ministério Público de Minas Gerais disse que tomou conhecimento do caso pela imprensa e que a partir dos desdobramentos da investigação, se necessário, adotará as providências processuais pertinentes.

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