O crime ocorreu em Anapu, em 2005. Regivaldo Pereira Galvão foi preso nesta terça-feira (16), na cidade de Altamira.
Regivaldo Galvão foi preso nesta terça-feira, 16, em Altamira — Foto: Ascom/PC.
Por G1 PA — Belém
A Polícia Civil do Pará prendeu nesta terça-feira (16), na cidade de
Altamira, sudoeste do Pará, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, que
teve a prisão decretada pela Justiça, pela condenação como mandante do
assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang.
O crime
ocorreu em Anapu, em 2005.
Regivaldo foi condenado em 2010 a 30 anos de prisão como mandante do
assassinato, mas em 2018, conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal
Federal e estava em liberdade.
A nova ordem de prisão de Regivaldo foi
enviada à Justiça do Pará, que a encaminhou à Superintendência do
Sistema Penitenciário (Susipe) para cumprimento no endereço do acusado.
O fazendeiro foi localizado em sua casa, no bairro Jardim Independente
I, área urbana de Altamira.
Ele será conduzido ainda nesta tarde, para a
sede da Superintendência Regional da Polícia Civil, no município, onde
vai permanecer no aguardo de transferência para o Sistema Penitenciário.
Regivaldo na Justiça.
Regivaldo Galvão foi condenado a 30 anos de reclusão em 30 de abril de
2010, como mandante do assassinato da missionária norte-americana
Dorothy Stang.
No dia 22/08/2012, por meio de um habeas corpus concedido
pela desembargadora Eliana Rita Daher Abufaiad, da Câmara Criminal
Isolada da Capital, Regivaldo foi solto para responder o processo em
liberdade.
Em 21/06/2017, o habeas corpus que o mantinha solto foi negado pelo
Supremo Tribunal Federal que revogou o seu direito de aguardar a
tramitação do recurso em liberdade.
A condenação foi mantida em segunda
instância, e a pena chegou a ser reduzida para 25 anos pelo Superior
Tribunal de Justiça, que autorizou a prisão em 2017.
O acusado recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ganhou uma liminar para ficar em liberdade, em maio de 2018.
Uma decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão do fazendeiro, derrubando a liminar no último mês de fevereiro.
Irmã Dorothy Stang — Foto: Reprodução/TV Globo.
O crime.
A missionária americana da ordem de Notre Dame Dorothy Mae Stang foi
morta aos 73 anos em Anapu, sudoeste do Pará, em 12 de fevereiro de
2005.
Ela trabalhava junto a comunidades no município em projetos de
desenvolvimento sustentável, o chamado PDS Esperança.
Segundo o Ministério Público, a morte da missionária foi encomendada
pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos e Regivaldo Galvão.
Amair Feijoli da
Cunha, que teria recebido dinheiro de Viltamiro para executar a
missionária, foi condenado a 18 anos de prisão como intermediário do
crime.
Rayfran das Neves Sales, condenado a 27 anos de prisão por ser
assassino confesso de Dorothy Stang, deixou o regime fechado para
cumprir o restante da pena em prisão domiciliar em julho de 2013.
Clodoaldo Carlos Batista, acusado de ser comparsa de Rayfran, foi
condenado a 17 anos de prisão e deixou a Casa do Albergado, localizada
em Belém, em fevereiro de 2011.
Ele permanece foragido.
O crime ganhou repercussão internacional, chamando a atenção de entidades ligadas aos direitos humanos e a reforma agrária.
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